OS DONS…
No mundo evangélico quando tratamos de dons espirituais, não há unanimidade quanto ao seu uso e validade para a igreja em nossos dias, e uma das teorias mais ferrenhas, que exime a possibilidade dos dons estarem à disposição da Oholyáo hoje, é a teoria “cessacionista”.
Dons de línguas [e outros dons]
By José Lima de Jesus – Edição de oCaminho
Existem outros grupos que não são nem a favor nem contra a teoria dos evangélicos históricos, porém podem ser denominados “intermediários”, que não tem uma posição definida quanto à esse tema. Quero fazer uma análise procurando ser imparcial, apesar de já ter minha convicção quanto ao referido tema. Veremos alguns argumentos usados que vem confrontar a doutrina que podemos denominar de Doutrina da Continuidade, isso em afirmação que os dons espirituais, usados pela Oholyáo na era Apostólica ainda continua em vigor para os nossos dias.
1 – Uma afirmação baseada em I Co 13:8-13. É um argumento para o fim dos dons na era Apostólica?
“O amor jamais acaba, mas havendo profecias, desaparecerão, havendo línguas, cessarão, havendo ciência, passará. Porque em parte conhecemos e em parte profetizamos. Quando, porém vier o que é Perfeito, então o que é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino, quando cheguei a ser homem desisti das coisas próprias de menino. Porque, agora vemos como em espelho, obscuramente, então veremos face a face. Agora, conheço em parte, então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, porém o maior destes é o amor”.
O fato de o Apóstolo colocar os dons de profecias, línguas e ciência como dons temporários, não significa que esses dons já cessaram, pois isso só ocorrerá quando vier o que é “Perfeito” (vs 10). O Argumento do Apóstolo é enfatizar que todos os dons serão temporários, enquanto o amor irá continuar por toda a eternidade, isso não quer dizer que os dons desaparecerão, mas que quando vier o que é Perfeito não haverá necessidade da permanência desses dons.
Nota de oCaminho: Sha’ul escreveu suas cartas cerca de 20 anos após a cruz; portanto, ao dizer “quando vier” está fazendo uma clara referencia à Volta do Messias e não à Sua vinda em carne [já havia vindo], quando morreu na cruz!!!
Wayne Grudem faz o seguinte comentário sobre o fato do que é o Perfeito que dará fim a utilidade dos dons: “(…) Isso significa que o tempo em que virá o que é “Perfeito” deve ser o tempo da volta de Cristo. Portanto, podemos parafrasear o versículo 10: “Mas quando Cristo voltar, profecia e língua (e outros dons imperfeitos) desaparecerão”. Dessa forma, temos em I Co 13:10 uma declaração definida acerca do tempo de desaparecimento dos dons imperfeitos como a declaração definida acerca do tempo de desaparecimento dos dons imperfeitos como profecia: eles vão “se tornar inúteis ou desaparecer” quando o Messias voltar. E isso implica que eles vão existir e ser úteis à igreja através dos tempos [incluindo HOJE] até o dia em que Cristo voltar para estabelecer sobre a Terra o Seu Reino Messiânico e milenial”
É importante observar que o Apóstolo fala que a ciência cessará, porém ninguém admite que a ciência esteve somente na era apostólica, tão pouco que um dia deixaremos de aprender, mas o que se entende é que essa ciência, será algo que não haverá necessidade de a utilizarmos depois que vier o que é Perfeito. Mas o que será esse Perfeito que há de vir? Os cessacionista, não admitem que esse Perfeito que há de vir seja Yaohushua, pois se assim admitisse, não haveria discordância com a teoria dos que crêem na continuidade dos dons na era presente, façamos uma análise dessa teoria.
1.1 Cânon: “O Perfeito” que já veio na seleção dos livros inspirados”
Há diversas teorias incluindo o argumento que seria “a maturidade que a Oholyáo alcançaria”, ou “o retorna da Casa de Israel [os gentios] na Oholyáo”, porém a mais destacada, é a que afirma que o apóstolo estava “se referindo à conclusão dos livros que seriam considerados inspirados, vejamos o silogismo desse argumento do Dr. Reimond, citado por Waine Grudem:
(a) “As coisas imperfeitas mencionadas nos versículos 9-10 – profecia, línguas e conhecimento – são meios incompletos de revelação, “todos eles relacionados com o ato pelo qual o ETERNO torna sua Vontade conhecida à sua igreja “.
(b) “O que é Perfeito” nesse contexto deve referir-se a algo na mesma categoria de “o que é imperfeito”.
(c) Portanto, “o que é Perfeito” nesse contexto deve referir-se a um meio de revelação, um meio completo. E esse meio completo pelo qual o ETERNO dá a conhecer Sua vontade à Kehiháh, é a Escritura.
(d) Conclusão: “quando vier o que é Perfeito” refere-se ao tempo em que o cânon das Escrituras estiver completo”.
Nota de oCaminho: Como é fácil “criar” uma doutrina… Portanto, após o ano 100 d.Y (quando o cânon se encerrou), a CIÊNCIA deixou de existir!!! E, antes disto – época em que faltava apenas algumas poucas cartas – a Tanakh era imperfeita (sem as cartas do chamado NT)? E, o Messias usava (citava) algo “imperfeito”???
Esse argumento embora apresente uma lógica dedutiva coerente (porém duvidosa), perde sua força, na segunda premissa quando afirma que o que é Perfeito “deve” referi-se a um meio de revelação, mais completo, e que a Escritura seria esse meio completo, pois teríamos que admitir que o apóstolo teria menor conhecimento do que temos hoje, ver a bíblia face a face, e conhecê-la na sua plenitude não foi possível ao próprio Shaul, tão pouco a nós hoje, destarte que também a “Escritura” não poderá nos conhecer como a conhecemos. Assim, este texto exige que sejamos o sujeito do conhecimento, e ela, o objeto do conhecimento.
O Dr. Martin Lloyd-Jones, escreve sobre a dificuldade hermenêutica sobre essa teoria em relação ao fechamento do cânon do Novo testamento como aquilo que é Perfeito citado pelo apóstolo:
“Significa que você e eu, que temos as Escrituras abertas diante de nós conhecemos a Verdade do ETERNO muito mais que o apóstolo Shaul […]. Significa que nós todos somos superiores […] até mesmo aos próprios apóstolos, incluindo o apóstolo Shaul; pois JÁ temos as Escrituras completa! Significa que estamos agora numa posição em que […] “conhecemos como também somos conhecidos” pelo ETERNO […]. Realmente, só existe uma palavra para descrever tal ponto de vista: Absurdo [ventos de doutrinas]!!!
O Extremismo da anti-continuidade dos dons leva ao contraditório, como reconheceu o doutor Martin Lloyd Jones. Não crer numa doutrina é aceitável, assim como é aceitável a contestação de qualquer ponto doutrinário defendido pelo homem, porém contradizer as regras universais de hermenêutica é relativizar qualquer tentativa de defender um ensino como verdade absoluta.
John MacArtur, teólogo que defende a teoria cessacionista tenta criar uma tese* com argumentos para aniquilar a possibilidade dos dons como línguas e milagres na Oholyáo de hoje:
“O último milagre documentado no Novo testamento aconteceu por volta do ano 58 com a cura do pai de Públio (Atos 28:7-10). Dos anos 58 a 96, quando João/Yao’khanan terminou o livro do Apocalipse, não há nenhuma documentação de milagre. Os dons de milagres tais como línguas e curas só são mencionados nas epístolas mais antigas, tal como I Coríntios. Quando chega a Efésios e Romanos, ambos os quais discorrem sobre os dons do Espírito em detalhes, não há menção alguma de dons de milagres. Até àquela época a ocorrência cotidiana dos milagres já era considerada algo pertencente ao passado porque a Palavra do ETERNO e a revelação já estava substancialmente confirmada e estabelecida”.
* Uma “doutrina” explica-se por ela mesma, sem a necessidade de extensos estudos comprobatórios… Observe, por exemplo, as dificuldades [e malabarismos para derrubar as contradições bíblicas] que os arrebatatoristas (arrebatamento secreto) e os trinitarianos têm para “comprovar” tais doutrinas advindas do paganismo!
O Extremismo tem deixado sua marca negativa na história, assim como a própria teologia calvinista extrema do autor citado acima; que, num silogismo de decretos não deixa espaço para o homem ser uma criatura moral diferente das demais que o ETERNO mesmo fez questão de diferenciar ao outorgar-lhe a sua Imagem e Semelhança, isso porque tenta resolver os mistérios paradoxais que um CRIADOR infinito, com certeza teria como marca de Sua infinitude. Como base para mostrar que o uso ou não de um dom na história não é prova que ele existe ou deixou de existir quero citar um trabalho apologético muito equilibrado, de Allan Pieratti:
“[…] pouca coisa pode ser dita sobre a era pós-apostólica imediata (70-110 d.Y.), pois do período que abrange entre 30 e 50 anos posteriores à morte dos apóstolos não existem registros escritos (isto determina que não houve milagres neste período?). Portanto, é melhor abster-se de apresentar argumentos baseados no silêncio […], a completa falta de material desse período não nos permite dizer que os sinais e maravilhas desapareceram ou continuaram. Para fazer esse tipo de julgamento precisamos olhar para um período posterior […]. Os indícios do final do século II e do começo do III (160-240 d.Y.), favorecem a existência, em alguns segmentos da Oholyáo, tanto de dons de sinais miraculosos quanto de cura miraculosas. Nos textos de Irineu, de Tertuliano e de Novaciano há referências suficientes para confirmar a existência deles em pelo menos algumas congregações […]“.
Alan Pieratt continua sua análise histórica sobre os sinais e maravilhas desde a era dos escritores pós-apostólicos até a reforma, destacando os prós e os contras da teoria da continuidade e chega a conclusão de que não há argumentos que possa definir a cessação dos dons após a conclusão do cânon; ele faz o seguinte comentário:
“[…] mesmo que o leitor chegue à conclusão baseada no registro histórico de que não existiam sinais e maravilhas legítimos de qualquer espécie, na oholyáo do primeiro século [após o livro de Atos], isso não significa a conclusão (teológica) de que eles não devem existir hoje, porque é possível extrair mais de uma interpretação desse desaparecimento. Sozinhos, os indícios da história não tem condições de responder à pergunta que traz um “por que”: “Porque o poder de operar sinais e maravilhas desapareceu” […] ou, pode-se afirmar que o desaparecimento desse poder deve-se à igreja, que não preservou seu fervor espiritual e contrariou a vontade do ETERNO.
Os argumentos históricos não podem ser o ponto final em qualquer discussão de questões teológicas, pois eventos do passado não podem determinar totalmente o presente nem o futuro. Se o argumento da teologia reformada se baseia na história e condena os pentecostais, por firmar-se na experiência, surge então a questão: Será que a base da teologia histórica reformada também não baseia sua teologia na experiência de não ter a experiência [!]?
Os Protestantes históricos [denominações tradicionais pós-reforma luterana] que defende o fim dos dons como o falar em línguas e milagres, com base na sua “experiência de não ter experiência” usam a história como o juiz determinante para sua teologia. Enquanto os pentecostais do outro lado usam como base na sua “experiência de ter experiência”, usando a mesma história como o fator determinante de apoio para a sua teologia. E, interessante notar, que enquanto alguns extremistas da teologia tradicional acusam os pentecostais de “pragmatismo”, que faz da experiência o fator decisivo para aceitar o uso dos dons como válido para os dias atuais, a própria tese usada como ataque, é justamente a antítese, pois, se por um lado os pentecostais são acusados de “pragmáticos”, por fazer da experiência a base para aceitar a continuidade dos dons, o mesmo “pragmatismo”, é encontrado nos tradicionais, porém, um pragmatismo diferente, que podemos denominar como pragmatismo passivo; não é a experiência do fazer, mas a experiência do não fazer! Vejamos o comentário de Alan Pieratt corroborando esse comentário:
“Os protestantes modelam a interpretação que fazem da Escritura e da história para refletir sua falta de experiência com sinais e maravilhas. Os pentecostais modelam suas experiências com dons de sinais miraculosos e com manifestações “do espírito”. Assim, chegar à verdade que está na raiz desse exame, qualquer que seja ela, significa concentrar-nos no modo pelo qual nossa experiência modela nossa teologia”. Seria algo semelhante ao que a ICAR faz com a “sua tradição” acima das Escrituras!
Não sou anti-tradicional, pelo contrário agradeço ao ETERNO pelos teólogos reformadores, que com muito zelo, nos deixaram uma herança bendita; que foi o início da purificação doutrinária [Reformaram tudo! Será? Porque então continuaram com a trindade; nascimento virginal e uma data natalícia inconcebível, pagã? E o ir para o céu??? Quantos paganismos advindo da ICAR, estes mantiveram… Na realidade, os reformadores apenas se livraram das imagens, continuaram “católicos”], através da reforma, no entanto temos de reconhecer que a revelação do ETERNO não pode ser empacotada com premissas que achamos que são absolutas, que nesse “absolutizar” da nossa teologia, paga-se o preço de relativizar [ou diminuir] o poder do ETERNO.
Devemos aprender lições através da história; temos conceitos que não devemos abrir mão, porém não devemos esquecer uma relevante advertência sobre a nossa Teologia: “…Não se deve refletir teologicamente para monopolizar a Verdade, mas para conscientizar homens das Verdades que lhes são reveladas”.
O Dom de Língua [escriturístico], especificamente…
Dom de Línguas Estranhas Influente no Meio Pentecostal
By Rubens Nisio
Edição de oCaminho
Ultimamente esta doutrina está se infiltrando no seio de todas as denominações históricas, metodistas, presbiterianos, episcopais, luteranos e até mesmo no catolicismo romano. Uma doutrina estranha de fundo ecumênico, dando ênfase especial às curas milagrosas e ao falar LÍNGUAS ESTRANHAS, afirmando serem estas últimas o sinal evidente e necessário do batismo “no Espírito Santo”.
Essa doutrina é propagada por movimentos interdenominacionais conhecidos pelos nomes de Renovação ou Reavivamento Carismático, Novo Pentecostalismo ou Pentecostalismo, Nova Penetração ou ainda Movimento Moderno de Línguas. Utilizando-se de todos os meios de comunicação para difundir as suas idéias, seja promovendo reuniões ecumênicas, seja através da imprensa, rádio, TV, etc. Partindo de falsos conceitos da doutrina Escriturística sobre o assunto, os seus adeptos, incitam os crentes a procurarem essa experiência por todos os meios. Em consequência, as reuniões que promovem geralmente são caracterizadas por um aparente e ruidoso “fervor espiritual”, motivados pelo desejo de participarem de novas e excitantes experiências religiosas.
Se bem que o fervor e avivamento da nossa fé sejam qualidades sempre recomendáveis, devemos considerar que os aparentes resultados de uma experiência espiritual não constituem a prova da sua autenticidade divina. Todas as experiências devem ser julgadas à luz da Palavra de YAOHUH UL’HIM, e não vice-versa, pois os fins não justificam os meios. Somente Ela [a Palavra ou o “está escrito”], deve ser a nossa única e final autoridade para julgarmos se uma experiência é de origem divina, humana ou diabólica. I Jo 4:1.
Complementando essa matéria, destacamos a seguir, resumidamente, alguns pontos em que as idéias e práticas propaladas pelos referidos movimentos contrariam os claros ensinos da palavra de YAOHUH UL’HIM, permitindo que cada membro possa compreender a natureza básica dos mesmos e avaliar a origem [SATÂNICAS] daquelas experiências:
O Que é o Dom de Variedade de Línguas
- Segundo o conceito Bíblico, o verdadeiro “DOM DE LÍNGUAS”, (ou xenoglossia) é a faculdade sobrenatural de falar em línguas estrangeiras [das nações] sem tê-las aprendido. I Co 14:11, 21. Consiste, portanto, em se expressar em formas definidas de linguagem, peculiares a povos e nações deste mundo. Convém observar que em certas edições das Escrituras Sagradas na versão Almeida, consta a expressão imprópria LÍNGUA ESTRANHA, por infeliz inserção [satânica] do adjetivo “estranhas” feita pelos tradutores [paganizados e influenciados por suas crenças pessoais]. Nota-se, porém que esta palavra está impressa em tipo diferente (itálico), para significar que ela não se acha no texto original (grego). Em edições mais recentes, da mesma versão, esta palavra foi suprimida, sendo a expressão corrigida para “outras línguas”. Consultem Atos 2:1-13; I Co 12:10, 28; 14:6-11, 18, 21.
Ao contrário, os adeptos dos citados movimentos pretendem que o dom de língua consiste no balbuciar desconexo de uma espécie de palavras e sons incoerentes e sem sentido (glossolalia), proferidas em estado de êxtase espiritual, como se fossem línguas estranhas, misteriosas e completamente desconhecidas pelos homens; somente inteligíveis, segundo eles, por quem esteja carismáticamente preparado para sua interpretação.
Após minuciosos e exaustivos estudos realizados sobre gravações dessa fala atabalhoada, eruditos linguísticos chegaram à conclusão que ela não tem qualquer base de linguagem, pois não apresentam nenhuma estrutura ou regra gramatical, características de um idioma [exceto pelos imitadores que pretendem fazer uma repetição de alguma palavras mal interpretadas por Yaohushua, na cruz – não entendida pelas pessoas presente; Mt 27:46]. Por conseguinte, as chamadas “línguas estranhas” apregoadas pelos modernos glossolalistas como sendo línguas desconhecidas (língua dos anjos), são apenas uma forma de “fala extática”, formada pela emissão confusa e repetida de sílabas e sons em estado de êxtase, porém totalmente desconexos e ininteligíveis. I Co 14:9. Muitas vezes esses fenômenos são acompanhados de gritos, piados, grunhidos, uivos, batidas de pé, tremores, convulsões e outras manifestações físicas anormais e completamente descontroladas, que também não se harmonizam com as normas Escriturísticas de decência, ordem e auto-controle. I Co 14:28, 30, 32, 33, 40; Gl 5:22, 23.
Nota de oCaminho: Que “anjos” são estes que não possuem poder suficiente para falar em nossa própria língua a ponto de ser necessário “interpretes”?
- Segundo as Escrituras Sagradas, os dons espirituais, inclusive o de línguas, são dados por Yaohushua hol’Mehushkyak espontaneamente, a cada um como Ele quer e para o que for útil à Sua Kehiláh, segundo a sua soberana vontade e seus propósitos e não segundo o desejo do homem. I Co 12:7-11, 18, 28-31 ; Ef 4:8, 11. Ele dispõe os membros do Seu Corpo – a Sua Kehiláh – de forma conveniente, como lhe apraz, dotando-os com dons espirituais que se fizerem necessários para o perfeito e harmonioso funcionamento de todo o organismo. I Co 12:11-13; Rm 12:4-8; Ef 4:3-6.
Os modernos pentecostalistas, pelo contrário, procuram avidamente falar nas chamadas “línguas estranhas” (como faziam os de Coríntios, motivo pelo qual foi escrita a carta), porquanto as consideram ser o sinal evidente do batismo “do Espírito Santo”, o terceiro deus desta triade pagã. Persuadidos por falsos conceitos a esse respeito, eles tomam a iniciativa para alcançar essa tão almejada experiência espiritual, chegando até a formular instruções e recomendar métodos de auto-sugestão para facilitar a sua realização, contrariando assim os critérios Escriturísticos. Procuram todos possuir o mesmo dom de falar “línguas estranhas” e, portanto, ter a mesma função no corpo; também em contraposição aos ensinos. I Co 12:17-20, 29, 30.
- As Escrituras Sagradas ensinam que o homem deve amar a YAOHUH UL’HIM de todo o coração, de toda a alma de todas as forças e de todo o entendimento [Dt 11:13]. Ou seja, deve orar com o entendimento, cantar com o entendimento e falar à oholyao com entendimento, pronunciando palavras bem inteligíveis. Em suma, ele deve adorar e louvar a YAOHUH UL’HIM em sua plena consciência (lembre-se que o ETERNO marca apenas na TESTA). Isto envolve o homem todo, suas faculdades emocionais, espirituais, físicas e mentais. Lc 10:27; I Co 14:7, 9, 15, 19, 32; Ef 1:17, 18.
UL (o Criador, Yaohushua) criou o homem com inteligência e deu-lhe o livre-arbítrio para decidir livre e conscientemente o que fazer, e certamente, o PAI – UL’HIM – só aceitará a sua adoração e o seu louvor quando prestado espontaneamente, no pleno domínio de suas faculdades mentais, e não “fora de si” em estado de histeria, hipnose ou êxtase espiritual, dirigido por forças ou poderes estranhos, malignos, sem saber o que faz ou o que diz.
Segundo o conceito pentecostalista, aquele que estiver falando em “línguas estranhas”, a sua mente, seu intelecto e sua compreensão permanecem aquiescentes, em estado de transe, sem entender [ou saber] o que está dizendo ou fazendo, sob o domínio de “uma força estranha”, à semelhança de um “médium espírita” (esperando, talvez, que mais tarde um irmão lhe diga o que aconteceu).
Nota de o Caminho: Esta força estranha provém de satanás, transvertido de um “terceiro deus”, o E.S. da tríade – Mt 7:21-23.
- Sempre ligado ao dom de línguas, está o dom de “interpretação de línguas”. I Co 12:10, 30; 14:5, 26, 28, que é a capacidade divinamente dada de traduzir para o idioma da congregação o que fora dito em idioma estrangeiro. I Co 14:9-11. Porém, nestes cultos”, raramente se vê um interprete, todos querem falar em línguas; e isto, todos ao mesmo tempo!!!
As Escrituras Sagradas proíbe que se fale em outra língua na congregação, se não houver um intérprete presente. I Co 14:28, pois ninguém entenderia o que se dissesse, consequentemente, a ordem “não proibais” do versículo 39 está sujeita à condição anteriormente estabelecida no versículo 28. É evidente que não há necessidade de intérprete quando se fala em idioma estrangeiro, porém peculiar aos ouvintes, pois todos o entenderiam. Isto é como se eu, falando o português, estivesse participando de um culto na Inglaterra, por exemplo; mas para brasileiros!
Isto não se faz pelo moderno movimento de línguas porque a grande maioria de sua fala é constituída de sons desconhecidos, que não podem ser traduzidos, contrariando assim a norma Escriturística. Em experiências realizadas por estudiosos desses fenômenos, foi constatado que a mesma fala extática teve interpretações diferentes, o que invalida a sua autenticidade.
- O regulamento Bíblico que diz: “não havendo intérprete, fique calado na igreja”, I Co 14:28, indica que o genuíno dom de línguasé controlável pela pessoa que o possui, pois só o exerce em plena consciência, no momento oportuno e quando tem conhecimento de que há um intérprete presente capaz de traduzir as suas palavras para o idioma compreensível pela congregação. E, para se estar consciente, exige-se que a pessoa esteja de “olhos abertos” – Nm 24:15 – coisa rara nestas manifestações…
O movimento moderno de línguas tem violado continuamente esse regulamento que é mandamento do Criador. I Co 14:37. Porquanto a fala extática é ininteligível e, portanto, sem interpretação!
- Segundo as Escrituras Sagradas, quando uma pessoa crê em Cristo para a salvação, naquele mesmo momento ela é “batizado no Espírito Santo”. I Co 12:13; Ef 1:13. O verdadeiro cristão tem deste santo Espírito, Yaohu’shua, porque creu nEle e foi chamado. Rm 8:9-11. Não há nenhum período entre a conversão e o recebimento do “Espírito Santo”. Leia-se ainda I Co 12:3-6; Rm 6:3, 4; Ef 4:1-5; Gl 3:27-29; Cl 2:12.
Nota de o Caminho: Este “batismo” (quando necessário) pode vir antes [Atos 10:44-48] ou depois do batismo [Atos 19:5-6] por imersão…
Ninguém pode aceitar a Cristo como Salvador sem ao mesmo tempo ter o Pai, em Espírito, que é Santo (Jo 4:24). Ef 4:4-6; 3:14-21; I Jo 2:23, 24; 5:6, 10-12. No momento que ouvimos e cremos na palavra de YAOHUH UL’HIM, fomos selados neste Espírito [Ef 1:13] e cada crente coloca-se no corpo de Cristo, com um dom que Ele [o Messias] lhe deu para capacitá-lo a funcionar nesse corpo. Isso não depende de experiências visíveis ou de seu subsequente “revestimento do Espírito”. I Co 12:12-14, 18, 27; Rm 12:4-8; Jo 3:8.
Não há um sinal distintivo como falar línguas para evidenciar a presença ou o batismo do “Espírito Santo”. Exigir evidência física é andar pela “vista” em vez de pela “fé”. Gl 3:14; Ef 3:17-20; I Jo 3:24; 4:13; Ef 1:13.
Os fenômenos de falar línguas estrangeiras, constantes dos relatos Bíblicos, destinam-se a marcar o cumprimento de profecias e da promessa de Yaohushua aos seus discípulos capacitando-os para poderem disseminar o Evangelho naquela localidade específica [Jo 14:16, 17, 26; Lc 24:49; I Co 14:21, 22]. Não constituem um padrão permanente de experiência a ser procurado pelos cristãos para evidenciar a presença ou “o batismo do Espírito Santo”, como pretende os adeptos do movimento moderno de línguas; porquanto os fenômenos relatados no livro de Atos apresentam-se com características diferentes entre si. Assim, eles erram tanto na compreensão da natureza como dos propósitos desse dom [Mt 22:29; II Pe 3:17, 18]. Biblicamente, a certeza da salvação decorre simplesmente de se crer na Palavra de YAOHUH UL’HIM [Jo 1:12; 3:16]; do testemunho interior do santo Espírito [Yaohushua hol’Mehushkyak) cf. Rm 8:16; Ef 3:14-17] e da vida modificada resultante, [Tt 3:5; I Jo 2:4; 3:14; 5:2, 3].
Assim, a segurança de uma vida cheia do espírito provem de uma vida de testemunhos, [Atos 1:8; Ef 5:18-21] e da frutificação do caráter cristão, [Jo 15:1-8; Gl 5:22, 23].
As Escrituras Sagradas afirma que todos os salvos foram “batizados no Espírito Santo” [I Co 12:13, Ef 1:13], mas que nem todos falam línguas – I Co 12:30. Há inúmeros exemplos de personagens escriturísticos que foram “cheios do Espírito Santo” e não falaram línguas [Sl 51:11; Is 61:1; Mq 3:8; Lc 1:41; 2:25-27; Atos 6:5-8; 11:24; etc]. O próprio Yaohushua não falou em “línguas estranhas”. Será que Ele não possuía do Santo Espírito, Rúkha-YAOHUH?
O Novo Testamento relata 18 casos de derramamento do “Espírito Santo”, mas em 14 deles não menciona que o dom de línguas tenha sido concedido. As passagens Escriturísticas referentes ao revestimento, enchimento ou plenitude do “Espírito Santo”, que devemos almejar continuamente, não indicam a glossolalia como a sua evidência necessária, mas outros resultados e qualidades espirituais que manifestam aquele estado. Ef 5:18-21; 4:11-13; Gl 5:22, 23; I Co 6:11; Atos 4:31; 5:32; Jo 14:16, 17; 16:13;
Assim, a pretensão do moderno movimento de línguas, de que a glossolalia é a evidência do “batismo do Espírito Santo” tem a ser considerada como anti-escriturística.
- As Escrituras Sagradas declara que o “Espírito Santo” é o Espírito da Verdade e que Ele nos guia a toda a Verdade – Jo 14:16, 17; 16:13; I Jo 2:27; At 5:32; Pv 28:9. Toda doutrina Escriturística se resume em três verdades fundamentais: Cristo – Jo 14:6; a Palavra – Jo 17:17 e a Santa Lei – Sl 119:142; I Jo 5:2, 3.
Nota de o Caminho: Após o Pentecostes o Pai e o Filho passaram a habitar em quem os aceitaram como redentores – Jo 14:21, 23.
O moderno movimento de línguas reflete a confusão e a ignorância quanto à doutrina Escriturística. Os seus seguidores pertencem às mais variadas correntes religiosas, professam diferentes e antagônicos princípios de fé, de doutrina e de prática, porém se consideram batizados “no Espírito Santo” só porque falam “línguas estranhas”. Todas as espécies de fundamentos doutrinários são aceito, conquanto que a pessoa tenha tido essa experiência. Como admitir-se a sábia e ordenada direção “do Espírito Santo” nesse aglomerado heterogêneo de idéias contraditórias (anti-escriturística, como a trindade) que negligenciam a doutrina Escriturística e desprezam os Mandamentos de YAOHUH UL’HIM…
Nota de o Caminho: Afrontam o Mandamento não guardando o 4º; ignoram a lei dos alimentos e, principalmente, crêem em um terceiro deus (que não perdoa)! Como pode o ETERNO habitar entre incrédulos???
Até mesmo a Igreja Católica Apostólica Romana [ICAR] que de igreja Cristã não tem absolutamente nada, pois é pagã (adoram todos os tipos de santos e tem a Maria como intercessora [e mãe de “deus”], quando as Escrituras Sagradas diz que não há salvação em nenhum outro Nome* [At 4:11, 12; Rm 5:10, 18, 19; Ef 2:22-22; I Pe 3:18; II Co 5:21] estão recebendo o dom de “LÍNGUAS ESTRANHAS” (o ETERNO entre eles?).
Nota de o Caminho: Até em um falso NOME [jesus – AP 13:8] eles crêem, ignorando o Nome!!!
Haveria ainda outros aspectos a considerar sobre a natureza desses movimentos, porém cremos que os enumerados acima são suficientes para demonstrar que as experiências que eles defendem não podem ser de YAOHUH e de Seu Filho, Yaohushua, porque contrariam os preceitos das Sagradas Escrituras, a nossa única e final autoridade para se determinar a fonte atual de qualquer experiência espiritual.
É provável que algumas dessas manifestações seja de origem psicológica, motivadas pela intensa excitação dos sentimentos, por um ambiente fortemente emotivo, capaz de atuar em maior grau, de acordo com a compleição psíquica de cada indivíduo. Há casos em que essas manifestações são artificiais, simuladas por pessoas que apenas querem acompanhar os outros, por questão de prestígio ou de constrangimento. No entanto, a grande maioria dos fenômenos são realizados sob a influência ou possessão demoníaca, conforme admitem os próprios defensores desses movimentos. Pois o crente coloca-se numa posição particularmente vulnerável quando é persuadido a suspender toda a atividade mental (hipnose) e a entregar a sua vontade – Livre Arbítrio – à uma inteligência invisível, que presume ser o “deus Espírito Santo”.
Mas, de qualquer forma essas falsas manifestações do “dom de línguas” serão eliminadas se forem aplicadas rigidamente as normas Escriturísticas sobre o assunto, quanto a sua natureza, finalidade e prática. Jo 8:32.
Naturalmente que Yaohushua hol’Mehushkyak tem o poder de fazer hoje em Sua Oholyáo o que fez no passado, nos tempos apostólicos, quando a mesma estava incipiente, outorgando-lhe os dons conforme as suas necessidades. Porém Ele o fará somente quando lhe aprouver, de acordo com os Seus propósitos oniscientes, e não segundo a vontade do homem [At 8:20], ainda que sinceramente convicto, mas baseado na má interpretação da Sua Palavra. Novamente Mt 7:21-23.
Resumindo:
- O dom de línguas é um dos dons espirituais distribuídos por Yaohushua hol’Mehushkyak na Oholyáo. I Co 12: 1-31; 14:1-5, 12, 39, 40; Ef 4:7, 8, 11, 12.
- Esse dom consiste na capacidade de falar idiomas estrangeiros [xenoglossia] sem antes tê-los aprendido, concedida por obra e vontade do Espírito Santo (Rúkha-Yaohushua) [Atos 2:11]. Trata-se, portanto, de falar línguas reais, faladas por outros povos deste mundo e não de simples emissão de sons incompreensíveis e sem sentido, como se fossem línguas desconhecidas, misteriosas ou celestiais. At 2:1-13; I Co 12:7; 14:6-11, 18, 19.
Nota de o Caminho: Repito, os anjos não teriam poder suficiente para falar a nós em nossa própria língua, precisando valer-se de interprete, conforme Sha’ul sugere?
- A finalidade primordial desse dom era evangelizar o mundo descrente. At 2:1-13, 17, 18; 10:44-46; 19:1-6; I Co 14:3, 24, 25; Mc 16:15, 17.
- A sua manifestação dentro da Oholyáo, nas reuniões cristãs, somente é permitida se houver intérprete, pois, se ninguém entende o que se dissesse não haveria nenhum proveito para a edificação espiritual da mesma; além disso, a sua eventual apresentação deve estar sujeita à ordem e disciplina, para evitar a confusão e o BARULHO que a ninguém edifica. I Co 12:7; 14:1-23, 27, 28, 32, 33, 39, 40.
- Falar em “outra língua” não representa a prova evidente ou necessária de recebimento do Rúkha-YAOHUH ou o Seu selo, ou o Seu batismo. Somente aplicando os critérios escriturísticos poderemos distinguir entre as verdadeiras manifestações do Verdadeiro santo Espírito (Jo 4:24; At 20:28) e as suas falsificações, disseminadas em muitas igrejas contemporâneas – Jo 14:15, 16; 16:13; At 2:4, 6-8, 38, 39; 4:31; 5:32; 11:24; I Co 3:16; 6:11; 12:4-7, 28-30; Gl 3:14; 5:22, 23; Ef 4:11-13.
Amnao!
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Dúvidas: