No Limiar do Tempo do Fim…
“Não se turbe o vosso coração; credes no ETERNO, crede também em Mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para Mim mesmo, para que, onde eu estiver estejais vós também“. (Jo 14:1-3) [a]
As Bestas do Apocalipse
Edição de oCaminho
1. Sinais da vinda de Yaohushua
Yaohushua hol’Mehushkyah, depois de sua morte e ressurreição no ano 31 de nossa era, subiu aos céus prometendo que voltaria para destruir a maldade e instaurar seu reino onde a paz e a felicidade eternas serão estabelecidas [b]. Será possível conhecer a data deste evento? O próprio Yaohushua responde:
“Porém daquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai… Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. Por isso, estai vós apercebidos também, porque o Filho do Homem há de vir à hora em que não penseis“. (Mt 24:36,43,44).
É por esta razão que não devemos nos deter em especulações quanto às datas, que o ETERNO não revelou. Yaohushua nos disse que vigiemos, mas sem fixar uma data definida. Não podemos nos assegurar que Yaohushua regressará dentro de um, dois ou cinco anos, nem tampouco devemos atrasar sua vinda dizendo que talvez não se produza nem em dez, nem em vinte anos.
Contudo é claro que nenhum ser humano sabe o momento exato da vinda de cristo, o ETERNO o sabe e não permitira que este acontecimento chegue sem aviso para aqueles que o estejam esperando:
“Porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do CRIADOR virá como o ladrão de noite. Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele Dia vos surpreenda como ladrão“. (I Ts 5:2-4).
Por quê razão este grupo não permanece em trevas? O que lhes permite conhecer o que o resto do mundo ignora?
“E temos, mui firme, a palavra dos profetas, a qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro...” (II Pd 1:19).
Segundo o ensinado pelo Mestre Yaohushua hol’Mehushkyah, estar atento à palavra dos profetas é o que nos permitirá conhecer quão perto se encontra o dia de Seu segundo advento:
“Aprendei, pois, esta parábola da figueira: quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas essas coisas, sabei que ele está próximo, às portas“. (Mt 24:32-33).
Que coisas? Há aproximadamente dois mil anos os discípulos preocupados com este mesmo assunto consultaram a seu Mestre, que lhe revelou as mais importantes. Esta conversa está registrada nas Escrituras para nosso conhecimento.
“E, estando assentado no monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos, em particular, dizendo: Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo? E Yaohushua, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane, porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o hol’Mehushkyah; e enganarão a muitos. E ouvireis de guerras e rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos em vários lugares. Mas todas essas coisas são o princípio das dores“. (Mt 24 3-8).
Se você é daquelas pessoas que gostam de estar em dia com as notícias certamente verá nesta declaração de Yaohushua hol’Mehushkyah, uma impressionante descrição do que está acontecendo agora mesmo no mundo. Se você comprar o jornal de hoje é muito provável que encontre informações acerca de ‘seres iluminados’ que asseguram que são a encarnação de hol’Mehushkyah e que vieram para salvar o mundo. Também lerá sobre as últimas guerras suscitadas no Oriente Médio e outras zonas de conflito. Lerá acerca dos últimos rumores de guerras anunciadas por astrólogos lendários como Nostradamus ou outros videntes modernos em destaques; se inteirará dos milhares de mortos e feridos deixados pelo último terremoto em algum lugar do planeta; se informará da última epidemia coletiva nos países africanos e do novo vírus letal criado por acidente em um laboratório de prestigio em manipulação genética. Tomará consciência da desolação na Etiópia, onde seus habitantes morrem por falta de alimentos e ÁGUA! Lerá sobre a crise econômica mundial e da terrível taxa de desemprego que está fazendo que cada vez mais pessoas tenham fome, mesmo nos países mais industrializados.
Apesar do incrível cumprimento das palavras de hol’Mehushkyah, devemos levar em conta que embora elas anunciem que Ele vem, estes sinais não são os últimos nem os definitivos. Se leres esta passagem com cuidado notarás que Yaohushua hol’Mehushkyah disse: “mas ainda não é o fim” e “tudo isto é só o princípios das dores” [c]. Isto mostra que ainda faltam algumas coisas por vir, quais são? Leia com atenção a continuação do sermão pregado pelo Mestre Yaohushua aos discípulos:
“Então, vos hão de entregar para serdes atormentados e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as gentes por causa do meu nome. Nesse tempo, muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão. E surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará. Mas aquele que perseverar até o fim será salvo. E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim“. (Mt 24:9-14).
Observe a diferença da primeira parte de seu sermão, neste trecho Yaohushua faz alusão direta aos eventos que devem acontecer pouco antes do fim do tempo, pois termina com as palavras “e então vira o fim”. Resumamos estes eventos:
– O povo do ETERNO será entregue à tribulação [AQUI, OS PENTECOSTAIS CRIARAM O ARREBATAMENTO SECRETO PARA QUE ASSIM “FUJAM” DA GRANDE TRIBULAÇÃO]. Se levantará um ódio generalizado contra eles e lhes perseguirão até a morte.
– Os homens odiarão uns aos outros [MARCUS ACRESCENTA “FILHOS MATANDO PAIS” – NO BRASIL, SUZANE VON RICHTHOFEN INICIOU ESTA PARTE DA PROFECIA], a maldade multiplicará e o amor de muitos se esfriará.
– Falsos profetas se levantarão e enganarão a muitos [MILHARES DE LÍDERES ESPIRITUAIS SE ENRIQUECENDO COM OS DÍZIMOS – QUE É ANTIBÍBLICO – ENTREGUES À ELES; TEMPLOS CADA VEZ MAIS RICOS PARA PROVEITO PRÓPRIO].
– O evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações [É NESTE PONTO QUE AS “INTERPRETAÇÕES” FOGEM DO CONTEXTO – O FIM SÓ OCORRE DEPOIS DO MILÊNIO E, PORTANTO, A PREGAÇÃO FINAL DO EVANGELHO, OCORRE DENTRO DO MILÊNIO – Is 66:19].
Embora muitos intérpretes citem estes quatros pontos como se tratassem de fatos isolados, o contexto mostra que eles na realidade, fazem parte de uma mesma profecia, pois o ódio e o desamor dos habitantes da terra, somados à obra dos falsos profetas darão como resultado a perseguição e morte daqueles que se levantam para pregar o evangelho do Reino do ETERNO. Esta conclusão é completamente confirmada por Yaohushua no livro de Apocalipse:
Advertência: O que é descrito na passagem seguinte não é literal em todos os seus aspectos. Apenas mostra, por meio de símbolos, os personagens e os eventos implicados no TREMENDO conflito que se desencadeará antes da vinda de hol’Mehushkyah.
“E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo com grande voz: Temei a o ETERNO e dai-lhe glória, porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas. E outro anjo seguiu, dizendo: Caiu! Caiu babilônia, aquela grande cidade que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição! E os seguiu o terceiro anjo, dizendo com grande voz: se alguém adorar a besta e a sua imagem e receber o sinal na testa ou na mão, também o tal beberá do vinho da ira do ETERNO, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro. E a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso, nem de dia de noite, os que adoram a besta e a sua imagem e aquele que receber o sinal do seu nome. Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos do ETERNO e a fé em Yaohushua. E ouvi uma voz do céu, que dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Mestre. Sim, diz o Espírito [YAOHUSHUA], para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam. E olhei, e eis uma nuvem branca e, assentado sobre a nuvem, um semelhante ao FILHO DO HOMEM, que tinha sobre a cabeça uma coroa de ouro e, na mão, uma foice aguda. E outro anjo saiu do templo, clamando com grande voz ao que estava assentado sobre a nuvem: Lança a tua foice e sega! É já vinda a hora de segar, porque a seara da terra está madura! E aquele que estava assentado sobre a nuvem meteu a sua foice à terra, e a terra foi segada“. (Ap 14:6-16).
Note que esta passagem de Apocalipse menciona os mesmos elementos de Mateus/Matt’yaohuh 24 com uma semelhança impressionante. Comparemos em detalhes as duas passagens:
– Mt 24:9 diz: “então os entregarão à tribulação, os matarão, e sereis odiados por todos por causa do Meu Nome” e Apocalipse 14: 12,13. Refere-se aos que tem a fé de Yaohushua. “Aqui está a paciência dos santos… Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Messias“. A causa de sua morte tem relação direta com a adoração da “imagem” do versículo 9, pois segundo Apocalipse 13:15 a esta haveria de permitir que falasse e fizesse matar a todo o que não a adorasse.
– Mt 24:9,12 assegura que para esta época se haverá “multiplicado a iniquidade” e que o povo do ETERNO será odiado por “todos”. Apocalipse 14:9 fala de uma entidade chamada “a besta”, a qual aparece em Apocalipse 13:6-8 “blasfemando contra o ETERNO” e fazendo “guerra contra os santos”. E embora pareça inacreditável, “todos os habitantes da terra” chegarão a estar de acordo com ela (vs. 8).
Nota de o Caminho: Iniquidade (anômia) significa “não seguir a Lei” ou “viver sem lei”… Além de serem trinitarianos (uma doutrina sem confirmação escriturística, advinda do paganismo), estes renegam a lei, isto é, o 4º mandamento, seguindo a Besta que saiu do mar, a ICAR; que, depois do islamismo, é a maior “religião do mundo… Importante dizer que deve-se somara à ICAR, suas filhas, os evangélicos, que aparentemente a renegam, porém em suas doutrinas são semelhantes, apenas se livraram das imagens…
– Mt 24:11 diz que “muitos falsos profetas se levantarão e enganarão a muitos.” Apocalipse 14:9 fala acerca da imposição da “marca da besta” e da adoração a esta entidade “e a sua imagem” fatos que precisamente terão sua origem na obra de um falso profeta: “… o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem”(Apocalipse 19:20). Nestes falsos profetas e principalmente em seus seguidores é que se cumpre Mt 7:21-23; isto, após o milênio na ressurreição dos ímpios – Ap 20:12-15.
– Mt 24:13 diz que “o que perseverar até o fim será salvo”. Apocalipse 14:12, falando do povo do ETERNO diz: “Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos do ETERNO e a fé em Yaohushua“. PERSEVERANÇA é apalavra chave!!!
– Mt 24:14 falando da pregação da última mensagem de misericórdia, diz: “E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo”. Apocalipse 14:6 diz: “… o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda nação, e tribo e língua, e povo”. Lemos em Is 66:19 – “Porei entre elas um sinal, e os que dali escaparem, eu os enviarei às nações, a Társis, Pul, e Lude, povos que atiram com o arco, a Tubal e Javã, até as ilhas de mais longe, que não ouviram a minha fama, nem viram a minha glória; e eles anunciarão entre as nações a minha glória”. Como o último inimigo antes do fim é a morte, e esta ainda não foi lançada no Lago de Fogo, esta passagem se cumpre dentro do Milênio terreal (At 15:16), onde nações se formarão a partir dos remanescentes do Armagedom (Is 24:6).
– Mt 24:14 diz que imediatamente depois de pregar-se o Evangelho a todas as nações “virá o fim”. Apocalipse 14:16 apresenta esta mesma verdade ao dizer “… e a terra foi segada”; pois o Mestre Yaohushua ensinou em Mt 13:39 que “a ceifa é o fim do mundo”. Após o levante final contra a Cidade Querida – a Jerusalém/Yah’shua-oleym terreal – cumpre-se II Pd 3:10.
Todo o texto anterior confirma que Apocalipse é, em si mesmo uma extraordinária ampliação dos eventos expostos pelo Mestre Yaohushua em Mt 24:9-14 e que na realidade são uma mesma profecia, por meio da qual podemos saber com exatidão quão perto ou quão distante se encontra o “fim do mundo”. Note-se que o Armagedom não representa ao “Fim do Mundo” mas tão somente o início do Milênio – o governo messiânico sobre a Terra.
É importante ressaltar que apesar da vinda de Yaohushua estar muito perto, ainda não está “às portas”. Somente quando o mundo inteiro se unir contra o povo do ETERNO, quando se decrete a morte sobre os que se negam prestar adoração a besta e a sua imagem (lembre que são símbolos), poderemos saber com certeza que a vinda de hol’Mehushkyah é iminente.
Nota de o Caminho: Supomos que o mundo vá de mal a pior e que as nações passem a acreditar que tão somente um líder religioso possa apaziguar as nações beligerantes e assim, possam “chamar” este líder [o papa] para tal governo de ordem…
Amigo leitor, não permita que seu coração se angustie e desanime com o que diz esta profecia. É certo que os que se neguem a adorar a besta e a sua imagem serão perseguidos até as últimas consequências, mas também é certo que o ETERNO é nosso Pai, nos ama e não nos deixará sozinhos na prova:
“Dizei aos turbados de coração: Esforçai-vos e não temais; eis que o vosso CRIADOR virá com vingança, com recompensa do ETERNO; Ele virá e vos salvará“. (Is 35:4). Lembremo-nos que no Egito, o Povo do ETERNO passou incólume às pragas, mesmo estando presente…
Ainda se necessário fosse dar a vida por causa da pregação do evangelho, ou se nosso corpo sofresse dor e aflição em nosso coração, tão pouco devemos temer, pois se cultivamos nossa amizade com Yaohushua e fazemos dEle o centro de nossas vidas, finalmente venceremos:
“Porque qualquer um que quiser salvar a sua vida perdê-la-á, mas qualquer que perder a sua vida por amor a Mim e doEvangelho, esse a salvará“. (Mc 8:35).
“Disse-lhe Yaohushua: Eu sou a Ressurreição e a Vida; quem crê em Mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive e crê em Mim nunca morrerá! Crês tu nisso”? (Jo 11:25,26).
Nota de o Caminho: Não precisaremos ser “arrebatados” para não presenciarmos/sofremos a Grande Tribulação. O próprio texto de Mt 24:29-31 nos mostra que estaremos (os salvos) presente na Tribulação… Para se “comprovar” o arrebatamento, precisou-se Inverter a ordem dos fatos na parábola do Trigo e do Joio!!!
A Bíblia nos diz, também, que não será necessário que todos os filhos do ETERNO percam a vida, pois haverá um grande número deles que serão protegidos durante este tempo e verão hol’Mehushkyah voltar sem terem conhecido a morte; como foi protegido durante as Pragas do Egito.
O apóstolo Paulo/Sha’ul descreve esta verdade de modo que nos anima a colocar nossa esperança no glorioso destino que espera aos que permaneçam firmes e constantes: “Porque o mesmo Messias descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta do ETERNO; e os que morreram em hol’Mehushkyah ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados com eles nas nuvens, a encontrar o Mestre nos ares, e assim estaremos sempre com o Mestre. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras“. (I Ts 4:16-18).
- Os personagens que intervirão no conflito final já estão presentes e apenas esperam a oportunidade para tomar seu papel no último grande drama da história deste mundo. É importante que todo aquele que crê na palavra bíblica como única regra de fé e prática, investigue com diligência a quê ou a quem se referia Yaohushua hol’Mehushkyah nas passagens proféticas de Mt 24 e Apocalipse.
- Perguntas como: Quem é a besta? Qual será sua marca? Quem é a imagem? Quem é o falso profeta? Quem é a grande Babilônia? Quem são os três anjos que cortam o céu anunciando o evangelho eterno? Serão respondidas logo em seguida.
Referências:
[a] A menos que se mostre o contrário as citações bíblicas incluídas neste estudo (editado pela CYC) foram retiradas da Bíblia traduzida por João/Yao’khanan Ferreira de Almeida, edição Revista e Corrigida, 1995, da Sociedade Bíblica Brasileira. Outras Escrituras poderão ser citadas e quando isto ocorrer, a procedência será colocada na própria citação. A ênfase em negrito (ou itálico) em todas as referências, tanto bíblicas como seculares, é de nossa autoria, com a função de ressaltar a parte mais importante de cada texto.
[b] Mt 25:31-34; Ap 21:1-7
[c] Mt 24:6,8.
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2. Seguindo o rastro
Apocalipse: para muitos um livro que guarda mistérios impenetráveis. Para outros, um livro cheio de histórias mitológicas baseadas na imaginação ou crença popular. Para Yaohushua hol’Mehushkyah, seu Autor, um livro maravilhoso de abundantes revelações sobre o futuro: “Revelação de Yaohushua hol’Mehushkyah, a qual o ETERNO lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer… Bem aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo“. (Ap 1:1, 3).
A revelação de Yaohushua, formada no Apocalipse, [a] não foi dada em linguagem direta, mas em linguagem simbólica. Da mesma maneira que o general do exército envia instruções através do rádio por meio de palavras em código, a fim de que somente seus soldados (que conhecem o significado) recebam a mensagem. Yaohushua envia sua revelação em código para garantir que a mensagem chegue somente até os sinceros seguidores de sua Palavra no tempo do fim. O Mestre disse ao profeta Dayan’ul: “… Vai, Dayan’ul, porque estas palavras estão fechadas e seladas até o tempo do fim. Muitos serão purificados, e embranquecidos, e provados; mas os ímpios procederão impiamente, e nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios entenderão“. (Dn 12:9-10).
Como os sábios compreenderão? O YAOHUH UL’HIM concentrou nas Escrituras todo o conhecimento necessário para o discernimento total de suas profecias. Ninguém está autorizado de se desviar da interpretação dada pela Palavra do ETERNO. Ninguém está autorizado a explicá-la segundo seu critério ou ponto de vista pessoal: “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os santos do ETERNO falaram inspirados pelo YAOHUH UL’HIM“. (II Pd 1:20,21).
Ainda que as Escrituras contenha em si mesma a interpretação de seus símbolos, é necessário que quem a leia discirna espiritualmente [b]. O que significa que todo aquele que deseje compreender as profecias deve procurar, em primeiro lugar, achegar-se a o ETERNO e fazer dele o seu melhor amigo. Na realidade este é o primeiro e mais importante passo, assim afirma um dos mais grandes reformadores de todos os tempos, Martinho Lutero: “Não se pode chegar a compreender as Escrituras, nem com o estudo, nem com a inteligência; vosso primeiro dever é pois começar pela oração. Pedi ao Mestre que seja digno, por sua grande misericórdia, conceder-vos o verdadeiro conhecimento de sua Palavra. Não há outro intérprete da Palavra do ETERNO, que o mesmo Autor desta Palavra, segundo o que foi dito: `Todos serão ensinados por o ETERNO’. Nada espereis de vossos estudos nem de vossa inteligência; confia unicamente no ETERNO e na influência de seu Espírito. Crê no homem que experimentou isto” [c].
Podemos concluir então, que o único meio seguro para entender qualquer profecia é pedir a o ETERNO em oração com um coração humilde e suscetível de ser ensinado. Se deixarmos nosso próprio critério de lado e permitirmos que o ETERNO nos fale através de sua Palavra, nos assombraremos da clareza daquilo que antes parecia tão confuso e sem sentido.
O método que utilizaremos para identificar a besta será o mesmo que Yaohushua hol’Mehushkyah utilizou ao explicar suas profecias [d]. Este método consiste em tomar a passagem que se quer entender e compará-la com outras que falem acerca do mesmo tema, a fim de encontrar pistas e semelhanças que nos permitam chegar a uma identificação segura e clara.
Na parte anterior vimos que todos aqueles que se unam à besta em seu propósito de perseguir ao povo do ETERNO, receberão a justa retribuição divina [e].
De onde surgiu esta besta? Deixemos que as Escrituras por si mesma nos dê a resposta: “E eu pus-me sobre a areia do mar e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, dez diademas, e, sobre as cabeças um nome de blasfêmia. E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés, como os de urso, e a sua boca, como a de leão; e o dragão deu-lhe seu poder, e o seu trono, e grande poderio. E vi uma de suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta. E adoraram o dragão que deu à besta seu poder; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela? E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfêmias; e se lhe deu poder para continuar por quarenta e dois meses. E abriu a boca em blasfêmias contra o ETERNO, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu. E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos e vencê-los; e se lhe deu poder sobre toda tribo, e língua, e nação. E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça. Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto …à besta que recebera a ferida de espada e vivia …Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, porque é número de homem; e o seu número é seiscentos e sessenta e seis“. (Ap 13:1-10,14,18) [f].
Tendo esta passagem como base, lhe convido agora a tomar um papel e escrever uma lista própria com todas as características da besta que possa encontrar, coloque-as uma abaixo da outra e deixe um espaço suficiente na frente de cada uma para escrever ali o que posteriormente lhe mostrarei.
Pronto? Depois deste primeiro passo você deve ter obtido uma lista similar a esta:
– A besta sobe do mar (v.1).
– Tem sete cabeças (v.1).
– Tem dez chifres (v.1)
– Tem características de outros três animais: um leopardo, um urso e um leão (v.2).
– Recebe o poder de outro animal: um dragão (v.2).
– Tem boca que fala arrogâncias (v.5).
– Blasfema contra o ETERNO (v.6).
– Blasfema contra o Tabernáculo (v.6).
– Blasfema contra os que habitam no céu (v.6).
– Receba autoridade para governar durante 42 meses (v.5).
– Sua autoridade é sobre toda tribo, povo, língua e nação (v.7).
– Faz guerra contra os santos e os vence (v.7).
– Recebe finalmente uma ferida de morte (v.10).
– Sua ferida é sarada (vs. 3,14).
Por favor, leia estas características quantas vezes for necessário para familiarizar-se com elas, se possível, repita-as até memorizá-las. Uma vez feito isto, leia atentamente o seguinte extrato dos capítulos 7 e 8 do livro do profeta Dayan’ul, tratando de encontrar o maior número de semelhanças e escrevê-las no espaço em branco que você deixou na frente de cada enunciado de sua lista. As marcações em itálico acrescentadas ao texto lhe permitirá encontrá-las com maior facilidade: “E quatro animais grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar. O primeiro era como leão… Depois disso, eu continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo… tinha também este animal quatro cabeças… Depois disso… e eis aqui o quarto animal [o dragão], terrível e espantoso e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele e tinha dez pontas [chifres]. Estando eu considerando as pontas, eis que entre elas subiu outra ponta pequena …daquela ponta, digo, que tinha olhos, e uma boca que falava grandiosamente, e cuja aparência era mais firme do que a das suas companheiras. Eu olhava, e eis que essa ponta fazia guerra contra os santos e os vencia. E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues nas suas mãos por um tempo, e tempos, e metade de um tempo“. (Dn 7:1-28).
“…E de uma delas saiu uma ponta mui pequena, a qual cresceu muito para o meio-dia, e para o oriente, e para a terra formosa. E se engrandeceu até o exército dos céus… E se engrandeceu até o príncipe do exército; e por ele foi tirado o contínuo sacrifício, e o lugar do seu santuário foi lançado por terra. E o exército lhe foi entregue, com o sacrifício contínuo, por causa das transgressões; e lançou a verdade por terra; fez isso e prosperou. …E se fortalecerá a sua força, mas não pelo seu próprio poder; e destruirá maravilhosamente, e prosperará, e fará o que lhe aprouver; e destruirá os fortes e o povo santo. E, pelo seu entendimento, também fará prosperar o engano na sua mão; e, no seu coração, se engrandecerá, e, por causa da tranquilidade, destruirá muitos, e se levantará contra o príncipe dos príncipes, mas, sem mão, será quebrado“. (Dn 8:1-27).
Impressionante; verdade? A semelhança existente entre os capítulos 7 e 8 de Dayan’ul com o capítulo 13 do Apocalipse é evidente. Sem dúvida alguma, em Dayan’ul se encontram as chaves para fazer a identificação da besta. Compare agora seus achados com o que aparece na continuação e tire suas próprias conclusões:
– Ap 13:1 apresenta um animal que sobe do mar, Dn 7:3 nos apresenta, não um, mas quatro animais que sobem do mar.
– Ap 13:1 mostra um animal com sete cabeças; Dn 7:6 nos mostra outro animal com a mesma característica, ainda que com três cabeças a menos que a primeira.
– Ap 13:1 e Dn 7:7 falam sobre dez chifres.
– Ap 13:2 apresenta uma besta que têm traços tomados de um leopardo, um urso e um leão; Dn 7:4-6 nos apresenta estes mesmos três animais selvagens, não como simples características, mas como animais livres e independentes.
– Ap 13:2 mostra um dragão que entrega seu poder à besta, Dn 7:7,8 nos mostra que o mesmo dragão (o quarto animal terrível) dá seu poder ao chifre pequeno, fazendo deste último tão terrível quanto a besta que surgiu.
– Ap 13:5 nos diz que a besta tem boca que profere grandes coisas; Dn 7:20 nos apresenta um chifre pequeno com uma boca que falava grandiosamente.
– Ap 13:6 diz que a besta blasfema contra o ETERNO; Dn 7:25 e 8:11,25 dizem que o chifre pequeno profere palavras contra o Altíssimo e se levanta contra o Príncipe dos príncipes.
– Ap 13:6 diz que a besta blasfemaria contra o tabernáculo; Dn 8:11 diz que o chifre pequeno lança por terra o lugar do santuário.
– Ap 13:6 mostra a besta blasfemando contra os que habitam no céu. Da mesma forma, Dn 8:10 mostra o chifre pequeno crescendo até chegar ao exército do céu.
– Ap 13:5 diz que a besta governará durante 42 meses; Dn 7:25 diz que o chifre pequeno governará durante o mesmo período: três anos e meio [f].
– Ap 13:7 mostra a besta tendo autoridade sobre toda a tribo, povo, língua e nação; Dn 8:9 mostra este mesmo poder territorial ao dizer que o chifre pequeno cresceu muito para o meio-dia, e para o oriente, e para a terra formosa.
– Ap 13:7 diz que a besta faria guerra contra os santos [g] e os venceria; Dayan’ul 7:21 e Dn 8:24 mostram o chifre pequeno fazendo guerra contra os santos, vencendo-os.
– Levando em conta o texto anterior podemos concluir com certeza, que a besta do Apocalipse 13 e o chifre pequeno de Dayan’ul, são representações equivalentes a uma mesma entidade.
Não se preocupe pela aparente complexidade destes símbolos, pois nos próximos capítulos analisaremos cada um deles de forma simples e compreensível. À medida que avançarmos em nosso estudo você se convencerá que a profecia é fácil de entender e que foi dada para ser compreendida especialmente pelos mais humildes e sinceros.
Conclusões:
O seguinte resumo ajudará a clarear na mente do leitor os principais pontos desta parte: O Apocalipse é uma mensagem em códigos [símbolos de uma realidade] que revela os eventos que hão de acontecer no futuro. Esta mensagem está expressada mediante o uso de diferentes símbolos.
– O Apocalipse é a revelação de Yaohushua hol’Mehushkyah. Portanto, de uma ou outra maneira deve-se entender, senão, não seria revelação.
– A interpretação do Apocalipse não pode basear-se na suposição ou especulação, num estudo cuidadoso das chaves que o ETERNO nos deixou em sua Palavra.
– Não bastam inteligência nem estudos, o homem necessita do ETERNO e da influência de seu Espírito para entender a profecia sem se confundir.
– As Escrituras mencionam a existência de mais de uma besta: leão, urso, leopardo, dragão, etc.
– As características da besta de Apocalipse 13 enviam nossa visão ao livro de Dayan’ul.
– A besta de Apocalipse 13 e o chifre pequeno de Dayan’ul 7 e 8 são representações de uma mesma entidade.
Referências:
[a] Apocalipse. Palavra grega que literalmente significa revelação. Léxicon Mejorado de Strong (602).
[b] I Co 2:14
[c] D’Aubigné, livro 3, cap. 7. Citado em El Conflicto de los Siglos, pág. 142.
[d] Lc 24:25-27, 31.
[e] Ap 14:9-12.
[f] Versão Dios Habla Hoy. A versão RVR95 traduz “tempo, tempos e meio tempo” onde “tempo” = 1, “tempos” = 2. Por tanto 1+2+½ = 3 ½ tempos ou anos. 3 ½ anos x 12 (meses por ano) = 42 meses.
[g] O povo do ETERNO, sua igreja (Salmos 148:14; Atos 26:10, cf. Atos 8:3).
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3. Quem é a Besta
Muito se tem especulado através do tempo sobre a identidade da besta. Cada vez que se levanta algum personagem mal de influência mundial, como sucedeu com Benito Mussolini ou Adolf Hitler, muita gente tem proclamado: “o anticristo veio e com ele o fim do mundo”. Supostamente, já sabemos em que terminaram tais afirmações.
Por outra parte, escritores e produtores de cinema têm materializado suas fantásticas teorias em filmes de terror onde apresentam a besta como um monstro terrível que perseguirá aos habitantes da terra para marcá-los com o 666 na fronte ou na mão “O Despertar”, por exemplo, apresenta a artimanha do demônio, Damián, como o anticristo.
O mundo religioso, do qual se esperaria maior unidade a respeito, não pôde estar de acordo quanto à identidade da besta: uns ensinam que a besta já veio na pessoa de Nero, Diocleciano ou Epífanes. Outros afirmam que a besta ainda não veio e quando se manifestar se apresentará como um governante de êxito, o qual, de repente, mudará e subjugará despoticamente o mundo instaurando seu trono em Yaoshor’ul. Curiosamente ambos, os preteristas como os futuristas dizem basear suas conclusões na Palavra do CRIADOR. Quem tem razão? Como estarmos seguros? Não esqueçamos “que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação privada”[a], e que, é necessário que permitamos que ela mesma seja quem nos revele passo a passo o significado de seus símbolos.
Sabemos da conexão existente entre Ap 13, Dn 7 e Dn 8. Abaixo os símbolos relatados nestes capítulos na ordem em que aparecem:
- Leão.
- Urso.
- Leopardo de quatro cabeças.
- a. Besta terrível de 10 chifres ou Dragão.
- Chifre pequeno ou Besta de 7 cabeças e 10 chifres.
Vemos aqui quatro bestas (incluo uma “quinta” segundo foi visto no capítulo anterior) O que representam?
“Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis, que se levantarão da terra . . . O quarto animal será o quarto reino na terra. . .” (Dn 7:17,23).
Primeiro se diz que estas bestas representam reis. Logo, o mesmo anjo explica que aqui a palavra reis deve se entender por reinos. De qualquer maneira, a existência de um reino implica na existência de um rei ou uma sucessão de reis no mesmo trono. Isto revela que a Besta de Ap 13 é apenas um símbolo, o qual é utilizado para representar um reino, uma potência mundial!
O fato de que o CRIADOR se utiliza de bestas ou animais selvagens para representar os reinos do mundo, não é de todo estranho, porque atualmente a grande maioria dos países do mundo identificam a si mesmos com animais, tais como leões, águias, serpentes ou dragões. Por exemplo: Alemanha, Áustria, Espanha, México, Polônia e Estados Unidos se identificam com a águia; Bélgica, Etiópia, Finlândia, Grã Bretanha, Índia, Noruega e Irã com o leão. Rússia com o urso e China com o dragão.
Sabendo agora de que nos falam Dayan’ul e Apocalipse, só nos resta verificar quem são estes reinos e para isso usaremos a história e a mesma fonte da profecia.
1. Leão com asas de águia: “O primeiro era como leão e tinha asas de águia…” (Dn 7:4).
Biblicamente há apenas uma nação que corresponda com a descrição dada nesse símbolo: Babilônia. A prova disto é que este símbolo é fusão de dois animais com os que o CRIADOR apresenta em outras passagens:
“Cordeiro desgarrado é Yaoshor’ul; os leões o afugentaram. O primeiro a devorá-lo foi o rei da Assíria; e, por último, Nabucodonossor, rei da Babilônia, quebro-lhe os ossos” (Jr 50:17).
“…Assim diz o YAOHUH UL’HIM; uma grande águia… veio ao Líbano e levou o mais alto ramo de um cedro. E arrancou a ponta mais alta dos ramos e a trouxe a uma terra de mercancia; na cidade de mercadores a pôs. Dize, agora, à casa rebelde: Não sabeis o que significam estas coisas? Dize: Eis que veio o rei de Babilônia a Yah’shua-oleym, e tomou o seu rei e os seus príncipes, e os levou consigo para Babilônia” (Ez 17:3,4,12).
O profeta Dayan’ul confirma a aplicação anterior ao revelar em outra profecia, que o primeiro dos quatro reinos(representado ali por metais no lugar de animais), é Babilônia.
“…Tu [Nabucodonosor, rei de Babilônia] és a cabeça de ouro. E, depois de ti, levantar-se-á outro reino [de prata] inferior ao teu, e um terceiro reino, de metal[bronze], o qual terá domínio sobre toda a terra. E o quarto reino será forte como ferro; pois, como o ferro esmiúça e quebra tudo, como o ferro quebra todas as coisas, ele esmiuçará e quebrará” (Dn 2:38-40; 1:1).
Que fala dos mesmos quatro reinos de Dayan’ul 7 é evidente, porque as características, em especial as do quarto reino são idênticas, por exemplo, em Dayan’ul 7 o quarto animal tem dentes de ferro com os quais devora e despedaça (7:7). Em Dayan’ul 2 o quarto reino também é forte como o ferro, esmiúça, quebra tudo (2:40). Esta comparação é útil porque confirma que Babilônia é o primeiro destes reinos que governam em sequência. O império Babilônico governou do ano 605 a.Y. até o ano 539 a.Y. como revela o texto anterior, o profeta Dayan’ul foi cidadão daquele império.
Ruínas dos Jardins Suspensos de Babilônia
– Ilustração de como seria os Jardins Suspensos de Babilônia –
2. Urso com um lado mais alto que o outro: “Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou de um lado, tendo na boca três costelas entre seus dentes“. (Dn 7:5).
O reino aqui representado é um reino composto por duas potências aliadas: Os Medos e os Persas. Como sabemos? Porque o mesmo profeta, em ocasião da queda do reino de Babilônia, declarou: “…Dividido foi o teu reino e deu-se aos Medos e aos Persas” (Dn 5:28).
Outra pista encontramos no capítulo 8 de Dayan’ul, onde este império é representado por um Carneiro.
“E levantei meus olhos e vi, e eis que um carneiro estava diante do rio, oqual tinha duas pontas; e as duas pontas eram altas, mas uma era mais alta que a outra… Aquele carneiro que viste com duas pontas são os reis da Média e da Pérsia“. (Dn 8:3, 20).
O texto diz que o carneiro que representa a Medo-Pérsia tem dois chifres e “um” deles é “mais” alto que o outro, onde o mais alto representa aos Persas e o mais baixo representa os Medos. O fato de que este desnível esteja presente no urso de Dayan’ul 7:5, estabelece e confirma que os Medos e os Persas unidos, é o reino que a profecia falava. A história confirma o cumprimento exato das palavras de Dayan’ul [b]:
“Era o ano 553 a.Y. [Ciro, rei da Pérsia] atacou a Astíages, e em uma guerra que durou três anos conseguiu aliar Média a seu reino dando começo ao grande Império Persa que haveria de durar mais de dois séculos” [c].
“… A oposição encontrada pelos Persas foi pouca. Depois de ser facilmente derrotados nas margens do Tigre, as tropas Babilônicas se dispersaram, o rei escapou e toda resistência foi inútil” [d]. A Medo-Pérsia governou de 539 a.Y. até 331 a.Y.
3. Leopardo de quatro cabeças: “Depois disso, eu continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo…tinha também esse animal quatro cabeças, e lhe foi dado domínio“. (Dn 7:6).
A visão a qual Dayan’ul viu o carneiro representando a Medo-Pérsia, revelou-se mediante outro símbolo sobre quem deveria suceder-se ao poder: …. E, estando eu considerando, eis que um bode vinha do ocidente sobre a face de toda a terra, mas sem tocar no chão; e aquele bode tinha um chifre notável entre os olhos. …e correu contra ele no furor da sua força. Vi-o chegar perto do carneiro; e, movido de cólera contra ele, o feriu, e lhe quebrou os dois chifres; não havia força no carneiro para lhe resistir, e o bode o lançou por terra, e o pisou aos pés; também não havia quem pudesse livrar o carneiro do seu poder….e disse: Eis que te farei saber … Aquele carneiro que viste, o qual tinha dois chifres, são estes os reis da Média e da Pérsia. (Dn 8:3-7; 19-22).
O registro bíblico é contundente: o reino que subiu ao poder depois da queda da Medo-Pérsia foi a Grécia. Portanto, o leopardo de quatro cabeças de Dayan’ul 7 representa, sem espaço para dúvidas, o império grego. O cumprimento desta profecia tem sido confirmado pela história:
“Alexandre Magno [o rei da Grécia] …venceu o poderoso exército de Dario (331 a.Y.) além do Tigre e penetrou no coração do Império Persa” [e].
Embora tenhamos identificado este símbolo e sabermos que este leopardo representa a Grécia, não podemos passar por alto que ele tem quatro cabeças. O que representam estes símbolos?
“Aqui há sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são… também sete reis…” (Ap 17:9,10).
Estas quatro cabeças representam então quatro reis ou quatro reinos que haveriam de surgir na Grécia. Segundo a profecia paralela de Dayan’ul 8, estes quatro reinos haveriam de surgir depois que seu primeiro rei fosse quebrantado: “…e aquele bode tinha uma ponta notável entre os olhos. E o bode se engrandeceu grande maneira; mas, estando na sua maior força, aquela grande ponta foi quebrada; e subiram no seu lugar quatro também notáveis… O ter sido quebrada, levantando-se quatro em lugar dela, significa que quatro reinos se levantarão da mesma nação, mas não com a força dela“. (Dn 8:5, 8, 21, 22).
Como vimos anteriormente, o primeiro rei da Grécia, foi Alexandre Magno. A profecia assegura que ao ele morrer, quatro reis ou quatro reinos haveriam de levantar-se dessa mesma nação; profecia que também se cumpriu de forma assombrosa:
“Com a morte de Alexandre, em 323, o império desapareceu, vítima de sua expansão; as rivalidades entre os sucessores do conquistador culminou com sua participação: Trácia e Ásia Menor para Lisímaco; Macedônia para Casandro; Egito para Ptolomeu e Babilônia para Seleuco”[f].
“Episódio importante desta luta foi a batalha de Ipsos, em Frígia, no ano 301 a.Y., nela Seleuco e Lisímaco venceram e mataram Antígono, o que deu início a uma primeira divisão do império de Alexandre em quatro reinos” [g]. O Império Grego governou do ano 331 a.Y. até o ano 168 a.Y.
Conclusões:
Uma besta é apenas um símbolo profético, o qual é utilizado pelo CRIADOR para representar um reino.
Da mesma maneira que as primeiras três bestas de Dayan’ul 7 representam três reinos que governaram desde o tempo do profeta, a besta do Apocalipse 13 deve representar um reino, o qual há de governar sobre o mundo inteiro.
Se em linguagem profética as cabeças de uma besta representam reis ou reinos que hão de levantar-se de uma mesma nação, podemos concluir que as sete cabeças do Apocalipse 13 representam a sete reis ou reinos, que hão de levantar-se daquela mesma potência mundial.
Referências:
[a] II Pd 1:20.
[b] As profecias que encontramos em Dayan’ul 7 e 8 foram escritas nos anos primeiro (553 a.Y.) e terceiro (551 a.Y.) de Belsazar, rei da Babilônia (Dayan’ul 7:1; 8:1). Naquela época saber que império iria derrotar a Babilônia era tão difícil quanto prever, hoje em dia, quem será o presidente dos Estados Unidos dentro de doze anos.
[c] História Universal, vol. 1, pág. 168, Marín.
[d] História Universal, vol. 8, págs. 38 e 39, Nauta.
[e] Diccionario Enciclopédico Terranova, art. “Alejandro Magno”, pág.44.
[f] Id., art. “Grecia”, pág. 692; Se encontrar Id. (idem) em uma referência, quer diz que deve buscar a mesma fonte da referência anterior. Se em seu lugar encontrar Ibid. (ibidem), quer dizer que você deve buscar a mesma página e a mesma fonte da referência anterior.
[g] História Universal, vol. 1, pág. 261, Marín.
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4. Quem é o Chifre Pequeno?
Até aqui iniciamos uma investigação através da história e das Escrituras a fim de identificar a besta do Apocalipse 13. Analisando as profecias pudemos comprovar que antes de sua aparição, o registro bíblico assegura que outras bestas haviam governado, das quais, três foram plenamente identificadas:
Apesar do significativo avanço que conseguimos, ainda nos falta muita história até chegar em nossos dias. A partir deste ponto, este estudo se encarregará de revelar a identidade do mais terrível e perigoso reino da antiguidade: o animal de dez chifres.
Animal terrível de dez chifres: “Depois disto, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez pontas… O quarto animal será o quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços“. (Dn 7:7,23).
Qual será este reino? Os historiadores afirmam que quem conquistou e subordinou aos generais que herdaram o império de Alexandre Magno, foi Roma: “Na morte de Alexandre, seus generais repartiram o império e pouco depois a Grécia foi convertida em província romana” [a].
“Roma declarou guerra ao imperador Seleucida [Seleuco, o mais forte dos generais que sucederam Alexandre Magno], que desde a Ásia Menor havia se dirigido à Grécia. Os romanos obrigaram-lhe abandonar a Grécia e a Ásia Menor [território de Lísimaco], o fizeram pagar uma grande quantidade a título de indenizações… Pouco depois, em 168 a.Y. um ultimato romano impeliu aos Seleucidas invadir o Egito [território de Tolomeu], país que se converteu em protetorado romano… Com províncias em três continentes, Europa, África e Ásia, a república Romana, antes obscura, alcançou então a supremacia do mundo antigo” [b].
Dayan’ul descreve Roma como “espantosa, terrível e muito forte”. A crueldade deste império se mostra na maneira em que tratou Yaohushua hol’Mehushkyah, que sem haver cometido delito algum, foi ferido, golpeado e condenado à mais degradante das mortes – a cruz!
“E logo os soldados do governador, conduzindo Yaohushua à audiência, reuniram junto dele toda a corte. E, despindo-o, o cobriram com uma capa de escarlate. E, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lhe na cabeça e, em sua mão direita, uma cana; e, ajoelhando diante dele, o escarneciam, dizendo: Salve, Rei dos judaicos! E, cuspindo nele, tiraram-lhe a cana e batiam-lhe com ela na cabeça. E, depois de o haverem escarnecido, tiraram-lhe a capa, vestiram-lhe as suas vestes e o levaram para ser crucificado“. (Mt 27:27-31 cf. Fl 2:6-8).
A atitude desumana de Roma perante Yaohushua e o povo da promessa, durou enquanto o império existiu. A história nos diz que os romanos foram os autores do terrível massacre de Yah’shua-oleym (70 d.Y.), o qual deixou um saldo de 1.100.000 de homens mortos [c]. Por outra parte, entre os anos de 64 e 313 d.Y., Nero, Domiciano, Trajano, Aurélio, Severo, Máximo, Décio, Valeriano, Aureliano e Diocleciano, se encarregaram de decretar as mais ferozes perseguições das que se tem conhecimento contra os cristãos [d]. Milhares deles morreram despedaçados pelos leões no circo romano e outros milhares mais, desfaleceram entre terríveis sofrimentos nas máquinas de tortura. Tudo isto porque se negavam a reconhecer o imperador como deus e recusavam render culto ao sol [hoje qualquer “cristão” se dobra ao deus trindade e ao seu dia sagrado, o domingo; espontaneamente] e aos deuses egípcios [e]. Era um tempo em que a vida tinha pouco valor e a intolerância religiosa crescia em cada recanto do vasto império.
Vimos que as Escritura afirma que o quarto animal de Dayan’ul 7 e o dragão do Apocalipse são símbolos de um mesmo reino. Portanto o dragão deve representar também ao Império Romano. A prova disto, encontramos no capítulo 12 de Apocalipse: “... E o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho. E deu à luz um filho homem que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para o CRIADOR e para o seu trono“. (Ap 12:4-5).
O “filho homem” do qual está falando esta profecia é o CRIADOR YAOHUSHUA HOL’MEHU-SHKYAH, que ao nascer foi mandado ser morto pelo rei Herodes [f]; e, finalmente “arrebatado para junto do ETERNO e, assim, sentar-Se ao Seu lado, em Seu trono” [g]. O fato de que Herodes, o rei de Yaohu’dah, fora governante e representante do Império Romano, confirma que o dragão também é símbolo deste temível império. Roma governou do ano 168 a.Y. até 476 a.Y.
Os dez chifres: A profecia mostra que o quarto animal tinha dez chifres (vers. 7). O que isto significa? Deixemos que as Escrituras nos explique: “E, quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis…” (Dn 7:24).
Já sabemos que a palavra reis se usa na profecia da mesma maneira que nós usamos a palavra reinos [i]. Portanto, isto indica que Roma haveria de dividir da mesma maneira que a Grécia se dividiu. A história registra que desde 378 a.Y. várias tribos – muitas quais não prosperaram, desapareceram ou se uniram a outras – invadiram o Império Romano. Destas, as que mais se destacaram foram estas 10:
Visigodos, Vândalos, Ostrogodos, Lombardos, Francos, Burgúndios, Suevos, Anglosaxões, Germanos e Hérulos.
Estas dez tribos bárbaras (como o próprio nome diz) são o fundamento das nações Européias da atualidade e são os dez chifres que surgiram da quarta besta. Os historiadores afirmam que a divisão do Império Romano era uma realidade por volta do ano 476 d.Y.: “Desde o ano 476, a história das terras que uma vez foram governados por Roma se transformou na história dos povos bárbaros, ainda que várias gerações de romanos e súditos romanizados conservaram seus costumes e forma de vida” [j].
É importante ressaltar que estas tribos bárbaras na realidade não foram reinos independentes de Roma, mas que fizeram parte dela. Isto demonstra de fato que os chifres estavam na cabeça do quarto animal e não separados dela. A história confirma: “A extinção do poder romano e o colapso de suas estruturas políticas não significaram o fim de sua cultura nem o desaparecimento de suas formas de vida… Quando os laços políticos com Roma se romperam por causa das invasões bárbaras, aqueles territórios retomaram sua existência independente, mas as antigas influências culturais permaneciam nos costumes e crenças; nas leis e nas instituições” [k].
Roma segue viva, mas de uma forma diferente! As crenças religiosas, as leis e os costumes romanos, foram aceitos e assimilados. A mudança consistiu somente na divisão de território e no aumento do número de seus governantes.
A divisão do Império Romano foi concretizada no ano 476 d.Y. O que haveria de acontecer depois?
Chifre pequeno: “Estando eu a considerar as pontas, eis que entre elas subiu outra ponta pequena, diante da qual três das pontas primeiras foram arrancadas; e eis que nesta ponta havia olhos, como olhos de homem, e uma boca que falava grandiosamente. E, quanto às dez pontas, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros e abaterá a três reis” (Dn 7:8,24).
A identidade do chifre pequeno é na realidade a mais fácil de deduzir, pois as Escrituras proporciona mais informações acerca dele do que todas as bestas anteriores juntas. Ainda que já as tenhamos mencionado na segunda parte deste estudo, se faz necessário expô-las de maneira mais clara afim de que você tire as suas próprias conclusões e o identifique com plena segurança:
A soma do valor numérico das letras de seu nome é 666: “Aqui está o saber. Quem tem, pois, inteligência, calcule o número da besta, porque seu número é o que forma as letras do nome de um homem, e o número da besta é seiscentos e sessenta e seis” [l].
É um reino: Igualmente aos dez chifres anteriores, o chifre pequeno não representa apenas uma pessoa (um rei), mas a uma sucessão de reis: um Reino [m].
Surge em um local muito povoado: A besta sobe do mar… Isto mostra que este reino levantou-se no meio de um território densamente povoado, pois o mar é símbolo de multidões, nações e línguas [n].
Surge na antiga Europa Ocidental: Levando em conta que os dez chifres na besta representam as dez nações em que se dividiu o Império Romano e que esta é o fundamento dos países europeus da atualidade, podemos concluir que o chifre pequeno, que saiu “dentre eles” [o], deve surgir na antiga Europa Ocidental; não Oriental [lembre-se que a Estátua de Dayan’ul 2 possuía duas pernas (evidente) e que estas representariam a divisão do Império Romano em dois: Ocidental com sede em Roma e Oriental, com sede em Constantinopla].
Tira e coloca reis: O chifre pequeno pensa que pode “mudar reis” [p]; fato que segundo Dayan’ul, é obra exclusiva do CRIADOR, pois somente ele pode tirar e pôr reis segundo a sua vontade [q].
O reino aqui representado, em seu intento de exercer o direito divino de dirigir o curso da história humana, haveria de se distinguir por ter o poder suficiente para tirar ou nomear reis.
Derrubou três dos dez reinos europeus: “E diante dele foram arrancados três chifres dos primeiros” [r]. Quando este chifre surgiu como potência mundial, derrubou a três dos dez reinos bárbaros que formavam a Europa daqueles dias. Porque derrubou? Porque estes eram opositores ferrenhos (seguidores de Árius) das doutrinas impostas por decretos, por Roma; isto é, não aceitavam as decisões do Concílio de Nicéia sobre a trindade. A doutrina só prevaleceu após a destruição destes três reinos – uma luta que durou quase dois séculos – e assim, pode-se estabelecer o papado (538 d.Y.), cuja principal característica é esta – hoje seguida por suas filhas, os evangélicos – Ap 17:5.
Pois bem, pequeno no começo (o chifre) e com o tempo torna-se maior que os outros: O surgimento deste poder foi gradual e não espontâneo. Quando surgiu entre os países da Europa a profecia o descreve como “pequeno”. Contudo, mais adiante Dayan’ul chegou a vê-lo “maior que seus companheiros” [s]. Cresceu de tal forma que o Apocalipse o apresenta não como um chifre, mas como um grande reino, uma besta colossal que finalmente chegaria a governar o mundo inteiro.
Surgiu por volta do ano 476 d.Y.: A divisão do Império Romano em dez reinos se completou no ano 476 d.Y. Tendo em conta que o chifre pequeno se levantou “dentre eles”[t], podemos concluir que este reino deveria surgir por volta desta data.
Governou durante 1260 anos: Este poder governa por 42 meses [u]. Se levamos em conta que o antigo mês judaico contava 30 dias (luno-solar); e multiplicamos este número de meses (42), obteremos um total de 1260 dias (42×30 = 1260).
Como a profecia está em linguagem simbólica, os 1260 dias também são simbólicos… Na Bíblia, um dia profético equivale a um ano literal [v]; portanto, 1260 dias proféticos são na realidade 1260 anos literais.
Caiu e se recuperou: Depois de terminados os 1260 anos, a besta é levada em cativeiro onde recebe uma ferida mortal. Algum tempo depois volta a viver: “a besta que foi ferida de espada e reviveu” [w]. Podemos concluir então que este reino tem duas fases de grande poder através da história, separados por um período de inatividade (1260 anos).
Governa em nossos dias: Depois de descrever a queda e ressurreição da besta, a profecia revela que finalmente convocará a seus aliados e seus exércitos para lutar contra o Cordeiro e seus exércitos. Como resultado desta guerra, a besta será jogada no lago que arde com fogo e enxofre onde será destruída para sempre [x] juntamente com seus seguidores (marcados na mão ou na testa pela besta – Ap 13:11) que tomaram parte do Armagedom [y]. A Bíblia declara que esse fogo será literal e cairá em ocasião do fim dos tempos (da regência do pecado sobre este planeta).
E quando este FOGO cairá? Lemos em Apocalipse 20 sobre o estabelecimento de um período de mil anos que ocorre/inicia-se com a Volta do Messias (At 15:16) que estabelece com os salvos de todos os tempos, o Seu Reino cuja sede (Seu Trono) será na Cidade Querida (Ap 20:9), a Yah’shua-oleym terreal… Satanás, por esta ocasião, volta à ativa – esteve preso por mil anos – e sai convocando (nova tentação) um novo exercito para pelejar contra os salvos e aqueles – das nações que se formaram dentro do milênio – ainda não salvos (nasceram dentro do milênio e só conheceram a Verdade, desconhecendo o “outro lado” para assim, exercerem livremente a sua escolha). É neste LEVANTE FINAL que FOGO desce dos céus,sobre eles e então a Terra será descontaminada pelo fogo proveniente do ETERNO – II Pedro/Kafos 3:7-10.
Podemos concluir então que este poder governa desde a Idade Média e se estenderá até a Volta de Yaohushua (após as Sete Últimas Pragas, sendo a última, o Armagedom); quando finalmente será lançado para dentro do Lago de Fogo e NÃO DEVE ser confundido com satanás – estiveram a seu serviço, mas não é ele – que só é destruído, juntamente com seus ”novos seguidores” arregimentado dentre as “novas nações “ que se formarão dentro do milênio…. O mundo ainda não passou por estas Últimas Sete Pragas, portanto, este poder está ainda governando em nossos dias.
É diferente das outras nações Européias: O chifre pequeno é “diferente dos primeiros” [z], portanto, não pode representar somente a um poder político.
É um poder religioso: A diferença dos outros chifres, o chifre pequeno mistura a política com a religião [aa].
É um poder perseguidor: Este poder haveria de perseguir e destruir a todos aqueles que não se conformaram com seus dogmas; atacando especialmente aqueles que se mantiveram firmes na doutrina pura de hol’Mehushkyah e seus apóstolos [bb].
Trata de mudar a Lei do CRIADOR: Fazendo uso de sua influência religiosa, este poder intentaria adulterar a Santa Lei do CRIADOR [cc]. Esta Lei Eterna, como veremos mais adiante, inclui a proibição do uso de imagens para o culto e revela que o domingo não é o verdadeiro dia de repouso [dd].
Professa ter o poder de perdoar pecados e ser igual ao ETERNO: Este poder político – religioso fala blasfêmias contra o CRIADOR [ee]. A Bíblia ensina que um homem blasfema, quando se faz igual ao ETERNO ou quando pretende perdoar os pecados cometidos contra ele [ff]. Portanto, este poder deve ter dito ter a autoridade de perdoar pecados e professar ser como o ETERNO, aqui na Terra.
Tem presença mundial: “Toda a terra se maravilhou após a besta… E se lhe deu autoridade sobre tribo, povo, língua e nação” [gg].
É um poder romano: A quarta representa Roma e o chifre pequeno está em sua cabeça, fazendo parte dela [hh]. Portanto, igualmente aos chifres anteriores, este chifre deve representar um poder romano.
Para identificar este reino é necessário fazer uma breve revisão das características anteriormente citadas: As letras do nome do homem que governa este reino somam seiscentos e sessenta e seis. Surgiu por volta do ano 476 d.Y. em um local muito povoado, especificamente, na antiga Europa Ocidental. Seu crescimento foi aumentando até que chegou a derrubar três das dez tribos bárbaras e dominar totalmente as demais a tal ponto que pôde pôr e depor reis à sua escolha. Depois de alcançar o auge de seu poder, este reino caiu perdendo a liderança política que havia ostentado durante mil duzentos e sessenta anos. Ao passar do tempo, sua ferida mortal foi sarada, e está atualmente tratando de alcançar a autoridade suprema sobre o mundo. Não é apenas um poder político, é também um poder religioso. Durante sua primeira fase intentou usurpar o lugar do ETERNO, adulterando Sua Lei e professando ter a autoridade para perdoar pecados. Todos os que se revelaram contra foram perseguidos e assassinados. Este império político – religioso é romano.
Há somente uma entidade no mundo que se encaixa em todas as características: é, sem sombra de dúvidas, o papado. Os próximos capítulos se encarregarão de descrever em detalhe o cumprimento exato de cada um dos pontos anteriormente enunciados.
Referências:
[a] Pequeno Dicionário Ilustrado Larousse , art. “Grécia”, pág. 1327.
[b] História Universal e da Civilização, t. 1, págs. 160-161, E. Hispano Europea.
[c] Atlas Ilustrado da História Universal, pág. 11, Editora Libsa.
[d] Ibid.
[e] História Universal, tomo 8, págs. 148-149, Nauta.
[f] Mt 2:13,14.
[g] I Pd 3:22.
[i] Dn 8:21,22.
[j] História Universal, tomo 8, pág.163, Nauta. El mapa fue tomado de la pág. 166 y muestra la ubicación geográfica de los bárbaros, una vez cayó Roma.
[k] História Universal, tomo 9, pág.12, Nauta.
[l] Ap 13:18, versão Félix Torres Amat.
[m] Dn 7:24; Dn 8:21,22.
[n] Ap 17:15; Is 17:12.
[o] Dn7:8.
[p] Dn 7:25.
[q] Dn 2:20,21.
[r] Dn 7:8,24.
[s] Dn 7:8,20.
[t] Dn 7:8,24.
[u] Dn 7:25; Ap 13:5; ver nota g da parte 2.
[v] Ez 4:6; Nm 14:34.
[w] Ap 13:10,14.
[x] Ap 19:19-20; 17:14; Dn 7:11-14. O Cordeiro e o Filho do homem descritos nestas passagens, representam ao CRIADOR YAOHUSHUA (Jo 1:29; Lc22:47,48).
[y] Mt 13:40; Lc 17:29,30; II Ts 2:8.
[z] Dn 7:24.
[aa] Dn 7:25; 8:11,12; Ap 13:5-8.
[bb] Dn 7:21; Dn 8:24; Ap 13:7; 14:12.
[cc] Dn 7:25.
[dd] Ex 20:3-17.
[ee] Dn 7:20; Ap 13:5,6.
[ff] Jo 10:30-33; Mc 2:3-7.
[gg] Ap 13:3,7.
[hh] Dn 7:23, 24.
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5. Da luz para as trevas
Ainda que nos tópicos seguintes, vamos falar sobre o cumprimento das profecias que falam da última besta, é necessário deixar claro que ainda que saibamos que a Igreja foi autora das mais horríveis crueldades e heresias na Idade Média, não seria justo, nem bom, culpar aos católicos (pessoas) de hoje pelo que fizeram seus antepassados nas cruzadas ou na inquisição.
Muitos de nós, participou desde criança, na Igreja Católica e cumpriu fielmente com seus deveres dentro e fora da Igreja. A alegria maior era com a chegada do domingo, quando íamos reunir com outros membros para celebrar a missa e adorar a “Deus” (diga-se, o deus trindade). Para muitos, era um orgulho pertencer ao coro oficial da igreja, onde éramos encarregados de realizar muitas obras em prol do bem-estar (caridade) da comunidade. Com seus grupos de amigos íamos participar de retiros espirituais onde compartilhávamos nossas dificuldades e temores, encontrando apoio mútuo e grande descanso para nossas “almas”.
Realmente desfrutávamos da companhia de muitos amigos, os quais temos lembranças com grande apreço e carinho. Sabemos, por experiência, que a grande maioria dos filhos do ETERNO se encontram na Igreja Católica Romana – Ele vê o coração, não a procedência; quanto amor e devoção pelo próximo se vê em muitos deles! Quantos sacerdotes abandonam suas casas para buscar estreita comunhão com “Deus” mediante a pobreza e renegando-se a si mesmo! Quantos monges renunciam às modas, o luxo, a vaidade e os prazeres da vida e se entregam de coração ao serviço dos outros, sem se importar com os sacrifícios (ignorando o enriquecimento ilícito de suas ordens, sempre subordinadas ao papísmo, quando não à maçonaria)! Estas pessoas são, em muitos aspectos, um exemplo para aqueles que professam ser mensageiros da Verdade para este tempo.
Fizemos estas considerações para deixar claro que ao falar da igreja [ICAR], não é nossa intenção falar contra as pessoas sinceras que há nela, mas contra aqueles que se infiltram no cristianismo e paganizaram a fé e as doutrinas que foram dadas aos santos apóstolos. O ETERNO tem uma Verdade que deve ser pregada ao mundo (Veja Apocalipse 14:6-12) e nestes dias finais da história, se faz necessário desmascarar o ERRO para que, quando venha a hora da prova [Sete últimas pragas; não é escriturístico que o cristão pode se provado – Tg 1:13], os habitantes da Terra possam tomar a decisão correta e viver. O próximo texto lhe ajudará a compreender o sentido da responsabilidade que temos e o motivo pelo qual proclamamos esta mensagem:
“Disse-me mais: Filho do homem, coloca no coração todas as minhas palavras que te hei de dizer e ouve-as com os teus ouvidos. Eia, pois, vai aos do cativeiro, aos filhos do teu povo, e lhes falarás, e lhes dirás: Assim diz o UL, o seu CRIADOR, quer ouçam quer deixem de ouvir. … Filho do homem, fala aos filhos do teu povo e dize-lhes: Quando eu fizer vir a espada sobre a terra e o povo da terra tomar um homem dos seus termos, e o constituir por seu atalaia; e, vendo ele que a espada vem sobre a terra, tocar a trombeta e avisar o povo; se aquele que ouvir o som da trombeta, não se der por avisado, e vier a espada e o tomar, o seu sangue será sobre a sua cabeça. Ele ouviu o som da trombeta e não se deu por avisado, o seu sangue será sobre ele; mas o que se dá por avisado salvará a sua vida. Mas, se quando o atalaia vir que vem a espada, não tocar a trombeta, e não for avisado o povo; se a espada vier e levar uma vida dentre eles, este tal foi levado na sua iniquidade, mas o seu sangue demandarei da mão do atalaia. … Se eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares para dissuadir o ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniquidade, mas o seu sangue eu o requererei da tua mão. Todavia se advertires o ímpio do seu caminho, para que ele se converta, e ele não se converter do seu caminho, morrerá ele na sua iniquidade; tu, porém, terás livrado a tua vida“. (Ez 3:10-11; 33:2-6, 8-9).
O Espírito do Anticristo
O apóstolo João/Yao’khanan, o único que utilizou o termo “anticristo”, nunca o utilizou a um único indivíduo, mas, a um grupo de indivíduos que já estava presente em seus dias:
“Amados, não creiais em todo o espírito, mas provai se os espíritos são do ETERNO, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo… mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo“. (I Jo 4:1-3).
“Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Yaohushua hol’Mehushkyah veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo“. (II Jo 1:7).
O apóstolo Paulo/Sha’ul também afirmou que o espírito do anticristo [ministério da iniquidade] já estava presente em seus dias: “Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que, agora, resiste até que do meio seja tirado…” (II Ts 2:7).
De onde João/Yao’khanan diz que sairão estes enganadores, falsos profetas ou anticristos?
“Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos; por onde conhecemos que é já a última hora. Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós“. (I Jo 2:18,19).
Baseados no texto anterior podemos tirar as seguintes conclusões:
– O “mistério da iniquidade “ou “espírito do anticristo” já se encontrava presente no primeiro século de nossa era. Tal era a velocidade com que se expandia este mal, que João/Yao’khanan chegou a pensar que esse era o fim do tempo.
– Ainda que o anticristo estivesse presente, ainda haveria algo que o deteria e não lhe permitia manifestar-se abertamente.
– João/Yao’khanan identificou o anticristo como um movimento, não como uma pessoa em particular.
– Os “falsos profetas”e “enganadores” são os anticristos que haveria de vir.
– Muitos destes indivíduos foram, em algum momento, dirigentes da Igreja. Logo apostataram.
Paulo/Sha’ul, em uma carta escrita aos Coríntios, explicou que estes enganadores se caracterizavam por ter feito competição desleal a eles. Estes se apresentavam nas igrejas como “grandes apóstolos” ou profetas (ou profetizas – Ez 13:7, 9) e pregavam um evangelho e um Yaohushua (jesus, para eles) adulterados:
“Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos e se apartem da simplicidade que há em hol’Mehushkyah. Porque, se alguém for pregar-vos outro Yaohushua que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis. Porque penso que em nada fui inferior aos mais «excelentes apóstolos»“. (II Co 11:3-5).
“Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de hol’Mehushkyah. E não é maravilha, porque o próprio satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras“. (II Co 11:13-15).
Ao contrário do que qualquer pessoa possa pensar, estes falsos apóstolos não eram grosseiros ou arbitrários. Para ganhar-se o apoio dos fiéis se apresentavam verdadeiros cristãos – sempre usando as Escrituras, porém, com passagens fora do contexto. Seus modos e palavras eram suaves e agradáveis. Sua presença carismática e sua aparência eliminavam as suspeitas e os preconceitos. Assim, segundo Paulo/Sha’ul, ganharam muitos adeptos dentro da igreja cristã:
“E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles. Porque os tais não servem a nosso Mestre Yaohushua hol’Mehushkyah, mas ao seu ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam os corações dos simples“. (Rm 16:17,18).
Em uma de suas viagens missionárias, em uma reunião de despedida em Mileto, Paulo/Sha’ul disse aos sacerdotes que residiam ali: “Porque eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão lobos cruéis, no meio de vós, que não perdoarão o rebanho. E que, dentre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si“. (Atos 20:29,30).
O problema se generalizou. De todas as partes se recebiam notícias de tão obscura infiltração. Paulo/Sha’ul, em uma carta escrita aos cristãos em Gálata, nos deixa ver que nessa cidade a apostasia havia chegado a tal ponto, que a situação praticamente havia saído de controle: “Espanto-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de hol’Mehushkyah para outro evangelho, o qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de hol’Mehushkyah“. (Gl 1:6,7).
Esta situação levou os discípulos a advertirem ao povo do iminente perigo de aceitar as idéias destes falsos apóstolos: “Amados… tive por necessidade escrever-vos e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos. Porque se introduziram alguns …homens ímpios, que convertem em dissolução a graça do ETERNO e negam ao CRIADOR, único dominador e Mestre nosso, Yaohushua hol’Mehushkyah“. (Jd 3, 4).
“Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, …também vo-lo digo: se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema“. (Gl 1:8-9).
Enquanto “o espírito do anticristo” esteve detido, o Evangelho, pôde estender-se ao redor do mundo conhecido e milhares puderam receber o amor da Verdade para serem salvos. No entanto, a obra dos impostores cedo ou tarde haveria de dar seus frutos. Leia II Ts 2:7-12
A Queda da Igreja
Os apóstolos conheciam a profecia de Dayan’ul 7 e sabiam que uma grande divisão haveria de transtornar o povo do ETERNO. Sabiam que finalmente da mesma “igreja” haveria de se levantar “um rei de rosto feroz e conhecedor de mistérios” o qual aproveitaria sua influência eclesiástica para “lançar por terra a verdade” [a]. As declarações a seguir dos apóstolos Pedro/Kafos e Paulo/Sha’ul, deixam ver com clareza que eles esperavam o cumprimento da profecia: ” …admoesta, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; …amontoarão para si ‘doutores’ conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da Verdade, voltando às fábulas” (II Tm 4:2-5).
“E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição… E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o Caminho da Verdade” (II Pd 2:1-3).
É claro: os apóstolos sabiam que algo grave iria ocorrer dentro da Igreja/Kehiláh. “A verdade”, como dizia a profecia de Dayan’ul 7, seria logo “lançada por terra”. No início do século IV a antiga semente de iniquidade que havia sido semeada no seio da igreja, cresceu até dar os seus maus frutos. Constantino, imperador do Império Romano, vendo que os problemas políticos e sociais de seu império mostravam iminente desaparecimento de seu reinado, formulou várias estratégias para deter o caos; dentre elas, parar a perseguição existente contra os cristãos e, oferecê-los postos importantes no seu governo com objetivo de tê-los a seu favor.
Com este decreto ele uniu a Igreja com o Estado, união que haveria de trazer terríveis consequências: “No decreto de Tolerância [de Milão] do ano 313 se proclamava pela primeira vez, para todo o Império Romano, a liberdade individual de religião… os bispos obtiveram consideração e alguns direitos semelhantes aos senadores. A Igreja passou a ser pessoa jurídica, com capacidade para receber legados. Em contrapartida a igreja ficava intimamente ligada ao Estado… Teria que esperar até a Idade Média para contemplar as consequências de tal união” [b].
Yaohushua hol’Mehushkyah havia ensinado com clareza que a religião e a política não deviam misturar-se: “Dai a César o que é de César e ao ETERNO o que é do ETERNO” (Lc 20:25). Quando os cristãos começaram a receber honras e considerações mundanas, quando tiveram faculdade de governar e promulgar leis, iniciaram sua própria procura do poder para obrigar o mundo inteiro a unir-se à sua religião: “No ano 319… o povo cristão, até então perseguido, iniciou a destruição dos locais de culto pagãos e trouxe para o seio da igreja, tais “divindades” (sincretismo). Logo os cristãos se encontravam ocupando os cargos mais altos do Império. O próprio Constantino entregou ao bispo de Roma, para sua residência, o palácio do Laterano (Letrán), com o qual colocava este bispo em uma posição de destaque incluindo o ponto de vista profano” [c].
As palavras de Yaohushua: “Não podeis servir a o ETERNO e às riquezas” [d], foram ignoradas. A mesma porta que permitiu a entrada do orgulho, do luxo e do poder, permitiu a saída da pureza e sinceridade do evangelho. Milhares de adeptos pagãos foram incorporados à Igreja pela força ou mediante a aceitação de suas fábulas e idolatrias. A santa doutrina foi gradualmente abandonada e heresias foram aceitas, sendo a principal, a trindade (não antes da destruição completa – três chifres – deles, como vimos acima):
“A condenação [contra os pagãos]… não fez desaparecer todos os cultos que tinham milhares de anos de história antes deles. Podemos provar [isto]… por documentos antigos como os de Máximo em Turim, e também por inevitáveis sobrevivências dos antigos deuses nos cultos de santos que haviam ocupado seus lugares” [d].
Durante esta fase, a Igreja entrou em um triste processo de degradação. O culto às imagens dos santos lhe deu livre expressão à idolatria e ao fetichismo no seio do cristianismo [e]. Ainda hoje podemos ver muitos cristãos levando imagens de “santos”, “cristos” e “virgens” em procissões (rituais) pelas ruas, da mesma maneira que faziam os pagãos na antiga Roma com seus deuses:
“Dificilmente podiam conter-se quando observavam… aos fanáticos que se automutilavam nas celebrações em honra à deusa Cibeles, a “grande mãe”*, cuja imagem, adornada com flores e sentada em uma carruagem (trono) puxada por dois leões, passeava pelas ruas” [f].
* Nas Escrituras, Semíramis; que casou-se com seu próprio filho (Nimrode, de cuja união nasceu Tamuz), matou-o por ciúmes, e depois o ressuscitou das cinzas de um pinheiro, no dia do Sol – 25 de dezembro, o falso natal com suas árvores de natal – hoje, a “virgem Maria”, a mãe de “deus”.
A fabricação de imagens e as procissões são proibidas pelas Escrituras com as seguintes palavras:
“Mas o nosso CRIADOR está nos céus e faz tudo o que lhe apraz. Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não vêem; Têm ouvidos, mas não ouvem… Têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta” (Sl 115:3-8).
“…pois os costumes dos povos são vaidade; corta-se do bosque um madeiro e se lavra com machado pelas mãos do artífice. Com prata e com ouro o enfeitam, com pregos e com martelos o firmam, para que não se mova. São como o espantalho num pepinal, e não podem falar; necessitam de quem os leve, porquanto não podem andar. Não tenhais receio deles, pois não podem fazer o mal, nem tampouco têm poder de fazer o bem”. (Jr 10:3-5).
“A quem me fareis semelhante, e com quem me igualareis, e me comparareis, para que sejamos semelhantes? Sobre os ombros o tomam, o levam e o põem no seu lugar; ali está, do seu lugar não se move; e, se recorrem a ele, resposta nenhuma dá, nem livra ninguém da sua tribulação” (Is 46:5,7).
Outra prova da infiltração do paganismo encontramos nas roupas adotadas pelos dirigentes da Igreja. Eusébio (265-340 d.Y.) o famoso bispo de Cesaréia, declara o seguinte em um de seus livros: “Com o propósito de apresentar o cristianismo de uma forma mais atrativa aos povos, os sacerdotes adotaram as vestimentas e ornamentos exteriores do culto pagão” [g].
Um dos mais significativos ornamentos que se incorporaram foi a mitra de dupla ponta que atualmente o papa e os bispos romanos usam, a qual provêm da vestimenta dos sacerdotes de Dagón [h], o deus-peixe dos babilônios. Segundo o descreve o famoso arqueólogo inglês Austen Layard, o sacerdote de Dagón usava um manto especial com forma de peixe. A cabeça com a boca aberta na parte de cima formava um gorro do qual caía um manto que cobria completamente as costas [i]. O kipá, usado pelos judaicos (imitado pelos judaico-messiânicos) veio do Egito! O ritual de cobrir a cabeça (condenado pelas Escrituras; I Co 11:4) na presença de seus deuses, também veio do Egito!!! Fomos criados que em respeito aos mais velhos, devíamos tirar o chapéu, enquanto que os judaicos (seguidos pelos messiânicos), ensinam o “cobrir a cabeça”!
O Sumo Pontífice de Babilônia
A falta mais grave, cometeram ao introduzir na igreja os símbolos e cerimônias que se utilizavam nos rituais de adoração ao deus Sol. [j]. A ceia do CRIADOR, por exemplo, já não se celebrava partindo um pão comum, mas tomando uma hóstia com a forma e a cor do sol.
Se deixou de lado o dia de repouso cristão (Sábado) [k] – não deixe de ler esta referência – e se ordenou, por lei, a observância dos dias que os pagãos dedicavam para adorar o Sol tais como o Domingo e o Natal em 25 de dezembro. O seguinte texto confirma a origem de tais festividades e como se introduziram ao cristianismo: “Sol Invicto… os fiéis festejavam o nascimento de Mitra em 25 de dezembro e guardavam o Domingo” [l].
A Igreja Católica reconhece:
“jesus… observou o Sábado do mesmo modo que os demais preceitos da lei divina… Tão pouco os apóstolos deixaram de observar o Sábado…” [m].
“Durante os três primeiros séculos o Domingo foi um dia de trabalho como qualquer outro… Somente no ano 321, por decreto do imperador Constantino, o Domingo se converteu em dia de descanso…” [n]. “Constantino… venerava ao Sol Invicto, “deus salvador”, “deus único e supremo”. Seus soldados recitavam no Domingo, dia da luz e do sol, uma oração ao astro sem rival” [o].
“Tudo o que estava escrito para o Sábado nós o mudamos para Domingo… Nesse dia, que é o dia da luz, o primeiro e verdadeiro Sol…” [p].
“Na nova lei se guarda o Domingo em lugar do Sábado, não em virtude de um mandato divino, mas por uma constituição eclesiástica” [q].
“Como você prova que Igreja Católica tem poder para ordenar festas e dias de guarda? Resposta: Pelo mesmo fato de haver trocado o Sábado pelo Domingo, mudança que os mesmos protestantes reconhecem. Portanto, se contradizem, guardando o domingo estritamente e quebrando a maioria das outras festas ordenadas pela mesma Igreja” [r].
Mais grave ainda é que as suas filhas (Ap 17:5) a segue e guarda o domingo; isto quando algumas destas filhas (denominações), não guardam um dia sequer e, usando as Escrituras – e muitos estudos para se guardar um “luminar” apócrifo – fora do seu contexto, batem o pé contra o 7º dia…
Para terminar, vamos refletir nas seguintes palavras do CRIADOR Yaohushua hol’Mehushkyah: “Por que transgredis vós, também, o mandamento do ETERNO pela vossa tradição? …Este povo se aproxima de Mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de Mim. Mas, em vão Me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens” (Mt 15:3, 8-9).
Referências:
[a] Dn 8:23,12; 7:25.
[b] História Universal, tomo 3, pág. 172, Carrogio.
[c] Ibid.
[d] Mt 6:24.
[e] História da Humanidade, tomo 2, pág.752, Editora Planeta.
[f] História Universal, tomo 8, pág.140, Nauta.
[g] Eusébio de Cesaréia, Vida de Constantino, Citado em Credos Contemporâneos, pág. 66, Daniel Scarone, UNAY.
[h] Dagon. Este nome em hebreu deriva da palavra dag que literalmente significa peixe. Este deus é mencionado em Juízes 16:23 e I Samuel 5:2.
[i] Austen Henry Layard, Babilônia e Nínive, pág. 343
[j] Para o ETERNO esta é a pior de todas as abominações. Leia Ez 8:6-16.
[k] As três passagens seguintes do Novo Testamento confirmam qual é o verdadeiro dia de repouso cristão:
Yaohushua falando do tempo do fim disse: “E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado; porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver” (Mt 24:20-21).
O exemplo de Maria/Maoro’hém: “E junto à cruz de Yaohushua estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria mulher de Cleopas, e Maria Madalena. …E as mulheres, que tinham vindo com ele da Galiléia, seguiram também e viram o sepulcro, e como foi posto o seu corpo.E, voltando elas, prepararam especiarias e unguentos; e no sábado repousaram, conforme o mandamento” (Jo 19:25; Lc 23:55, 56).
O exemplo de Paulo/Sha’ul: “E, saídos os judaicos da sinagoga, os estrangeiros rogaram que no sábado seguinte lhes fossem ditas as mesmas coisas. E, despedida a sinagoga, muitos dos judaicos e dos prosélitos religiosos seguiram Paulo/Sha’ul e Barnabé; os quais, falando-lhes, os exortavam a que permanecessem na graça do ETERNO. E no sábado seguinte ajuntou-se quase toda a cidade para ouvir a palavra do ETERNO” (Atos 13:42-44).
NOTA: Se o domingo houvesse sido o novo dia de repouso, Paulo/Sha’ul poderia ter convidado aos estrangeiros para escutar a Palavra do ETERNO no dia seguinte (domingo) e não ter esperado até o sábado. É óbvio que o apóstolo trabalhava no primeiro dia da semana (ver Atos 18:1-4).
[l] E. Royston Pike, Dicionário das religiões, pág. 322. Esta mesma declaração é sustentada por John Romer no vídeo “El Colosso de Rodes” da série “As Sete Maravilhas do Mundo” do Discovery Channel.
[m] Enciclopédia da Religião Católica, tomo 6, pág. 871. Importante: Os cristãos, desde o princípio, se reuniram nos domingos para recordar a ressurreição de Yaohushua (Justino, 100-165 d.Y., Apologia da religião cristã I, 67) mas de maneira nenhuma deixaram de guardar o Sábado, mesmo que alguns dos “anticristos” infiltrados no seio da cristandade o tenha feito (Inácio de Antióquia, 35-107 d.Y., Ad Magnesios 9, 1-2). Este mesmo está atestado pelo Novo Testamento onde se afirma que os apóstolos se reuniam no templo todos os dias (Atos 2:42, 46) inclusive no domingo (Atos 20:7,8), mas guardavam o Sábado da mesma maneira que o fez Yaohushua (Atos 16:13, 14; Atos 13:43, 44). Muitos cristãos, não católicos, citam Colossenses 2:14-16 para “provar” que o Sábado do CRIADOR foi abolido, mas não compreendem que ali está falando dos Sábados cerimoniais da antiga lei mosaica, as quais haviam sido acrescentadas para poder oferecer os holocaustos no ritual do santuário (compare com I Cr 23:29-32). O Glossário da versão Reina-Valera 1995 reconhece: “Por seu significado de «dia em que não se trabalha», se chamava também shabat [Sábado] aos dias de grande festividade religiosa que nem sempre caíam no sétimo dia da semana (Levítico 16.29-31; 23.24, 32, 39)”.
[n] P. Vincent Ryan, O Domingo, dia do CRIADOR, pág. 91, Ediciones Paulinas, 1986.
[o] Juan M. Pacheco S. J. (Sacerdote Jesuita), História da Igreja, pág. 51, Bedout.
[p] Eusébio de Cesaréia (265-340 d.Y.), Comm. In Ps. 91: PG 23, 1172. Citado em El domingo fiesta de los cristianos, pág. 86, Julián López Martín. Biblioteca de Autores Cristãos. Este livro tem licença do Bispado de Zamora, Espanha. 1991.
[q] Tomás de Aquino (1225-1274), Summa Th. II-II q.122 a.4. Id, pág. 148.
[r] Manual da Doutrina Cristã , Daniel Ferris, pág. 67. Reflexão: Mt 15:3, 8-9.
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6. Nasce um império temido
Apesar da morte de Constantino (337 d.Y.) e a ascensão ao trono de seu sobrinho, Juliano, o apóstata (361 d.Y.), a Igreja continuava seu processo de sincretismo com os pagãos, crescendo e ampliando sua influência por todo o mundo conhecido.
Contudo, a vã prosperidade da Igreja se viu grandemente ameaçada, pois as invasões feitas pelos povos bárbaros, agora cristianizados, aumentavam sem cessar e gerando grande preocupação, já que estes, distantes de apoiar seus dogmas, eram em sua maioria reis seguidores de Árius (pejorativamente chamados de arianos [a]. Para solucionar o problema, a Igreja organizou um ambicioso plano de conquista afim de conseguir sua incorporação ao romanismo; veja estes textos e observe o seu conteúdo católico (trinitariano):
“As invasões bárbaras têm conseguido romper as fronteiras do Império Romano e se precipitam como uma torrente por todo o território romano. A Igreja que havia posto tão profundas raízes na civilização antiga permanece, apesar de tudo, em pé e empreende a conquista de todos aqueles povos para o evangelho romano. Um após outro, aqueles reinos bárbaros se incorporaram à Igreja, a quem reconheceram como mãe e mestra”.
“Ao se derrubar o Império Romano os francos haviam se estabelecido no norte da Gália. Se mostravam impenetráveis à civilização romana …mas ao obter o trono, o rei Clóvis, o episcopado pôs nele grandes esperanças. Feito esposo da católica Clotilde …acabou por vencer suas inseguranças. Recebeu o batismo …com três mil homens de sua guarda em 25 de Dezembro de 498.
“Os suevos haviam sido deixados de lado pelos visigodos em Galícia (Espanha) e eram arianos. Seu rei Teodomiro, impressionado pela cura milagrosa de seu filho …passou ao catolicismo com todos os seus”.
“Os visigodos haviam se estabelecido na Espanha e estavam contaminados com o arianismo …No concílio de Toledo, reunido em 589, o rei abandona a ‘heresia’ e começa uma era de esplendor para a igreja espanhola”.
“Os anglo-saxões … eram pagãos e sua conversão se deve ao papa Gregório Magno … Agostinho conseguiu converter Etelberto, rei de Kent (597) e grande parte de sua nação”.
“Os alemães moravam nas fronteiras de Rhin. Foram evangelizados principalmente por dois monges irlandeses, S. Colombano e S. Galo”.
“S. Gregório Magno …trabalhou ativamente pela conversão dos lombardos que haviam ocupado o norte da Itália e conseguiu manter uma paz instável entre estes e os bizantinos” [b].
O que realmente importava era “seguir” as doutrinas de Roma [ICAR]; e, a todos que se opunham à “conversão” eram taxados de ARIANOS e exterminados… Sete tribos (reinos) se dobraram ao trinitarianismo de Roma – motivos de sucessivos concílios – e três delas, caíram; juntamente com árius! Pôs-se a Verdade por terra!!!
Dayan’ul declara: “Enquanto eu contemplava os chifres, outro chifre menor saiu dentre eles” [c]. A história confirma o que foi dito pela profecia, pois, dois anos depois das tribos bárbaras iniciarem juntas seus ataques contra Roma, nasceu o Catolicismo: “No ano 378 os visigodos … derrotaram o imperador oriental, Valente, na batalha de Adrianópolis …[o qual] induziu aos imperadores romanos a aceitar-lhes definitivamente, permitindo-lhes que se instalassem ao Sul de Danúbio, em Panônia e Mésia … O Império Romano [civil] entrou num processo largo e progressivo de desintegração, dando lugar ao Império Romano religioso…
“No ano 380 mediante o edito de Tessalônica, se decretou a proibição do arianismo no Oriente e a doutrina ortodoxa [trindade] de Atanásio foi convertida em religião Estatal. Nascia assim o Catolicismo aos moldes de hoje” [d].
Os historiadores concordam em afirmar que por trás da espantosa queda do Império Romano, devido às invasões bárbaras, o Pontífice romano tomou o lugar dos antigos Césares dando origem a um novo Império, o qual chegou a governar completamente a Europa: “…enquanto isto, a administração do Império Romano se desmoronou por todo o Ocidente. Fato que se iniciou antes das invasões dos bárbaros – o papado se converteu na instituição mais estável da Itália, e em muitas questões assumiu o papel dos antigos imperadores …O papado não é mais que o espectro do desaparecido Império Romano e sua coroa se apóia sobre a tumba daquele império. O papa herdou da Roma pagã a ostentação dos trajes, cerimônias e instâncias administrativas balem dos cultos pagãos miscigenados com a Verdade. Não somente era o líder cristão e o protetor da religião ortodoxa, mas também a semente da civilização romana que se alçava contra a grande massa de invasores bárbaros” [e].
“Sob o Império Romano os bispos não tinham poderes temporais. Mas quando o Império Romano havia se desintegrado e seu lugar foi tomado por um grande número de reinos rudes, bárbaros, a Igreja Católica Romana não somente chegou a ser independente dos Estados em assuntos religiosos, mas também a ter autoridade em assuntos seculares” [f].
“Durante 3 séculos a Igreja romana havia transformado a organização administrativa do Império Romano …Seu palácio romano, em Letram, chegou a ser o novo senado. Os bispos que viviam em Roma, os sacerdotes e os diáconos, ajudavam o papa a administrar este novo Império” [g].
No entanto a rapidez com que se desenrolou sua subida ao poder, se viu rodeada de grandes obstáculos, pois três reinos bárbaros incluindo os hérulos que ainda governavam na cidade de Roma, recusaram tornar-se católicos (trinitarianos), como os demais, e ameaçavam destruir o Império que nascia: “Os ostrogodos se estabeleceram ao norte da Itália e um de seus mais notáveis reis foi Teodorico. Mesmo ariano, foi a princípio, favorável aos católicos. Mas causas políticas e religiosas lhe fizeram mudar de atitude… Como o papa não pudera pedir consciente tudo o que queria o rei, Teodorico o fez apressar seu regresso e colocá-lo em um calabouço onde morreu”.
“Em nenhuma parte os católicos sofreram tanto como no norte da África. Foi invadida pelos vândalos por ordem de Gensérico, chefe ariano que odiava os católicos. Os bispos foram desterrados, e alguns deles e muitos fiéis mortos entre tormentos. Mais feroz se mostrou seu filho Humerico que redobrou os horrores da perseguição” [h].
“…Entre outras, estas nações bárbaras que ocupavam diversas partes do Império tinham nome: hérulos, vândalos e ostrogodos. Ante o perigo de contaminação religiosa constituída pela presença destes hereges no seio da cristandade, o papado não podia mais que desejar eliminar tal obstáculo” [i].
Mas, como podia o papado destruir estes três reinos se não dispunha de exército? E mais, como poderia fazê-lo tratando-se de um poder religioso? A resposta estava em Dayan’ul: “Seu poder se fortalecerá; mas não com força própria” [j]. Isto indica que o papado haveria de utilizar a outros para conseguir seu objetivo, fato confirmado pela história: “… os bispos não paravam de chamar ao imperador para ajudá-los… Sobre a instigação de Zenón, imperador do Oriente e amigo pessoal do bispo de Roma, uma primeira potência ariana ia ser destruída. Em 493 os hérulos foram expulsos da Itália por Teodorico” [k].
“Justiniano, imperador de Bizâncio no ano 527, desejava restabelecer a autoridade imperial no Ocidente. Assim, Belisário, o melhor de seus generais, combateu em Cartago, de onde expulsou aos vândalos e recuperou grande parte das antigas possessões romanas do norte da África. Comandou depois uma expedição na Itália e no ano 553 expulsou aos ostrogodos” [l].
Ainda que a expulsão definitiva do último poder ariano se conseguiu em 553 d.Y., foi em 538 que marcou o fim deste, pois nesse ano Justiniano fez desembarcar seus exércitos na Itália, tirou a cidade de Roma de suas mãos e a entregou ao bispo de Roma; tornando-se este, o primeiro papa [m]. Com isto, o imperador pôs em vigência o decreto que havia escrito cinco anos antes, o qual reconhecia o papa como “cabeça de todas as santas igrejas” e “cabeça de todos os santos sacerdotes de ‘Deus’” [n]. Desta maneira as palavras: “E diante dele foram arrancados três chifres dos primeiros” [o], tiveram pleno cumprimento. Os opositores da falsa doutrina (trindade) haviam sido “derrubados” e a MENTIRA prevaleceu dentro da Igreja; agora ICAR (paganizada, definitivamente)…
Ainda que a profecia mostre que o poder do papado no tempo das invasões bárbaras era “pequeno”, anuncia que seu poder e influência aumentaria gradualmente até fazer-se “maior que seus companheiros“. As citações históricas seguintes demonstram isto: “No ano 1.076, Enrique IV [rei da Alemanha], destituiu o papa, acusando-o de criminoso por ter se excedido em seus poderes. [o papa] Gregório VII, respondeu excomungando o imperador e liberando a seus súditos da obediência devida a este. Abandonado pelos príncipes germanos, o imperador encontrou-se só e isolado. Cruzou os Alpes no meio do inverno para pedir perdão ao papa, e se diz que ele permaneceu de pé, no pátio do castelo de Canosa, ao norte da Itália por três dias e três noites em Janeiro de 1077, antes que o papa lhe absolvesse de excomunhão” [p].
“Com a eleição do cardeal Lotário de Segni para o sumo pontificado (que tomou o nome de Inocêncio III), o papado alcançou o apogeu de seu poder. Como juiz da eleição imperial fez reconhecer a Oton IV como imperador da Alemanha, e quando este violou os juramentos feitos em sua eleição, o depôs e elegeu dentre os príncipes alemães a Frederico II da Sicília”.
“Na França obrigou o rei Felipe Augusto a conservar sua esposa legítima a princesa Isambur. João Sem Terra da Inglaterra, depois de uma larga luta com o papa, retrata todas as leis perseguidoras que havia ditado contra a Igreja e declara a Inglaterra feudo [propriedade] da Santa Sede” [q].
O poder secular sobre as nações européias foi usado para silenciar a todos os que se negavam a aceitar suas doutrinas. Os livros de história estão cheios de horrendas descrições disto: “Em Clermont, França, em 1095, celebrou-se um grande concílio ao qual assistiram mais de 200 bispos e numerosos nobres. [o papa] Urbano, que era francês, dirigiu aos reunidos um eloquente discurso: ‘Deus’ tem concedido aos franceses, sobre as demais nações, uma grande eficácia militar. Por ele deveis empreender imediatamente a ação como remissão de nossos pecados’… Quando o papa terminou, todos gritaram: ‘Deus’ o quer! …Os cruzados massacraram durante três dias aos habitantes da cidade, e fizeram um imenso saque. Homens, mulheres, crianças e muçulmanos foram assassinados; os judaicos queimados na sinagoga e a grande mesquita, roubada” [r].
“Em 1012 [os judaicos] foram expulsos de Mainz e em 1096, com a primeira cruzada, comunidades completas foram massacradas. Centenas de milhares de judaicos morreram… As cruzadas seguintes (1146 e 1189) intensificaram a onda de massacres e terror… Para em 1391, as matanças dos judaicos chegassem à apoteose da crueldade, impulsionadas pela agitação fatalmente anti-semita de Ferrant Martínez, arcediano [primeiro diácono] da catedral de Sevilha … Calcula-se que 60.000 judaicos foram sacrificados …Durante o mandato do grande inquisidor Torquemada foram processadas, executadas e castigadas 114.401 pessoas, entre judaicos, conversos e hereges … em 1616, sob o imperador Susneyos, a comunidade judaica foi acometida de um terrível massacre. Seu reino foi destruído e dois terços de sua população foi assassinada ou forçada a converter-se ao cristianismo” [s].
Também os cristãos fiéis à Verdade, que não quiseram se unir com a maioria (trinitariana) e que persistiram em “defender a fé uma vez dada aos santos” [t], foram terrivelmente perseguidos, maltratados e cruelmente exterminados:
“Muitos foram os que recusaram as doutrinas falsas da Igreja … Estes foram chamados de ‘hereges’ e foram perseguidos ferozmente pela Igreja Católica Romana. Um dos documentos em que se ordenou tal perseguição, foi o desumano Ad Extirpanda, que foi editado pelo papa Inocêncio IV. Este documento declarava que os hereges tinham que ser exatamente como serpentes venenosas. Sacerdotes, reis e membros civis do sistema romano, foram chamados a unir-se a esta cruzada guerreira. Declarava o documento que qualquer propriedade que confiscassem lhes seria dada como propriedade com título limpo e além disto lhes prometiam remissão de todos os seus pecados como prêmio por matar um herege” [u].
“A princípio, o papa Inocêncio III tentou converter os albigenses [v]; para isto enviou como missionários os monges cistercienses, animando o espanhol Domingo que realizara em 1205 uma viagem por toda a região. O esforço foi inútil… Este evento fez Inocêncio decidir convocar uma cruzada contra os albigenses e a pedir a FeliPd que confiscasse as possessões do conde herege… A campanha se iniciou com o ataque à cidade de Bíziers e o massacre de seus habitantes. ‘Matando a todos, ‘Deus’ nos recompensará’’, era o lema do representante papal, Fernando Amalric” [w].
“Em 1232 o papa Gregório IX criou a Inquisição Romana, como uma organização repressiva dotada de tribunais especiais para buscar e julgar aos hereges, apoiando-se principalmente na ordem dos frades dominicanos. Em 1223 encomendou a eles [os frades] o total extermínio dos albigenses, que foram perseguidos e capturados cruelmente, levados a juízo e queimados na fogueira… No fim do século XII já não havia mais rastros de heresia” [x].
NOTA: Mais de 70% dos “hereges” eram desafetos dos que detinham poderes eclesiásticos… Muitas mulheres “desejadas” pelos poderosos bispos, eram abusadas até a morte; quando não condenadas à fogueira como bruxas! CLIC AQUI e saiba mais…
“Sabei que o interesse da Santa Sé e os de vossa coroa – escreve o papa Martinho V – os impõe o dever de exterminar aos Husitas [y]. Estes ímpios se atrevem a proclamar princípios de igualdade. Sustentam que todos os cristãos são irmãos … Sustentam que o Messias veio à Terra para abolir a escravidão e chamam o povo a ser livre … Dirigi vossas forças contra Bohemia. Matai, fazei desertos em qualquer parte, por que nada poderia ser mais agradável a ‘Deus’ e mais útil à causa dos reis que o extermínio dos Husitas”[z].
“Um indivíduo podia ser penalizado por não assistir à Igreja ou uma mulher açoitada por fazer suas faxinas no domingo … as leis civis apoiavam a autoridade dos tribunais eclesiásticos, e por ele uma pessoa excomungada devia ser proibida, encarcerada ou queimada se era um herege” [aa].
“A restauração do catolicismo [por intermédio do cardeal Reginald Pole, 1554] promoveu uma campanha de perseguição sem precedentes na história da Inglaterra. Mais de 300 pessoas foram queimadas por suas crenças, principalmente no sul do país, sendo em sua maioria humildes camponeses” [bb].
“No dia de S. Bartolomeu no ano de 1572, houve um massacre sangrento em Paris onde morreram dez mil hugonotes protestantes. O rei francês foi à missa dar graças solenes por haver sido assassinados tantos hereges. A corte papal recebeu a notícia com grande alegria e o papa Gregório XII foi à igreja de S. Luís dar graças pela vitória! O papa ordenou que se criaria uma moeda comemorando o acontecimento” [cc].
Medalha criada pelo Papa para comemorar o Massacre de S. Bartolomeu
Todavia, à grande quantidade de referências citadas, fariam falta centenas de páginas para descrever em detalhe a crueldade e intolerância deste temível império. Muitos milhares de sinceros cristãos foram exterminados quando, igualmente a Caim, o bispo de Roma mandou matar a seus irmãos porque preferiam obedecer ao ETERNO (a sã doutrina) do que aos homens [dd]. A inquisição, as cruzadas, as perseguições contra os Valdenses e os Albigenses, o extermínio em Bohemia, a matança em S. Bartolomeu, as catacumbas, as máquinas de torturas, as fogueiras, a morte, a desolação e toda a história, nos confirmam o cumprimento das palavras inspiradas pelo CRIADOR, vários séculos atrás:
“Mas, no fim do seu reinado, quando acabarem os prevaricadores, se levantará um rei, feroz de semblante, e será entendido em adivinhações. E se fortalecerá o seu poder, mas não pela sua própria força; e destruirá maravilhosamente, e prosperará, e fará o que lhe aprouver; e destruirá os poderosos e o povo santo” (Dn 8:23, 24).
Referências:
[a] Seguidores da doutrina do diácono Árius, que negava a trindade que estava sendo imposta à Igreja, por decreto! Havia três tribos – das dez que compunham o Império Romano – que eram seus seguidores. Hoje, os trinitarianos manipulam estes fatos, denegrindo a imagem de Árius; porem, se para que o papado (a Besta) pudesse se estabelecer foi necessário “derrubar três”, é porque estes TRÊS estavam com a Verdade!!! Mt 12:26 .
[b] Juan Manuel Pacheco S. J., Historia de la Iglesia, págs. 72-76, Bedout.
[c] Dn 7:8.
[d] Historia Universal, tomo 8, págs. 158,161, Nauta.
[e] Historia Universal, tomo 9, pág. 12, Nauta. (Uma declaração similar aparece no livro The Papal Monarchy, págs. 45,46, do sacerdote católico William Francis Barry).
[f] The Papacy and World Affairs, pág. 1, University of Chicago Press.
[g] Malachi Martin (Ex Sacerdote Jesuíta),The Decline and Fall of the Roman Church, pág. 105.
[h] Juan Manuel Pacheco S. J., Historia de la Iglesia, págs. 69,70, Bedout.
[i] Antolín Diestre Gil (Doutor em teologia pela Faculdade Católica de Teologia de Barcelona e pela Faculdade de Salève na França). El sentido de la historia y la palabra profética, volumen 2, pág. 130, Clie.
[j] Dayan’ul 8:24.
[k] Antolín Diestre Gil, El sentido de la historia y la palabra profética, volumen 2, pág. 130-131, Clie.
[l] Historia Universal, tomo 9, pág. 13, Nauta.
[m] Charles Diehl, Cambridge Medieval History, tomo. 2, pág. 15.
[n] Código de Justiniano, libro 1, título 1.
[o] Dn 7:8,20.
[p] Historia Universal, tomo 9, pág. 23, Nauta.
[q] Juan Manuel Pacheco S.J., Historia de la Iglesia, pág. 108, Bedout.
[r] Historia Universal, tomo 9, págs. 76,78, Nauta.
[s] Apartes de Reflexiones y Trasfondo, publicações da Tribuna Israelita, art. Los Ashkenazitas, Sfarad II y Los judíos de Etiopía (Podes consegui-lo na sinagoga mais próxima).
[t] Jd 1:3.
[u] Ralph Woodrow, Babilonia Misterio Religioso, pág. 162.
[v] Denominados assim por seu estabelecimento na zona francesa de Albi. Este grupo, ainda que não se encontrasse livre de todos os erros transmitidos pela tradição, se caracterizou por uma vida humilde e consagrada à vontade do ETERNO.
[w] Historia Universal, tomo 9, pág. 37, Nauta.
[x] Id., pág. 38.
[y] Seguidores da doutrina de Juan Hus, sacerdote, teólogo e reitor da Universidade de Praga, que na tentativa de reformar a Igreja foi sentenciado à morte em Constanza em 6 de Julho de 1415 (ver Historia Universal, tomo 9, pág. 112, 113, Nauta).
[z] papa Martín V, Bula dirigida al rey de Polonia, 1427.
[aa] Historia Universal, tomo 9, pág. 19, Nauta.
[bb] Historia Universal, tomo 10, pág. 71, Nauta.
[cc] Ralph Woodrow, Babilonia Misterio Religioso, pág. 167.
[dd] Atos 5:29.
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7. O mais grave ataque
Divagando: Quando Yaohushua [o CRIADOR – Jo 1:3, Hb 1:2] criou Adão e Eva, lhes advertiu do perigo que vinha com o pecado, dizendo: “De toda árvore podereis comer, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás, porque o dia que dela comerdes, certamente morrerás” [a]. Quando eles desobedeceram à vontade do seu CRIADOR, o coração do PAI CELESTIAL foi quebrantado, pois a Lei não podia ser revogada e seus filhos haveriam de morrer. “O salário do pecado é a morte” [b]; eram as palavras que ressoavam na mente de Adão e sua mulher quando, com medo, se esconderam da presença do CRIADOR [c]. Que terrível! O CRIADOR os havia criado para que fossem seus irmãos; lhes havia dado tudo que necessitavam, mas eles, em vez de correr a seus braços de amor em busca de auxílio, se afastaram dEle, envergonhados.
A tristeza e a dor se espalharam no céu; o PAI celestial se encontrava em fogo cruzado. De um lado se encontrava Sua Lei e Sua Justiça que exigiam a morte do pecador e do outro, Seu Amor e terna Misericórdia que advogavam por suas vidas. Foi então que o CRIADOR manifestou a única alternativa possível: entregar Sua própria vida para pagar a condenação e preservar a existência de Seus irmãos. Ele haveria de deixar Sua divindade e fazer-se homem para morrer em lugar da raça caída. Prometeu à mulher que de sua descendência haveria de nascer um Salvador o qual pisaria a cabeça da serpente que a havia feito cair no pecado [d]. O profeta Isaías/Yashua’yah declarou:
“Mas a terra, que foi angustiada, não será entenebrecida… porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz … Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do SENHOR?… Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele [e], e pelas suas pisaduras fomos sarados… como um cordeiro foi levado ao matadouro… ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca” (Is 9:1,6; 53:1,5,7,9).
Que maravilhoso amor! O próprio CRIADOR [Yaohu’shua, em espírito, a ser encarnado – Hb 10:5] haveria de entregar-se à dor e ao sofrimento para que seus irmãos pudessem ser resgatados da morte! O Justo haveria de padecer pelos injustos, para que eles fossem feitos justiça do ETERNO nele [g]. Somente ele poderia pagar o preço, pois só o Autor da vida, vale por todas as criaturas. Os apóstolos relatam o seguinte acerca do cumprimento da profecia:
“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em hol’Mehushkyah Yaohushua, que, sendo em forma divina, não teve por usurpação ser igual ao ETERNO, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz” (Fl 2:5-8).
“…Foi levado como a ovelha para o matadouro; e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, assim não abriu a sua boca… De quem diz isto o profeta? De si mesmo, ou de algum outro? Então Filipe, abrindo a sua boca, e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Yaohushua” (Atos 8:32-35).
“Sede, pois, imitadores do ETERNO, como filhos amados; e andai em amor, como também hol’Mehushkyah vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício ao ETERNO, em cheiro suave” (Ef 5:1,2).
“Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de hol’Mehushkyah, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, o qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós” (I Pd 1:18-20).
Ainda que Yaohushua hol’Mehushkyah tenha morrido para pagar a condenação do nosso pecado, sua missão não terminou na cruz. Seu sacrifício foi apenas o começo da obra que Ele prometeu fazer por nós. Assim o afirma Paulo/Sha’ul: “Mas o ETERNO prova o Seu amor para conosco, em que hol’Mehushkyah morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo Seu sangue, seremos por Ele salvos da ira. Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com o ETERNO pela morte de Seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela Sua vida” (Rm 5:8-10).
Não somos salvos apenas pela morte de hol’Mehushkyah, também SOMOS SALVOS POR SUA VIDA; por Sua RESSURREIÇÃO! Se Yaohushua não tivesse ressuscitado, Sua morte teria sido em vão porque era necessário que Ele ascendesse aos céus para apresentar-se ante o Pai celestial como nosso Advogado, Intercessor e Sumo Sacerdote: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Yaohushua hol’Mehushkyah, o justo” (I Jo 2:1).
“Ora, a suma do que temos dito é que temos um Sumo Sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da majestade, ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Mestre fundou, e não o homem” (Hb 8:1, 2).
NOTA: somente esta [não fosse as dezenas de outras] já derruba o ano de 1844 dos iasd’s que “ensina” que somente neste ano, segundo a sua falsa profetiza EGW, o Messias entrou no santíssimo. A não ser que desde a ascensão, o ETERNO – e Seu trono – também não estivesse no santíssimo…
A Bíblia é clara: Apenas Yaohushua hol’Mehushkyah pode ser nosso Sumo Sacerdote e Mediador, só Ele morreu por nós; traspassou os céus e sentou-se no Templo do ETERNO como nosso intercessor.
Ap 13:6 e Dnl 8:11 previram que o papado haveria de engrandecer-se frente ao Príncipe dos exércitos [h], e haveria de lançar por terra o local do Santuário, o qual indica que este poder tentaria usurpar o lugar de hol’Mehushkyah, seu ministério intercessor e sua posição no Santuário celestial. As seguintes declarações da Igreja Católica Romana e da história falam por si do cumprimento desta profecia:
“Apenas o papa pode ser chamado vigário de cristo… por isso o papa está coroado com uma coroa tripla, como rei do céu, da terra e das regiões inferiores… O papa é como se fosse ‘Deus’ sobre a terra” [i].
“O papa é infalível quando decide sobre doutrina de fé ou de moral e manda que seja aceita por toda a igreja… Sua voz é a voz de cristo” [j].
“O papa materializava suas reflexões nas “bulas”, e como vigário de cristo, somente ele tinha o poder de conceder a absolvição para os pecados mais graves” [k].
“… o papa era o vigário de hol’Mehushkyah, a interseção entre o céu e a terra” [l].
Muitas vezes se assegura que o papa é “o vigário de cristo”, e o que é um vigário? De acordo com o dicionário, um vigário é alguém “que tem a posição de outro ou o substitui” [m]. Pretensão papal tão temida era o que tinha em mente o apóstolo João/Yao’khanan quando escreveu: “E foi-lhe dada uma boca, para proferir grandes coisas e blasfêmias… E abriu a sua boca em blasfêmias contra o ETERNO, para blasfemar do Seu nome, e do Seu tabernáculo, e dos que habitam no céu” [n]. Cumpriu-se a profecia sobre o “blasfemar do Seu Nome”, quando TODOS os nomes de profetas, do ETERNO e de Seu Filho, foram SUBSTITUÍDOS por traduções… Fazendo isto, perdeu-se a teofania (sentido profético de cada Nome) além de se introduzirem deuses pagãos em Seus nomes, como fizera Nabucodonossor – Dn 1:7. Nomes próprios não se traduzem, apenas se translitera, isto é, substitui som por som. Assim, o TETRAGRAMA [YHWH], lê-se YAOHUH; o Nome do Filho, lê-se YAOHUSHUA, etc. Posteriormente, a própria Escritura Sagrada foi contaminada pelo paganismo, quando tradutores corruptos manipulam passagens em prol da trindade. A expressão “espírito santo” só foi introduzida nas Escrituras, no século IV, com a versão católica chamada Vulgata.
No VT, em todas as passagens onde se tem o TETRAGRAMA ou a palavra CRIADOR [UL] substitui-se por SENHOR [tradução direta de BAAL, cultuado desde babilônia], e, com isto, deixou de identificar-se nesta ou naquela passagem, se é o Pai ou o Filho quem está falando; para a trindade, TUDO é deus… Porém, João/Yao’khanan nos alertou: NINGUÉM jamais viu ao ETERNO (Jo 1:18) e, portanto, deve-se aplicar esta observação no VT e assim, vermos que em TODAS as passagens onde se lê: (ELE) disse, falou, veio, mostrou, etc só se aplica ao FILHO (o nosso CRIADOR), que antes da sua encarnação, aparecia aos homens na forma de um ANJO, Mika’ul.
A própria palavra “deus” foi introduzida, numa clara referência fonética a ZEUS, o ídolo maior dos gregos… Observe a hierarquia dos deuses gregos e compare com a trindade (com um filho tipo semi-deus nascido de uma ‘virgem’). Também dos deuses cananeus, introduziu-se o deus EL, pai de Baal e marido de Asherah, cultuada como a Diana (virgem) dos Efésios! Daí, onde se tinha o sufixo UL, substituiu por EL, como em Daniel/Dayan’ul, Samuel/Shamu’ul, Elohim/Ul’him, etc.
A Bíblia é enfática ao ensinar que um homem blasfema quando se faz igual ao ETERNO ou quando pretende perdoar os pecados cometidos contra ele [o]. Nenhum dos apóstolos jamais pretendeu ocupar o lugar de hol’Mehushkyah, nem sequer depois de sua ascensão ao céu. Tomé/Tomah, referindo-se a Yaohushua disse: “Mestre meu e CRIADOR meu”, Paulo/Sha’ul O chamou “nosso grande CRIADOR e Salvador Yaohushua hol’Mehushkyah” e João/Yao’khanan O reconheceu como “Criador sobre os falsos criadores e Rei dos reis” [p]. Jamais se escutou deles pretensões de grandeza, poder ou infalibilidade. Pelo contrário, reconheciam sua debilidade e sua contínua dependência do poder de hol’Mehushkyah. Paulo/Sha’ul, por exemplo, expressou em uma oportunidade: “sou o menor de todos os santos” e Pedro/Kafos, com o mesmo espírito de humildade, apresentou-se como “servo e apóstolo de Yaohushua hol’Mehushkyah” [q]. É importante destacar que Pedro/Kafos não disse ser o “vigário” ou substituto de hol’Mehushkyah, mas sim, seu “servo”.
O Mestre Yaohushua hol’Mehushkyah falando a Pedro/Kafos declarou: “E eu também te digo que tu és Pedro/Kafos, e sobre esta pedra edificarei minha igreja, e as portas do Hades não a dominarão. E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” [r]. Alguns, interpretando mal estas palavras tem ensinado que o papa, como “sucessor” de Pedro/Kafos, tem autoridade para “ligar e desligar” o que ele deseje em assuntos de doutrina, fé e prática. Será verdade que o papa está autorizado para mudar a verdade pelo erro, a “fé que foi dada aos santos” e a Pedro/Kafos pelas “fábulas”? [s]. Quando os discípulos escutaram que Yaohushua disse a Pedro/Kafos: “Tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”, ficaram confusos e aproximando-se de Yaohushua lhe perguntaram: “Quem é o maior no reino dos céus?” Aos quais respondeu que se desejavam entrar no reino dos céus todos deviam tornar-se como um menino; e para que não deixasse dúvida de que o poder de ligar e desligar não era somente de Pedro/Kafos disse Yaohushua a todos: “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus” [t]. E mais, TAMBÉM nos deu este poder de “ligar e desligar” – Leia Mt 18:18.
Mas, de onde surgiu esta pretensa ordenança de Pedro/Káfos como o primeiro papa? Lemos em Mateus/Matt’yaohuh, o seguinte diálogo que antecede o vs. 19 (contexto): “Tendo Yaohushua chegado às regiões de Cesaréia de Fylyp, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do Homem? Responderam eles: Uns dizem que é Yao’khanan, o Imersor; outros, Uli’yahh; outros, Yarmi’yaohuh, ou algum dos profetas. Mas vós, perguntou-lhes Yaohushua, quem dizeis que eu sou? Respondeu-lhe Shami’ul Kafos: Tu és o MESSIAS, o Filho de UL’HIM, vivo! Disse-lhe Yaohushua: Bem-aventurado és tu, Shami’ul, filho de Yao’nah, porque não foi carne e sangue que to revelou, mas Meu ABI, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Kafos, e sobre esta PEDRA edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” – Mt 16:13-18. Perguntamos: que PEDRA??? A pedra (fundamento, verdade) foi a sua confissão – negada pelos trinitarianos – de que ali estava presente o próprio Filho do ETERNO! E, sobre aquela VERDADE estava sendo fundada a Igreja/Kehiláh do Messias! Mas, somente, como veremos a seguir, por ter sido feito uma analogia à PEDRA, Kafos “tornou-se” ao fundamento papal da ICAR!
A palavra do ETERNO explica que Pedro/Kafos, igualmente aos demais apóstolos e profetas, foi colocado como fundamento/exemplo para nós; mas apenas para ensinar a Verdade de Yaohushua hol’Mehushkyah, que é na realidade, a Pedra principal [o Filho do ETERNO – leia-se I Jo 2:22] sobre a qual ele e os demais apóstolos foram colocados: “Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família do ETERNO; edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Yaohushua hol’Mehushkyah é a principal pedra da esquina” (Ef 2:19,20).
O apóstolo Pedro/Kafos jamais ousou dizer: Eu sou Pedro/Kafos. Fui nomeado por Yaohushua como seu vigário, portanto, venham a Mim, confessem seus pecados e eu os absolverei. Nunca pretendeu ser infalível nem ter a mesma autoridade de Yaohushua hol’Mehushkyah; antes bem, ao ser cheio do poder de YAOHUH UL’HIM, declarou: “Ele é a pedra … a qual foi posta por cabeça de esquina. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:8,11,12).
“Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a o ETERNO por Yaohushua hol’Mehushkyah” (I Pd 2:5).
A Bíblia proclama que Yaohushua hol’Mehushkyah colocou um firme fundamento sobre o qual nós temos de ser edificados: sobre o testemunho dos profetas e apóstolos. De maneira nenhuma nos autoriza a ser edificados sobre seus sucessores, muito menos se estes têm-se desviado da santa doutrina.
Se levarmos em conta a autoridade do apóstolo Pedro/Kafos em assuntos de doutrina e reconheçamos a unidade das Escrituras com respeito ao único e suficiente Sacerdócio de nosso Mestre Yaohushua hol’Mehushkyah no Santuário celestial, podemos concluir então que a pretensão do papa de ser “o vigário de hol’Mehushkyah” não é mais que um engano para separar o mundo do ETERNO e sua verdade. Este título, que em latim se escreve “Vicarivs Filii Dei”, é por sua vez o assombroso cumprimento das palavras que o profeta de Patmos escrevera quase 2000 anos atrás: “Quem tem, pois, inteligência, calcule o número da besta; porque seu número é o que forma as letras do nome de um homem, e o número da beta é seiscentos e sessenta e seis” [u].
Este título cumpre perfeitamente com os requisitos apresentados pelo contexto profético: é um nome de blasfêmia, é um nome romano, está em latim (seu idioma oficial), decodificado segundo o valor dos números romanos e identifica a um homem [v]. Mas, não é porque diz-se HOMEM que deve ser sempre do sexo masculino; diz do gênero – raça humana – como um todo… Ao longo dos séculos, diversos nomes (pessoas) tem como resultado o intrigante 666… Todos estes, ensinando – uma pretensa verdade – ou combatendo a Verdade, tem estado a serviço de satanás! Veja, por exemplo, este cálculo em cima do nome da pretensa profetiza dos adventistas:
A menos que alguém prove ao contrário, não há nenhuma lógica forçada ou cálculo errado. *Note que o “U” no latim representa o “V”. O “W” nas línguas anglo-saxônias é conhecido por “doblevê” devido à sua fonética…
O Testemunho de Paulo/Sha’ul
O apóstolo era um assíduo estudante das profecias Bíblicas e conhecia especialmente a que se referia ao capítulo 7 do livro de Dayan’ul. Sabia que o Filho do Homem não poderia vir [voltar ou seja, a segunda vinda] sem que antes se houvesse manifestado o poder do chifre pequeno, que por sua vez era “detido” pela influência mundial que em sua época tinha o Império Romano [w]. A passagem seguinte resume o que ele entendia sobre este poder e de sua obra:
“1-2E agora, irmãos, voltando ao assunto do regresso do nosso Maoro’eh Yaohu’shua hol’Mehushkyah e da nossa reunião com Ele, vos rogamos que não se deixem assim tão facilmente influenciar no vosso entendimento e até perturbarem-se, quer por pretensas revelações espirituais, quer por mensagens ou por cartas que vos digam terem sido mandadas por nós, e que têm como objetivo levar-vos a acreditarem que esse dia de hol’Mehushkyah já terá acontecido. 3Que ninguém de forma alguma vos engane; pois isso não se dará sem que antes venha uma grande rebeldia [apostasia] contra YAOHUH e se re-vele aquele homem que encarnará em si mesmo o pecado, que será o filho da perdição. 4Ele se oporá e se levantará contra tudo o que fizer referência a YAOHUH e ao seu culto. E até pretenderá mesmo tomar o lugar de UL no próprio Templo de UL, fazendo-se passar pelo próprio YAOHUH. 5Vocês lembram-se de que já vos tinha falado de tudo isto quando ainda me encontrava convosco 6Vocês também sabem o que de momento impede esse homem maligno de aparecer. 7É verdade que este misterioso iniquo, da injustiça, já está atuando como que secretamente. Mas, há um que o detém até que seja retirado. 8Só então se revelará então aquele ser mau, a quem YAOHUH virá a desfazer pelo sopro da sua boca, e que será destruído pelo esplendor com que hol’Mehushkyah aparecerá. 9Esse homem de pecado atuará segundo o poder de ha’satan, através de manifestações de força, e de milagres e prodígios, com o fim de darem apoio às suas mentiras. 10Ele usará de todo o poder da maldade para enganar aqueles que estão no caminho da perdição, porque recusam acreditar na Verdade que os conduziria à salvação. 11E por isso o ETERNO lhes enviará a Operação do Erro, para que creiam na mentira. 12E serão julgados assim todos os que rejeitaram a Verdade e ficaram satisfeitos com a maldade.” (II Ts 2:1-12 – ESN: Escrituras Sagradas segundo o Nome; EUC – Edição Unitariana Corrigida by CYC – Congregação Yaoshorul’ita o Caminho).
O termo “apostasia”, usado aqui pelo apóstolo Paulo/Sha’ul, tem o mesmo sentido da frase “cairá por terra a verdade” usada por Dayan’ul ao descobrir a obra do chifre pequeno [y], pois esta palavra textualmente significa “Mudar de opinião ou de doutrina”. Isto é confirmado pelo apóstolo ao dizer que este poder, valendo-se de “feitos poderosos, sinais e falsos milagres”, virá “com todo engano da injustiça para os que perecem”.
O título “o homem de pecado” [z], traduzido textualmente do idioma original pode ser transcrito assim: “O homem sem lei” [aa]. Segundo esta descrição, este poder haveria de levantar-se contra o ETERNO, usurparia Sua autoridade e atentaria contra Sua santa Lei, fato que também coincide com a descrição que Dayan’ul fez do chifre pequeno: “e pretenderá mudar os tempos e a Lei” [bb].
A Enciclopédia Católica afirma: “O papa é como se fosse ‘Deus’ sobre a Terra, único soberano dos fiéis de cristo, chefe dos reis, tem plenitude de poder, a ele tem sido encomendada pelo ‘Deus’ onipotente a direção, não somente do reino terreal, mas também do reino celestial. O papa pode modificar a Lei divina, já que seu poder não é de homem, mas de ‘Deus’ e atua como vice regente de ‘Deus’ sobre a Terra com o mais amplo poder de ligar e de desligar a suas ovelhas” [cc].
Como consequência da obra do papado, o segundo mandamento foi riscado, o quarto modificado e o décimo dividido em dois. Você pode comprovar isto. Compare os Dez Mandamentos que aparecem em sua Bíblia (mesmo paganizada pela trindade) [dd], com os que aparecem em qualquer catecismo católico.
O título “filho da perdição” confirma que este poder é um falso sistema de apostolado cristão e não incrédulo, judaico ou pagão, pois é o mesmo título que o Mestre Yaohushua hol’Mehushkyah utilizou para referir-se a Yaohu’dah, o apóstolo que o traiu [ee].
A frase “assenta-se no templo de ‘DEUS’, fazendo-se passar por “DEUS” é uma prova direta de que tentaria usurpar a autoridade e funções sacerdotais do CRIADOR Yaohushua hol’Mehushkyah, pois, segundo as Escrituras, Ele é quem verdadeiramente está sentado – desde a Sua ascensão – no trono celestial de Seu Pai: “Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da majestade, Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Mestre fundou, e não o homem” (Hb 8:1, 2) [ff].
O papa sentado em seu trono
O Testemunho de Martinho Lutero: “Oh! Quanto não me custou, apesar de que me sustente a Santa Escritura, convencer-me de que é minha obrigação encarar sozinho com o papa e apresentá-lo como o anti-cristo! Quantas não têm sido as tribulações do meu coração! Quantas vezes tenho feito a mim mesmo a mesma pergunta que tenho ouvido frequentemente de lábios dos papistas! Somente tu é sábio? Todos os demais estão errados? O que acontecerá se ao final de tudo isto tu estás errado e envolves no engano a tantas ‘almas’ que serão condenadas por toda a eternidade? Assim lutei contra mim mesmo e contra satanás, até que o Messias, por Sua Palavra infalível, fortaleceu meu coração contra estas dúvidas” [gg].
NOTA: …poucos entrarão (Mt 7:14). A Verdade sempre esteve entre poucos; no dilúvio, somente 8 sobreviveram; os profetas muitas vezes lutaram sozinho e Uli’yah chegou a entrar em depressão, julgando estar só – I Rs 19 cf. Rm 11:2-4.
“O papa… quer apagar a luz do Evangelho destinada a iluminar ao mundo. É, então, o anti-cristo predito por Dayan’ul, pelo Mestre Yaohushua hol’Mehushkyah, Pedro/Kafos, Paulo/Sha’ul e o Apocalipse” [hh].
Referências:
[a] Gn 2:16,17.
[b] Rm 6:23.
[c] Gn 3:8-10.
[d] Gn 3:15.
[e] A data exata deste evento foi revelada pelo profeta Dayan’ul uns 500 anos antes da Era Cristã (Dn 9:26). Mais adiante abordaremos sobre o tema.
[f] I Pd 3:18; II Co 5:21.
[g] Yaohu’shua hol’Mehushkyah (ver Atos 3:13-15).
[h] Este Príncipe é Yaohushua hol’Mehushkyah: “A Yaohushua… o ETERNO o elevou com sua destra a Príncipe e Salvador” (Atos 5:30,31; ver também Dn 9:25 e Colossenses 2:8-10).
[i] Lucius Ferraris, Prompta Bibliotheca, tomo VI, págs. 25-29.
[j] Catecismo Católico, pág. 94, Herder.
[k] Historia Universal, tomo 9, pág. 19, Nauta.
[l] Id., pág. 96.
[m] Diccionario Enciclopédico Terranova, pág. 1476.
[n] Apocalipsis 13:5,6.
[o] Jo 10:30-33; Mc 2:3-7.
[p] Jo 20:28; Tt 2:13; Ap 17:14.
[q] Ef 3:8; II Pd 1:1.
[r] Mt 16:18,19.
[s] Hb 1:3,4; II Tm 4:2-5.
[t] Mt 18:1-4, 18.
[u] Ap 13:18, versión Félix Torres Amat.
[v] Esta aplicação foi descoberta e apresentada no período da Reforma pelo protestante Andreas Helwig (1572-1643). L. E. Froom, The Prophetic Faith of Our Fathers, tomo 2, págs. 605-608. A tradução literal deste título em latim é “vigário do Filho de Deus”.
[w] Dn 7:23-27.
[x] Dn 8:11,12.
[y] Diccionario Pequeño Larousse Ilustrado, pág. 82.
[z] É importante recordar que segundo o estudado em Dayan’ul 7, Dayan’ul 8 e Apocalipse 13, não devemos ver neste personagem como um único indivíduo, mas a uma sucessão de indivíduos governando sobre um mesmo reino.
[aa] A palavra grega anomías (ajnomiva”) que aqui se traduz como “pecado”, corretamente se deveria traduzir como “transgressão da lei” (Léxico Mejorado de Strong, 458). Isto fica demonstrado ao estudá-la gramaticalmente: O prefixo a (a) significa “sem” e a palavra nómos (novmo”) significa “Lei” (Léxico Mejorado de Strong, 3551). A palavra anomías aparece traduzida na versão RVR95 como “infração da Lei” em I João 3:4.
[bb] Dn 7:25.
[cc] Lucio Ferraris, Prompta Bibliotheca, tomo VI, art. “papa II”, págs. 25-29.
[dd] Ex 20:3-17.
[ee] Jo 17:12.
[ff] É interessante notar a relação existente entre esta característica e o título “anti-cristo”: A palavra grega antíjristos (ajntivcristo”) é uma palavra composta por outras duas: antí (ajnti) que significa “contra alguém/algo” ou “em lugar de”, e jristos (cristo”) que significa “messias/ungido”. Portanto, anti-cristo pode significar: aquele que se opõe a hol’Mehushkyah, ou aquele que pretende ocupar o lugar de hol’Mehushkyah, ou aquele em quem se encontram ambas características. A partícula anti aparece na RVR95 traduzida como “em lugar de” em Mt 2:22; Lucas 11:11; I Coríntios 11:15 e Tiago 4:15.
[gg] Martyn, págs. 372, 373.
[hh] L’ Epanouisssement de la Pensée de Luther, pág. 316, citado en El Sentido de la Historia y la Palabra Profética, tomo 1, pág.303. Antolín Diestre Gil, Editorial Clie.
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8. Duas fases significativas
A Bíblia afirma que a besta passa por duas fases de grande poderio através da história, separadas por um tempo de inatividade política. Estudemos em detalhe os eventos que marcaram o princípio e o fim de cada uma delas:
Primeira Fase
Quando estudamos sobre o surgimento do papado, encontramos que este haveria de nascer no tempo das invasões bárbaras, entre os anos 378 e 476 d.Y. Vimos como, com surpreendente exatidão, surgiu tão somente dois anos depois que os visigodos se estabeleceram no sul de Danúbio e se consolidou como governante supremo da Europa desde o ano 538 d.Y. por decreto do imperador Justiniano.
A profecia mostra que a partir de então, o papado haveria de governar durante “durante tempo, tempos e meio tempo” que é o mesmo que “três anos e meio; 42 meses ou 1.260 dias” [a]. Se levarmos em conta que na profecia um dia profético equivale a um ano literal [b], os 1.260 dias que aqui se apresentam, seriam na realidade 1.260 anos. Portanto, se queremos saber quando haveria de chegar a seu fim este poder, a única coisa que devemos fazer é somar a 538 estes 1260 anos: 538 d.Y. + 1260 anos = 1798 d.Y.
As matemáticas do ETERNO mostram o ano 1798 d.Y. como o ano em que o poder político do papado terminaria. Os textos seguintes nos mostram o processo que fez possível o incrível cumprimento da profecia:
“A assembléia constituinte publicou em 27 de Agosto de 1789 os Direitos do homem e do cidadão ou seja, 17 artigos em que se proclamavam a soberania do povo e a liberdade individual, ainda de consciência e pensamento… pouco depois abolia a assembléia os votos monásticos e as ordens religiosas… Todos os eclesiásticos deviam jurar o cumprimento desta constituição sob pena de serem considerados como perturbadores da ordem pública… Os sacerdotes que se negaram a prestar o juramento foram condenados à deportação. Logo começaram a encher-se as prisões com eclesiásticos. Em Setembro de 1792 foram atacadas as prisões de Paris por um bando de matadores e os prisioneiros assassinados, entre eles três bispos e mais de duzentos sacerdotes. Esta matança da capital foi imitada em várias cidades… As igrejas foram saqueadas e profanadas, os sacerdotes e religiosos encarcerados em massa; em Nantes, Carrier fez extinguir mais de duzentos em Loira; outros foram deportados para a Guiana e muitos guilhotinados”.
“Tentou-se substituir o culto cristão pelo culto à deusa da razão. Na catedral de Notre-Dame celebrou-se a festa desta nova divindade, representada por uma atriz, que sentada em um estrado recebeu as adorações de seus devotos. Reformulou-se o calendário. Substituiu-se a semana pela década e o décimo dia era o dia da pátria que recomeça no domingo”.
“Logo os exércitos franceses com ordem de Napoleão Bonaparte se dirigiram contra os Estados Pontifícios. O papa foi obrigado a firmar a paz de Tolentino (1797) pela que perdia parte de seus estados e se obrigava a pagar uma alta contribuição de guerra”.
“A morte do general francês Duphot em Roma, deu vez ao Diretório francês para invadir os Estados Pontíficios pelas tropas do general Berthier… Em 15 de Fevereiro de 1798… o papa foi feito prisioneiro e conduzido a Valença(França) onde morreu” [c].
“O papado havia se extinguido: não havia um só vestígio de sua existência, e entre todas as potências católicas romanas, nem um dedo foi colocado em sua defesa. A cidade eterna não tinha mais Príncipe nem pontífice; seu bispo era um cativo moribundo em um país estranho; e quase havia se lançado o decreto segundo o qual não se permitiria que se levantasse um sucessor em seu lugar” [d]. “A Europa Média pensou… que, com o papa, o papado também havia morrido” [e].
Durante a Idade Média, o papado havia processado, encarcerado e executado milhares de cristãos sinceros que se negavam aceitar seus dogmas. Milhares deles foram isolados da vida em calabouços escuros onde inquisidores os torturavam exigindo-lhes, em nome da Santa Igreja, que negassem a verdade que haviam encontrado nas Escrituras [f]. O que sucedeu ao catolicismo na última década do século XVIII, foi tão somente o cumprimento da sentença divina que contra este poder havia sido promulgada séculos atrás no livro do Apocalipse: “Se alguém tem ouvidos, ouça: Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto” (Ap 13:9,10).
A Ferida Mortal
O papado, que anos atrás havia conseguido submeter os países da Europa, que havia posto e deposto reis, príncipes e governadores à sua vontade, perdeu finalmente sua autoridade política: os Estados Pontifícios lhe foram desapropriados e seu poder intimidatório foi completamente anulado: “Pio VI havia morrido no cativeiro: A conclave para eleger seu sucessor se reuniu em Veneza, e depois de muitas dificuldades foi eleito papa, o cardeal Bernabé Chiaramonti, que recebeu o nome de Pio VII… Napoleão eleito imperador quis ser coroado como tal e convidou ao papa com esta finalidade à Paris… A cerimônia de coroação foi celebrada na catedral de Notre Dame (2 de Dezembro de 1804), e nela Napoleão não permitiu que o papa lhe coroasse, mas Napoleão o fez com suas próprias mãos… [Pouco depois] o imperador invadiu os Estados Pontifícios e os agregou ao seu império. O papa emitiu uma bula de excomunhão contra os autores do ataque. Furioso,Napoleão capturou o papa e levou-o preso à Savona (ao norte da Itália). O manteve ali fortemente guardado… Não podia receber visitas sem a autorização de seus guardiões, nem ler ou receber cartas” [g].
“Em 1870 Víctor Manuel II dava o último passo. Suas tropas se apresentaram ante Roma à qual bombardearam durante cinco horas… Em 20 de Setembro o exército piamontês fazia sua entrada em Roma pela brecha da Porta Pía. Era a ruína do poder temporário dos papas… O papa considerou-se à frente como prisioneiro do Vaticano. Os sucessores de Pio IX assumiram a mesma atitude e permaneceram como prisioneiros em Roma” [h].
Segunda Fase
“E vi uma das suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada… a besta que recebera a ferida da espada e vivia” (Ap 13:3,14).
Esta passagem anuncia claramente que ainda que o papado haveria de morrer vítima da ferida recebida em 1798, finalmente ressuscitaria para recuperar seu poder perdido. A história confirma que isto foi o que se sucedeu:
“Em 1926 se abriram as negociações entre a Santa Sé e o governo da Itália para solucionar a “questão romana”. Em 7 de Fevereiro de 1929 se firmava o Pacto de Letrán; nele quem atuou como representante da Itália foi Benito Mussolini, chefe do governo. Por ele se criava o Estado soberano do Vaticano… Estava assim, assegurada a independência material e moral do Pontificado” [i].
A história mostra o ano de 1929 como ano em que o poder temporário do papado foi restaurado. O fato de que não tenha guardado até o momento o mesmo tipo de poder que teve na Idade Média não é prova de que não se havia recuperado, pois tanto o crescimento como a queda do papado tem sido, são e serão, processos graduais.
No começo da primeira fase (538 d.Y.), o papado viu-se forçado a depender de Justiniano para sentar-se em seu trono em Roma. O mesmo sucedeu no começo da segunda fase (1929 d.Y.), pois teve que depender de Mussolini para sentar-se de novo em seu trono.
É impressionante ver como, desde Fevereiro de 1929 o papado venha se recuperando de forma gradual, constante e sistemática. Não somente resgatou parte de seus territórios pontifícios que havia perdido, mas que seu máximo dirigente assumiu o título de Chefe de Estado e literalmente o título de REI. Os textos seguintes refletem, sem dúvidas, o alarmante poder e influência que o papado exerce na política mundial de nossos dias:
“Tem sido o papa João Paulo II quem tem tido em suas mãos a chave para destruir o Império Soviético. Atas reveladoras do Politburo… mostram os grandes chefes do Kremlin lutando em vão para controlar o alarmante poder e influência do papa na Europa oriental. Por outra parte, em Washington, Ronald Reagan… enviou ao diretor da CIA, William Casey, as reuniões secretas com Sua Santidade… Pouco depois… se encontraram em Roma e comprometeram imensos recursos destas duas superpotências… para regredir as divisões da Yalta e apurar a decomposição do comunismo… Com Reagan, o papa desenhou uma santa Aliança contra os comunistas” [j].
“João Paulo II, que hoje [16 de Outubro de 1998] completa 20 anos de pontificado, tem ganhado seu posto na história por muitas razões adicionais ao evidente fato de ser um dos homens mais influentes de nosso tempo… Suas viagens somam o equivalente a três percursos de ida e volta à lua e se dividem em 84 viagens pelo exterior… Quase 550 chefes de Estado tem mantido entrevistas com o santo padre no Vaticano ou em seus respectivos países… João Paulo II demonstrou ser um carvalho em matéria dogmática e política… João Paulo II tem sido um ativo protagonista da convulsionada vida política deste final de século. Se diz que seu interesse por ‘libertar’ a Polônia o levou a uma aliança com a CIA nos tempos de Ronald Reagan. Certo ou não, com a peça polaca caiu todo o dominó: o gigante soviético, que durante quatro décadas assustou o ocidente, foi derrubada em meses” [k].
Vemos algumas coisas impressionantes: Reuniões secretas com a CIA… Duas superpotências… Santa Aliança… O Kremlin lutando em vão para controlar o alarmante poder e influência do papa na Europa oriental… João Paulo II destruindo o império soviético… Quase 550 chefes de Estado mantendo entrevistas com o papa… Um carvalho em matéria dogmática e política… Estas evidências provam que o papado se recuperou satisfatoriamente de sua ferida mortal e que está atualmente procurando alcançar o poder absoluto sobre as nações do mundo. Mas, até quando durará sua supremacia?
Leiamos: “E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça. E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército. E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre” (Ap 19:11,19,20).
O Rei que monta o cavalo branco e seus exércitos representa Yaohushua hol’Mehushkyah e seus anjos vindo a pelejar contra a besta, no Armagedom [l]. Como resultado desta guerra, a besta será lançada ao lago que arde com fogo e enxofre onde será destruída para sempre – a quinta praga é contra o seu trono. Por tanto, a segunda fase deste poder terminará com a segunda vinda de hol’Mehushkyah. O diagrama seguinte resume o que vimos neste capítulo acerca dos tempos implicados na vida política e religiosa do papado:
Referências:
[a] Dn 7:25; Ap 13:5; Ap 12:14,6.
[b] Ez 4:6; Nm 14:34. Mais adiante estudaremos a profecia das setenta semanas de Dn 9:24-27, onde a validez do principio “dia por ano” é plenamente confirmada; mas que não se aplica na profecia das 2.300 tardes e manhãs (Dn 8:14).
[c] Juan Manuel Pacheco S. J., Historia de la iglesia, págs. 186- 190, Bedout.
[d] George Trevor, Rome: From the fall of the Western Empire, pág. 440.
[e] Joseph Rickaby S. J., The Modern Papacy, en Lectures on the History of Religions, tomo 3, conferencia 24, pág. 1, Catholic Truth Society.
[f] Ralph Woodrow, Babilonia Misterio Religioso, pág. 164.
[g] Juan Manuel Pacheco S. J., Historia de la iglesia, págs. 192-196, Bedout.
[h] Id. págs. 198-199.
[i] Ibid. Encontrará esta mesma afirmação no Diccionario Enciclopédico Terranova, art. “Vaticano”, pág. 1461.
[j] Carl Bernstein y Marco Politi, Su Santidad, contraportada, Editorial Norma. Os autores deste livro são dois jornalistas reconhecidos que durante muitos anos tem cobrido as notícias dos líderes dos Estados Unidos e do Vaticano.
[k] Periódico El Tiempo, 16 de outubro de 1998, pág. 10 A. Colombia.
[l] Ap 20:16,13. Cf. Ap 17:14.
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9. Os Estados Unidos na profecia
No tópico anterior, pudemos entender o enorme poder e influência do papado no mundo contemporâneo, o que é uma prova de que já estamos vivendo na segunda fase de sua supremacia. No entanto, o que temos visto até agora é somente a ponta do iceberg, pois os seus planos vão muito além do que imaginamos. A seguinte declaração, feita pouco antes da queda do comunismo pelo ex-sacerdote jesuíta Malachi Martin, nos mostra isso:
“Voluntária ou involuntariamente, prontos ou não, todos estamos envolvidos em uma tripla competição global, sem exageros… A competição serve para ver quem estabelecerá o primeiro sistema mundial de governo, que dominará todas as nações…”.
“Aqueles de nós que temos menos de 70 anos veremos instaladas pelo menos as estruturas básicas do novo governo mundial. Os que têm menos de 40 anos, com certeza, viverão sob sua autoridade e controle legislativo e judicial…”.
“Este poder possuirá toda a autoridade, detendo o dobro da autoridade e controle sobre cada um de nós como indivíduos e sobre todos como uma comunidade; sobre os seis bilhões de habitantes que os demógrafos prevêem que haverá neste planeta no início do terceiro milênio…”.
“Não é exagero dizer que o propósito do pontificado é ser o vencedor desta competição que já está acontecendo”.
Malachi Martin garantiu há mais de duas década que uma Nova Ordem Mundial será instituída em nossos dias. Segundo seu ponto de vista, os mais fortes candidatos para obter o controle mundial são: o papado; o comunismo (com a Rússia, novamente em ascensão) e o Ocidente capitalista, representado pelos Estados Unidos [a]. O Islã, apesar de grande, não tem a união entre seus próprios pares…
Em 1989, vimos com assombro como os Estados Unidos e o Vaticano fizeram uma “Santa Aliança” para destruir o poder comunista. Em consequência disso, o terceiro competidor havia sido [aparentemente] eliminado, ficando somente estas duas “superpotências” [b].
Qual das duas conseguirá impor a Nova Ordem Mundial? O que as Escrituras dizem a respeito?
“E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão. E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada” (Ap 13.11-12)
Essa passagem nos assegura que a primeira besta, cuja ferida mortal foi sarada, será adorada pelos habitantes do mundo inteiro, o que nos permite concluir que será o papado que finalmente governará na Nova Ordem Mundial [c]. Como esse poder será conquistado? A profecia diz que isso não será feito solitariamente; existe outra nação igualmente poderosa que a apóia e sustenta. Quem a besta representa? Para essa identificação, faremos uma relação das suas principais características:
– É um reino: Assim como a besta de sete cabeças e dez chifres, essa besta deve representar um reino [d].
– Surgiu em uma região distante da Europa: Essa besta não surgiu do mar (povos, nações) como as outras; o que é um claro indício de que não é uma nação européia.
– Surgiu de forma pacífica: Ao falar do surgimento da besta, as Escrituras não menciona mares tormentosos ou ventos tempestuosos como símbolos das conquistas. Pelo contrário, tanto sua aparência como o modo com que se levantou difere grandemente das bestas que já estudamos. Ela se apresenta com características tomadas de um cordeiro, animal que se destaca pela sua mansidão e humildade. Deduzimos, portanto, que diferentemente das demais, essa nação não surgiu como resultado de revoluções, guerras ou conquistas.
– Surgiu em uma região praticamente despovoada: Essa besta não surgiu do mar, mas “da terra”. Se levarmos em consideração que o mar representa “povos, multidões, nações, e línguas” [e] e que a terra é um local onde há poucas águas, podemos concluir que esse reino foi erguido em uma região que, até então, se encontrava despovoada.
O território onde essa nação se levantou serviu de refúgio para os perseguidos da Idade Média (fim): O capítulo 12 do Apocalipse nos apresenta a perseguição que os filhos fiéis do ETERNO tiveram de suportar durante os obscuros anos da Idade Média, com as seguintes palavras: “E, quando o dragão viu que fora lançado na terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho homem. E foram dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente. E a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, para que pela corrente a fizesse arrebatar” [f].
Aqui, o dragão representa satanás atuando através de Roma [g]; a mulher representa a igreja fiel [i]; tempo, e tempos, e metade de um tempo é o mesmo que os 1.260 anos da supremacia papal [j]; e a água simboliza a multidão dos povos que se levantaram para persegui-la [h]. Em outras palavras, essa passagem representa a perseguição a que foi submetida a Igreja fiel durante a primeira fase do papado. O que acontecerá depois? Vejamos: “E a terra ajudou a mulher; e a terra abriu a sua boca, e tragou o rio que o dragão lançara da sua boca” [k]. A terra (a região despovoada da qual falamos no tópico anterior) ajudou aMulher! Portanto, o mesmo território do qual se levanta a nação representada pela besta de dois chifres, serviu de refúgio aos protestantes que fugiam da perseguição religiosa do papado, na Europa.
Era uma nação jovem em 1798: Essa besta tem chifres como um cordeiro. Chamamos de cordeiro a um macho de ovelha que está iniciando sua juventude [l]. João/Yao’khanan viu essa besta subir da terra bem depois que a primeira recebeu sua ferida mortal [m], o que significa que, no mesmo instante que o papado sucumbia, a nação aqui representada encontrava-se crescendo e fortalecendo-se.
– É uma nação com liberdade civil e religiosa: “Tinha dois chifres tal como um cordeiro…” Quando estudamos Dayan’ul 8 vemos que ali também aparece uma besta com dois chifres. Ali (Dayan’ul), a besta é um carneiro e os seus chifres representam os medos e os persas que se uniram para formar o Império Medo-persa [n]. Baseado no que foi dito anteriormente, poderíamos concluir que os dois chifres da besta que sobe da terra simbolizariam duas nações que se unem com o objetivo de formar um grande império. Sem dúvida, o Apocalipse revela que neste caso a regra não pode ser aplicada. Antes de qualquer coisa, os dois chifres são semelhantes aos chifres do cordeiro…
Apocalipse 5:6 nos diz que o cordeiro que foi imolado tem sete chifres. É evidente que, neste ponto, o cordeiro não simboliza um reino, mas o símbolo de Yaohushua [o]. I Sm 2:10 falando sobre ele [no hebraico], disse: “CRIADOR… dará força ao seu rei, e exaltará o chifre do seu ungido” [p]. A palavra chifre aqui utilizada, é símbolo do poder [e assim foi traduzida em nossas escrituras] e majestade de Yaohushua. Sete chifres indicariam a plenitude e magnificência desse poder.
Os dois chifres semelhantes aos do cordeiro devem representar os dois princípios referentes ao governo que Yaohushua hol’Mehushkyah ensinou quando esteve na terra, que são: “Dai, pois, a César o que é de César e ao ETERNO o que é do ETERNO” [q]. Em outras palavras, os assuntos da Igreja não devem se misturar com os assuntos do Estado. Estes dois chifres devem representar um governo cujos fundamentos sejam a liberdade civil e a liberdade religiosa.
– Tornou-se potência durante a segunda fase do papado: “E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada“. Essa passagem indica que esse poder deve exercer sua autoridade na presença do papado depois de sua ressurreição em 1929. Essa nação deve ser muito importante nos dias atuais!
– Essa nação tem excelentes relações diplomáticas com o Vaticano: Essa nação [protestante, diga-se de passagem] fará com que todos os paises do mundo adorem ao papado. Para tanto, essa nação deve ter excelentes relações diplomáticas com o Vaticano.
– Essa nação tem poder sobre as demais nações do mundo: Apocalipse 13:12 diz: “E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença...”. Depois de seu pacífico surgimento, essa nação teve de mudar seu caráter manso que a caracterizava desde seu surgimento e se consolidou como a maior e mais influente potência do mundo.
Para identificar esse poder, façamos um breve retrospecto das características citadas anteriormente. É um reino ou uma nação. Surgiu em uma região distante da Europa. Surgiu de forma pacífica sem necessidade de lutar contra outras nações. Ergueu-se em uma região onde havia poucos habitantes. Serviu de refúgio aos protestantes que fugiram da perseguição religiosa do papado na Europa. Consolidou-se como uma nação de princípios cristãos, que concedeu liberdade religiosa e civil a todos os seus habitantes. Em 1798, estava em processo de desenvolvimento e impôs sua supremacia após 1929, durante a segunda fase do papado. Possui excelentes relações com o Vaticano e tem, atualmente, grande influência e poder sobre todas as nações do mundo.
“Uma nação, e somente uma, corresponde aos requisitos de datas e características desta profecia; não há dúvida de que se trata dos Estados Unidos da América”.
Desde o início de sua história, o território dos Estados Unidos era habitado somente por pequenos grupos de indígenas e caçadores nômades. Permaneceu nesta condição até que no século XVI, vários navegantes franceses, ingleses e espanhóis começaram a povoá-la [r].
Em 1.620, um grupo de puritanos ingleses conhecidos como “peregrinos” chegaram a bordo do Mayflower e fundaram a Nova Inglaterra [s].
A partir de então, a América se converteu em refúgio e baluarte daqueles que eram perseguidos por questões de fé na Europa. No ano de 1.642, dezesseis mil pessoas migraram para essa região.
Deram ao país o nome de Estados Unidos da América na proclamação da independência em 4 de julho de 1776 [t]. Seu primeiro presidente, George Washington, subiu ao cargo em 4 de março de 1789 (mesmo ano em que a Assembléia Constituinte Francesa determinou o rompimento com o papado através da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão) [u].
Estabeleceram um governo fundamentado na liberdade civil e religiosa. Estas convicções foram recepcionadas pela Declaração de Independência dos Estados Unidos – conflagrada pela então proeminente Maçonaria, o poder por trás desta nação, cujo único objetivo é implantar a Nova Ordem Mundial, governada pelo anti-cristo – e permanecem na Constituição como princípios fundamentais da nação.
A expansão territorial dos Estados Unidos ocorreu rapidamente. Em 1803, compraram da França o território da Louisiana; em 1819, compraram a Flórida da Espanha; em 1846, anexaram o Texas, Novo México e a Califórnia e, em 1848, adquiriram o território do Oregon mediante um acordo com o Canadá [v].
O poder político e militar desta nação foi demonstrado em 1917 através de sua bem sucedida intervenção na Primeira Guerra Mundial a favor dos Aliados. Em 1941, sua participação na Segunda Guerra Mundial foi decisiva na derrota de Hitler e para barrar as pretensões expansionistas do Japão, com o lançamento das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki […fogo do céu]. A influência estadunidense na política mundial refletiu-se no pós-guerra com a formação da ONU (Organização das Nações Unidas), com a Guerra Fria contra a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), com a formação da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e com a Guerra da Coréia [w]. De um modo geral, desde então, os Estados Unidos intervieram em todas as questões políticas e econômicas do mundo [x].
Desde o início de sua história, foi um país protestante e carregou um profundo sentimento anticatólico por causa dos maus tratos que os seus antepassados receberam na Europa. Com o passar do tempo, as suspeitas e rancores foram desaparecendo até que na década de 80, o presidente Ronald Reagan fez alterações na legislação para que os Estados Unidos pudessem estabelecer relações diplomáticas com a Santa Sé [y]. Entre 1981 e 1982, o presidente Reagan e João Paulo II trocaram correspondências secretas sobre os acordos armamentistas entre os soviéticos e os Estados Unidos. Reagan instruiu o diretor da CIA William Casey que fornecesse ao papa informações secretas que seriam utilizadas na derrota do comunismo, que finalmente ocorreu em 25 de dezembro de 1991 com a retirada da bandeira vermelha da cúpula verde do Kremlin [z]. Os Estados Unidos passavam a ser o país mais poderoso do planeta e o catolicismo, atualmente, já é a maior religião dos EUA [aa].
Como podemos ver, não há dúvida sobre a identidade da segunda besta de Apocalipse 13. As características fornecidas na profecia revelam os Estados Unidos como o país que comandará a entrega do poder mundial ao Vaticano. No capítulo seguinte estudaremos como isso acontecerá.
Referências:
[a] Malachi Martin, The Keys of This Blood¾ A Struggle for World Dominion between PoPd John Paul II, Mikhail Gorbachev and the Capitalist West (Las Llaves de Esta Sangre: Una lucha por el dominio mundial entre Juan Pablo II, Mijaíl Gorbachov y el Occidente capitalista), págs. 15-17.
[b] Ibid.
[c] Carl Bernstein y Marco Politi, Su Santidad, Contraportada, Editorial Norma.
[d] Dn 7:23.
[e] Ap 17:15; Is 17:12.
[f] Ap 12:13-15.
[g] Ap 12:9.
[h] Ap 19:7-8; Ef 5:25-27.
[i] Veja a explicação sobre este ponto, no capítulo 4 sobre o “chifre pequeno”.
[j] Ap 17:15.
[k] Ap 12:16.
[l] Diccionario Enciclopédico Terranova, art. Cordero, pág. 398.
[m] Ap 13:10,11.
[n] Dn 8:3,20. Veja também o capítulo 3…
[o] Jo 1:29.
[p] Tradução literal do texto em hebraico na versão Reina Valera Antigua (1909).
[q] Lucas 20:25.
[r] Diccionario Enciclopédico Terranova, art. Estados Unidos de América, pág. 562.
[s] Id. pág. 563.
[t] Diccionario Pequeño Larousse Ilustrado, art. Estados Unidos, pág. 1282.
[u] Ibid.
[v] Diccionario Pequeño Larousse Ilustrado, art. Estados Unidos, pág. 1282.
[w] Diccionario Enciclopédico Terranova, art. Estados Unidos de América, pág. 563.
[x] Diccionario Pequeño Larousse Ilustrado, art. Estados Unidos, pág. 1282.
[y] Carl Bernstein y Marco Politi, Su Santidad, págs. 280,281, Editorial Norma.
[z] Id. Págs. 380, 381, 515.
[aa] Periódico El Tiempo, domingo 12 de julio de 1998. Pág. 11-B, Colom
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10. Falando como Dragão
Anteriormente centramos nossa atenção na identificação da segunda besta de Apocalipse 13, agora nos deteremos na maneira em que esta nação conseguirá que o mundo entregue seu poder ao papado. Para conseguir um entendimento claro desta parte, analisaremos detalhadamente cada versículo:
A voz de dragão.
“Depois vi outra besta que subia da terra. Tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro, mas falava como um dragão” (Ap 13:11).
O texto revela que os nobres atributos de cordeiro que caracterizaram aos Estados Unidos durante seus primeiros anos de existência, se verão finalmente ofuscados quando este comece a falar como dragão. Que significa falar como dragão? O capítulo 12 de Apocalipse nos dá algumas pistas:
“E foi lançado fora o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e satanás, o qual engana ao mundo inteiro. Foi lançado à terra e seus anjos foram lançados com ele… Quando o dragão viu que tinha sido lançados à terra, perseguiu à mulher que tinha dado a luz ao filho varão… E a serpente lançou de sua boca, após a mulher, água como um rio, para que fosse arrastada pelo rio” (Ap 12:9,13,15).
Esta passagem declara que o dragão é satanás e que a forma na que ele fala é lançado água de sua boca. As multidões é representadas aqui pelas águas [a], aparecem sendo lançadas depois da mulher que como já estudamos, representa a igreja fiel [b]. O significado do texto não deixa dúvida alguma: o falar do dragão representa a perseguição de satanás na contramão da Igreja de hol’Mehushkyah, por tanto, o fato de que a profecia diz que a segunda besta finalmente falará como dragão, quer dizer que, igual ao que o papado fez/faz, a nação dos Estados Unidos imporá alguma lei que atrairá a perseguição sobre os filhos fiéis do Criador; vivo!
O fogo do céu
“Exerce toda a autoridade da primeira besta em presença dela, e faz que a terra e seus habitantes adorem à primeira besta, cuja ferida mortal foi curada. Também faz grandes sinais, de tal maneira que inclusive faz descer fogo do céu à terra diante dos homens” (Ap 13:12,13).
A profecia afirma que esta nação fará grandes sinais com o fim de conseguir que o mundo inteiro adore ao papado. Estas serão tão grandes que ainda fará descer fogo do céu à terra adiante dos homens. Será literal este fogo? Estará falando aqui de algum bombardeio ou de uma guerra nuclear? O segundo livro dos Reis nos ajudará no entendimento do texto: “Elias respondeu ao capitão de cinquenta: -Se eu sou homem do Criador, que desça fogo do céu e te consuma com teus cinquenta homens. E desceu fogo do céu que o consumiu a ele e a seus cinquenta homens” (II Rs 1:10).
O profeta Elias fez cair fogo do céu com o fim de demonstrar que era um homem [seguidor] do Criador. O fato de que se diga o mesmo dos Estados Unidos, significa que esta nação afirmará falar no nome do ETERNO e que grandes sinais de índole sobrenatural aparecerão para apoiar essa pretensão. O mundo inteiro crerá que os Estados Unidos estará cumprindo os desígnios divinos quando ordene entregar-lhe o poder ao papado! É por esta razão que o Apocalipse lhe chama “o falso profeta”: “A besta foi lançada, e com ela o falso profeta que tinha feito adiante dela os sinais com as quais tinha enganado aos que receberam a marca da besta e tinham adorado sua imagem…” (Ap 19:20).
Uma imagem da primeira besta
“Engana aos habitantes da terra com os sinais que se lhe permitiu fazer na presença da besta, dizendo aos habitantes da terra que lhe façam uma imagem à besta que foi ferida de espada e reviveu. Se lhe permitiu dar vida à imagem da besta, para que a imagem falasse e fizesse matar a todo o que não a adorasse” (Ap 13:14,15).
Observe que a imagem da besta é uma entidade diferente às duas bestas anteriores e que surge como resultado das concessões da segunda besta com os habitantes da terra. Que representa esta imagem? Se levarmos em conta que uma imagem é uma cópia tomada de um original, isto quer dizer que como resultado dos acordos conseguidos entre os Estados Unidos e as demais nações da terra, se levantará um movimento com as mesmas características opressivas do papado. Prova disto encontramos na mesma passagem, o qual diz que a imagem, igual à que a igreja medieval fez, fará matar a todo aquele que não se submeta a seus ditames.
A primeira besta surgiu como resultado da união ilícita entre a Igreja e o Estado [c]. O contexto desta passagem permite ver que esta situação se repetirá, pois mostra à grande nação Norte-americana associando-se com os demais reis da terra com o fim de legislar em assuntos de índole religiosa.
Tendo em conta que o poder representado pela imagem da besta é similar à primeira besta (o papado) e que a religião oficial dos Estados Unidos é o protestantismo, podemos concluir que este sistema opressivo mundial se levantará como resultado da união ilícita da Igreja protestante e o governo dos Estados Unidos. É muito triste ter que dizer isto, mas é o que o Mestre revelou que sucederá quando os membros das igrejas se associem com o mundo em seu afã de converter à humanidade. No entanto, vale a pena aclarar que neste grupo de protestantes não estarão os sinceros filhos do ETERNO, pois estes sairão de entre eles e se unirão ao remanescentes fiel.
Impõe-se a marca da besta
“E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, se lhes pusesse uma marca na mão direita ou na testa, e que nenhum pudesse comprar nem vender, senão o que tivesse a marca ou o nome da besta ou o número de seu nome” (Ap 13:16,17).
Muito se especulou a respeito da marca da besta; alguns pensam que é o código de barras que se implementou para reconhecer mediante laser o preço dos alimentos. Outros, pensam que esta marca ainda está no futuro e que consistirá num microchip inserido na testa ou a mão (direita) de cada ser humano.
Quem tem a razão? Primeiro devemos lembrar que o Apocalipse é um livro simbólico e que cada detalhe descrito ali é tão só a representação de algo real e tangível. Também devemos ter em conta que aqui o que se impõe é uma marca pertencente à primeira besta, que é o papado. O que têm os códigos de barras ou microchips a ver com as questões religiosas do papado? Obviamente, nada. O que realmente apresenta a passagem é os Estados Unidos fazendo com que se coloque uma “marca” de origem católica, na testa ou na mão de todos os habitantes da terra.
Mas, em que consistirá esta marca? Para averiguá-lo devemos pesquisar primeiro em que consiste o selo do Criador, pois este aparece juntamente com a Marca da Besta, sendo simultaneamente colocado na testa dos que permaneceram fiéis ao ETERNO: “Vi também outro anjo, que subia da nascente do sol e que tinha o selo do Criador, vivo. Clamou com grande voz aos quatro anjos a quem se lhes tinha dado o poder de fazer dano à terra e ao mar, dizendo: `Não danifiqueis à terra nem ao mar nem às árvores até que tenhamos selado em suas frontes aos servos de nosso Ul’him’. E ouvi o número dos selados: cento quarenta e quatro mil selados de todas as tribos dos filhos de Yaoshor’ul” (Ap 7:2-4).
A seguinte passagem revela com clareza em que consistirá o selo que os 144.000 [d], receberão em suas frontes: “Depois olhei, e vi que o Cordeiro estava de pé sobre o monte de Sião, e com ele cento quarenta e quatro mil que tinham o Nome dEle e o de Seu Pai, escrito na testa” (Ap 14:1).
O Nome do Cordeiro e o de seu Pai!!! O selo do ETERNO consiste em ter o Nome do ETERNO na testa. Esta figura é uma clara alusão ao selo que, com o Nome do ETERNO, era colocado sobre as testas dos sumo sacerdotes do antigo testamento: “Farás ademais uma lâmina de ouro fino, e gravarás nela como gravação de selo, SANTIDADE A YAOHUH . E a porás com um cordão azul, e estará sobre a mitra; pela parte dianteira da mitra estará… e sobre sua frente estará continuamente, para que obtenham graça adiante de YAOHUH.” (Ex 28:36-38).
É importante notar que este selo devia estar preso com um “cordão azul”; este era o único meio mediante o qual o selo podia permanecer na testa do sumo sacerdote. Que representa este cordão azul? Deixemos que seja a mesma Palavra do ETERNO que nos o revele:
“O CRIADOR falou a Moisés e lhe disse: «Fala aos filhos de Yaoshor’ul e diz-lhes que se façam umas franjas nas bordas de suas roupas, por suas gerações; e ponham em cada franja das bordas, um cordão azul. Levareis essas franjas para que quando o vejais vos lembreis de todos os mandamentos de YAOHUH… Assim vos lembrareis e cumprireis todos Meus mandamentos, para que sejais santos ante vosso UL’HIM” (Nm 15:37-40).
O fato de que o cordão de azul recorde a observância de todos os mandamentos de YAOHUH, juntamente com as franjas, e que este fosse o meio ordenado pelo Criador para “prender” seu Nome, é uma clara explicação de que a maneira em que os filhos fiéis do ETERNO no tempo do fim terão “o nome de Yaohushua e o de seu Pai, YAOHUH, escrito em sua fronte”, é mediante a observância de TODOS os mandamentos do ETERNO. Yaohu’shua hol’Mehushkyah ensinou esta mesma Verdade quando fez a promessa de Voltar no poder de YAOHUH UL’HIM, sobre seus discípulos: “O que tem Meus Mandamentos e os guarda, esse é o que Me ama; e o que Me ama será amado por Meu Pai, e Eu o amarei e Me manifestarei a ele… O que Me ama,Minha Palavra guardará; e Meu Pai o amará, e viremos a ele e faremos morada nele” (Jo 14:21,23).
NOTA: Quando Yaohushua falou estas Palavras, confirmou algumas coisas (doutrinas) importantes, ou seja, os Mandamentos – Lei Moral – são do ETERNO, dadas por Ele! Ele e Seu Pai é quem verdadeiramente habitam em nosso ser, não um terceiro “deus”; e, reconhece aqueles que VERDADEIRAMENTE o ama, quando estes GUARDAM/SEGUEM a Sua Palavra!!!
Tendo esta base, leiamos de novo a passagem que fala a respeito dos 144.000 junto com a confirmação dada pelo verso 14 do mesmo capítulo: “Depois olhei, e vi que o Cordeiro estava de pé sobre o monte Sião, e com ele cento quarenta e quatro mil que tinham o nome dele e o de seu Pai escrito na testa… Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os Mandamentos do ETERNO e a fé de Yaohushua” (Ap 14:1,14).
Tendo já claro que a obediência aos Mandamentos do ETERNO mediante a fé, é o que constitui a essência do selo do ETERNO, e que este é contrário à marca da primeira besta, podemos concluir, então, que a marca da besta deve representar a obediência e submissão ao papado, demonstrada na observância/obediência de suas leis, mandamentos e decretos. Mas quais serão esses mandamentos? Ao comparar os dez mandamentos tal como aparecem nas Escrituras (Ex 20:3-17), com os que aparecem no catecismo católico, podemos ver que, em essência, só o Mandamento, “lembra-te do sábado para santifica-lo”, poderia chegar a ser o ponto focal do conflito, pois os demais mandamentos: “Não terás deuses alheios adiante de Mim”, “Não te farás, nem adorarás imagens”, “Não tomarás o nome de teu o ETERNO em vão”, “Honra a teu pai e a tua mãe”, “Não matarás”, “Não cometerás adultério”, “Não furtarás”, “Não dirás falso testemunho” e “Não cobiçarás”, permanecem, de uma ou outra maneira, sem maiores mudanças (veja-se o seguinte quadro).
Os Dez mandamentos do ETERNO (Bíblia, Êxodo 20: 3-17) |
Os Dez mandamentos do papado (Catecismo Católico Herder, pág. 190) |
1. Não terás outros deuses diante de Mim. |
1. Não terás outro deus mais do que a Mim. |
2. Não te farás para ti imagem esculpida, nem nenhuma semelhança do que esteja acima no céu, nem abaixo na terra… Não te inclinarás a elas, nem as honrarás. |
(Apagado, mas implícito no primeiro mandamento segundo as págs. 198 e 199 do mesmo catecismo). |
3. Não tomarás o nome do CRIADOR teu UL em vão. |
2. Não tomarás o nome de deus em vão. |
4. Lembra-te do dia de sábado para santificar. Seis dias trabalharás e farás toda tua obra, mas o sétimo dia é o Sábado do CRIADOR, teu UL. Nesse dia não farás trabalho algum… porque em seis dias fez o Criador os céus e a terra, o mar, e todas as coisas que neles há, e descansou no sétimo dia; por isso UL abençoou o dia de Sábado e o santificou. |
3. Santificarás Domingos e festas: |
5. Honra a teu pai e a tua mãe. |
4. Honrarás pai e mãe. |
6. Não matarás. |
5. Não matarás. |
7. Não cometerás adultério. |
6 . Não cometerás ações impuras. |
8. Não furtarás. |
7. Não furtarás. |
9. Não dirás falso testemunho contra teu próximo. |
8. Não levantarás falsos testemunhos nem mentirás. |
10. Não cobiçarás a casa de teu próximo: não cobiçarás a mulher de teu próximo, nem seu servo, nem sua criada, nem seu boi, nem seu jumento, nem coisa alguma de teu próximo. |
9. Não desejarás a mulher de teu próximo.
|
10. Não cobiçarás os bens alheios. |
Observe que em termos gerais, tanto os que receberão a marca da besta, como os que receberão o selo do ETERNO, professarão guardar os Dez mandamentos, mas a diferença principal entre os dois será a observância do sábado ou do domingo. Vale a pena recordar que o domingo não tem sua origem nas Santas Escrituras senão no culto ao deus sol e que a mesma Igreja Católica reconhece ter feito esta mudança [e].
A observância de um dia ou outro determinará a quem se lhe estará rendendo obediência, se ao ETERNO e sua Palavra, ou ao papa e a sua tradição. Veja estas passagens:
“No meio do céu vi voar outro anjo que tinha o evangelho eterno… Dizia a grande voz: «Temei ao ETERNO e dai-lhe glória, porque a hora de seu juízo chegou. Adorai àquEle que fez o céu e a terra, o mar e as fontes das águas…”.
“E um terceiro anjo os seguiu, dizendo a grande voz: «Se alguém adora à besta e a sua imagem e recebe a marca em sua fronte ou em sua mão, ele também beberá do vinho da ira do ETERNO…” (Ap 14:6-10).
A mesma fonte da profecia revela que o ponto focal será a adoração e a quem está dirigida. Os que adoram ao ETERNO, reconhecem “aquEle que fez o céu e a terra, o mar e as fontes das águas” [Yaohushua – Jo 1:3; Hb 1:2] e o demonstrarão mediante a fiel observância do sábado, pois esta passagem é justamente uma citação inspirada no quarto mandamento da Lei do ETERNO (compare com Ex 20:11). Se o ponto de controvérsia com respeito à verdadeira adoração estará centrado no assunto do sábado não é lógico concluir, então, que a adoração ao papado tenha relação direta com a observância do domingo? Não é, pois, o falso dia de repouso, o sinal ou marca da autoridade da igreja romana, “a marca da besta”? E, certamente gravado em suas testas estará escrito: SANTIDADE A SATAN (separado para satanás)! A contrafação de Ex 28:38.
Quero deixar claro que ainda que o assunto do dia de repouso será o centro da controvérsia, não creio que o dia de repouso em si é o que tem maior importância. O ETERNO sempre se valeu de coisas simples para provar a obediência de seus filhos. Recorda o caso de Adão e Eva? Ali por exemplo, a prova que decidiu o destino da humanidade, não consistiu em terríveis e irresistíveis tentações, peregrinações longínquas ou metas difíceis de atingir. A prova consistiu simplesmente em tomar ou não, do fruto que o CRIADOR tinha proibido [g]. Agora faço a pergunta era o fruto o mais importante? Claro que não! O que estava em prova era a obediência (a atitude); o fruto foi tão só o meio utilizado pelo Criador para saber se o homem lhe era fiel ou não!
A Bíblia diz “Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito; quem é injusto no pouco, também é injusto no muito” [f], todo aquele que por amor ao ETERNO obedece este mandamento [o sábado], estará guardando perfeitamente os demais mandamentos do CRIADOR, incluindo ainda os que não aparecem registrados no decálogo, mas relativos a eles. Subordinados devido à Lei Moral ser abrangente (por exemplo, MENTIR, pode perfeitamente encaixar-se no 9º mandamento). A observância do sábado ou do domingo simplesmente será um sinal mediante a qual se poderá saber quem está morando no coração de cada indivíduo: se Yaohushua ou o seu inimigo [g].
Tendo claro que a marca da besta é a fiel obediência ao papa, seja em pensamentos ou em ações (marca na testa ou na mão), e que o domingo se constituirá na mais significativa prova de submissão à sua vontade, podemos retomar a análise que vínhamos fazendo a respeito do papel que os Estados Unidos representarão na imposição da autoridade papal: “E fazia que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, se lhes pusesse uma marca na mão direita ou na testa, e que nenhum pudesse comprar nem vender, senão o que tivesse a marca ou o nome da besta ou o número de seu nome” (Ap 13:16,17).
A profecia assegura que todos se verão afetados: pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, religiosos e céticos, não importará o status social ou a solvência econômica. Os que se neguem a receber a marca perderão o privilégio de comprar e de vender, se lhes retirará seu sustento e se verão em terríveis dificuldades para sobreviver. Alguns serão perseguidos e encarcerados, e outros serão enviados à pena de morte (vs 15). Cenas tão terríveis, como as que o mundo contemplou em tempos das Cruzadas e a Inquisição, finalmente se repetirão graças ao interesse do país norte-americano de entregar a autoridade do mundo ao papado, mediante a imposição do domingo como dia obrigatório de descanso.
O fato de que a profecia diga que esta nação utilizará seu poder civil para implementar leis de origem religiosa é um indício de que a parede de separação entre a Igreja e o Estado, que a grande nação norte-americana defendeu desde sua proclamação de Independência, será finalmente derrubada por alguma lei de caráter especial ou alguma Emenda Constitucional [h].
Conclusões:
O seguinte resumo ajudará a clarear na mente do leitor os pontos principais do presente tema:
– Segundo o ex sacerdote jesuíta Malachi Martin, o pontificado está lutando há vários anos por estabelecer o primeiro sistema mundial de governo que já tenha existido sobre todas as nações.
– Dos três competidores que existiam: O Vaticano, Estados Unidos e a Rússia, só ficaram os dois primeiros; pois com a “Santa Aliança” que fizeram João Paulo II e Ronald Reagan, caiu o gigante soviético.
– O Vaticano e os Estados Unidos aparecem em Apocalipse 13 representados pela besta de sete cabeças e dez chifres e a besta semelhante a um cordeiro, respectivamente.
– A profecia assegura que o Vaticano governará a Novo Ordem Mundial e que os Estados Unidos serão os primeiros em ajudá-lo a atingir esse propósito, via maçonaria.
– Os Estados Unidos logo falará como Dragão, ao impor alguma lei que atrairá a perseguição sobre os filhos fiéis do ETERNO ao redor de todo mundo.
O fato de que a segunda besta faça “descer fogo do céu” significa que a nação Americana afirmará falar no “nome de Deus’ e que grandes sinais de índole sobrenatural aparecerão para apoiar essa pretensão. O mundo inteiro crerá que os Estados Unidos estará cumprindo os desígnios divinos quando ordene entregar-lhe o poder ao papado! Por esta razão se lhe chama também, “o falso profeta”.
– A imagem da besta será um sistema opressivo mundial que se levantará como resultado da união ilícita das Igrejas protestantes caídas e o governo dos Estados Unidos.
– A marca da primeira besta consiste na obediência aos mandamentos do papado, em especial, a observância do domingo [não nos esqueçamos da sua característica principal: o dogma da trindade], dia que não tem origem no cristianismo, senão na adoração ao ‘deus sol’.
Ainda ninguém recebeu a marca da besta. A marca só existirá quando os Estados Unidos, negando os princípios de sua Constituição, imponham a observância do domingo mediante leis restritivas e perseguidoras.
NOTA: Hoje, a economia dos EUA é totalmente dependente dos bancos, cuja maioria tem acionistas judaicos (sábado)… Porém, um dos maiores, pertence aos jesuítas a serviço do Vaticano (domingo)!
Enquanto os seguidores do papado recebem a marca da besta, o povo remanescente receberá o selo do Criador. O selo do ETERNO será colocado só sobre aqueles que amam a Yaohushua e a Seu Pai, sobre todas as coisas, demonstrando-o com uma vida limpa de pecado e a obediência voluntária de TODOS os mandamentos, incluindo o sábado que é o ponto que nos difere dos seguidores do papado (ICAR e Evangélicos)!!!
Referências:
[a] Ap17:15.
[b] Ap 19:7-8; Ef 5:25-27.
[c] Veja “a Queda da Igreja” no capítulo 5.
[d] Alguns vêem no número mencionado nesta passagem (144.000), a quantidade real de isentados no tempo do fim. No entanto, é necessário ter em conta que este número se encontra incluído no meio de um contexto mais simbólico do que literal. Ap 7:4-8 explica que este número é produto de multiplicar o número de tribos do povo de Israel (12), com a quantidade de indivíduos que conformam cada tribo (12.000). No antigo Yaoshor’ul se utilizava a palavra hebréia aleph, que literalmente significa “mil” ou “milhar” (Nm 1:16, 10:4), para referir-se a uma família (Jz 6:15, I Sm 23:23). O que esta passagem nos apresenta é um conjunto de doze famílias de crentes [que aceitaram ao nosso Redentor] por cada uma das doze tribos de Yaoshor’ul.
O número doze sempre foi utilizado como distintivo do Povo fiel do ETERNO. Doze foram os apóstolos (Mt 10:2), quem foram constituídos como fundamento da grande família do ETERNO que é sua Igreja/Kehiláh (Ef 2:20,19). O Novo Testamento é claro ao afirmar que o Povo do ETERNO ao qual se refere o Apocalipse não está composto exclusivamente por descendentes diretos de Yah’kof senão também pelos estrangeiros, a Grande Multidão; feitos judaicos graças à promessa feita a Abraão/Abrul’han e à reconciliação realizada por nosso Mestre Yaohushua hol’Mehushkyah (Ef 2:12-14, Rm 2:28, 29; 9:6, 8, 25). Os 144.000, os judaicos “selados” até o Fim das Setenta Semanas (tempo dado aos judaicos – Dn 9:24) acrescidos da Grande Multidão formam grande família do ETERNO e que por amor a Ele e a Seu pai, guardam os seus Mandamentos (ver Ap 14:12).
[e] Véase las últimas páginas del capítulo “De la luz a las tinieblas”.
[f] Gn 2:16,17.
[g] Lc 16:10.
[h] Ez 20:18-20.
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11. A Última Babilônia
Da mesma maneira que a profecia de Apocalipse 13 revela detalhes que não se vê à simples vista em Dayan’ul 7 e 8, existe outra profecia no capítulo dezessete do Apocalipse, a qual ampliará e confirmará o que vimos até o momento de maneira contundente.
No tópico 1 deste nosso estudo lemos rapidamente a passagem de Apocalipse 14:6-16 onde, através de diversos símbolos, apresentava-se a mensagem do Evangelho Eterno sendo pregado a todas as nações. Dentro do mesmo vimos que estavam incluídos três mensagens especiais: O anúncio da chegada do Juízo do Criador, a queda de Babilônia e a advertência na contramão da besta e sua imagem (vs 7-9). Até o momento vimos com clareza todo o referente à terceira mensagem e a estas alturas já devemos estar capacitados a identificar as entidades e eventos aqui representados. No presente tópico focaremos nossa atenção na segunda mensagem, o qual nos fala de Babilônia e sua posterior queda:
“Veio um dos sete anjos que tinham as sete taças e falou comigo, dizendo: «Vem cá e te mostrarei a sentença contra a grande prostituta, a que está sentada sobre muitas águas. Com ela fornicaram os reis da terra, e os habitantes da terra se têm embriagado com o vinho de sua fornicação». Levou-me no Espírito ao deserto, e vi a uma mulher sentada sobre uma besta escarlata cheia de nomes de blasfêmia, que tinha sete cabeças e dez chifres. A mulher estava vestida de púrpura e escarlata, enfeitada de ouro, pedras preciosas e pérolas, e tinha na mão um cálice de ouro cheio de abominações e da imundície de sua fornicação. Em sua fronte tinha um nome escrito, mistério: «Babilônia a grande, a mãe das prostitutas e das abominações da terra . Vi à mulher embriagada com o sangue dos santos e do sangue dos mártires de Yaohushua. Quando a vi fiquei assombrado com grande assombro” (Ap 17:1-6).
A profecia fala de uma mulher chamada Babilônia, e diz que ela está sentada sobre a besta de sete cabeças e dez chifres. Que tem que a ver com o império católico nascido no ano 380 d.Y., e com Babilônia, império destruído em 539 a.Y. pelos Medo-Persas?
Alguns intérpretes, procurando conciliar esta aparente incoerência, afirmam que aqui se está falando do império antigo de Babilônia e que a besta mencionada nesta passagem não é a mesma besta de Apocalipse 13 senão que faz referência ao dragão de Apocalipse 12. Baseiam-se no seguinte:
– A besta desta passagem tem sete cabeças e dez cornos, o dragão de Apocalipse 12 também (compare Ap 17:3 e Ap 12:3).
– A besta desta passagem é de cor escarlata (vermelho vivo), o dragão de Apocalipse 12 também (compare Ap 17:3 e Ap 12:3).
Desta maneira (dizem eles) desaparece o problema, pois Babilônia, igualmente aos demais impérios da antiguidade, foram manipulados pelo dragão, símbolo de satanás [a]. Babilônia, então seria, neste caso, uma das sete cabeças daquele grande dragão.
No entanto, é necessário ressaltar que a este último não se lhe chama “besta” em nenhuma parte da Escritura e que a cor não é um argumento definitivo, pois as palavras gregas usadas nestas passagens não são as mesmas; pois uma significa literalmente “escarlata” ou “vermelho” e a outra significa simplesmente “vermelho” ou “cor de fogo” [b].
É um fato comprovado que a besta que aparece na passagem que estamos estudando é a mesma primeira besta que aparece em Apocalipse 13. Uma análise comparativa o demonstra:
Apocalipse 13. |
Apocalipse 17. |
“Aqui há sabedoria. O que tem entendimento…” (v. 18). |
“Isto, para a mente que tenha sabedoria…” (v. 9). |
“Vi subir do mar uma besta…” (v. 1). |
“Vi… uma besta escarlata…” (v. 3). |
“Vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres” (v. 1). |
“Vi… uma besta escarlata… que tinha sete cabeças e dez chifres” (v. 3). |
“…sobre suas cabeças, nomes de blasfêmia” (v. 1). |
“…sobre uma besta escarlata cheia de nomes de blasfêmia” (v. 3). |
“…toda a terra se maravilhou após a besta” (v. 3). |
“Os habitantes da terra... se assombrarão vendo a besta…” (v. 8). |
“…todos os habitantes da terra cujos nomes não estavam escritos desde o princípio do mundo no livro da vida do Cordeiro” (v. 8). |
“Os habitantes da terra, aqueles cujos nomes não estão escritos no livro da vida desde a fundação do mundo…” (v. 8). |
“…a besta que foi ferida de espada e reviveu” (v. 14). |
“A besta que viste era e não é, e está para subir do abismo e ir a perdição” (v. 8). |
Observe que ambos os capítulos compartilham a mesma descrição: Afirmam que para poder encontrar a identidade da besta se requer sabedoria especial. Atribuem o nome “besta” a este poder. Dizem que esta besta tem sete cabeças e dez chifres. Revelam que a besta tem nomes de blasfêmia. Fazem ênfase no maravilhoso poder e influência desta no mundo inteiro. Fazem alusão ao fato de que os que adoram à besta não estão escritos no livro da vida do Cordeiro e relatam a queda da mesma e sua posterior ressurreição [c]. As similitudes existentes entre os dois capítulos demonstram, sem dúvidas, que a besta de Apocalipse 13 é a mesma besta de Apocalipse 17 [d].
Nos fica a pergunta: Se a besta desta passagem representa ao papado, por que razão aparece Babilônia sentada sobre ela, como se, se tratasse de um ginete montando seu cavalo? O primeiro que devemos ter em conta é que o Apocalipse é um livro simbólico e que aqui Babilônia é só uma representação simbólica, já que aparece relacionada diretamente com os eventos finais da história deste mundo (…o Evangelho eterno a todas as nações; Ap 14).
Para saber o que representa Babilônia, é necessário ter em conta que ela compartilha todos os atributos da besta de Apocalipse 13, como se, se tratasse de uma mesma entidade. Vejamos alguns detalhes adicionais tomados do mesmo capítulo 17.
“Veio um dos sete anjos que tinham as sete taças e falou comigo, dizendo: «Vem cá e te mostrarei a sentença contra a grande prostituta, a que está sentada sobre muitas águas… Também me disse: «As águas que viste, onde se senta a prostituta, são povos, multidões, nações e línguas… E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra»… Vi à mulher embriagada com o sangue dos santos e do sangue dos mártires de Yaohushua. Quando a vi fiquei assombrado com grande assombro” (Ap 17:1,15,18,6).
Observe que a mulher aparece “sentada” sobre “povos, multidões, nações e línguas“. Apocalipse 13:7 diz o mesmo da besta: “se lhe deu autoridade sobre toda tribo, povo, língua e nação“.
Note, também, que a mulher é igualmente uma “cidade” a qual “reina sobre os reis da terra“. No sexto tópico deste estudo vimos que foi a besta que reinou sobre os reis da terra nos tempos da Idade Média e que sua sede se estabeleceu na cidade de Roma.
A mulher, diz o versículo 6, está “embriagada com o sangue dos santos e do sangue dos mártires de Yaohushua“. Apocalipse 13:7 diz que é a besta que fez guerra contra os santos e os venceu.
Todo isto nos convence de que a mulher não é uma entidade diferente da besta senão pelo contrário, é um dos componentes deste poder, que por alguma razão nos foi ocultado em Apocalipse 13. E quais são os dois componentes que deram origem ao papado? Recordemos:
“No ano 380 mediante o Edital de Tessalônica, decretou-se a proibição do arianismo (seguidores da sã doutrina) no Oriente, e a doutrina ortodoxa de Atanásio – a trindade – foi convertida em fundamento da religião do Estado. Nascia assim o Catolicismo” [e].
A besta de Apocalipse 13 surgiu graças à união do poder civil e o poder religioso (Igreja + Estado), portanto, Babilônia deve representar a algum destes dois. Leia você mesmo as seguintes passagens e tente deduzir quem é quem:
“Isto, para a mente que tem sabedoria: As sete cabeças são sete montes sobre os quais se assenta a mulher, e são sete reis… Também me disse: «As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, multidões, nações e línguas” (Ap 17:9,10,15).
Fácil não é verdade? A passagem é clara ao indicar que a mulher está sentada sobre reis e nações, os quais constituem o poder civil (Estado). Por tanto a mulher deve representar, sem dúvida alguma, ao poder religioso (Igreja). Este é um fato amplamente confirmado em outras passagens. Vejamos dois exemplos:
“Gozemo-nos, alegremo-nos e demos-lhe glória, porque chegaram as bodas do Cordeiro e sua esposa se preparou. E a ela se lhe concedeu que se vista de linho fino, limpo e resplandecente, pois o linho fino significa as ações justas dos santos” (Ap 19:7-8).
“Por isto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, se unirá a sua mulher e os dois serão uma só carne. Grande é este mistério, mas eu me refiro a hol’Mehushkyah e à Igreja” (Ef 5:31-32).
NOTA: A Igreja/Kehiláh de Yaohushua é pura, isto é, não admite nenhuma FALSA DOUTRINA ou ERRO! Ef 5:27. Qualquer erro em uma denominação [placa], faz dela, Babilônia! E o conselho é: Sai dela, Povo Meu! Ap 18:4.
Não obstante, devemos ter em conta que esta mulher não aparece unida a hol’Mehushkyah senão aos “reis da terra”. Babilônia representa, sem lugar a dúvidas, à Igreja cristã [ICAR e Evangélica] que, com o fim de receber legados e honras do Império Romano, apostatou da Verdade; abraçando a trindade e o domingo, características pagãs da ICAR. A profecia afirma: “A mulher estava vestida de púrpura e escarlata, enfeitada de ouro, pedras preciosas e pérolas“. É impressionante ver como esta descrição coincide perfeitamente com a realidade daqueles escuros anos.
A Bíblia repetidas vezes compara o povo do ETERNO que abandonou a Verdade e que abraçou outras crenças (pagãs; ventos de doutrinas ou doutrinas de homens), com uma mulher infiel ou prostituta. As seguintes afirmações, feitas pelo Criador, são exemplo disso:
“Não te alegres, Yaoshor’ul, não saltes de gozo como outros povos, pois fornicaste ao apartar-te de teu o ETERNO. Amaste o salário de prostitutas em todas as eras de trigo” (Os 9:1).
“Mas como a esposa infiel abandona a seu esposo, assim vos levantastes contra Mim, Casa de Yaoshor’ul, diz UL” (Jr 3: 20).
O vinho que embriaga às nações
No capítulo 5 vimos que quando a Igreja quis valer-se do Estado para legislar em assuntos religiosos, o resultado foi a incorporação de falsas doutrinas no seio da cristandade. Esta verdade é também confirmada por Apocalipse 17. Analisemos a seguinte passagem:
“Com ela prostituíram os reis da terra, e os habitantes da terra se têm embriagado com o vinho de sua prostituição” (Ap 17:2).
Este texto deixa claro que o vinho, o qual surgiu como consequência da união ilícita da igreja com os reis da terra, embriagou ao mundo inteiro. Que representa este vinho? O versículo 4 nos dá uma pista: “A mulher estava vestida de púrpura e escarlata, enfeitada de ouro, pedras preciosas e pérolas, e tinha na mão um cálice de ouro cheio de abominações e da imundície de sua prostituição” (Ap 17:4).
A mulher leva o vinho no cálice que tem em sua mão, e segundo esta passagem, o vinho consiste em abominações. A que coisas, chama as Escrituras, abominações? Leiamos:
“Não se achará no meio de ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz estas coisas é abominável ao Mestre, e é por causa destas abominações que o Mestre, teu Criador os lança fora de diante de ti. Perfeito serás para com o Mestre, teu Criador” (Dt 18:10-13).
“Maldito o homem que faça uma escultura ou uma imagem de fundição, coisa abominável para YAOHUH, obra de mãos de artífice, e a ponha em lugar oculto. E todo o povo responderá: Amnao” (Dt 27:15).
“E levou-me para o átrio interior da Casa do CRIADOR; e eis que estavam à entrada do templo do CRIADOR, entre o pórtico e o altar, cerca de vinte e cinco homens, de costas para o templo do CRIADOR, e com os rostos para o oriente; e assim, virados para o oriente, adoravam o sol. Então me disse: Viste, filho do homem? Acaso é isto coisa leviana para a Casa de Yaohu’dah, o fazerem eles as abominações que fazem aqui?” (Ez 8:16-17).
“Por tanto, Assim disse o CRIADOR, o Mestre: porquanto te esqueceste de Mim e me jogaste a tuas costas, por isso, leva tu também tua luxúria e tuas fornicações. E me disse o CRIADOR: filho de homem, Não julgarás tu a Ahola e a Aholiba, e lhes denunciarás suas abominações? Porque adulteraram e há sangue em suas mãos. Fornicaram com seus ídolos, e ainda a seus filhos que tinham dado a luz para Mim, fizeram passar pelo fogo, queimando-os. Ainda me fizeram mais: contaminaram meu santuário naquele dia e profanaram os meus sábados” (Ez 23:35-38).
“O que desvia seu ouvido de não ouvir a lei, até sua oração é abominável” (Pv 28:9).
O fato de que a igreja romana lhe tenha dado as costas à Lei do ETERNO e tenha incorporado ao cristianismo doutrinas dos povos pagãos, fez que com justiça nosso Mestre, Yaohushua hol’Mehushkyah lhe chame “Babilônia a grande”.
Você se perguntará: E por que esse nome? A resposta é simples: Porque Babilônia foi o berço da religião falsa. Foi ali onde Nimrode, bisneto de Noé, revelou-se na contramão do ETERNO, iniciando, junto com sua esposa/mãe Semíramis, o culto ao Sol, a Lua e as Estrelas [f]. Foi ali onde se instituiu o primeiro dia da semana (domingo) e o solstício de inverno (25 de dezembro), como dias consagrados ao deus sol. Foi ali onde se inventou a hóstia e nasceu a crença da transubstanciação. Foi ali onde nasceu o culto aos mortos, a doutrina do limbo e do purgatório. Foi ali onde se fez a primeira imagem de escultura e se levou em procissão [g]. Ali também nasceu o “horóscopo”!
Apocalipse 17:5 nos declara que Babilônia é “a mãe das prostitutas”, o que indica que não está só e que tem FILHAS [os Evangélicos] que seguem seus mesmos passos doutrinais. É triste ter que reconhecer que a grande maioria de igrejas que se dizem protestantes, uniram-se com Babilônia ao sacrificar parte da Verdade, acomodando-se a doutrinas e tradições pagãs que não têm nenhum apoio na Palavra do ETERNO.
Fica confirmado, pois, que o vinho que a mulher leva em sua mão é uma representação das falsas doutrinas com as quais tem-se enganados a grande maioria dos habitantes da terra.
A identidade das sete cabeças da besta
Ainda que já vimos que as cabeças fazem alusão ao poder civil, é significativo ter em conta a segunda aplicação que a profecia faz das mesmas: “Me levou em espírito ao deserto, e vi uma mulher sentada sobre uma besta escarlata cheia de nomes de blasfêmia, que tinha sete cabeças e dez chifres… Isto, para a mente que tem sabedoria: As sete cabeças são sete montes sobre os quais se assenta a mulher” (Ap 17:3,9).
O texto diz com clareza evidente que as sete cabeças da besta representam a sete montes sobre as quais está sentada a mulher (Tenha-se em conta que aqui os montes não são o símbolo, é o real significado dado pelo anjo). Isto quer dizer, que a Igreja deve ter sua sede (geográfica) num lugar onde fisicamente existem sete montes. Cumpre a Igreja Romana (Vaticano) com esta característica geográfica? Leiamos:
“Roma… Residência do papa… centro do papado e do mundo cristão… a capital dos papas” [h].
“Lutero… vislumbrou… a cidade das sete colinas. Com profunda emoção, caiu de joelhos e, levantando as mãos para o céu, exclamou: Salve Roma santa!” [i].
“Foi quando acostumava orar assim e quando estava nesse ânimo de confiança total em Maria que J. PAULO II teve… sua única visão sobrenatural das coisas futuras… Foi como se ele tivesse estado presente em Fátima… O que estes espectadores viram e registraram no lugar é o que J. PAULO II viu nos céus luminosos do Lácio sobre as sete colinas de Roma, em agosto de 1981” [j].
Os sete montes sobre os quais está situada Roma são: Palatina, Capitolina, Quirinal, Viminal, Esquilina, Celia e Aventina.
Quando estudamos a respeito do chifre pequeno dissemos que este representava um poder romano devido a que surgiu da cabeça da quarta besta [k]. O fato de que em Apocalipse 17, a besta e suas cabeças sejam claramente identificadas com Roma, é uma confirmação mais de do que verdadeiramente o papado é o poder assinalado pela profecia.
Conclusões
– A besta de Apocalipse 17 é a mesma primeira besta de Apocalipse 13. A Bíblia compara ao povo do ETERNO que tem apostatado e ido após falsas crenças, com uma mulher infiel ou prostituta.
– O vinho com o que a mulher embriaga aos habitantes da terra são suas falsas e acomodadas doutrinas.
– A igreja romana recebe o nome de “Babilônia” devido a que a religião daquela antiga civilização foi assimilada por ela. Assim como a mãe, as FILHAS também são chamadas de Babilônia!
– As sete cabeças da besta também representam sete montes sobre as quais está assentada a mulher. Roma é mundialmente conhecida como “a cidade das sete colinas”.
Ainda que em profecia os montes representam impérios mundiais (Dn 2:35,44), esta regra não pode aplicar-se neste caso, pois aqui os montes não são o símbolo senão o significado – explicação dos símbolos (Ap 17:9).
“A diferença principal entre a besta de Apocalipse 13 e a de Apocalipse 17 é que na primeira, que se identifica com o papado, não se faz distinção entre os aspectos religiosos e político do poder papal, enquanto na segunda os dois são diferentes: a besta e a mulher representam ao poder político e religioso respectivamente”.
Referências:
[a] Ap 12:9
[b] Léxico Melhorado de Strong, 2847, 4450 . As palavras gregas aqui usadas são Kokkinon (kovkkinon) e Purrhos (purro;”). Se não dispõe do Léxico de Strong, pode comparar esta tradução com a da Bíblia de Jerusalém ou Nacar-Colunga.
[c] Vejam-se detalhes no capítulo 8, “Duas fases significativas”.
[d] Esta besta se parece em certos aspectos ao grande dragão vermelho do cap. 12:3, e em outros, à besta semelhante a um leopardo do cap. 13:1-2. O contexto faz parecer mais estreita esta última relação.
[e] História Universal, tomo 8, págs. 158,161, Nauta. Citado previamente no capítulo 6, “Nasce um temível império”.
[f] Ralph Woodrow, Babilonia Mistério Religioso, págs. 9-18
[g] Se deseja detalhes, leia o tema “A queda da igreja” no capítulo 5
[h] Dicionário Pequeno Larousse Ilustrado, art. Roma, págs. 1548-1550
[i] D’Aubigné, lib. 2, cap. 6 (Citado no Conflito dos Séculos pág. 134).
[j] Malachi Martin ex S.J., As Chaves deste Sangue: papa JOÃO PAULO II contra Rússia e o Oeste pelo controle da Novo Ordem Mundial, págs. 626,627.
[k] Ver o artigo: “4.b. Corno pequeno” no item 4 deste livro.
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12. Os últimos sete reis
“Me levou em espírito ao deserto, e vi a uma mulher sentada sobre uma besta escarlata cheia de nomes de blasfêmia, que tinha sete cabeças e dez chifres … e são sete reis. Cinco deles caíram; um é e o outro ainda não veio, e quando vir deverá durar pouco tempo. A besta que era e não é, é também o oitavo, e é um dos sete e vai à perdição” (Ap 17:3, 9-11).
No tópico anterior aprendemos que as cabeças da besta representam os sete montes onde a Igreja Romana tem assentada sua sede mundial. No presente tema nos deteremos na principal interpretação que delas faz esta profecia: “e são sete reis” (vs 10).
Do ponto de vista geral estes reis são uma clara evidência do poder civil da Igreja. No entanto, é significativo o fato de que a profecia lhe atribua a cada rei uma personalidade diferente e que afirme que estes têm de reinar em sequência. A identidade individual dos sete reis descritos nesta passagem foi objeto de análise por parte dos eruditos e estudiosos das profecias bíblicas por mais de cem anos, mas afortunadamente não se conseguiram conciliar seus diferentes pontos de vista. Stephen Bohr, por exemplo, crê que estes sete reis são sete impérios ou uniões de impérios que se sucederam em sequência através da história: Babilônia, Medo-Persia, Grécia, Roma, Reinos Europeus, papado fase 1 e papado fase 2.
Antolín Diestre Gil faz uma identificação similar mas com algumas mudanças: Babilônia, Medo-Persia, Grécia, Roma, Papado, França revolucionária e Estados Unidos. Outros três expositores: Loron Wade, Edgar Round e Mervyn Maxwell coincidem com a identificação que o anterior faz das primeiras cinco cabeças, mas crêem que a sexta e sétima cabeças poderiam ser, respectivamente, os Estados Unidos e a tríplice aliança, ou o Comunismo e o papado Restaurado; ou o papado com ferida de morte e o papado recuperado.
Mervyn Maxwell, o último dos expositores citados, menciona, também, a possibilidade de que a listagem comece com Egito em lugar de iniciar com Babilônia, dando como resultado a seguinte sequência: Egito, Asíria, Babilônia, Medo-Persia, Grécia, Roma e o papado. D. Waterhouse, apóia este último ponto de vista, mas crê que os dois últimos se fundem na sexta cabeça e que a sétima se refere à segunda fase do papado.
Existem outros expositores que, entendendo as sete cabeças como símbolo de totalidade e plenitude, não crêem que estas representam sete nações particulares senão que são símbolo de toda a oposição política ao povo e à causa do ETERNO através da história. Porém, usar o número SETE para uma plenitude satânica, é temerário!
Para terminar nossa listagem de aplicações, cabe mencionar dois pontos de vista que rompem com o esquema usado por todos os anteriores: O primeiro, exposto por Marvin Moore, assegura que as sete cabeças são uma coligação futura de religiões mundiais; e o segundo, citado por Maxwell em seu livro, afirma que são “uma sucessão de sete papas do tempo do fim, como cabeças da igreja romana”. O seguinte quadro resume os pontos de vista aqui expostos:
Notas de o Caminho:
- Devido à diversidade de pensamentos e à ausência de provas contundentes que aprovem ou recusem as respectivas aplicações desta profecia, devemos aguardar que se cumpram os tempos… Dt 18:22 cf. Mt 7:20 (Dt 13:1-4).
- Isto significa que se algumas destas aplicações falharem (o que é bem possível, pois todos não podem ter razão ao mesmo tempo), a nossa ideologia não se verá comprometida, pois estas são e serão, responsabilidade exclusiva de cada autor. Faço ênfase especial nisto, pois muitas pessoas poderiam fazer mal uso de alguma das declarações que apresentarei a partir deste ponto…
- Durante os últimos anos dediquei muito tempo a avaliar as diferentes aplicações que se fizeram da profecia das sete cabeças e a que mais parece ajustar-se à realidade bíblica, é a que identifica as sete cabeças com sete papas do tempo do fim. Devo confessar que num começo manifestei certa rejeição ao respeito, devido a que muitos dos que sustentavam esta posição, tinham-se apartado do método (clássico) historicista de exposição profética; mas ao estudar com mais profundidade os fatos de nossos dias, constatei que esta idéia pode aplicar-se perfeitamente sem incorrer neste problema.
- Os “teólogos de plantão” abominaram esta interpretação – seria porque eles, com todos os seus títulos, não conseguiram vislumbrar esta interpretação? – e quando a conhecemos [uma nova luz para os nossos dias?], a recebemos com muita avidez (At 17:11)! Estávamos vivendo os dias do pontificado de J. Paulo II… Ali, dizia-se ser ele o sexto papa e como haveria de se ter um sucessor (o sétimo) para que surgisse o oitavo – a anticristo – tínhamos um impasse: este oitavo vinha dos sete e, evidente, o sétimo não haveria de ser o oitavo (seria sempre o sétimo, não é?). Os anteriores a J. Paulo estavam mortos e “aventou-se” a hipótese de que o próprio J. Paulo poderia “voltar” [numa simulação espírita] e assim, assumir a sua posição de anticristo!!! Utopia?
- Veio J. Ratzinger (Bento XVI) e muito estudo foi feito em relação à ele… Tudo parecia correto; aguardávamos a sua morte e sucessão e DE REPENTE – a renúncia!!! Mais um papa eleito e assim, cadê o oitavo!!!
- Pessoalmente, creio que a aplicação que identifica às cabeças com sete papas [a única dificuldade é em relação a “QUANDO devemos iniciar a contagem?”] faz parte desta nova luz prometida e creio que está destinada a alumiar-nos o Caminho para que possamos discernir quão perto se encontra a segunda vinda de nosso Mestre Yaohushua hol’Mehushkyah. No entanto, quero reafirmar que esta aplicação foi descartada pela grande maioria dos teólogos, sempre fiéis às suas denominações e não às Escrituras… Por esta razão não pretendo ser dogmático nem afirmar que esta exposição está 100% livre de erros, e tudo o que apresentarei a seguir é só a minha opinião pessoal e como dirigente da CYC – Congregação Yaoshorul’ita o Caminho, apresentamos esta posição e assim, o corpo doutrinal a acatou; até o momento que ela se cumpra ou não! A respeito desta profecia, encontrei na Palavra do ETERNO, dois poderosos argumentos que me motivaram a manter minha posição:
- Os sete montes de Apocalipses 17 não são símbolos, mas o real significado.
- Uma besta representa a um único império e as cabeças representam aos reis ou reinos surgidos dele.
Analisemos estes dois pontos em detalhe.
– Os sete montes de Apocalipses 17 não é o símbolo, mas o real significado.
A seguinte declaração, apresentada por Mervyn Maxwell (um renomado teólogo trinitariano – só o fato de ser trinitariano já o desqualifica como possuidor de TODA a Verdade), explica a principal razão pela qual se entendem que as sete cabeças são sete reinos mundiais:
“As sete cabeças são sete colinas [montes] sobre as que se assenta a mulher (Ap 17:9)… Em Jr 51:24,25 e em Dn 2:35, 44, 45 uma `montanha’ ou `monte’ é um símbolo de um reino ou uma nação. Se recordamos isto, uma das mais singelas das muitas interpretações desta charada considera as sete cabeças como sete poderes perseguidores que se teriam manifestado desde o momento quando João/Yao’khanan estava escrevendo o Apocalipse”.
As passagens citadas por Maxwell declaram, sem lugar a dúvidas, que um monte é símbolo de um reino, pois estes aplicam ao império Babilônico a expressão “monte destruidor” e ao reino do Criador sobre a Terra, “um grande monte que encheu toda a terra“. E ainda deixa claro que esta interpretação é bíblica e que seria perfeitamente aplicável, caso o anjo não desse a explicação: “As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher (prostituta) está assentada” (Ap 17:9) e já vimos que os sete montes sobre as quais está assentada a cidade sede da Igreja Católica são: Palatina, Capitolina, Quirinal, Viminal, Esquilina, Celia e Aventina. Conhecendo o significado atribuído pela Escritura e seu exato cumprimento, não é apropriado reinterpretá-lo como nações (Indo de encontro às Escrituras, somente porque em outro lugar esta simbologia – montes – foi interpretada como nações).
- Uma besta representa a um único império e as cabeças representam aos reis ou reinos surgidos dele.
Para compreender este princípio é necessário que repassemos uma das profecias do livro de Dayan’ul: “Depois, eu seguia olhando e vi outra besta, como um leopardo com quatro asas de ave em seu dorso; a besta tinha quatro cabeças; e se lhe deu o domínio” (Dn 7:6. BJ).
Quando analisamos esta passagem pudemos comprovar que esta besta representava ao império da Grécia e que suas quatro cabeças eram símbolo de quatro reis que se repartiram o Império à morte de Alexandre Magno. Esta interpretação foi possível graças à explicação dada na profecia paralela de Dayan’ul 8: “O bode peludo é o rei de Grécia, e o chifre grande que tinha entre seus olhos é o primeiro rei. Quanto ao chifre que foi quebrado e sucederam quatro em seu lugar, significa que quatro reinos se levantarão dessa nação, ainda que não com a força do primeiro” (Dn 8:21,22).
Observe que a passagem fala de um chifre grande que é o ” primeiro rei ” e depois fala de outros quatro chifres que surgem em seu lugar; isto é, quatro reis que iam ter seu próprio território ao dividir o Império Grego em quatro reinos. Os nomes destes reis foram: Casandro, Lisímaco, Seleuco e Ptolomeo [a]. Isto é uma clara evidência de que as cabeças de uma besta não podem representar a outros reinos diferentes ao império simbolizado pela besta que as leva, senão que devem representar reis ou reinos (sub-reinos) que surgem de um mesmo império. Se aplicamos este princípio à besta semelhante a um leopardo de Apocalipse 13 e 17, é evidente que como esta representa ao papado, suas sete cabeças devem representar a sete reis ou reinos católico-romanos. Este fato é amplamente confirmado pelo anjo que explicou a visão ao apóstolo João/Yao’khanan com as palavras: “As sete cabeças são sete montes sobre os quais se assenta a mulher, e são sete reis…” (Ap 17:9-10). Não se pode fazer divagações contra o “está escrito”!
E quem são os reis que governam sobre o império católico-romano? Leiamos:
“O papado representa o governo supremo da Igreja Católica, cuja sede está em Roma”. “Vaticano… Chefe de Estado: o papa ” [b].
Como poderá você dar-se conta, o papa, além de sua posição religiosa, é também Chefe de Estado (rei de sua própria nação), e governa da mesma maneira que qualquer outro monarca ou presidente do mundo. Resta-nos saber desde quando ele tem/obteve este estatus?
Outro ponto a favor desta aplicação das sete cabeças é que estes reis não reinam todos ao mesmo tempo (como no caso de Grécia), senão que o fazem tal como o fazem os papas, um depois de outro: “E são sete reis. Cinco deles caíram; um é e o outro ainda não veio, e quando vir deverá durar pouco tempo” (Ap 17:10).
Tendo em conta a localização geográfica desde onde estes reis governam (os sete morros de Roma) e a descrição da forma em que governam (sucessão vitalícia, um depois do outro), vendo não ter lugar a dúvidas de que aqui se está falando realmente de sete papas. Quem são? Desde quando devem contar-se? No próximo tópico teremos estas respostas…
Referências:
[a] Dicionário Enciclopédico Terranova, art. “Grécia”, pág. 692
[b] Ide, art. “papa”, pág. 1083; art. “Vaticano”, pág. 1461.
13. O Sétimo!!!
Ficou claro que as sete cabeças de Apocalipse 17 têm dupla interpretação (montes e reis) e que estes assinalam a Roma e aos papas que governam ali; podemos continuar nossa investigação procurando o momento na história desde o qual devem começar a contar-se, e desta maneira conseguir conhecer finalmente sua identidade. Para iniciar, faremos uma análise do capítulo 17 de Apocalipse à luz das duas fases do papado que estudamos na oitava parte deste estudo.
Como pudemos comprovar pela história, o papado se consolidou como governante supremo da Europa no ano 538 d.Y. por decreto do imperador Justiniano, e perdeu seu poder político 1.260 anos depois, em 1.798 d.Y., nos dias da Revolução Francesa. A partir desse ano os papas perderam não só sua autoridade como também os territórios desde os quais governavam. Na concordata de Latrão, celebrado em 1.929, Benito Mussolini devolveu parte dos territórios ao papa PIO XI. Desde então vimos como o poder e influência do papado no mundo inteiro foi crescendo e podemos prever que tal como sucedeu durante a primeira fase, logo atingirá o controle do mundo inteiro [NOM]. Quando isto suceder, o Mestre Yaohushua hol’Mehushkyah virá e lhe tirará este poder. O seguinte diagrama resume o que ali estudamos:
A história nos relata: Nos anos que decorreram depois da Revolução Francesa se produziu um reavivamento gradual do sistema papal. O papa sofreu um novo golpe em 1870, quando lhe foram tirados os Estados papais. Um fato importante aconteceu em 1929 quando, pelo tratado de Latrão, o poder temporário lhe foi restaurado. Recebeu então o governo da Cidade do Vaticano, uma área, dentro da cidade de Roma, que ocupa uma extensão de uns 44 hectares.
No entanto, o profeta bíblico contempla que há uma restauração muito maior. Viu a ferida completamente curada, como insinua o texto grego de Apocalipse 13 João/Yao’khanan viu, ademais, que depois da cura “todos os moradores da terra” – exceto uns poucos fiéis – adoraram à besta (Ap 13:8 – esta adoração se dá através de um falso nome para o Messias: jesus). Esta adoração ainda se acha no futuro. Ainda que o papado receba a homenagem de certos setores, enormes conjuntos humanos não lhe rendem preitesia. Mas isto mudará. A besta do vs 11 “faz que a terra e os moradores dela adorem à primeira besta, cuja ferida mortal foi curada” (vs 12).
Constatamos que a ferida foi “curada” em 1929 e “completamente curada” com a ascensão da besta. Menciona Apocalipse 17 estas mesmas duas fases de poder papal? Claro que sim! Leiamos a descrição que nos apresenta o capítulo:
“A besta que viste era e não é, e está para subir do abismo e ir à perdição. Os habitantes da terra, aqueles cujos nomes não estão escritos no livro da vida desde a fundação do mundo, se assombrarão vendo a besta que era e não é, e será” (Ap 17:8).
Analisemos, pois, em detalhe estas fases segundo estão descritas no contexto, iniciando com a descrição do período intermédio.
A ferida mortal. “Não é”
“O anjo me disse: Por que te assombras? Eu te direi o mistério da mulher e da besta que a leva, a qual tem sete cabeças e dez chifres. A besta que viste era e não é, e está para subir do abismo e ir à perdição. Os habitantes da terra, aqueles cujos nomes não estão escritos no livro da vida desde a fundação do mundo, se assombrarão vendo a besta que era e não é, e será” (Apocalipse 17:7-8).
Observe que a palavra “era” está em tempo passado, “será” está em tempo futuro e “não é” está em tempo presente. Com clareza podemos ver que o anjo levou a João/Yao’khanan em visão ao tempo em que o papado já tinha perdido seu poder (1.798 d.Y. a 1929 d.Y.) e desde ali começa a explicar-lhe a visão.
Primeira fase. “Era”
O anjo disse ao apóstolo: “A besta que viste, era…” (Ap 17:8). Isto foi o que o apóstolo viu?
Leiamos: “Me levou em Espírito ao deserto, e vi a uma mulher sentada sobre uma besta escarlata cheia de nomes de blasfêmia, que tinha sete cabeças e dez chifres. A mulher estava vestida de púrpura e escarlata, enfeitada de ouro, pedras preciosas e pérolas, e tinha na mão um cálice de ouro cheio de abominações e da imundície de sua prostituição. Em sua fronte tinha um nome escrito, mistério: «Babilônia a grande, a mãe das prostitutas e das abominações da terra». Vi à mulher embriagada com o sangue dos santos e do sangue dos mártires de Cristo” (Ap 17:3-6).
É evidente que aqui se está falando da primeira fase do papado, pois o versículo 3 apresenta à mulher sentada sobre a besta, o qual é indício da união da Igreja e o Estado. Também, apresenta as blasfêmias que resultaram desta união, tais como a crença de que o papa era a interseção entre o céu e a terra; que tinha o poder de perdoar pecados e que podia mudar a Lei do ETERNO segundo sua vontade, inclusive impondo um nome paganizado para o Criador [a]. O versículo 4 assinala o luxo e a ostentação que caracterizaram à igreja romana durante seus primeiros anos e apresenta, também, o tempo no qual ela deu a beber ao mundo de seu cálice de abominações que, como já vimos, são suas falsas doutrinas. O versículo 5 mostra o surgimento de outras igrejas (filhas) que seguiriam seus falsos ensinos – a trindade, sua principal característica comum – e o versículo 6 fala do sangue dos filhos fiéis do ETERNO que foi derramada durante esses escuros anos (santa inquisição).
Uma confirmação adicional encontramos no versículo 3 onde se afirma que o que João/Yao’khanan viu, o viu no deserto o qual é símbolo inequívoco dos primeiros 1260 anos de supremacia papal: “A mulher fugiu ao deserto, onde tinha um lugar preparado por o ETERNO para ser sustentada ali por mil duzentos sessenta dias” (Ap 12:6).
Segunda fase. “Será”
“Isto, para a mente que tem sabedoria: As sete cabeças são sete montes sobre os quais se assenta a mulher, e são sete reis. Cinco deles caíram; um é e o outro ainda não veio, e quando vir deverá durar pouco tempo. A besta que era e não é, é também o oitavo, e é um dos sete e vai à perdição. Os dez chifres que viste são dez reis que ainda não receberam reino; mas receberão autoridade como reis por uma hora, juntamente com a besta. Estes têm um mesmo propósito: entregarão seu poder e autoridade à besta. Brigarão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é Mestre dos mestres e Rei de reis; e os que estão com ele são chamados, eleitos e fiéis” (Ap 17:9-14).
Façamos um pequeno resumo do que a passagem apresenta, em sua devida ordem:
– A mulher se senta sobre os sete montes…
– Menciona-se a existência de sete reis (papas) governando em sequência. Os cinco primeiros caídos, um governando e o outro a ponto de vir.
– Anuncia-se que o sétimo rei governará só pouco tempo.
– Revela-se que a besta inteira receberá o poder absoluto do mundo depois da queda da sétima cabeça, através de uma oitava (que procede das sete*). Durante este período a besta voltará a ser plenamente o que “era”.
NOTA: Procede das sete – esta é a única parte ainda obscura da profecia, com muitas interpretações…
– Dez reis serão os encarregados de entregar-lhe o poder e a autoridade à besta.
– Quando estes reis mediante sua união tenham conseguido impor a supremacia da besta, o Cordeiro virá (dando fim ao Armagedom causado pela Besta) e os vencerá.
Notemos que a passagem inicia com a descrição do momento em que a mulher (a Igreja) senta-se na cidade dos sete montes (Roma), e termina com a vinda de hol’Mehushkyah (o Cordeiro). No oitavo tópico estudamos que a segunda fase inicia e termina justamente com estes dois eventos. Por tanto, o que esta passagem apresenta, incluindo a sequência dos sete reis e o governo mundial da besta, deve fazer parte da segunda fase do papado. Isto significa que os sete papas apresentados nesta profecia, devem começar a governar a partir do ano 1.929. E como sei que começam a contar-se a partir desse mesmo ano e não depois? É simples: Desde os começos do papado, o bispo de Roma foi chamado “rei da terra” e “chefe dos reis” [b], mas perdeu esse titulo em 1.798 devido aos franceses o levar cativo, desapropriaram seus territórios e usurparam sua soberania. Nenhum dos papas que estiveram cativos a partir desse ano (Pio VI, Pio VII, Gregório XVI, Pio IX, Leon XIII, Pio X e Benedicto XV), voltaram a ser chamados “reis”. Só até 1.929 o papa voltou a receber um reino e, desde então, seus sucessores receberam o título de REI*
NOTA: O papa em exercício [Pio XI] não participou de uma NOVA cerimônia para ser coroado REI; somente o seu sucessor é que participou deste tipo de cerimonial, passando a ser o PRIMEIRO rei coroado do Vaticano recém restaurado! Portanto, a sequência de “reis” acima deve seguir após Pio XI e assim chegamos ao atual – Francisco! CLIC AQUI e saiba mais…
“Pio XI achou a solução para a`Questão romana’ assinando com o ditador Mussolini o pacto de Latrão, em 11 de fevereiro de 1929, mediante o qual o papa se tornou soberano independente da cidade do Vaticano, o menor Estado com apenas 44 hectares” [c].
Como podemos ver, a história confirma que durante a segunda fase do papado, Pío XI foi o primeiro em ser reconhecido como soberano independente, mas NÃO coroado rei [d]. A partir de então, todos seus sucessores foram então COROADOS reis, aumentando de ano em ano sua influência sobre as demais nações do mundo. O seguinte gráfico apresenta sua localização dentro do contexto profético do tempo do fim:
Os papas que receberam o título de “reis” desde o início da segunda fase do papado são os seguintes:
0 – Pío XI (1922-1939) – não coroado
1 – Pío XII (1939-1958) – coroado
2 – João XXIII (1958-1963) – coroado
3 – Paulo VI (1963-1978) – coroado
4 – João Paulo I (1978) – coroado
5 – João Paulo II (1978 – 2005) – coroado
6 – Bento XVI (2005 – 2013) – coroado [renunciou (ainda vive)]
7 – Francisco (2013 – ?)
É evidente que estamos vivendo sob o domínio do sétimo rei desta profecia [e]. Agora bem, se temos em conta que o sétimo rei (atual papa: Francisco) durará “pouco tempo” (Ap 17:10) e que o “oitavo” governará também por pouco tempo e virá o fim [f]; não cabe dúvida de que estamos vivendo no Limiar da Batalha Final entre os poderes do bem e do mau (vs 14). Agora compreende você, estimado estudante, por que o título deste estudo “No Limiar do Tempo do Fim”?
Ficando claro em que lugar do tempo profético nos encontramos atualmente, analisaremos em detalhe os símbolos e acontecimentos que aparecem relacionados com a “oitava” cabeça e que ainda ficam por definir.
Os dez chifres entregam seu poder à besta
“Os dez chifres que viste são dez reis que ainda não receberam reino; mas receberão autoridade como reis por uma hora, juntamente com a besta. Estes têm um mesmo propósito: entregar seu poder e autoridade à besta. Lutarão contra o Cordeiro e o Cordeiro os vencerá” (Ap 17:12-14).
É interessante que a diferença dos dez chifres da quarta besta de Dayan’ul 7, estes não constituem divisões do mesmo reino senão que são reis independentes com poder e autoridade próprias. Se não fosse assim não poderiam entregar-lhe o reino à besta (vs 13). Agora bem, quem são estes reis? São tão só dez? Comparemos a passagem que estamos analisando com o seguinte: “Vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta, três espíritos imundos semelhantes a rãs. São espíritos de demônios, que fazem sinais e vão aos reis da terra em todo mundo para reuní-los para a batalha daquele grande dia do Criador, Todo-poderoso” (Ap 16:13-14).
Observe que as duas passagens falam da batalha final entre hol’Mehushkyah e os poderes da terra e mencionam a sua vez os reis que intervirão nela. Baseados nesta comparação resulta evidente que quando a profecia de Apocalipse 17 diz “dez reis” se refere a todos os reis da terra e não só a dez [g]. O número dez alude frequentemente a uma quantidade alta e indeterminada de coisas, capacidades ou eventos.
Um exemplo disto encontramos no livro de Dayan’ul onde diz: “…o rei os conferiu, achou-os dez vezes melhores que todos os magos e astrólogos que tinha em todo seu reino” (Dn 1:20) [h].
A atuação dos reis desta profecia virá como resultado do poder que os Estados Unidos [diga-se, maçonaria] têm sobre eles para fazer que lhe entreguem ao papado a autoridade de governar um reino mundial [i].
Uma confirmação cronológica:
A profecia explica o momento exato em que esta parte da profecia teria de ser plenamente entendida. Se você ler com atenção, se dará conta que o anjo aparece explicando o significado das cabeças quando cinco delas já caíram e está reinando a sexta. É interessante ressaltar o fato de que esta interpretação saiu à luz justamente durante o pontificado de João Paulo II.
Conclusões:
Existem dois argumentos que nos motivaram a apoiar o ponto de vista que identifica às sete cabeças com sete papas. O primeiro deles se baseia no fato de que no palco profético os sete montes mencionados em Apocalipses 17:9 não é mais outro símbolo, senão pelo contrário, é parte da explicação dada pelo anjo a respeito das sete cabeças da besta, as quais identificam com certeza à cidade de Roma, a qual está assentada sobre sete montes. O segundo argumento se baseia na interpretação de Dayan’ul 7 e 8, onde explica que as cabeças não podem ser reinos diferentes da besta que a leva, senão que devem ser reis ou reinos que surgem de uma mesma nação.
Apocalipse 17 apresenta as mesmas duas fases de supremacia papal e proporciona informação adicional referente à sequência dos acontecimentos que sucederão durante a segunda fase.
Os sete reis que reinam em sequência aparecem incluídos dentro da segunda fase de supremacia papal, por tanto, estes devem fazer sua aparição a partir do ano 1.929. Durante os anos da “ferida de morte” (1798 -1929) nenhum papa pôde exercer seu poder político devido ter lhes tirados seus territórios e poderes temporários. Só depois de 11 de fevereiro de 1.929 o papa voltou a ostentar o título de rei. No entanto o papa Pio XI não deve ser considerado o primeiro dos sete reis de Apocalipses 17:10, por já estar na condição de papa e não ter sido coroado TAMBÉM como REI, como foram os demais…
Portanto, FRANCISCO é o Sétimo destes reis, e deverá durar pouco tempo e depois o papado receberá a autoridade suprema do mundo, dando início a atuação da besta! Quem viver, verá!!!
Quando o papado estiver no auge de seu poder, se iniciará a batalha final [Armagedom] a qual concluirá com a segunda vinda do CRIADOR Yaohushua hol’Mehushkyah.
Como vimos, existem mais de dez pontos de vista diferentes sobre as sete cabeças da besta, e ainda assim, apoiamos a que identifica às sete cabeças com sete papas. Se bem que é apenas uma interpretação – plausível – mas que não possa ser infalível ou que esteja cem por cento livre de erros. Apresentamos o que cremos que vai suceder [somente ficando vago o ponto: procede dois sete], mas se por alguma circunstância não chegar a cumprir-se desta maneira, não desvirtuaria o certo cumprimento das demais profecias apresentadas neste estudo, pois estamos seguro que todas se cumprirão a seu devido tempo. Is 55:11.
CLIC AQUI e veja TUDO sobre Francisco e os Sete Reis do Apocalipse 17
Referências:
[a] Ver detalhes no tópico 7: “O mais grave atentado”.
[b] Lucius Ferraris, Prompta Bibliotheca, tomo VI, págs. 25-29
[c] História da Igreja Católica, pág. 61-63, Atlântida.
[d] O Dicionário Enciclopédico Terranova, pág. 1243, define a palavra “rei” como “Soberano de um reino”.
[e] Este capítulo foi concluído em 19 de Abril de 2005 com os fatos deste ano…
[f] Ap 17:12. Alguns expositores aplicaram o princípio “dia por ano” à “hora” aqui mencionada , o qual equivaleria a uns 15 dias literais (365 dias por ano ÷ 24 horas por dia = 15 dias). Ainda que é possível que isto possa chegar a ser verdadeiro, é perigoso chegar a dogmatizar ao respeito, pois a palavra hora (wran) é usada frequentemente para designar um período de tempo curto mas indeterminado. Esta palavra é traduzida como “um pouco de tempo” em I Ts 2:17 – preferimos esta interpretação!
[g] Veja-se o tópico 6 “Nasce um temível império”.
[h] Existem outras passagens onde se utiliza o numero dez para expressar uma quantidade alta e indeterminada. Os seguintes são alguns bons exemplos: Gênesis 31:7; Neemias 4:12; Números 14:22; Jó 19:3 e II Samuel 19:43. A nota de rodapé da passagem de Gênesis 31:7 na Reina-Valera 1995 explica que a expressão “dez vezes” se usava como sinônimo de “muitíssimas vezes”.
[i] Ver o tópico 9 “Os Estados Unidos na profecia”.
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14. A Batalha do Armagedom
No tópico anterior vimos que durante o período da “oitava cabeça” da besta de Apocalipse 17, se dará início à batalha final entre os poderes do bem e do mal. Como e onde terá lugar esta batalha? A seguinte passagem nos ajudará a responder a esta pergunta:
“O sexto anjo derramou sua taça sobre o grande rio Éufrates, e a água deste se secou para preparar o caminho aos reis do oriente. Vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta, três espíritos imundos semelhantes a rãs. São espíritos de demônios, que fazem sinais e vão aos reis da terra em todo mundo para reuni-los para a batalha daquele grande dia do o ETERNO Todo-poderoso. ‘Eu venho como ladrão. Bem aventurado o que vela e guarda suas vestimentas, não seja que ande nu e vejam sua vergonha’. E os reuniu no lugar que em hebreu se chama Armagedom” (Ap 16:12-16).
O verso 14 diz que os reis da terra serão reunidos para a batalha. Se você compara este texto com o que aparece no verso 16 notará algo muito interessante: a batalha final terá lugar num lugar específico e o nome desse lugar é “Armagedom”. Onde está localizado o dito lugar? São muitas as hipóteses a respeito deste assunto Uma das mais reconhecidas e comumente aceitadas foi a exposta por Hal Lindsey no livro “O extinto grande planeta terra” [a].
Este autor afirma que Armagedom está situado em cercanias do morro Carmelo ao noroeste de Yaosho’ul e que será o lugar de convergência dos maiores e importantes exércitos do tempo do fim: os russos desde o norte, os africanos desde o sul, os norte-americanos e os europeus desde o ocidente, e os chineses, com um exército de duzentos milhões de soldados que cruzarão o rio Eufrates, desde o oriente.
O ponto de vista anterior poderia ser aceitado se aplicássemos literalmente o que a passagem apresenta, mas não esqueçamos que Apocalipse é um livro simbólico o qual utiliza fatos antigos para aplicá-los a entidades diferentes, no presente. Um exemplo disto temos em Babilônia, império desaparecido faz muitos séculos, mas que foi utilizado por Yaohushua hol’Mehushkyah para representar à Igreja Católica Romana [b]. Baseados no anterior se faz evidente que o Eufrates (rio de Babilônia), os reis de oriente e Armagedom não são literais senão que são representações de outras entidades.
A fim de termos um panorama completo a respeito do tempo, o lugar e os personagens que participarão em cumprimento desta profecia, é necessário que façamos um estudo detalhado do contexto.
A passagem que estamos analisando inicia dizendo: “O sexto anjo derramou sua taça...” [c]. Isto é um indício claro de que durante este tempo já se estará cumprindo a primeira sentença anunciada pela mensagem do terceiro anjo, o qual vimos no primeiro tópico deste estudo.
Recordemos: “E um terceiro anjo os seguiu, dizendo a grande voz: «Se alguém adora à besta e a sua imagem e recebe a marca em sua fronte ou em sua mão, ele também beberá do vinho da ira do ETERNO, que se acha preparado sem mistura, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e do Cordeiro” (Ap 14:9-10).
O mesmo contexto da passagem que estamos analisando confirma esta relação: “Foi o primeiro e derramou sua taça sobre a terra… sobre os homens que tinham a marca da besta e que adoravam sua imagem” (Ap 16:2).
Ao todo são sete taças [d] e o vinho contido nelas é tão só uma representação dos últimos sete castigos que serão enviados sobre a terra. Estes últimos se conhecem também com o nome de “sete pragas” [e] ou a Grande Tribulação de Matt’yaohuh 24. Analisemo-las detalhadamente:
1ª praga: “Foi o primeiro e derramou sua taça sobre a terra, e veio uma úlcera maligna e pestilenta sobre os homens que tinham a marca da besta e que adoravam sua imagem” (Ap 16:2)
Esta mesma praga caiu sobre os Egípcios quando Moisés/ Mehushua foi enviado ao faraó para ordenar-lhe que deixasse em liberdade o povo do ETERNO… Manifestou-se ao começo como manchas na pele o qual foi desenvolvendo-se até formar terríveis e incuráveis chagas cancerosas nos homens [f]. Esta praga é descrita pelo profeta Zacarias com as seguintes palavras: “Esta será a praga com que ferirá UL’HIM a todos os povos que brigaram contra Yah’shua-oleym: sua carne se corromperá quando ainda estejam com vida, se lhes consumirão seus olhos e a língua se lhes desfará na boca”[g].
E por que cairá tão terrível praga? A resposta é simples: Os homens adorarão à besta e a sua imagem induzidos pelos sinais e os falsos milagres realizados por eles (até fogo vindo do céu). A Bíblia diz da besta: “Irá acompanhado de fatos poderosos, sinais e falsos milagres, e com todo engano de iniquidade para os que se perdem“, e de sua Imagem diz: “Engana aos habitantes da terra com os sinais que se lhe permitiu fazer na presença da besta” [h]. Para ninguém é um segredo a grande quantidade de extraordinários milagres que se manifestam cada dia nestas duas entidades [i]. Quando esta praga começar a cair, o mundo inteiro se volverá após eles procurando providências, mas desta vez não a encontrarão. Desta maneira o CRIADOR desmascarará seu engano para sempre. Então, os povos “retirarão” seu apoio à Besta; tarde demais… Mas, note um detalhe, já mencionado acima: Lemos em Zc 14:12 – Esta será a praga com que o Senhor ferirá todos os povos que guerrearam contra Jerusalém: apodrecer-se-á a sua carne, estando eles de pé, e se lhes apodrecerão os olhos nas suas órbitas, e a língua se lhes apodrecerá na boca. Isto nos lembra o efeito de uma Guerra Nuclear dando início às Pragas!!!
Outro ponto importante que esta passagem ressalta, é o fato de que esta praga não cairá sobre toda a humanidade senão tão só sobre aqueles que adorem à besta e a sua imagem [foi assim no Egito, será assim no tempo do Fim… Se você reconhece sua debilidade, se ama a o ETERNO e almeja viver com Ele e com o Cordeiro, pela eternidade terreal, não tem nada que temer. Nem esta, nem nenhuma outra praga o tocarão, pois o Mestre prometeu: “Cairão a teu lado mil e dez mil a tua direita; mas a ti não chegarão. Certamente com teus olhos olharás e verás a recompensa dos ímpios. Porque puseste o Criador, que é minha esperança; o Altíssimo por tua habitação, não te sobrevirá mal nem praga tocará tua morada, pois a seus anjos dará ordens a respeito de ti, que te guardem em todos teus caminhos” [j].
Recordemos que a imagem da besta mandará matar a todos aqueles que não lhe adorem [k]. As pragas serão enviadas pelo Criador para frear a perseguição e devem ser vistas como um sinal do amor libertador do Criador – a quem o ETERNO deu o poder de julgar – e não como uma sentença arbitrária de Sua parte.
2ª praga: “O segundo anjo derramou sua taça sobre o mar, e este se converteu em sangue como de morto, e morreu todo ser vivente que tinha no mar” (Ap 16:3).
A segunda besta decretará que o Remanescente fiel não poderá “comprar nem vender*” [l]. Isto causará que não possam conseguir o necessário para sustentar-se a si mesmo e à suas famílias. Muitos padecerão fomes por causa disto, mas o ETERNO não passará por alto seu sofrimento nem permitirá que passe muito tempo sem que os culpados recebam a justa retribuição. Com esta praga se inicia a destruição das fontes de alimento das que dependem os ímpios.
*NOTA: Cremos que um meio passível de ser usado pelo inimigo seja através da produção mundial de alimentos transgênico, indo de encontro a Gn 1:11, 12, 29. Quem for detentor desta tecnologia bem poderá “escolher” a quem vender!!!
3ª praga: “O terceiro anjo derramou sua taça sobre os rios e sobre as fontes das águas, e se converteram em sangue. E ouvi que o anjo das águas dizia: «Justo és tu, Mestre, o que és e que eras, o Santo, porque julgaste estas coisas. Porquanto derramaram o sangue dos santos e dos profetas, também tu lhes deste a beber sangue, pois o merecem” (Ap 16:4-6).
Por esta época, os malvados já terão derramado o sangue inocente dos filhos do ETERNO e estarão planejando acabar com os poucos que puderam escapar da morte. A passagem revela que é por esta causa que o ETERNO converterá as fontes de água em sangue. A impossibilidade de encontrar água potável forçará aos malvados a bebê-la. Este será o destino de todos aqueles que provocarem a morte do povo remanescente do ETERNO.
A água se converterá em sangue devido à morte de todos os seres viventes que vivem nos rios [m]. Os anjos que contemplam a terrível cena dizem a grande voz: “Justo és tu, Mestre… porque julgaste estas coisas… Certamente, Mestre o Criador Todo-poderoso, teus juízos são verdadeiros e justos!” [n]; e o profeta Joel/Yao’ul, ao presenciar em visão o derramamento das pragas afirmou: “ó Criador… é misericordioso e clemente, tardio em irar e grande em misericórdia, e se ressente do castigo” [ou]. Estas palavras refletem claramente que não existe injustiça nem crueldade de parte do Criador ao derramar as pragas sobre os ímpios. Ele nunca quis que eles se perdessem (Mt 25:41), pois sempre os chamou ao arrependimento [p]. Ele esgotou todos os recursos para salvá-los: despojou-se de Sua divindade e se fez como um deles, bebeu Sua própria taça e morreu na cruz do Calvário, pagando por nossas injustiças contra o Pai [q]. Se alguém chegar a experimentar os terríveis sofrimentos que esta profecia anuncia, não será porque ao Criador faltou-Lhe misericórdia; senão porque em seu orgulho e cega rebeldia se negou a aceitar a hol’Mehushkyah como seu substituto e Salvador – o Verdadeiro cujo Nome provém do Hebraico e não um nome traduzido de uma língua pagã; pense nisto: Você gostaria que alguém mudasse o seu nome (mesmo que uma única letra) por outro?
4ª praga: “O quarto anjo derramou sua taça sobre o sol, ao qual lhe foi permitido queimar aos homens com fogo. Os homens foram queimados com o grande calor e blasfemaram do Nome do Criador, que tem poder sobre estas pragas e não se arrependeram para dar-Lhe glória” (Ap 16:8, 9).
Como vimos, a grande controvérsia que dará origem à perseguição final terá sua origem no dia de repouso. O decreto ordenará que todos aqueles que transgridem o dia do sol e guardem o sábado, não possam comprar nem vender e sejam perseguidos e aniquilados. Esta praga recordará aos ímpios que o sol, objeto lendário de seu culto [r], é parte de sua criação e não um objeto de adoração. Esta estrela que uma vez foi colocada no firmamento para sua bênção se encarregará de retribuir suas más ações, pois não só produzirá queimaduras neles senão que concluirá a obra que se iniciou na segunda taça, a saber, a destruição total de suas fontes de alimento. O profeta Joel/Yao’ul descreve esta praga com as seguintes palavras: “O campo está assolado e se enlutou a terra, porque o trigo foi destruído… Confundi-vos, lavradores; gemei, vinadores, pelo trigo e a cevada, porque se perdeu a messes do campo. A videira está seca e pereceu a figueira; também o granado, a palmeira e a macieira: Todas as árvores do campo se secaram… Ai do dia! porque próximo está o dia de Ul’him; virá como destruição da parte do Todo-poderoso… Como gemiam as bestas! Quão turbados andavam os pastos dos bois, porque não tinham pastos! E foram também assolados os rebanhos das ovelhas… o fogo consumiu os pastos do deserto, a chama abrasou as árvores do campo. As bestas do campo bramarão também a ti, pois se secaram os ribeiros das águas, e o fogo consumiu as pradarias do deserto” [s]. Leia Is 30:26.
A estas alturas do castigo, os seres do mar e dos rios terão morrido e seus corpos estarão em estado de decomposição, os animais terrestres estarão agonizando no meio da pestilência, os frutos da terra estarão secos e consumidos pelo calor e a água estará contaminada com o sangue. Quem recebeu a marca da besta se verão forçados a comer e beber destas coisas para não perecer. Não obstante, os filhos do ETERNO que ainda permanecem com vida não terão necessidade de nada, pois o ETERNO tem uma promessa para eles: “Porque os braços dos ímpios serão quebrados; mas o que sustenta aos justos é o Criador… Não serão envergonhados no tempo de dificuldade, e nos dias de fome serão saciados. Mas os ímpios perecerão, os inimigos de Yaohuh serão consumidos…” [t]. Como fez com David [o], o Criador prepara mesa a seus filhos na presença de seus angustiadores. Gloria ao ETERNO por isso! Foi assim nos dias de Elias/Uli’yahh – o Criador lhe proveu – e, assim será nestes dias finais!
5ª praga: “O quinto anjo derramou sua taça sobre o trono da besta, e seu reino se cobriu de trevas. As pessoas morderam a língua por causa da dor e blasfemaram contra o Criador do céu por suas dores e por suas úlceras, e não se arrependeram de suas obras” (Ap 16:10-11).
O apóstolo João/Yao’khanan dá uma pista para compreender o significado desta passagem: “E esta é a condenação: a Luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a Luz, porque suas obras eram más” [v]. Estas palavras fazem referência aos homens que pretendendo servir ao ETERNO, recusaram a hol’Mehushkyah em Sua primeira vinda. Yaohushua era “a Luz do mundo” [w] e tinha vindo para revelar o amoroso caráter do ETERNO e denunciar as falsas doutrinas e práticas dos dirigentes religiosos de seu tempo. Do mesmo modo nestes últimos tempos, ele, através da tríplice mensagem de Apocalipse 14, iniciou uma obra similar entre os líderes e leigos de todas as denominações religiosas que se desviaram daVerdade apostólica, e os está chamando a viver e ensinar a Verdade tal como foi escrita. Tristemente, sabemos que da mesma maneira que fizeram os judaicos nos dias de hol’Mehushkyah, a imensa maioria recusará a Luz e preferirá seguir nas trevas das tradições humanas [x]. Estes finalmente receberão o que elegeram. As trevas físicas recairão sobre eles e lhes recordará seu terrível pecado. O incessante calor da praga anterior se dissipará, só para dar lugar ao mais terrível frio do que seres humanos tenham jamais experimentado. Desejarão vestir-se, mas suas chagas e úlceras dificilmente permitirão o contato da roupa com a pele. O doloroso efeito da primeira praga se incrementará por causa de seu cruel fanatismo e cega incredulidade.
Durante este tempo, os filhos do ETERNO estarão resguardados; e da mesma maneira que sucedeu aos hebreus/yaohu’dins que iam ser libertados da opressão egípcia, eles terão luz em suas habitações [e].
Palavras finais:
É possível que você, estimado leitor, pense que tudo isto é demasiado duro para ser aceito e se sinta inclinado a pensar que um Criador de amor não poderia fazer as obras que aqui se Lhe atribuem. Não obstante, com se fez com Elias/Uli’yahh e João/Yao’khanan, o imersor, creio que é nosso dever denunciar o erro e suas funestas consequências.
A ira do ETERNO não é a mesma dos homens. Para o Criador é uma “obra estranha” o ter que destruir ao pecador [z], mas o fará pelo bem dos justos. O ETERNO é “forte, misericordioso e piedoso; demorado para a ira e grande em misericórdia e verdade” [aa]. “Perdoa a iniquidade, a rebelião e o pecado”, mas “de nenhum modo terá por inocente ao malvado” [bb]. O Criador almeja cada uma de suas criaturas compreenda que ainda que seu amor é eterno e supera todo entendimento, chegará o dia no que ele se verá obrigado a destruir o pecado e retribuir a maldade do coração dos homens.
Ele nos diz hoje: “Afastai de vocês todas vossas transgressões com que pecastes, e fazei-vos um coração novo e um espírito novo. Por que morrereis, casa de Israel? Porque eu não quero a morte do que morre, diz UL, o Criador. Convertei-vos, pois, e vivereis!” (Ez 18:31,32).
Ainda que o Criador repugna castigar, castigará no entanto, e o fará prontamente! Não pode existir comunhão entre o Criador e Baal (senhor). Yaohushua, o Criador, nos pede que nos convertamos a Ele de todo coração. Que deixemos de lado as tradições dos homens e avancemos por fé no Caminho, estreito, que leva à vida [cc].
Ainda nos falta continuarmos com a explicação desta profecia e descobrirmos a verdade a respeito da sexta e sétima pragas, onde especificamente se apresenta a batalha de Armagedom. Estudarmos a respeito do lugar onde esta se iniciará, vermos o significado do rio Eufrates como símbolo profético, e conhecermos a identidade exata dos reis de oriente e dos duzentos milhões de soldados de Apocalipse 9:14-16. Para isto, clic nos links no Fim da Página e complete o seu estudo!!!
Referências:
[a] Título original em Inglês: “The bate great planet Earth”. Baseado neste livro se produziu o filme do mesmo nome apresentada por Orson Welles (disponível em espanhol).
[b] Veja-se o Capítulo 11 “A última Babilônia”.
[c] Ap 16:12
[d] Ap 16:1
[e] Ap 21:9
[f] Ex 9:8-11
[g] Zc 14:12
[h] II Ts 2:9-10; Ap 13:14
[i] O Mestre Yaohushua revela que estes falsos mestres teriam de enganar as pessoas pretendendo ser discípulos seus: Lhe diriam “Mestre, Mestre!”, profetizamos, fizemos milagres e expulsamos demônios em seu Nome (Leia-se Mt 7:15,21-23). Hoje em dia existem muitos que tendo recebido a luz da Verdade presente, resistiram a YAOHUH UL’HIM; e não obstante, vêem visões e aparições, profetizam, expulsam demônios, curam milagrosamente a paralíticos, cegos, surdos e enfermos de câncer. Se você deseja conhecer como e por que se produzem estes milagres leia II Tessalonicenses 2:9-12…
[j] Sl 91:7-11
[k] Ap 13:15
[l] Ap 13:17
[m] Ex 7:21
[n] Ap 16:5,7.
[o] Jl 2:13. Este profeta descreve as pragas em Joel 1:15-20; 2:3-11
[p] II Pd 3:9
[q] Mt 26:42: 27:45-52
[r] Veja as duas últimas páginas do capítulo 5 “Da luz às trevas”.
[s] Jl 1:10-20
[t] Sl 37:17,19,20
[u] Sl 23:5
[v] Jo 3:19
[w] Jo 8:12
[x] Ap 13:8,16,17; Mt 7:13,14.
[y] Êxodo 10:22,23.
[z] Isaías 28:21
[aa] Ap 15:8; Jr 13:16,17.
[bb] Ex 34:6,7.
[cc] Mt 7:14.
Continuação: A 6ª Praga!!!
Saiba mais:
– A Terceira Guerra Mundial pode estar Próxima!
– DVs outros Estudos sobre a NOM…
Dúvidas: