Significados Proféticos das Festas
Levíticas
Infelizmente, para uma grande parte dos yaoshorul’itas atuais, as passagens de Lv 23 onde estão as ordenanças das Festas, são maçantes textos relacionados à cultura judaica apenas, sem maior significado. Grande engano, há muito mais por detrás dessas Festas do que muitos imaginam; pois TODAS apontavam/apontam para Yaohu’shua!
Edição de oCaminho
Primeiramente, repare que em Levítico 23:1, o Criador define as festas para serem fixas e como santas convocações, ou seja, são convocações para uma assembléia consagrada, o seu povo; uma espécie de ensaio geral e, se é algo sagrado e foi instituído pelo próprio Criador, não podemos ignorar sua importância. Os Yaoshorul’itas não tem nenhum dever ou compromisso de observar ou celebrar essas festas, mas o entendimento do seu significado traz um ganho tremendo para a Fé. Yaohu’shua, como um judaico justo, celebrou as festas, como pode-se observar nos registros dos evangelhos, inclusive o Hanuká (conhecida também como Festa das Luzes ou Festa da Dedicação, leia em Jo 10:22-23) que é uma festa celebrada pelos judaicos em memória da purificação do templo após a profanação de Antíoco Epifanes [Dn 11], celebração esta que não está na relação de Levíticos 23.
É interessante observar que em Levítico 23, a primeira ordenança envolve o Sábado [Shabbos], o qual deveria ser observado pelo povo de Yaoshor’ul como um descanso solene. Neste artigo não vou abordar o Sábado da Criação, uma vez que este é contemplado na Lei Moral (Ex 20), mas sim as outras festas que por serem sagradas, TAMBÉM assumem um caráter sabático, devido aos seus significados. Assim, o nosso objetivo é apresentar as sete Festas instituídas, onde as quatro primeiras, que ocorrem na primavera durante as épocas de plantio e colheita da cevada, já foram cumpridas por Cristo na sua Primeira Vinda, e que as três seguintes, que ocorrem no outono durante o período da colheita do trigo, se cumprirão profeticamente em sua Segunda Vinda. As quatro primeiras Festas são também conhecidas como “as primeiras chuvas” ou “chuvas temporãs” (primavera) e as três Festas seguintes são conhecidas como “as últimas chuvas” ou “chuva serôdia” (outono), dessa forma, esses dois períodos de chuvas estão relacionados a Primeira e a Segunda Vinda de Cristo (leia Os 6:3, Jl 2:23, Dt 11:10-17 e Tg 5:7-8). Veremos que essas Festas são ensaios feitos por Yaoshor’ul, das várias partes do plano do ETERNO para a humanidade.
Para compreender melhor as Festas e seus significados proféticos, vamos precisar entender melhor o calendário judaico, pois diferente de nós que temos um calendário solar, o judaico é baseado no ciclo luni-solar; dessa forma, cada mês começa com o surgimento da lua nova e cada dia começa com o surgimento da Lua (muitas vezes confundido com o pôr do Sol). O Criador em Gênesis 1, instituiu esse sistema, declarando repetidamente que “… foi a tarde e a manhã, o dia …”. Os meses judaicos comparados ao nosso calendário, podem ser vistos da seguinte forma:
* o mês Ve-Adar pode ser entendido como um ano bissexto.
O primeiro dia do mês é chamado de Rosh/Chefe Hodesh/Lua (Lua Nova), nesse dia o Shofar (chifre de carneiro) era soprado e tochas eram acesas para que cada pessoa soubesse que aquele era o primeiro dia do mês (leia Sl 81:3-5). Alguns dias do calendário judaico são particularmente interessantes e possuem significados históricos relevantes, por exemplo:
- Quatro eventos muito importantes ocorreram no primeiro dia de Nisan: o Tabernáculo construído por Mehu’shua foi dedicado depois de saírem do Egito (Ex 40:17-35), O r purificou o templo (II Cr 29:2-3), Oz’or iniciou sua viagem de retorno para reconstruir o templo (Ed 7:9), Artaxerxes publicou o decreto de reconstrução dos muros de Yah’shua-oléym (Ne 2:1-8).
- No dia 10 de Nisan ocorreu a santificação do cordeiro para a Páscoa conforme Mehu’shua instruiu ao povo para prepararem o cordeiro (Ex 12:3-6). Cristo, nosso Cordeiro Pascal, é “separado” no dia 10 de Nisan (Jo 12:1-2).
- O dia 9 de Ab (Av) historicamente representa um dia de tragédias e infortúnios na história de Yaoshor’ul; a seguir uma relação de 8 fatos ocorridos nesse dia que os judaicos tradicionalmente lembram a cada ano, mais 4 outros eventos relacionados ao mesmo dia:
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- Dez dos 12 espias retornam em 9 de Av com o péssimo relatório sobre a terra prometida.
- O Templo de Shua’olmoh começou a ser destruído pelos babilônios em 9 de Av, o início do fogo foi no dia 9 e no dia 10 ficou completamente destruído.
- O Segundo Templo foi destruído pelos Romanos em 9 de Av no ano 70 d.Y. Segundo o historiador judaico Flavio ‘Josefo’, o fogo nos muros e em parte da cidade começou em 8 de Av.
- Em 71 d.Y. o exército Romano lavrou todo o Monte do Templo em 9 de Av.
- Bar Kochba foi morto e seu exército destruído no dia 9 de Av em 135 d.Y.
- Urbano II convocou as Cruzadas no ano de 1095, no dia 9 de Av.
- Queima dos Talmudes no ano de 1242 no dia 9 de Av.
- Em 1290 d.Y., a Inglaterra expulsou os judaicos do país no dia 9 de Av.
- Em 1492, a Espanha expulsou todos os judaicos do seu país no dia 9 de Av.
- Em 1914, no dia 9 de Av, a I Guerra Mundial foi declarada. No leste da Rússia, o governo Russo começou uma campanha de severa perseguição aos judaicos.
- No ano de 1942, em 9 de Av, teve início no Campo de extermínio de Treblinka as primeiras mortes dos judaicos sob a determinação de Adof Hitler.
- Em 18 de Julho de 1994, dia 9 de Av, foram mortos 86 judaicos e mais de 120 ficaram feridos em um atentado terrorista contra a associação israelita na Argentina por um grupo terrorista, provavelmente o Hezbollah.
Agora, com base no que vimos até aqui, podemos ver a tabela das sete Festas levíticas e seus dias para comemoração, conforme descrito em Levíticos 23:
Vamos agora analisar cada uma das Festas desta tabela em detalhes e seu significado profético.
Páscoa [Posqa’yao]
A Páscoa é uma Festa que lembra a libertação do povo judaico da escravidão do Egito; para nós yaoshorul’itas, nos lembra de nossa libertação da escravidão do pecado através de Cristo. Yaohu’shua é o Cordeiro Pascal definitivo e provido pelo ETERNO para a salvação dos homens, conforme profetizado durante todo o Antigo Testamento, desde a queda do homem.
O cordeiro tinha de ser sacrificado no crepúsculo ou no início do entardecer; Yaohu’shua foi crucificado às 9 da manhã do dia 14 de Nisan [uma quarta-feira] e morreu (expirou) às 3 da tarde (Mc 15:25) – que eram os horários da oblação (oferta) menor e a oblação (oferta) maior – sendo sepultado às 6 da tarde (pôr do sol) daquele mesmo dia.
Na pessoa de Cristo, essa Festa teve seu cumprimento máximo; na Cruz, onde foi cravada a cédula de nossa dívida para com o ETERNO (Cl 2:14); mas não confunda a nosso dívida com as nossas obrigações para com Ele – Mt 5:19 x Ex 20.
Pães Asmos [Matzot]
A Páscoa é seguida de uma semana de Festa dos Pães Asmos (não levedados). No Antigo Testamento, fermento poderia ser leite; ovo ou qualquer outro ingrediente que, ao ser adicionado na massa, poderia causar a fermentação. Normalmente o fermento é a “levedura”, e a massa se leveda quando é adicionada outra massa contaminada, nessa massa fresca e pura (Gl 5:9). O termo fermento ou levedo, no seu sentido mais amplo, é qualquer coisa que pode causar uma mudança numa massa maior. Referente às Escrituras, é qualquer coisa que corrompe um ingrediente quando é adicionado.
E no caso de Cristo, o que isso representa? Vejamos:
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- Ele é o pão da vida.
- Ele não teve fermento (Hb 4:15).
- Ele foi açoitado, dilacerado, traspassado e moído por nós. Curiosamente o Matzo (pão sem fermento) é cheio de sulcos na aparência, o Matzo é perfurado para que o calor do forno possa passar por todo seu interior e o Matzo é feito de semente esmagada.
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Em Cristo a Festa dos Pães Asmos foi cumprida, pois ele é o Pão da Vida sem fermento, do qual devemos nos alimentar continuamente para termos vida e vida em abundância.
Primeiros Frutos: Primícias [Bikkurim]
Durante o ano existiam alguns sábados (“Shabbós“) extras conhecidos como “Shabbaton” ou como “Grande Shabbós“. Esses sete “Shabbaton” extras caíam em dias especiais do calendário e, portanto, não exatamente nas noites de sextas-feiras como hoje se ensinam, seguindo a ICAR. O primeiro Shabbaton do ano é no dia 15 de Nisan. No ano em que Yaohu’shua morreu, o dia 15 de Nisan caiu numa quarta à noite e no dia seguinte, outro shabbós, ou seja, a festa dos ázimos. Portanto, houve dois Shabbós, um logo após o outro, ou seja, um Grande Shabbós para a Páscoa, no dia 15 de Nisan, e o outro no dia 16 de Nisan, além do Shabbós normal celebrado a partir do por do sol da sexta – quando ocorreu a ressurreição, as primícias. Isso só pode ser encontrado no Novo Testamento somente se for lido no grego em Mt 28:1 onde a palavra traduzida para Shabbós é, na verdade, Shabbaton e indo até Mc 15:42 encontramos o texto dizendo claramente que “e portanto era o Dia da Preparação, isto é a véspera do sábado (Shabbos)”. Que sábado? Veja também Mt 26:62 e Jo 19:31. O “Dia da Preparação” refere-se a qualquer dia da semana, em qualquer data, antes de um Shabbós.
A Festa dos Primeiros Frutos ou das Primícias teve seu cumprimento em Cristo através de sua ressurreição ao por do sol do shabbós semanal, sendo assim Ele é o primogênito entre os mortos (Cl 1:18) para a vida eterna, Ele foi feito a primícia dos que dormem (I Co 15:20). As manifestações descritas em Mt 27:52-53 foram as Primícias de Cristo oferecidas a o ETERNO, Seu Pai [YAOHUH ABI], aqueles santos que ressuscitaram foram os primeiros de uma imensa colheita que está para acontecer. A Festa das Primícias é a terceira e última Festa que Yaohu’shua cumpriu pessoalmente na Terra. Yaohu’shua estava presente fisicamente na Páscoa, nos Pães Asmos e nas Primícias. Ele subiu (ascendeu) ao céu depois de 40 dias e 10 dias depois, no Pentecostes, cumpriu Sua promessa, espiritualmente (em Ruach – Mt 18:20, 28:20 cf. Jo 14:18). Ele ainda virá fisicamente cumprir mais três Festas.
Pentecostes: Festa das Semanas [Shavuot]
Depois das Primícias conta-se o Omer (feixe), a contagem dos 50 dias é chamada de “contando o Omer“, contando os feixes. A nação de Yaoshor’ul ressuscitou quando saiu das águas do Mar Vermelho e 50 dias depois o Criador deu a eles a Lei, a Torah. Yaohu’shua ressuscitou e 50 dias depois, Ele, em Ruach Ha’Kodesh (o Yaohu’shua, agora onipresente) cumpre a Sua promessa: “eis que estarei convoco por todo o sempre” (Mt 28:20). Ambos os casos citados tem o mesmo propósito (Jo 16:13 e Gl 5:22-23 cf. Gl 3:24) – nos guiar para Vida!
A Festa hebraica é chamada Festa do Shavuot. Shavuot significa “semanas” e se refere as semanas que estão entre as Festas das Primícias e do Pentecostes. Nas Primícias, um feixe de “grãos ázimos” era movido perante o ETERNO, exatamente como Yaohu’shua, sem pecados, foi movido (levantado) diante do Pai. No Shavuot, dois pães levedados (porosos) eram levantados diante de o Criador. Já que os dois pães contem levedura (fermento), o que eles representam? Os dois pães são as duas Casas (Yaohu’dah e Yaoshor’ul) divididas; ambas em pecado. O término dessa quarta Festa traz o encerramento das Festas das primeiras chuvas, as chuvas temporãs. Yaohu’shua falou sobre o Pentecostes em vários momentos, inclusive no dia de sua ascenção (Atos 1:4-9).
Podemos resumir as 4 primeiras Festas da seguinte forma:
Páscoa: Convocação pela morte do Messias.
Pães Asmos: Convocação pelo sepultamento do Messias.
Primeiros Frutos (Primícias): Convocação pela ressurreição do Messias.
OBS: Entre estas 3 festas, temos três dias literais (completos) e assim, se cumpre o sinal de Jonas/Yao’nahprofetizado pelo Messias, ainda e vida – Mt 12:39-40.
Pentecostes: Convocação pela nomeação e delegação de poder [os frutos ou dons do Espírito] ao povo dado pelo Messias.
Vamos observar agora as 3 Festas seguintes, relacionadas às últimas chuvas, a chuva serôdia, [Jl 2:23] que estão para se cumprir. Como vimos nas 4 primeiras, o Criador zela pelo cumprimento das Festas de acordo com seus significados e podemos esperar fatos relevantes também para as Festas de outono.
Trombetas [Teruah]
O dia 1 de Tishrei inicia a Festa das Trombetas ou Yom Teruah (O Dia do Estrondoso Despertar) ou ainda o Rosh Ha’Shanah (Cabeça do Ano, o dia do Som do Shofar). Essa é a única Festa que começa com a Lua Nova. O Shofar tinha suma importância na celebração do Ano do Jubileu. Como todos os meses do calendário, o primeiro dia de Tishrei começa com o brilho de uma lua nova. Os vigias no oriente de Yaoshor’ul ficavam observando até que surgisse o primeiro raio ou sinal da lua nova e esse sinal era transmitido rapidamente de vigia em vigia até chegar no Templo. O sacerdote ficava em pé no parapeito a sudeste do Templo e soava o Shofar para que fosse ouvido em todo vale ao redor. Assim que o sacerdote soava o Shofar, os tementes ao ETERNO, verdadeiros servos, interrompiam imediatamente a colheita, mesmo que ficasse ainda mais para ser colhido, deixavam tudo lá mesmo, no campo. Era época de trigo e eles paravam tudo e se dirigiam para o Templo, para adoração do dia de ano novo, a Festa das Trombetas.
Yaohu’shua usou essa ilustração para descrever a sua Segunda Vinda. Paulo/Sha’ul associa claramente o “soar das trombetas” com a Segunda Vinda de Cristo sobre as nuvens (1 Ts 4:16-17 e I Co 15:51-52). Isaías/Yashua’yah associou o uso do Shofar com a vinda do Messias (Is 51:9 e 60:1). Sha’ul associou o despertamento estrondoso com o Shofar e com o arrependimento dos pecados e citou Is 60:1 em Ef 5:14-17.
O Rosh Ha’Shanah é também chamado de Yom Ha’Din, o Dia do Juízo, uma época em que as cortes celestiais se reúnem e fazem uma análise completa da vida de cada pessoa Dn 7:9-10 cf. Ap 20:11-15. Os 30 dias de Elul, antes do primeiro dia de Tishrei é, então, tempo de se voltar para o Criador e os 10 dias que precedem ao Yom Kippur (Dia do Temor, Expiação), são chamados de Dias de Temor ou “Os Dias Terríveis”. Exatamente como os hebraicos faziam anualmente, vemos que precede o encerramento do Rosh Ha’Shanah e que inaugura o “Dia do Criador” (Sf 2:1-3). Uma curiosidade relevante, os judaicos, hoje, ensinam o seguinte:
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- No Rosh Ha’Shanah cada pessoa é julgada.
- O Criador abre três livros e todos aqueles que tinham se voltado para Ele, seus nomes estavam escritos no Livro dos Justos.
- Depois disso o Criador divide o restante em dois grupos:
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- a) O primeiro grupo é o Rashim(completamente iníquo) e seus nomes são escritos no Livro dosRashim, um livro que contem os nomes daqueles que são totalmente ímpios. O destino dos Rashim é selado no Rosh Ha’Shanah porque eles rejeitaram, por suas próprias escolhas, a salvação provida pelo ETERNO pelo Seu Messias.
- b) O segundo grupo é chamado de Intermediários. Esse é o maior grupo e que nem é considerado justo ou completamente iníquo. A esse grupo é dado 10 dias [símbolo do milênio terreal] a mais para se arrepender, antes do início do Yom Kippur. Se eles se arrependerem até o Yom Kippur(Ap 20:11-15), então seus nomes são escritos no Livro dos Justos, mas se não, vão para o Livro dos Completamente Iníquos. O destino de cada um é determinado no Yom Kippur.
Expiação [Yom Kippur]
A palavra expiação, kipper, literalmente significa “cobertura do pecado”. A oferta pelos pecados oferece o perdão do Criador ao ofensor, uma expiação pelo pecado. O Yom Kippur ocorre no dia 10 de Tishrei e é o dia de adoração mais solene e mais sagrado no judaísmo. Ele é chamado de “O Sabbath dos Sabbaths”. Esse é o dia em que todo Yaoshor’ul chora por seus pecados. Esse é o único dia do ano em que o sumo-sacerdote entrava no santíssimo lugar ou “santo dos santos”, o lugar mais sagrado.
O Criador revelou Sua intenção de que o Yom Kippur deveria ensinar o perdão de todas as dívidas; a libertação daqueles que estavam em algum tipo de servidão e o retorno das possessões. Quando Ele instituiu o Ano do Jubileu, a cada 50 Yom Kippur, teria que ser um jubileu mesmo, ou seja, um júbilo. Era uma prática que deveria começar 50 anos depois de sua instituição, no entanto essa celebração ainda não foi realmente celebrada de verdade; o que ocorrerá após o milênio – Ap 20:7-15. Yaoshor’ul ainda aguarda a celebração completa do seu primeiro Jubileu quando os não totalmente ímpios, adentram ao milênio [para só serem julgados após o mesmo], que vai acontecer quando o Messias retornar.
O Yom Kippur, ou Dia da Expiação, vem da palavra Kaphar que quer dizer “cobrir”. Yaohu’shua é a nossa propiciação ou cobertura, Ele é a nossa expiação que apaga completamente os nossos pecados.
Tabernáculos [Sukkot]
A Festa dos Tabernáculos ou Sukkot é também chamada de “Festa das Tendas” ou “Festa das Cabanas” (Sukkahs). A Festa do Criador e a Festa do Recolhimento da Colheita. Essa é a terceira das Festas da colheita, uma grande temporada de júbilo e alegria. Começa 5 dias após o Yom Kippur, no dia 15 de Tishrei, na lua cheia e dura 7 dias. A Festa comemora a provisão e o abrigo do Criador durante o êxodo e ilustra Sua habitação no mundo porvir, a Nova Yah’shua-oléym. A Festa dos Tabernáculos continuará a ser celebrada durante o reino milenial de Cristo (Zc 14:16-19).
O sétimo dia da Festa dos Tabernáculos foi chamado de Hosha’Na Rabba, que significa o Dia da Grande Hosana [salvação]. Assim como todos os dias os sacerdotes derramavam água no Templo durante a Festa dos Tabernáculos, Yaohu’shua também se colocou no monte do Templo e declarou ser a verdadeira Água da Vida, a Vida em Espírito que estava sendo derramada de dentro dEle – Jo 20:22. Durante a Festa dos Tabernáculos, o Monte do Templo ficava impressionantemente iluminado com muitas tochas e lanternas. No Templo completamente iluminado Yaohu’shua declarou ser Ele mesmo a verdadeira Luz. Essas tradicionais alusões à água e à luz, como aqui mencionados, lembram parte do descritivo da B’hit Yah’shua-oléym que desce do céu, conforme está escrito no livro de Ap 21:9-27.
Yaohu’shua em pessoa é o nosso Sukkot, nosso verdadeiro tabernáculo que habitará perpetuamente entre os homens. O cumprimento das últimas três Festas está próximo, os sinais estão cada vez mais visíveis.
AS SETE FESTAS DE ISRAEL NO NOVO TESTAMENTO
O livro bíblico de Levítico (Capítulo 23) esboça de maneira sucinta e cronológica as sete festas solenes instituídas pelo Criador. Cada festa com seu significado soma à outra para contar de forma universal e profética o plano do Criador para salvar o ser humano.
Dessa forma, além de um significado contextual para o povo que a celebrava no Antigo Testamento, elas passam a assumir um significado mais abrangente na história tipificando alguns aspectos da obra salvífica de Yaohu’shua.
Sem detalhar as festas no seu plano histórico, vamos planificar seus cumprimentos proféticos no amplo contexto da história da salvação.
As primeiras quatro festas estão relacionadas com a primeira vinda de Cristo, e as três últimas com a segunda vinda do nosso Criador:
1 – Páscoa (Lv 23:4 e 5) – Festa instituída quando o povo de Yaoshor’ul foi libertado da escravidão do Egito (Ex 12). Um cordeiro era morto no dia quatorze do primeiro mês (14 de Abib) do calendário hebraico.
Cumpriu-se de forma precisa numa quarta-feira na hora do sacrifício da tarde, quando Cristo foi morto como um cordeiro (I Co 5:7; I Pe 1:18 e 19).
2 – Pães Asmos (Lv 23:6 a 8) – No dia seguinte à Páscoa (15 de Abib) começava um período de sete dias onde o povo deveria comer pão sem fermento e oferecer oferta queimada ao ETERNO. No verso sete o texto diz que no primeiro dia, ou seja, o dia seguinte à Páscoa, o povo não poderia trabalhar, pois era um Shabbós!
Essa festa se cumpriu a partir do dia seguinte à morte de Cristo, quando em Lc 23:54 a 56 diz que as mulheres naquele dia prepararam os unguentos para embalsamarem o corpo de Yaohu’shua e então no sábado (dia seguinte – uma quinta-feira) descansaram. Começa então o período de consagração do povo do Criador; na esperança da ressurreição dEle, que morreu sem pecado, tipificado pelo pão sem fermento (fermento representa o pecado, leia Mt 16:6).
3- Primícias (Lv 23:9 a 14): Acontecia no dia imediato à festa dos pães asmos (16 de Abib) e festejava o início da colheita. Sem entrarmos em detalhes sobre sua contagem, vamos esboçar seu significado profético no plano de redenção. Yaohu’shua morreu literalmente no dia 14 do primeiro mês (Páscoa) e ressuscitou após o dia 16 [no shabbós das semanas], “como primícias dos que dormem” (I Co 15:20). Assim como o povo dedicava ao Criador os primeiros frutos da colheita, Yaohu’shua dedica ao Pai os primeiros frutos da salvação, quando na Sua morte muitos ressuscitaram (Mt 27:51 a 53) – para então morrem ao seu tempo.
4- Pentecostes ou Festa das Semanas (Lv 23:15 a 22): Parece haver uma ligação desta festa com as anteriores, como sendo uma continuação (v. 15 e 16). Essa festa comemorava o fim da colheita, uma espécie de segunda festa das primícias.
O Pentecostes cumpriu-se cronologicamente em tempo exato (Atos 2:1) e com a Volta espiritual de Yaohu’shua, os seus seguidores entregaram “quase três mil pessoas” (Atos 2:38, 41) como frutos da grande colheita desde a Sua morte e ressurreição.
Depois da Festa do Pentecostes havia um intervalo até a próxima festa. Assim acontece na história, temos um grande intervalo desde o Pentecostes até a retomado dos cumprimentos proféticos [At 15:16] prefigurados pela festa.
5 – Trombetas (Lv 23:24 e 25): No primeiro dia do sétimo mês era tocada a trombeta para anunciar o primeiro dia do ano civil, ou ano novo. A trombeta também alertava ao povo da proximidade do Dia da Expiação, que era dia de juízo onde se exigia preparação e solenidade. A Festa das Trombetas era um dia de descanso e consagração, representado pelas ofertas queimadas oferecidas ao ETERNO, neste dia.
Seu cumprimento profético se deu, no anúncio da proximidade do grande Dia da Expiação, claramente estampado na Primeira Mensagem Apocalíptica: “Temei ao Criador e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo” (Ap 14:7).
6- Dia da Expiação (Lv 23:26 a 32): Acontecia no décimo dia do sétimo mês. O Santuário era purificado das transgressões daqueles que um dia sacrificaram um cordeiro e tiveram seus pecados transferidos simbolicamente através do sangue do animal que era aspergido no tabernáculo.
Segundo a profecia de Dn 8:14, no fim das Setenta Semanas (Dn 9:24-27 – cumpriu-se no ministério terrestre do nosso Criador e Redentor) acabou o tempo dado aos judaicos com a morte de Esteban, dando início ao julgamento daqueles que NÃO aceitaram um dia o sacrifício de Cristo na cruz como o Cordeiro do ETERNO (Hb 9:23 a 28 cf Ap 12:11).
7- Tabernáculos (Lv 23:33 a 44): No décimo quinto dia acontecia a última festa do ano religioso, a Festa dos Tabernáculos. Os israelitas, em memória ao tempo em que eram errantes no deserto e viviam em tendas, deviam voltar a morar em barracas durante sete dias. Ao contrário da contrição da festa anterior, havia muito júbilo e alegria nesta ocasião. O juízo havia passado e o perdão dos pecados estava garantido.
Era uma festa de colheita também (uvas e azeitonas, ver William L. Coleman, Manual dos Tempos e Costumes Bíblicos, 268 e 269), e havia um espírito de gratidão por tudo que o Criador havia feito durante o ano.
Seu cumprimento está no futuro, depois do término do Dia da Expiação, na ocasião da volta de Cristo.
Ele virá para fazer a colheita final (Ap 14:14 a 16) e assim, adentraremos ao Milênio; sendo levados pelas nuvens angelicais (Mt 24:29-31), em suas asas, até a Sua posse terreal, em Jerusalém/Yah’shua-oléym (At 15:16).
Será um dia de muito louvor e gratidão pelo perdão dos pecados (concluído na festa anterior – O Grande Dia da Expiação) e seguirá por sete dias até recebermos de Yaohu’shua as coroas da vitória… Ap 20:4.
A Bíblia também relaciona essa festa com a restauração final do povo do Criador: “Todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Yah’shua-oléym [Armagedom, a sexta praga] subirão de ano em ano para adorar ao Rei, o Criador dos Exércitos, e para celebrar a Festa dos Tabernáculos” (Zc 14:16).
Conclusão: As sete festas de Yaoshor’ul contam de forma universal e cronológica, a história da salvação desde a morte de Cristo na cruz, como cordeiro pascoal, até Sua segunda vinda de forma gloriosa para redimir, sobre a Terra, os seus súditos!
Apesar de não celebrarmos hoje essas comemorações como Yaoshor’ul no Antigo Testamento fazia, podemos estudá-las e aprender muitas lições de vida cristã. Sobretudo, não devemos nos esquecer que estamos vivendo no contexto do Dia da Expiação e Cristo está hoje ao lado do Pai,, aguardando apenas que se complete a plenitude dos gentios – os descendentes da Casa de Yaoshor’ul – Is 9:1) – Rm 11:25.
O SANTUÁRIO NO MINISTÉRIO DE YAOHUSHUA!
O PROPÓSITO DO TABERNÁCULO: “E farão um santuário para mim, e Eu habitarei no meio deles. Ex 25:8
O MODELO: “Tenha o cuidado de fazê-lo segundo o modelo que lhe foi mostrado no monte”. Ex 25:40; “Faça o tabernáculo de acordo com o modelo que lhe foi mostrado no monte. Ex 26:30; “No deserto os nossos antepassados tinham o tabernáculo da aliança, que fora feito segundo a ordem do Criador a Mehu’shua, de acordo com o modelo que ele tinha visto. Atos 7:44
COMO O CRENTE VIVENDO SOBRE O ANTIGO TESTAMENTO DEVERIA FAZER PARA SE ACHEGAR AO ETERNO? Exercendo várias obrigações religiosas preestabelecidas na Lei levítica dada a Mehu’shua! Essas obrigações recebem o nome de Obras da Lei (Rm 3:28 – também conhecida como Leis Cerimoniais) que não são mais válidas para a Renovada Aliança (Novo Testamento).
Todas essas coisas eram ALEGORIAS, isto é, REPRESENTAÇÃO, FIGURA, SOMBRA de um acontecimento futuro – a cruz. Sendo assim, todas essas Obras da Lei, são uma ILUSTRAÇÃO da Obra Redentora de Yaohu’shua hol’Mehushkyah! (Hb 9:8-14)
COMO O CRENTE HOJE, VIVENDO SOBRE O NOVO TESTAMENTO DEVERIA FAZER PARA SE ACHEGAR AO ETERNO? Somente através de Yaohu’shua hol’Mehushkyah! Porque existe um só UL’HIM. E entre Ele e os homens há um só sacerdote [mediador], que é Yaohu’shua hol’Mehushkyah, seu ha’Bor; que é ele próprio, homem também; o qual se deu a si mesmo como preço da salvação de toda a humanidade. I Tm 2:5-6.
MUITAS PRÁTICAS DO VELHO TESTAMENTO SÃO DIFERENTES NO NOVO TESTAMENTO
* Não confunda tais “shabbós” com o sétimo da Criação, o Dia do Criador; que não faz parte da Lei Cerimonial, mas sim da Lei Moral – Ex 20:1-17 cf. Mt 5:17-19.
- Nenhuma das exigências da Lei Levítica (cerimoniais) tem qualquer poder, hoje…
- Pois a Lei foi dada por intermédio de Mehu’shua; a graça e a verdade vieram por intermédio de Yaohu’shua hol’Mehushkyah. Jo 1:17 – (Muitos pentecostais, tão somente para não guardarem o sábado das semanas, misturam as leis – cerimoniais com a moral – e assim, para eles, palavraverdadeaqui representa: realidade.)
- Portanto, não permitam que ninguém os julgue pelo que vocês comem ou bebem, ou com relação a alguma festividade religiosa ou à celebração das luas novas ou dos dias de sábado. Estas coisas são sombras do que haveria de vir; a realidade, porém, encontra-se em Cristo. Cl 2:16-17
. ‘Misturando” – não discernindo – as Leis (Cerimoniais e Moral), os pentecostais renegam o shabbós, o sétimo da Criação…
- Vocês não sabem que são santuário do ETERNO e que o Espírito do Criador habita em vocês? I Co 3:16 (E quem é este “espírito” que em ti habita? Não se apresse a responder, antes leia Mt 18:20, 28:20 e compare com Jo 14:21, 23).
- Eles serviam num santuário que é cópia e sombra daquele que está nos céus, já que Mehu’shua foi avisado quando estava para construir o tabernáculo: “Tenha o cuidado de fazer tudo segundo o modelo que lhe foi mostrado no monte”. Hb 8:5
O ORIGINAL
- Depois disso olhei, e vi que se abriu no céu o santuário, o tabernáculo daAliança. Ap 15:5
- Ouvi uma forte voz que vinha do trono e dizia: “Agora o tabernáculo do ETERNO está com os homens, com os quais Ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio YAOHUH estará com eles e será o seu UL’HIM. Ap 21:3 – (Futuro – após o Milênio; leia os vs. anteriores) – Este são os “lugares” que o Messias nos preparou e que após o Milênio, o próprio ETERNO nos trará: a Nova Jerusalém!!!
Portanto… a Lei [cerimonial; constituído de ordenanças – Cl 2:14 – para cada tipo de pecado, um sacrifício] traz apenas uma sombra dos benefícios que hão de vir, e não a realidade dos mesmos. Por isso ela nunca consegue, mediante os mesmos sacrifícios repetidos ano após ano, aperfeiçoar os que se aproximam para adorar. Hb 10:1
- Primeiro ele disse: “Sacrifícios, ofertas, holocaustos e ofertas pelo pecado não quiseste, nem deles te agradaste” (os quais eram feitos conforme a Lei Cerimonial, não segundo a Lei Moral). Então acrescentou: “Aqui estou; vim para fazer a tua vontade”. Ele cancela o primeiro para estabelecer o segundo. Pelo cumprimento dessa vontade fomos santificados, por meio do sacrifício do corpo de Yaohu’shua hol’Mehushkyah, oferecido uma vez por todas. Hb 10:8-10.
- O mais importante do que estamos tratando é que temos um sumo sacerdote como esse, o qual se assentou à direita do trono da Majestade nos céus e serve no santuário, no verdadeiro tabernáculo que o Criador erigiu, e não o homem. Hb 8:1-2
- Renovando esta aliança, ele tornou antiquada a primeira; e o que se torna antiquado e envelhecido, está a ponto de desaparecer. Hb 8:13
- Ora, a primeira aliança tinha regras para a adoração e também um tabernáculo terreno. Hb 9:1
- Dessa forma, o Santo Espírito [Yaohu’shua, o nosso Criador e Redentor] estava mostrando que ainda não havia sido manifestado o caminho para o Santo dos Santos enquanto ainda permanecia o primeiro tabernáculo. Hb 9:8
- Isso é uma ilustração para os nossos dias, indicando que as ofertas e os sacrifícios oferecidos não podiam dar ao adorador uma consciência perfeitamente limpa. Eram apenas prescrições que tratavam de comida e bebida e de várias cerimônias de purificação com água; essas ordenanças exteriores foram impostas até o tempo oportuno de reforma. Quando Cristo veio como sumo sacerdote dos benefícios agora presentes, ele adentrou o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito pelo homem, isto é, não pertencente a esta criação. Hb 9:9-11
- Por essa razão, Cristo é o mediador de uma renovada aliança [cumprida e renovada na cruz] para que os que são chamados recebam a promessa da herança eterna, visto que ele morreu como resgate pelas transgressões cometidas sob a primeira aliança. No caso de um testamento, é necessário que comprove a morte daquele que o fez; pois um testamento só é validado no caso de morte, uma vez que nunca vigora enquanto está vivo aquele que o fez. Hb 9:15-17
- Pois Cristo não entrou em santuário feito por homens, uma simples representação do verdadeiro; ele entrou no próprio céu, para agora se apresentar diante do ETERNO em nosso favor; não, porém, para se oferecer repetidas vezes à semelhança do sumo sacerdote que entra no Santo dos Santos todos os anos, com sangue alheio. Se assim fosse, Cristo precisaria sofrer muitas vezes, desde o começo do mundo. Mas agora ele apareceu uma vez por todas no fim dos tempos [da profecia – Dn 9:24-27], para aniquilar o pecado mediante o sacrifício de si mesmo. Da mesma forma, como o homem está destinado a morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo*, assim também Cristo foi oferecido em sacrifício uma única vez, para tirar os pecados de muitos; e aparecerá segunda vez, não para tirar o pecado, mas para trazer salvação aos que o aguardam. Hb 9:24-28
* Juízo: destinado a ímpios, uma vez que os Seus seguidores jamais serão julgados – Jo 3:18; 5:24, 27-29.
O TABERNÁCULO (ou Santuário) – a Casa do Criador!
O CRIADOR MANDA CONSTRUIR O TABERNÁCULO – Ex 25:8-9; 9:40; 26:30; 27:8 – E farão um santuário para mim, e Eu habitarei no meio deles. Ex 25:8
O POVO CONSTRUIU O TABERNÁCULO – Ex 39:33-43
“O CRIADOR aprova o TABERNÁCULO, ele é erguido, houve a inauguração” Ex 40:1-38
HOJE O CRIADOR HABITA EM NÓS! – Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Santo Espírito que habita em vocês, que lhes foi dado pelo ETERNO, e que vocês não são de si mesmos? I Co 6:19 [repito: leia Jo 14:21, 23].
O TABERNÁCULO
TABERNÁCULO [MIKDASH Hb.]- MORADIA, SANTUÁRIO, TENDA, CABANA. TAMBÉM DENOMINAVA-SE [MOW’ED HB.] – TENDA DA REUNIÃO
Revendo: as 3 festas anuais do Santuário eram:
1 – A Páscoa, (Pães Ázimos)
2 – Festa das Semanas, (Primícias)
3 – Festa dos Tabernáculos (Colheita) – [Ex 23:14-17].
“Isso são sombras e realidades! Se festas eram sombras, existe a realidade destas sombras. As sombras apenas refletiam uma forma, mas não o conteúdo. A Realidade das festas é Cristo!”
“Três vezes no ano me celebrareis festa. A festa dos pães ázimos guardarás; sete dias comerás pães ázimos, como te tenho ordenado, ao tempo apontado no mês de Abibe; porque nele saíste do Egito; e ninguém apareça vazio perante mim; E a festa da sega dos primeiros frutos do teu trabalho, que houveres semeado no campo, e a festa da colheita, à saída do ano, quando tiveres colhido do campo o teu trabalho. Três vezes no ano todos os teus homens aparecerão diante do ETERNO, seu UL’HIM.” Ex 23:14-17
3 DIVISÕES DO TABERNÁCULO
Estava dividido em uma parte externa chamada “Átrio” ou “Pátio” (Ex 27:9,12); e uma interna denominada “Tenda da Congregação” (cf. 35:21), com dois compartimentos, o “Lugar Santo”, e o “Lugar Santíssimo” ou “Santos dos Santos” (Ex 26:1-37); , sendo separado por uma cortina que recebeu o nome de “Véu”.
Para ajudar Mehu’shua, o Criador escolheu dois homens: Bezal’ul para trabalhar com madeira, couro, prata, bronze, e na lapidação de pedras preciosas e, Aoliabe, para trabalhar com as cortinas, bordados, com linho e na confecção das roupas do Sumo Sacerdote e nas coberturas exteriores do Tabernáculo. (Ex 36:1)
PEÇAS DO TABERNÁCULO:
ÁREA EXTERNA – o Átrio (Pátio), o Altar dos Holocaustos, o Lavatório de Bronze (Pia ou Bacia), a Tenda (Cabana)
ÁREA INTERNA – a Mesa dos Pães fermentados, o Candelabro, o Altar dos Incensos
REALIDADE – [a Porta ou Véu! – Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo. Jo 10:9]
O ÁTRIO (ou pátio) – Ex 27.9, 12 – Essa PORTA [Yaohu’shua] abria o Caminho para se chegar ao ETERNO. Tais véus eram conhecidos pelos hebraicos, como:
REALIDADE – [Yaohushua é o Caminho – Eu sou o Caminho, e a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. Jo 14:6]
Porque existe um só UL’HIM. E entre Ele e os homens há um só sacerdote, que é Yaohu’shua hol’Mehushkyah seu ha’Bor, que é ele próprio, homem também; o qual se deu a si mesmo como preço da salvação de toda a humanidade. I Tm 2:5-6
Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro Nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos Atos 4:12 [Leia Pv 30:4].
Na cruz, o último véu, foi rasgado miraculosamente – Mt 27:51 – expondo o Santíssimo; assim, cravando na cruz, a Lei Cerimonial!
A TENDA DO ENCONTRO – Ex 26.30
AS CORES DO TABERNÁCULO:
PÚRPURA – representa a REALEZA de Cristo; MAN’YAOHUH à O evangelho do Rei.
CARMESIM – representa o SACRIFÍCIO de Cristo; MARCUS à O evangelho do Servo.
BRANCO – representa a HUMANIDADE de Cristo; LUKA à O evangelho do Filho do Homem.
AZUL – representa a DIVINDADE de Cristo; YAOHU’KHANAN à O evangelho do Filho do Criador.
AS COBERTAS DO TABERNÁCULO:
- A Primeira Coberta do Tabernáculo – LINHO FINO – a glorificação de Cristo: “Pelo que o Criador o exaltou” Fp 2:9.
A primeira coberta do Tabernáculo era feita por cortinas tecidas com desenho artístico de querubim com fios azul, púrpura, e escarlate e tecido de linho finíssimo. Ricamente ilustrada pelos fios azuis, púrpura, e escarlate em um tecido de linho finíssimo, revelava que o Messias viria e assim salvaria todo aqueles que crêem nEle, de seus pecados e condenação.
- A Segunda Coberta do Tabernáculo – PÊLOS DE CABRA – A humilhação de Cristo: “A si mesmo se humilhou” Fp 2:8.
A segunda coberta do Tabernáculo era feita de pêlos de cabras (Animal propício ao sacrifício). Esta diz a nós que o Messias para vir justificaria a humanidade os libertando de seus pecados e da condenação deles.
- A Terceira Coberta do Tabernáculo – PELES DE CARNEIRO – O sacrifício de Cristo: “A si mesmo se entregou” Gl 2:20 (“o Cordeiro obediente até a morte”).
A terceira coberta do Tabernáculo era feita de peles de carneiro tingidas de vermelho. Esta manifesta que o Messias viria a esta Terra, tomaria os pecados do mundo ao ser imerso; crucificado; e assim se tornaria a Verdadeira e Única oferta de sacrifício pelos pecados de Seu povo.
- A Quarta Coberta do Tabernáculo – PELES DE ANIMAIS MARINHOS – A encarnação de Cristo: “A si mesmo se esvaziou” Fp 2:7.
A quarta coberta do Tabernáculo era feita de peles de texugo. As peles de texugo nos mostram um retrato de Yaohu’shua hol’Mehushkyah que se humilhou de todas as formas até a semelhança de homem a fim de nos salvar dos pecados do mundo… Assim foi encerrada toda a obra do tabernáculo, a Tenda do Encontro. Os hebreus fizeram tudo conforme o Criador tinha ordenado a Mehu’shua. Ex 39:32
METAIS:
OURO
Quantidade: 1.270 kg (Hoje, U$ 875.000,00)
Representa: O Divino que se fez menor do que os anjos – Hb 2:9-11; Fl 2:6-8
Propósito: Para nossa SANTIFICAÇÃO
PRATA
Quantidade: 4.360 kg (Hoje, U$ 198.605,00)
Representa: O Criador que se fez servo – Fl 2:7
Propósito: Para a nossa REDENÇÃO
BRONZE
Quantidade: 3.050 kg (U$ 693,00)
Representa: O justo que se fez pecado – II Co 5:21
Propósito: Para nossa JUSTIFICAÇÃO
MADEIRA (ACÁCIA):
Quantidade: 308,00 m³
Representa: O verbo que se fez carne – Jo 1:1-2
Propósito: Para nossa SALVAÇÃO
O ALTAR DO HOLOCAUSTO – Simboliza a Cruz, lugar maldito onde Yaohushua foi morto – Onde eram oferecidos os sacrifícios ao ETERNO. (Ex 38:1-7; Hb 9:12-14; 25-28; 10:10-14; 13:10; I Jo 1:7; 2.2) O Fogo Arderá Continuamente Sobre o Altar; Não Se Apagará (Lv 6:13).
No Altar – Yaohu’shua hol’Mehushkyah é “O CORDEIRO DO ETERNO” (Jo 1:29).
SANGUE = EXPIAÇÃO – De fato, segundo a Lei, quase todas as coisas são purificadas com sangue, e sem derramamento de sangue não há perdão. Portanto, era necessário que as cópias das coisas que estão nos céus fossem purificadas com esses sacrifícios, mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios superiores. Hb 9:22-23.
O LAVATÓRIO, BACIA ou PIA – Representa a Purificação e o início da Santificação – Onde os Sacerdotes lavavam os pés e as mãos simbolizando uma purificação para entrar no Santo Lugar. (Hb 10.19,22)
ÁGUA = PURIFICAÇÃO – Os Sacerdotes poderiam morrer, caso eles não lavassem as mãos e os pés para ministrar diante do Criador. Ex 30.20-21
“Disse-lhe Kafós: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Yaohu’shua: Se Eu te não lavar, não tens parte comigo” Jo 13:8 (E você, tens parte com Ele? Jo 13:17).
REALIDADE – Yaohu’shua hol’Mehushkyah é “O PURIFICADOR DA IGREJA”: A Palavra do Criador, é a Água que nos purifica – Ef 5:26. Vós já estais limpos pela Palavra que vos tenho dito. Jo 15:3.
A OFERTA – OS 5 TIPOS DE OFERTA
OFERTAS DE CHEIRO SUAVE
- HOLOCAUSTO
– Ato voluntário de adoração
– Expiação pelos pecados involuntários
- OBLAÇÃO
– Ato de adoração pela bondade e provisões do Criador
- OFERTAS PACÍFICAS
– Ato voluntário de ações de graças e comunhão
OFERTAS PELO PECADO
- EXPIAÇÃO PELO PECADO
– Para expiação de pecado específico e involuntário
- EXPIAÇÃO PELA CULPA
– Para expiação de pecados involuntários que requerem restituição
O Lugar Santíssimo (Santo dos Santos; a Sala do Trono) – A Arca da Aliança; o 2º Véu
O Lugar Santo (o Primeiro Compartimento dentro da Tenda) – O Candelabro de Ouro (Menoráh) – A Mesa e Pães da Proposição – O Altar do Incenso; o 1º Véu
Eles servem num santuário que é cópia e sombra daquele que está nos céus, já que Mehu’shua foi avisado quando estava para construir o tabernáculo: “Tenha o cuidado de fazer tudo segundo o modelo que lhe foi mostrado no monte”. Hb 8:5
A MESA DOS PÃES – (MESA DA PROPICIAÇÃO ou PROPOSIÇÃO) – Simboliza Cristo como o Pão da Vida” – E Yaohu’shua lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede. Jo 6:35. O Pão Sagrado (12,um para cada Tribo) representava tanto o Povo, quanto o Messias – veja que tais pães não eram ázimos, ou seja, eram fermentados (contaminados) pelo Pecado, o qual, Cristo se fez pecado por nós! II Co 5:21.
OS PÃES REPRESENTAM AS 12 TRIBOS DE ISRAEL – (Lv 24:5-9)
A MESA é a Kehiláh/Igreja de Yaohu’shua hol’Mehushkyah [MADEIRA + OURO] que sustenta e conduz todo o seu Povo; por isto, nos tornamos um sacrifício vivo, aceitável ao ETERNO. Rm 12:1.
REALIDADE – Yaohu’shua é o Pão da Vida: Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo. Jo 6:51.
O ALTAR DE INCENSO – Representa a Intercessão de Yaohu’shua, em Glória – Localizado do lado oposto à entrada, no fundo, pouco antes do véu que separava do Santo dos Santos. Era usado para se queimar incenso pela manhã e à tarde pelos sacerdotes. (Hb 7:25; 9.24; Rm 8:34; Ex 30:1-10);
Portanto Ele é capaz de salvar definitivamente aqueles que, por meio dEle, aproximam-se do ETERNO, pois vive sempre para interceder por eles – (Hb 7:25).
REALIDADE – Yaohu’shua é o nosso (único) Intercessor – Foi Yaohu’shua que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita do ETERNO, e também intercede por nós. Rm 8:34b
MENORÁH – CANDELABRO, CANDEEIRO ou CASTIÇAL – Representa Yaohu’shua como a “Luz do mundo” – Mt 5:14-16; Jo 8:13; 9:5; Ap 1:12-13,20.
As Lâmpadas não podiam se apagar – (Lv 24:2-4). Eram cheias de puro Azeite, o qual era uma figura da Presença espiritual de Yaohu’shua. Zc 4:1-6.
REALIDADE – Yaohu’shua é a Luz, cuja fonte é YAOHUH UL’HIM – “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida”. Jo 8:12.
VOCÊ ESTÁ NA LUZ DE CRISTO? – Esta é a mensagem que dEle ouvimos e transmitimos a vocês: o ETERNO é luz; nele não há treva alguma. Se afirmarmos que temos comunhão com ELE, mas andamos nas trevas, mentimos e não praticamos a Verdade. Se, porém, andamos na LUZ, como Ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Yaohu’shua, Seu Filho, nos purifica de todo pecado. I Jo 1:5-7
O VÉU – Representa o Corpo de Cristo (velado) – A Cortina que separava o Santíssimo do Lugar Santo – (Ex 26:33; Hb 9:3; Mt 27:51; II Co 3:14).
E o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo. Mc 15:38 – O normal seria a cortina ser rasgada de baixo para cima; mas esse evento representa que foi o Criador que rasgou o véu, de cima para baixo!
Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Yaohu’shua, por um novo e vivo Caminho que Ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo. Hb 10:19-20.
O LUGAR SANTÍSSIMO (OU SANTO DOS SANTOS) – Chamado também de a Sala do Trono; onde ficava a Arca da Aliança. Somente o Sumo Sacerdote podia ali entrar, uma vez ao, no Yom Kipur! Hb 9:6-8.
A ARCA DA ALIANÇA – Simbolizava a Justiça Divina e a constante Presença do nosso Criador e Redentor (II Co 10:1-4 cf Ex 23:20) – Ex 25:10-22; 37:1-9; Dt 10:1-5; Jo 1:18; 14:9; Hb 9:3-5.
O QUE HAVIA DENTRO DA ARCA DA ALIANÇA? (Hb 9:4).
As Tábuas da Lei [Os Dez Mandamentos – dado a nós, através de Mehu’shua (cf. Mt 5:17-19)]; A Vara de Aharon (que floresceu); O Maná do Deserto. Dentro, a Lei – Os Sinais e Maravilhas, Milagres – A Provisão. Sobre a Arca [a Graça do Criador!] e a constate adoração dos Querubins, onde a Glória (Sheknáh) era vista; porém, sempre velada pelo fumo do incensário!
Foi levantado um tabernáculo; na parte da frente, chamada Lugar Santo, estavam o candelabro, a mesa e os pães da Presença. Por trás do segundo véu havia a parte chamada Santo dos Santos, onde se encontravam o altar de ouro para o incenso e a arca da aliança, totalmente revestida de ouro. Nessa arca estavam o vaso de ouro contendo o maná, a vara de Aharon que floresceu e as Tábuas da aliança. Acima da arca estavam os querubins da Glória, que com sua sombra cobriam a tampa da arca. A respeito dessas coisas não cabe agora falar detalhadamente. Hb 9:2-5
Dessa forma, o Santo Espírito [Yaohu’shua] estava mostrando que ainda não havia sido manifestado o Caminho para o Santo dos Santos enquanto permanecia o primeiro tabernáculo. Isso é uma ilustração para os nossos dias, indicando que as ofertas e os sacrifícios oferecidos não podiam dar ao adorador uma consciência perfeitamente limpa. Hb 9:8-9
– A Arca do Testemunho – Ver: Jr 3:16; Sl 78:60 – E abriu-se no céu o templo do Criador, e a arca da Sua aliança foi vista no Seu templo; Ap 11:19
A Arca da Aliança era uma caixa de madeira que na qual era coberta de ouro por dentro e por fora (Ex 25:10-15).
Representava a Presença do Criador e se encontrava dentro do Tabernáculo no lugar Santo dos Santos ou Santíssimo lugar, que era a terceira e última parte do Tabernáculo…
O Sumo Sacerdote entrava no lugar Santíssimo uma vez por ano para fazer a expiação do pecado do povo e era justamente em frente à Arca que ele fazia esta expiação ou seja na presença do Criador!
A Arca da Aliança era o utensílio mais sagrado do Tabernáculo e dentro dela havia três itens – Hb 9:4.
1) As Tábuas da Lei Moral (Decálogo ou 10 Mandamentos): Ou seja, as leis ou orientação que foram entregues a Mehu’shua. Note que fora a Lei Moral, fora dado diversas instruções que denominamos de Lei Cerimonial, onde o comportamento social, religioso e civil era orientado. Tais Leis Cerimoniais – que apontavam para o Sacrifício de Yaohu’shua, na cruz, cumpriram-se em Sua morte… Cl 2:14.
2) O Maná: Que estava em um pote de ouro, nos fala do alimento que foi oferecido ao povo na caminhada no deserto, era o alimento diário do povo, por 40 anos.
3) A Vara de Arão: Era a vara que floresceu e deu a autoridade a uma pessoa escolhida pelo Criador para ser o Sumo Sacerdote.
Ninguém poderia tocar na Arca da Aliança (I Sm 6:6-7); deveria ser transportada por varas (Ex 25:13-15).
O PROPICIATÓRIO – Era a Tampa da Arca da Aliança e formava uma só peça com os Querubins. Ex 37:6-9.
O SUMO SACERDOTE – Representava Yaohushua, o Cordeiro do ETERNO – Era o principal dos Sacerdotes: Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Yaohu’shua, o Filho de UL’HIM, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos, pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado. Hb 4:14-15
O SACERDOTE – Ofereciam Sacrifícios em Favor do Povo do ETERNO; deveriam ser descendentes de Aharon (irmão de Mehu’shua), da tribo de Levi.
Os LEVITAS eram responsáveis por:
– Montar, Desmontar e Transportar o TABERNÁCULO e seus Utensílios, inclusive a Arca da Aliança.
– Ensinar a Lei à Congregação (oholyáo).
– Dirigir o Canto e a Adoração
– Em alguns casos, podiam ajudar os Sacerdotes nos ritos do Santuário e na condução (distribuição) material do Povo…
As peças do Tabernáculo formavam a sombra da Cruz de Cristo: Aos pés (Altar do Holocausto); (A Pia); (Candelabro) e a (Mesa dos Pães); (Altar do Incenso); e no alto (A Arca da Aliança). Amnao!
Dúvidas: