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Yaohu’shua hol’Mehushkyah: Biografia

Yaohu’shua (em hebraico cvwhy) nasceu entre 6–2 a.Y. e morreu por volta de 29–30 d.Y. É a figura central do cristianismo e aquele que os ensinamentos de maior parte das denominações cristãs, além dos judaicos messiânicos, consideram ser o Filho do ETERNO (UL’HIM). O cristianismo e o judaísmo messiânico consideram Yaohu’shua como o Messias aguardado no Antigo Testamento e referem-se a Ele como Yaohu’shua, o Cristo (Ungido); um nome também usado fora do contexto cristão e corrompido como “Jesus Cristo”.

 

Edição de oCaminho

Praticamente todos os acadêmicos contemporâneos concordam que Yaohu’shua existiu realmente, embora não haja consenso sobre a confiabilidade histórica dos evangelhos e de quão perto o Yaohu’shua bíblico está do Yaohu’shua histórico. A maior parte dos acadêmicos concorda que Yaohu’shua foi um pregador judeu da Galiléia, foi imerso por Yao’khanan, o Imersor (João, o Imersor) e crucificado por ordem do governador romano Pôncio Pilatus. Os acadêmicos construíram vários perfis do Yaohu’shua histórico, que geralmente o retratam em um ou mais dos seguintes papéis: o líder de um movimento salvítico, o Messias, um curandeiro carismático, um sábio e filósofo ou um reformista igualitário. A investigação tem vindo a comparar os testemunhos do Novo Testamento com os registros históricos fora do contexto cristão de modo a determinar a cronologia da vida de Yaohu’shua.

Algumas linhas cristãs (católicos e espíritas, além dos “crentes”) acreditam que Yaohu’shua foi concebido pelo “Espírito Santo” (o terceiro deus trino), nasceu de uma “virgem”, praticou milagres, fundou a Igreja, morreu crucificado como forma de expiação, ressuscitou dos mortos e ascendeu ao “Paraíso”, do qual regressará. A grande maioria dos cristãos venera Yaohu’shua como a encarnação de “Deus Filho”, a segunda das três pessoas da Trindade, um conceito vindo do paganismo grego e acatado pelo romanismo e suas filhas, os “crentes”. Alguns grupos unitarianos rejeitam a Trindade, no todo ou em parte justamente porque as Escrituras não confirmam esta doutrina, salvo mediante algumas adulterações realizadas ao longo dos séculos, em prol deste paganismo.

O judaísmo rejeita a crença de que Yaohu’shua seja o Messias aguardado, argumentando que não corresponde às profecias messiânicas do Tanach (VT). Hoje, a Torah (conceito ampliado abrangendo toda a Escritura do VT) disponível em diversas línguas, tiveram suas passagens messiânicas manipuladas (e o livro de Dayan’ul tirado de junto dos profetas) de modo a não mais apontar para Yaohu’shua!

 

Etimologia

Um judeu contemporâneo de Yaohu’shua possuía um único nome, por vezes complementado com o nome do pai ou cidade de origem. Ao longo do “Novo Testamento”, Yaohu’shua é denominado “Yaohu’shua de Nazaré” (Mateus 26:71), “Filho de José” (Lucas 4:22) ou “Yaohu’shua, filho de José de Nazaré” (João 1:45). No entanto, em Marcos 6:3, em vez de ser chamado “filho de José”, é referido como “o filho de Maria e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Shami’ul”. O nome “Jesus”, comum em várias línguas modernas, deriva do latim “Iesus”, uma transliteração do grego que “traduziu” o Seu Nome. Mediante esta ‘tradução’, o Seu Nome perdeu a teofania, isto é, o seu sentido profético (a Salvação vem de YAOHU). Por isto ensinamos: Nomes próprios jamais devem ser traduzidos (principalmente os nomes bíblicos); pois, um Pierre nascido na França, mesmo estando no Brasil, continuará sendo chamado de Pierre e não de Pedro!

Principalmente quando o “tradutor” espert na língua (gramática), desconhecendo o contexto histórico, produzirá aberrações como acima, ou seja: … de Nazaré; uma cidade que nunca existiu naqueles dias… Após se perpetuar o erro, a emergente ICAR rebatizou uma pequena aldeia para Nazaré, uma vez que constataram o erro das traduções. O correto seria, Yaohu’shua, dos nazarenos (nudtzoroth’dins);uma seita com a qual o Messias cresceu, após o Jordão/Yardayan! E, até nisto, os corruptos erraram: a Nazaré moderna, fica do lado de cá, do Yardayan!!!

Bem, aparentemente, o nome Yeshua foi usado na Yaohu’dah na época do nascimento de Yaohu’shua. Os textos do historiador Flávio Josefo, escritos durante o século I em grego helenístico, a mesma língua da maior parte do chamado Novo Testamento, referem pelo menos a vinte pessoas diferentes com o nome Yaohu’shua. A etimologia do nome de Yaohu’shua no contexto do Novo Testamento é geralmente indicada como “YAOHUH é a Salvação” ou a “Salvação vem de YAOHUH”.

Desde os primórdios do cristianismo os cristãos se referem a Yaohu’shua como “hol’Mehushkyah” que significa, no hebraico, o Messias [enviado] e no grego, foi substituído pela palavra Cristo (Christos), e que significa “o ungido”. Portanto, Yaohu’shua é denominado pelos cristãos de “Cristo”, uma vez que Ele é o Messias esperado, profetizado nas Escrituras Hebraica. Embora originalmente se tratasse de um título, ao longo dos séculos o termo “Cristo” foi sendo associado ao nome paganizado, “Jesus”… Daí o termo “cristão”, que significa “aquele que professa (segue) a religião de Cristo”; e tem sido usado desde o século I.

 

Cronologia

A maior parte dos acadêmicos concorda que Yaohu’shua foi um judeu da Galiléia, nascido por volta do início do primeiro século, e que morreu entre os anos 30 d.Y. na Yaohu’dah. O consenso acadêmico é que Yaohu’shua foi contemporâneo de Yao’khanan, o Imersor (seu primo) e foi crucificado por ordem do governador romano Pôncio Pilatus, que governou entre 26 e 36 d.Y.

Os evangelhos oferecem diversas pistas no que diz respeito ao ano de nascimento de Yaohu’shua. Mt 2:1 associa o nascimento de Yaohu’shua ao reinado de Herodes, o Grande, que morreu cerca de 4 a.Y., enquanto que Lc 1:5 menciona que Herodes reinava pouco antes do nascimento de Yaohu’shua, embora este evangelho também associe o nascimento com o censo de Quirino, que decorreu dez anos mais tarde… Porém, como o evangelho de Luka é bem posterior e que seguiu outros escritos e “testemunhos” certamente ele acabou associando a ida da santa família à Jerusalém/Yah’shua-oleym, à obrigatoriedade do censo e não à obrigação levítica de três vezes ao ano, de toda a população hebraica, ir à capital do Reino (ao Templo) para cultuar/comemorar as Festas… E, a mortandade das crianças nascidas a pelo menos 2 anos antes, indica que o Messias nasceu por volta do ano 6 a.Y.

Lc 3:23 declara que Yaohu’shua tinha cerca de trinta anos de idade no início do seu ministério; ministério esse que, de acordo com Atos 10:37, foi precedido pelo ministério de João/Yao’khanan, que Lucas 3:1 afirma ter começado no 15º ano do reinado de Tibério (28 ou 29 d.Y.). Ao comparar os relatos do evangelho com dados históricos e usando vários outros métodos, a maior parte dos acadêmicos determina a data de nascimento de Yaohu’shua entre 6 e 4 a.Y., no outono, durante a Gesta das Trombetas (set/out) – antes do inverno, somente assim poderia haver pastores no campo, uma vez que no hemisfério norte, o inverno é violento, inclusive com muita neve! Jamais o Messias nasceu em 25 de dezembro, uma data em honra ao deus sol, durante as saturnálias romanas…

Os anos do ministério de Yaohu’shua foram estimados usando diversas abordagens diferentes. Uma delas aplica as referências em Lc 3:1, At 10:37 e as datas do reinado de Tibério, que são conhecidas com precisão, para determinar a data de início em 28-29 d.Y. Outra abordagem usa a declaração em Jo 2:13-20, que afirma que no início do ministério de Yaohu’shua o Templo de Jerusalém se encontrava no seu 46º ano de construção; sabendo que a reconstrução do templo foi iniciada por Herodes no 18º ano do seu reino, estima-se que a data seja 27-29 d.Y.. Outro método usa a data da morte do Imersor e o casamento de Herodes Antipas com Herodíade, com base no testemunho de Josefo, relacionando-os com Mt 14:4 e Mc 6:18. Dado que a maior parte dos investigadores data o casamento em 28-35 d.Y., isto determina a data do ministério entre 28 e 29 d.Y. Além disto havia a lei levítica de que um homem só poderia entrar para o sacerdócio, com 30 anos completos – Nm 4:3, 23. Lembrando que o Imersor era 6 meses mais velho que Yaohu’shua!

Têm sido usadas várias abordagens diferentes para estimar o ano da crucificação de Yaohu’shua. A maior parte dos acadêmicos concorda que ele morreu entre os anos 27 e 30 d.Y. Os evangelhos declaram que o evento ocorreu durante o governo de Pilatus, que governou a Yaohu’dah entre 26 e 36 d.Y. A data para a conversão de Sha’ul/Sha’ul (estimada entre 33 e 36 d.Y.) é o limite superior para a data de crucificação; lembrando que a crucificação ocorrera no meio da última semana de Dn 9:24-27 e que a morte de Esteban é o fim desta semana (de anos), quando ocorreu a conversão de Sha’ul! As datas da conversão de Sha’ul e do ministério podem ser determinadas através da análise das epístolas de Sha’ul e do Livro dos Atos. Desde Isaac Newton que os astrônomos tentam estimar a data precisa da crucificação através da análise do movimento lunar e do cálculo das datas históricas da Posqayao, um festival com base no calendário hebraico lunissolar. As datas mais aceitos a partir deste método são 7 de abril de 30 d.Y. e 3 de abril de 33 d.Y. (ambas julianas).

Porem, estes que assim ‘calculam’, partem de um erro grasso: a morte em uma sexta-feira e a ressurreição no domingo pascal… Esta doutrina católica derruba as palavras do Messias que disse: …Uma geração má e adúltera pede um sinal; e nenhum sinal se lhe dará, senão o do profeta Yao’nah; pois, como ele esteve três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra. Mt 12:39-40. E, estudando atentamente as Escrituras, principalmente comparando Luka com Marcus (um diz ‘antes do shabbós’ e o outro diz, ‘depois do shabbós’ e, como as Escrituras não mentem – não se contradiz – cada escritor está falando de shabbós diferentes: o primeiro fala do shabbós da Festa dos Ásmos; e o outro fala do shabbós do sétimo dia), chegamos à compreensão que aquela Posqayao aconteceu em uma quarta-feira, com a consequente ressurreição ao pôr do sol do Shabbós. Portanto, o sinal se cumpre: três dias e três noites completas, não inclusiva como querem os crentes, filhos da ICAR. Sendo assim, o único ano em que a Posqayao aconteceu em uma quarta-feira, foi o de 29 d.Y [29 d.Y menos 33 anos = ano 4 a.Y]!

 

Vida e ensinamentos no Novo Testamento

Os quatro evangelhos canônicos (Matt’yaohuh, Marcus, Luka e Yao’khanan) são as principais fontes para a biografia de Yaohu’shua. No entanto, outras partes do Novo Testamento, como as epístolas paulinas, escritas provavelmente décadas antes dos evangelhos, incluem também referências a episódios chave da Sua vida, como a última Ceia (posqayao) descrita em I Co 11:23-26. Os Atos dos Apóstolos (At 10:37-38 e At19:4) referem-se ao início do ministério de Yaohu’shua e ao do seu antecessor, Yao’khanan, o Imersor. Atos 1:1-11 revelam mais acerca da Ascensão de Yaohu’shua do que os evangelhos canônicos. Alguns dos primeiros grupos cristãos e gnósticos tinham descrições distintas da vida e ensinamentos de Yaohu’shua que não estão incluídas no Novo Testamento. Entre elas estão o Evangelho de Tomé, o Evangelho de Pedro e o de Tiago, entre várias outras narrativas apócrifas. A maior parte dos acadêmicos considera-as fontes muito posteriores e muito menos confiáveis do que os evangelhos canônicos, já escritos bem depois (quanto mais aqueles)!

 

Descrição nos evangelhos canônicos

Os evangelhos canônicos são constituídos por quatro narrativas, cada uma escrita por um autor diferente. O primeiro a ser escrito foi o Evangelho segundo Marcus (entre 60 e 75 d.Y.), seguido pelo de Matt’yaohuh (65-85 d.Y.), o de Luka (65-95 d.Y.) e o de Yao’khanan (75-100 d.Y.). Eles muitas vezes diferem em termos de conteúdo e cronologia dos eventos.

Três deles, “Mateus”, “Marcos” e “Lucas”, são conhecidos como evangelhos sinópticos, a partir do grego “syn” (junto) e “opsis” (óptica, visão). São semelhantes em conteúdo, composição da narrativa, linguagem e estrutura dos parágrafos. Os acadêmicos geralmente concordam que é impossível encontrar qualquer relação direta entre os evangelhos sinópticos e o “Evangelho segundo João”. Enquanto que a sequência de alguns eventos da vida de Yaohu’shua, como a imersão, transfiguração, crucificação e interação com os apóstolos, são partilhados por todos os evangelhos sinópticos, alguns eventos, como a transfiguração, não aparecem no “Evangelho de João”, que também difere noutros temas, como a purificação (mercadores no) do Templo.

A maior parte dos acadêmicos concorda que os autores de “Mateus” e “Lucas” usaram “Marcos” como fonte ao escrever os seus evangelhos. “Mateus” e “Lucas”, porém partilham outros conteúdos que não se encontra em “Marcos”. Para explicar esta situação, muitos acadêmicos acreditam que para além de Marcos, os dois autores recorreram a outra fonte – denominada Fonte Q; porém o próprio Luka inicia o seu evangelho informando que recorreu a testemunhos e outras fontes (escritas?) não mencionada… A ICAR chega ao cúmulo de em uma de suas versões ecumênicas, “informar” que, inclusive, Maria/Maoro’hem foi ouvida! Portanto, se inverdades foram acrescentadas, devemos à estes “testemunhos” e “escritos” anteriores…

De acordo com o ponto de vista da maioria, os evangelhos sinópticos são as fontes primárias de informação histórica sobre Yaohu’shua (Sanders 1993, p. 73). No entanto, nem tudo o que está nos evangelhos é considerado verídico em termos históricos (Sanders 1993, p. 3). Entre os elementos cuja autenticidade histórica é posta em causa estão a natividade, a ressurreição, a ascensão, alguns dos milagres e o Julgamento no Sinédrio, entre outros. Os pontos de vista nos evangelhos variam entre descrições inerrantes da vida de Yaohu’shua a descrições que não dão qualquer informação histórica da sua vida.

No geral, os autores do Novo Testamento mostraram pouco interesse numa cronologia absoluta da vida de Yaohu’shua ou em sincronizar os episódios da sua vida com a história secular do seu tempo. Tal como evidenciado em Jo 21:25, os evangelhos não pretendem fornecer uma lista exaustiva dos eventos na vida de Yaohu’shua. As narrativas foram escritas fundamentalmente como documentos teológicos no contexto do cristianismo primitivo, sendo as cronologias considerações secundárias. Uma das principais manifestações de que os evangelhos são documentos teológicos e não crônicas históricas é o fato de dedicarem mais de um terço do texto a apenas sete dias, nomeadamente à última semana de Yaohu’shua em Jerusalém/Yah’shua-oleym, conhecida como Paixão. Embora os evangelhos não forneçam detalhes suficientes para satisfazer a exigência de historiadores contemporâneos no que diz respeito a datas precisas, é possível obter deles uma visão genérica da história de vida de Yaohu’shua.

Os evangelhos incluem diversos discursos de Yaohu’shua em ocasiões específicas, como o Sermão da Montanha e o Discurso de despedida. Também incluem mais de trinta parábolas ao longo da narrativa, muitas vezes sobre temas relacionados com os sermões. Os milagres realizados por Yaohu’shua ocupam grande parte dos evangelhos. Em Marcus, 31% do texto é dedicado aos seus milagres. As descrições dos milagres são muitas vezes acompanhadas por registros dos seus ensinamentos.

 

Genealogia e Natividade

As narrativas da genealogia e da natividade de Yaohu’shua no Novo Testamento só aparecem nos evangelhos de Luka e Matt’yaohuh, sendo estas as principais fontes de informação sobre o tema.

Fora do Novo Testamento, existem documentos mais ou menos contemporâneos de Yaohu’shua e dos evangelhos, mas poucos são os que esclarecem detalhes biográficos da sua vida. Matt’yaohuh começa o seu evangelho com a genealogia de Yaohu’shua (Mt 1:1) a partir de Maoro’hem; antes de narrar o seu nascimento [aqui, o Yao’saf identificado, segundo  texto hebraico, é o PAI de Maoro’hem, homônimo de Yao’saf – só assim se totaliza os 14 nomes, relatado no texto]. Matt’yaohuh identifica a ascendência de Yaohu’shua até Abrul’han através de Da’oud. Lc 3:22 discute a genealogia depois de descrever a imersão de Yaohu’shua, no qual uma voz celestial se dirige a Yaohu’shua e o confirma como Filho do ETERNO (UL’HIM). Assim, Lc 3:23 determina a ascendência de Yaohu’shua desde “José/Yao’saf, filho de Uli”, até “Adan, filho do ETERNO (UL’HIM)”; descrevendo assim, a genealogia de Yao’saf…

…conforme se lê (pós verdade)

A natividade é um elemento proeminente no Evangelho de Luka, correspondente a 10% do texto e três vezes mais longo do que o texto da Natividade de Matt’yaohuh. A narração de Luka dá ênfase a acontecimentos anteriores ao nascimento de Yaohu’shua e foca-se em Maria/Maoro’hem, enquanto que Mateus narra acontecimentos posteriores ao nascimento e se foca em José/Yao’saf. Ambos os textos afirmam que Yaohu’shua é filho de Yao’saf e da sua noiva Maoro’hem (o casamento judaico era dividido em três fases: a primeira, quando ainda crianças, eram prometidos um ao outro, pelos pais; a segunda, era a confirmação da união, quando era dada uma festa para selar o compromisso, enquanto ainda jovens. O casal estava nesta fase! A terceira, era quando o ‘noivo’ – alguns meses ou anos depois – já apto a sustentar uma família, ia buscar a noiva para viverem definitivamente juntos) e que nasceu em Belém/Beit’lekhem, e ambos “apóiam” a doutrina do nascimento virginal de Yaohu’shua, segundo a qual Yaohu’shua foi concebido de forma milagrosa pelo “Espírito Santo” no ventre de “Maria” enquanto ainda era virgem.

Em Lc 1:31, o arcanjo Gabriel/Gabor’ul diz a “Maria” que ela irá conceber e carregar uma criança chamada Yaohu’shua por obra do “Espírito Santo”. Estando noivo de “Maria”, “José” fica preocupado com a sua gravidez (Mt 1:19-20), mas no primeiro dos seus três sonhos, um anjo assegura-lhe que não tenha medo de casar com “Maria”, uma vez que a criança foi concebida pelo “Espírito Santo”. Quando se aproxima o momento do parto, “Maria e José” viajam de “Nazaré” até à casa de “José” em Beit’lekhem para se registrarem no censo ordenado pelo imperador romano. É aí que “Maria” dá à luz Yaohu’shua. Uma vez que não encontraram vaga na estalagem, o recém-nascido é colocado numa manjedoura (Lc 2:1-7). Um anjo anuncia o nascimento a alguns pastores, que se deslocam a Beit’lekhem para ver Yaohu’shua e posteriormente divulgar a notícia (Lc 2:8-20). Depois de apresentarem Yaohu’shua no Templo, a família regressa a “Nazaré”. Em Mt 1:1-12, “três reis magos” do Oriente levam ofertas ao recém-nascido como o “Rei dos Judaicos”. Herodes toma conhecimento do nascimento de Yaohu’shua e, pretendendo vê-lo morto, ordena a execução de todas as crianças do sexo masculino de Beit’lekhem. No entanto, um anjo avisa “José” no seu segundo sonho, o que leva a família a fugir para o Egito, de onde mais tarde regressaria para se fixar em “Nazaré”.

 

…e a Verdade

Nos escritos mais antigos – origens da atual Peshitta (escritos Aramaicos) – o primeiro cap. de Matt’yaohuh termina na genealogia, que, ao contrário do que se pensa, devido à um erro de tradução e por desconhecimento histórico/cultural, foi dito que o último nome – Yao’saf – ali colocado era ‘marido’ de Maoro’hem… Porém, a palavra hebraica ali escrita (ga’bra) pode ser usada tanto para ‘marido’ quanto para ‘pai’. Para poder ser coerente com o texto que diz ter dividido a genealogia em três grupos de 14 nomes (vs. 17), este Yao’saf é o PAI de Maoro’hem e sendo assim, conta-se Maoro’hem também e a genealogia passa a ser dela. Sendo assim, Luka descreve a genealogia de Yao’saf, confirmando que Yaohu’shua é filho de Da’oud pelos dois lados da família – pai e mãe… Isto também explica a diferença entre os nomes destas duas genealogias, que diferem a partir de Salomão/Shua’olmoh.

Quanto ao nascimento virginal, este não consta dos escritos mais antigos. E, mesmo que constasse, um erro (intencional?) foi cometido… Mt 1:23 diz …e uma virgem, citando Is 7:14. No entanto, no hebraico temos uma palavra para virgem (almah) e outra para jovem (betuláh) e, Isaías/Yashua’yah usou betuláh; já no ‘acréscimo’ em Matt’yaohuh apareceu o conceito pagão do nascimento virginal (verifique nas crenças dos povos quanto deuses nasceram em 25 de dezembro, de uma virgem). Como Luka escreveu bem mais tarde o seu evangelho, acabou por consolidar a manipulação em prol do paganismo satânico! E, além disto, se Yaohu’shua tivesse algo diferente de nós [concepção não carnal; nascido de uma virgem que mesmo concebendo, continuou virgem, como ensina a ICAR], Ele não poderia nos servir de exemplo (Jo 16:33 cf. Hb 4:15) e o próprio ha’satan diria: “assim, até eu”!

Além disto, observe no texto intitulado ‘pós verdade’ (acima), alguns conceitos exclusivamente católico (ICAR) e que os ‘crentes’ aceitam de bom grado, independente se estão nas Escrituras ou não: Primeiro, diz que o motivo para irem a Beit’lekhem seria o censo; porém, na realidade, todo hebraico, três vezes ao ano ia a Yah’shua-olyém para comemorar as Festas levitas. Nesta ocasião, evidentemente, as hospedagens ficavam cheias… Beit’lekhem era muito próximo e assim, uma boa opção.

Segundo, o texto acima diz que o “José” tinha uma ‘casa’ nesta cidade e por isto teve que ir para lá, para ser recenseado! O “autor” deste texto, sendo católico, desconhece que nas Escrituras, o termo “família”, ou melhor, TRIBO, é também chamado de CASA! Yao’saf era da tribo de Yaohu’dah (a concessão toda), e portanto nada a ver com “ter uma casa” nesta cidade! Terceiro, e a mais esdrúxula: afirma que foram “três” os reis vindo do oriente… O texto bíblico diz isto? Eram “reis”? E a ICAR vai mais longe, sabe até os nomes destes “reis”…

E agora a pior das “conclusões” que se tornaram doutrinas aceitas por todas as denominações ditas cristãs: o nascimento se deu em 25 de dezembro! E, o texto afirma que havia apascentadores no campo (era comum, naqueles dias, levar os rebanhos para a engorda nos campos, antes do inverno – Gn 37:12-14) e, como sabemos, no Hemisfério Norte, em DEZEMBRO é inverno! Inverno tão rigoroso que os campos ficam cheios de neve… Dai a pergunta: apascentadores e rebanhos nos campos? Yao’saf e Maoro’hem viajariam para “Beit’lekhem em pleno inverno tão somente para se alistarem no censo, uma vez que este censo não era algo de alguns dias, mas até mesmo de anos!?!  Portanto, só estes fatos (além da concepção realizada pelo 3º deus trino, obrigando que o “deus Filho seja filho não do deus Pai (pai de que então?), mas sim filho do deus Espírito Santo – que confusão babilônica!) já são suficientes para ‘dizer’ ao estudante atento de que esta porção das Escrituras é pura ‘pós verdade’; nada tem com a Verdade!!!

 

Infância (pós verdade)

Os evangelhos de Luka e Matt’yaohuh situam a casa de infância de Yaohu’shua na cidade de Nazaré na Galiléia. “José”, o marido de “Maria”, está presente na descrição dos episódios da infância de Yaohu’shua, embora posteriormente não lhe seja feita qualquer referência. Os livros do Novo Testamento de “Mateus” e “Marcos” e a epístola aos Gálatas mencionam os irmãos e irmãs de Yaohu’shua. No entanto, a palavra grega “adelfos” nestes versos pode também ser traduzida por “parente”, em vez do mais comum “irmão”. A contradição manifesta entre a existência de irmãos e a doutrina da virgindade perpétua de Maria levou a que alguns dos primeiros teólogos tivessem argumentado que se tratavam de filhos de “José”, fruto de um casamento anterior, ou que o texto se referia a primos, e não a irmãos. Estas interpretações encontram-se hoje em dia refutadas entre o meio acadêmico contemporâneo.

Originalmente escrito em grego helenístico, o Evangelho de Marcus refere em Mc 6:3 que Yaohu’shua era um tekton, enquanto que Mt 13:55 refere que Ele próprio era filho de um tekton. Embora tradicionalmente tekton seja traduzido por “carpinteiro”, tekton é um termo bastante genérico, da mesma raiz que está na origem de “técnico” e “tecnologia”, e que pode ser aplicado a construtores de objetos nos mais diversos materiais e até mesmo a construtores. Para além das narrações do Novo Testamento, a associação de Yaohu’shua à carpintaria é constante em tradições dos séculos I e II. Justino (100-165 d.Y.) escreveu que Yaohu’shua fabricava arados e gadanhos. Os evangelhos indicam que Yaohu’shua era capaz de ler e debater textos, embora isto não signifique que tenha recebido qualquer formação acadêmica.

 

…e a verdade

A tradição católica fala mais alto que os Escritos… E, o bom estudante deveria – mas não o faz (At 17:11) – verificar a consistência destas ‘tradições’ (ventos de doutrinas). Em prol do paganismo virginal (antes, durante e após), os católicos insistem em traduzir tais textos como ‘primos’ e os mais ‘sinceros’ preferem acreditar na história do “José” viúvo do que forçar o texto dizer ‘parentes’!!! Já os “crentes” discordam tão somente da virgindade ter-se mantido ‘durante’ e ‘após’… Porém, o texto que mesmo podendo ser apócrifo, deixa claro: Maoro’hem não teve ‘relações carnais’ pelo menos até ter tido ao seu PRIMEIRO filho; leia: Mas, ela permaneceu sem ter relações com seu esposo até nascer o seu filho primogênito. Yao’saf pôs-lhe o Shuam (Nome) de Yaohu’shua. [ESN].

 

Imersão e Tentação

Todas as narrativas do batismo de Yaohu’shua nos evangelhos são antecedidas por informações sobre o ministério de Yao’khanan, o Imersor. Em todas, Yao’khanan é retratado a pregar a penitência e arrependimento para remissão dos pecados e a encorajar a oferta de esmolas aos pobres (Lc 3:11) enquanto batiza os crentes no rio Yardayan, nas proximidades de Peréia (região ao leste do Yardayan – este nome não aparece nas Escrituras; é coisa da ICAR com suas tradições), por volta da mesma altura em que Yaohu’shua inicia o seu ministério. O Evangelho de Yao’khanan (Jo 1:28) refere inicialmente a “Betânia” [Bohay’anyao] e posteriormente (Jo 3:23) na margem oposta.

Nos evangelhos, refere-se que Yao’khanan tinha vindo anunciar (Lc 3:16) a chegada de alguém mais poderoso que ele, o que também é referido por Sha’ul, de Tarso (Atos 19:4). Em Mt 3:14, durante o encontro com Yaohu’shua, Yao’khanan afirma “Eu preciso de ser imerso por ti”, embora seja persuadido por Yaohu’shua a ser ele a batizá-lo. Depois de o fazer e de Yaohu’shua emergir das águas, o céu abre-se e ouve-se uma voz celestial: “Este é o meu Filho amado, de quem me agrado” (Mt 3:17). Neste momento, a Glória de UL’HIM foi vista descendo sobre Yaohu’shua, como faz uma pomba (mais uma passagem deturpada pela doutrina da trindade, nas ‘almeidas’ e afins). Este é um de dois eventos descrito nos evangelhos nos quais uma voz celestial chama a Yaohu’shua de “Meu Filho”; sendo a outra na Transfiguração – Mt 17:1-9.

Após a imersão, os evangelhos sinópticos descrevem a Tentação de Cristo, na qual Yaohu’shua resiste a tentações do diabo enquanto jejua por quarenta dias e noites [um número simbólico como diversos outros, nas Escrituras – 40 anos recebendo o manáh, no deserto, e aqui 40 dias sem a alimentação espiritual] no deserto da Yaohu’dah. A imersão e tentação de Yaohu’shua servem de preparação para o seu ministério público. O Evangelho de Yao’khanan não menciona nenhum dos eventos, embora inclua um testemunho de Yao’khanan,o Imersor, no qual ele vê a Glória manifesta do ETERNO, descer sobre Yaohu’shua (Yao’khanan 1:32).

Ministério público

Os evangelhos apresentam o ministério de Yao’khanan, o Imersor, enquanto precursor do ministério de Yaohu’shua. Iniciado com a sua imersão, Yaohu’shua dá início ao Seu ministério , dentro da última semana de Dn 9 [vs. 24-27; tempo de 70 semanas – 490 anos – para que Yaoshor’ul deixasse suas más praticas e se arrependessem, recendo o Redentor; coisa que não fizeram como nação, mas sim a nível individual] nas áreas rurais da Yaohu’dah, perto do rio Yardayan, com cerca de trinta anos de idade (Lc 3:23). Yaohu’shua viaja, prega e realiza milagres, completando o ministério durante a Última Ceia com os seus discípulos em Yah’shua-oleym.

No início do ministério, Yaohu’shua designa doze apóstolos. Em “Mateus” e “Marcos”, apesar de Yaohu’shua ser breve no pedido, descreve-se que os primeiros quatro apóstolos, que eram pescadores, imediatamente consentiram e abandonaram as suas redes e embarcações (Mt 4:18-22, Mc 1:16-20). Em Yao’khanan, os primeiros dois apóstolos de Yaohu’shua são descritos como tendo sido discípulos de Yao’khanan, o Imersor (Seu primo, filho da irmã de Maoro’hem, Oliza’bohay). Ao ver Yaohu’shua, Yao’khanan denomina-o Cordeiro do ETERNO (UL’HIM), fazendo uma analogia aos sacrifícios diários, transitórios (Hb 9:26). Ao ouvir isto, os dois apóstolos seguem Yaohu’shua. Para além dos Doze Apóstolos, o início da passagem do Sermão da Planície [nesta planície, deveria haver uma elevação – Mt 5] identifica como discípulos um grupo muito maior de pessoas (Lc 6:17). Ainda em Lucas 10:1-16, Yaohu’shua envia setenta ou setenta e dois discípulos [segundo a ICAR; incoerentemente com as 70 semanas de Dn 9:24-27] em pares para preparar cidades do Reino do Norte (os gentios; pessoas provenientes da Casa de Yaoshor’ul; cf. Mt 10:6 e Is 9:1 – apesar da confusão/má tradução presente nas ‘almeidas’ trinitrianas, objetivando apoiar a falsa doutrina da substituição da Igreja; errou o Criador e por isto “teve” que substituir a Sua igreja? Rm 11:1) para a Sua visita. São-lhes dadas instruções para aceitar hospitalidade, curar os doentes e espalhar a Palavra de que se aproxima o Reino do ETERNO (UL’HIM).

Os acadêmicos dividem o ministério de Yaohu’shua em diferentes períodos. O ministério da Galiléia começa quando Yaohu’shua regressa à Galiléia vindo do deserto da Yaohu’dah, depois de rejeitar a tentação de ha’satan. Yaohu’shua prega na Galiléia, e em Mt 4:18-20 encontra-se com os seus primeiros discípulos, que O passam a acompanhar. Este período inclui o Sermão da Montanha, um dos principais discursos de Yaohu’shua, a calma da tempestade, a multiplicação dos pães e peixes, a caminhada sobre as águas e diversos milagres e parábolas. Termina com a Confissão de Pedro/Kafós e a Transfiguração.

À medida que Yaohu’shua viaja em direção e Yah’shua-oleym, durante o ministério de além Yardayan, regressa ao local onde foi imerso, a cerca de um terço do caminho do mar da Galiléia, ao longo do Yardayan (Jo 10:40-42). O último ministério em Yah’shua-oleym tem início com a Sua entrada triunfal na cidade durante o dito “domingo de Ramos” [uma vez que a Posqayao ocorreu na quarta-feira da semana seguinte, RETROCEDENDO, concluímos que antes do pôr-do-sol da sexta-feira, Yaohu’shua adentrou à cidade e não no domingo, como quer a ICAR e que os “crentes” acatam de bom grado]. Nos evangelhos sinópticos, durante essa semana, Ele expulsa os cambistas do Templo; porém no Evangelho de Yao’khanan, este fato ocorre 3 anos antes, no início do Seu ministério terrestre (Jo 2:13-22). E, é também nesta última semana, que Yahu’das negocia a sua traição. Este período culmina na Última Ceia e no Discurso de despedida. Apesar das diversas especulações, o motivo desta atitude é porque o sistema levítico de perdão – a cada pecado, uma determinada oferta deveria ser levada pelo pecador até o Templo; para ele próprio sacrificar a inocente vítima – estava desvirtuado. Quem tinha qualquer tipo de dinheiro, bastava ir ao Templo e comprar a oferta pronta; talvez nem precisasse ele próprio fazer o sacrifício…

 

Ensinamentos, sermões e milagres

Os ensinamentos de Yaohu’shua são muitas vezes analisados em termos de palavras e obras. As palavras incluem uma série de sermões, assim como parábolas que aparecem ao longo de toda a narrativa dos evangelhos sinópticos (o Evangelho de Yao’khanan não inclui parábolas). As obras contemplam os milagres e outras ações realizadas durante o ministério de Yaohu’shua. Embora os evangelhos canônicos sejam a principal fonte dos ensinamentos de Yaohu’shua, as epístolas paulinas oferecem alguns dos primeiros registros escritos.

O Evangelho de Yao’khanan apresenta os ensinamentos de Yaohu’shua não apenas enquanto sermões, mas também como revelação divina (escatológicos). Yao’khanan, o Imersor, por exemplo, afirma em Jo 3:34: “Porque aquele que UL’HIM enviou fala as palavras do ETERNO (UL’HIM); pois não lhe dá Deus o Espírito por medida”. Em Jo 7:16 Yaohu’shua afirma: “A minha doutrina não é minha, mas dAquele que me enviou”, o que confirma em Jo 14:10: “Não crês tu que Eu estou no Pai, e que o Pai está em Mim? As palavras que Eu vos digo, não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras”. Cf. Jo 8:28.

O Reino do ETERNO (UL’HIM) é um dos elementos chave dos ensinamentos de Yaohu’shua no Novo Testamento[o termo/tradução correto ´Renovada Aliança’; errou o Criador e por isto precisou fazer OUTRA Aliança, com o Seu povo?] Yaohu’shua promete a inclusão no Seu reino de todos aqueles que aceitarem a Sua mensagem. Chama as pessoas a renegar os seus pecados e a dedicarem-se completamente ao ETERNO. Yaohu’shua pede aos Seus seguidores que não descartem a Lei, embora haja quem considere que Ele próprio a tenha infringido, transgredindo o shabbós; se bem que quando o fez (Jo ), o fez para derrubar o modo legalista – que perdura até hoje entre os judaicos e outros, tais como os ‘adventistas’ – com que o shabbós era guardado!

Por isso, quando questionado sobre qual seria o principal mandamento, Yaohu’shua responde com algo que não era novidade entre os judaicos: “Amarás o ETERNO, teu UL’HIM, de todo o teu coração, com toda a tua vida e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento” – Mt 22:37-38 cf. Dt 6:5. Continuando: “E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas” – Mt 22:39-40 cf. Lv 19:18. Portanto, Ele estava apenas confirmando (sintetizando a Lei – Rm 13:9); não revogando – Mt 5:17-19. Entre os diversos ensinamentos sobre ética de Yaohu’shua estão amar os inimigos, reprimir o ódio e a luxúria, e oferecer a outra face (Mt 5:21-44).

As cerca de trinta parábolas dos evangelhos correspondem a cerca de um terço dos ensinamentos escritos de Yaohu’shua. As parábolas na narrativa aparecem junto a sermões mais longos e em locais diferentes. Muitas vezes apresentam elementos simbólicos – independente de corretos ou não, tais símbolos (crenças; pós verdades) são usadas para mostrar a Verdade –  e fazem a ponte entre os universos físico e espiritual. Entre os temas mais comuns das parábolas estão a bondade e generosidade do ETERNO (UL’HIM) e os riscos da transgressão. Algumas das parábolas, como a do Filho Pródigo (Lc 15:11), são relativamente simples, enquanto outras, como a Parábola da Semente (Mc 4:26-29), são de difícil compreensão.

Nos textos dos evangelhos, Yaohu’shua dedica grande parte do seu ministério à realização de milagres, especialmente curas. O conjunto dos quatro evangélios registram cerca de 35 ou 36 milagres. Os milagres podem ser classificados em duas categorias principais: milagres de cura e milagres de natureza. Os milagres de curas englobam curas para doenças físicas, exorcismos e ressurreições de mortos; mostrando Ele, ser o Criador do ser humano – o Verbo (Jo 1:3; Hb 1:2). Os milagres de natureza demonstram o domínio de Yaohu’shua sobre a natureza, entre os quais a transformação de água em vinho, o caminhar sobre as águas e o acalmar uma tempestade; confirmando ser o Autor da Criação – Ap 3:14. Yaohu’shua afirma que os seus milagres têm origem divina; no poder do Pai – Jo 8:28. Quando os seus oponentes o acusam de praticar exorcismos com o poder de ha’satan, príncipe dos demônios, Yaohu’shua responde que os pratica no “Espírito do ETERNO (UL’HIM)” (Mt 12:28 cf. Jo 2:24), ou seja, pelo Poder do “dedo do UL’HIM” (Lc 11:20).

Em Yao’khanan, os milagres de Yaohu’shua são descritos como sinais, realizados com o intuito de demonstrar a sua missão e divindade. No entanto, nos sinópticos, quando lhe é pedido que dê alguns sinais miraculosos para demonstrar a Sua autoridade (messianidade), Yaohu’shua recusa. Ainda nos evangelhos sinópticos, é frequente a multidão reagir com deslumbramento e pressioná-lo para curar os doentes. Pelo contrário, o Evangelho de Yao’khanan indica que Yaohu’shua nunca fora pressionado pela multidão, e que esta muitas vezes respondia aos milagres com confiança e fé. Uma característica comum em todos os milagres de Yaohu’shua no texto dos evangelhos é que eram feitos de livre vontade e nunca por pedido ou a troco de qualquer forma de pagamento. Os episódios que contemplam descrições dos milagres de Yaohu’shua muitas vezes também incluem ensinamentos, enquanto os próprios milagres envolvem determinado elemento de ensino. Muitos dos milagres ensinam a importância da fé. Na cura dos leprosos e na ressurreição da filha de Yah’eyr, por exemplo, é dito aos beneficiários que a sua cura se deveu à sua fé.

 

Proclamação de Cristo e Transfiguração

No centro do texto de cada um dos três Evangelhos, dois episódios relacionados entre si marcam um ponto de espelho na narrativa: a confissão de Pedro/Kafós e a Transfiguração de Yaohu’shua. Ambos têm lugar perto de Cesaréia de Filipe, ligeiramente ao norte do mar da Galiléia, durante o início da viagem final para Yah’shua-oleym que termina na Paixão e Ressurreição (não morte) de Yaohu’shua. Estes eventos marcam o início da revelação progressiva da identidade de Yaohu’shua aos seus discípulos e o anuncio do seu próprio sofrimento e morte.

A Confissão de Pedro/Kafós começa com um diálogo entre Yaohu’shua e os seus discípulos em Mt 16:13, Mc 8:27 e Lc 9:18. Em Matt’yaohuh, Yaohu’shua pergunta aos discípulos: “E vós, quem dizeis que eu sou?”. Kafós responde “Tu és o Cristo, o Filho do UL’HIM, vivo”. Yaohu’shua responde: “Bem-aventurado és tu, Shami’ul Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus”. Com esta bênção, Yaohu’shua afirma que os títulos que Pedro/Kafós lhe atribui são revelados de forma divina, desta forma declarando inequivocamente ser tanto Cristo (Redentor) como o Filho do ETERNO (UL’HIM); derrubando o conceito pagão da trindade: apenas duas pessoas, Pai e Filho, que hoje, se fazem presentes em espírito, onipresente. Sha’ul também ensinava isto – I Co 8:4up, 5-6. Após a Verdade dita por Kafós – …sobre esta Pedra – Yaohu’shua confirma a criação (fundação) da Sua Kehilah/Igreja: somente crendo nestas Verdades (I Jo 2:22-23; cf. I Pe 2:9-10), é que podemos participar (ser selado) da Kehiláh de Cristo – Ef 5:27.

Já o texto da Transfiguração aparece em Mt 17:1-9, Mc 9:2 e Lc 9:28-36. Yaohu’shua leva Kafós e dois apóstolos para uma montanha sem nome, onde se “transfigurou diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e os seus vestidos se tornaram brancos como a luz”. Uma nuvem brilhante aparece à sua volta, ouvindo-se uma voz celestial: “Este é o meu amado Filho, em quem me comprazo; escutai-o”. (Mt 17:1-9). A Transfiguração confirma que Yaohu’shua é o Filho do ETERNO (UL’HIM) (tal como no seu batismo), e o pedido “escutai-o” identifica-o como mensageiro e porta-voz do ETERNO (UL’HIM). Muitos, imbuídos de conceitos pagãos, usam esta passagem para ‘ensinar’ que alguns eleitos já estão nos céus… A ICAR ensina (crê) que o salvo ao morrer vai direto par o céu ou para o inferno, sendo que alguns ficam retidos no purgatório… Os crentes  rejeitam isso, acreditam que a ida para o ‘céu’ se dará na Volta (visível para uns, os mileristas; ou invisível para outros, os arrebatadoristas). Mas, o próprio conceito de “ir para o céu” já é mais um dos paganismos que adentrou o cristianismo. Errou o Criador em nos criar a Terra por habitação e por isto, AGORA terá que nos levar para o céu? Shua’olmoh já rejeitava isto! Sl 115:16. Leia Hb 11:39-40 e comprove que ninguém ressuscitou ainda; e, na passagem de Mt 17, no vs. 9, Yaohu’shua confirma que eles tiveram uma visão do futuro!

 

Última semana: traição, prisão, julgamento e morte

A descrição da última semana de vida de Yaohu’shua, frequentemente chamada semana de Páscoa [Heb. Arc. Posqayao], ocupa cerca de um terço da narrativa nos evangelhos canônicos, tendo início com a descrição da entrada triunfal em Yah’shua-oleym [em uma sexta-feira] e terminando com a crucificação, na quarta-feira. A ICAR é que manipulando as Escrituras, ensina que a semana foi de domingo a domingo (o dia do deus sol); e as suas filhas, os evangélicos (Ap 17:5) seguem este ensino; inclusive ignorando as Escrituras, comemoram as “páscoa” seguindo a data marcada pela ICAR (sempre no domingo)! Bem, esta “última semana em Yah’shua-oleym” é a conclusão da jornada que Yaohu’shua iniciou na Galiléia e que atravessou o Yardayan, chegando a Yaohu’dah. Uma jornada de pouco mais de três anos… Pouco antes da entrada em Yah’shua-oleym, o Evangelho de Yao’khanan inclui a Ressurreição de Ul’ozor, a qual aumenta a tensão entre Yaohu’shua e as autoridades.

 

Entrada final em Yah’shua-oleym

Nos quatro evangelhos canônicos, a entrada final de Yaohu’shua em Yah’shua-oleym tem lugar durante o início da última semana da sua vida, poucos dias antes da Última Ceia, marcando o início da narrativa da Paixão. Marcus e Yao’khanan identificam o dia da entrada em Yah’shua-oleym como sendo domingo, enquanto que Matt’yaohuh indica que foi uma segunda… Mas isto se deve à má tradução ocorrida na Vulgata que desconhecendo as Festas levíticas (Lv 23) acaba por criar este erro teológico – Crucificação na sexta-feira. A partir deste erro, todos os demais eventos sofreram adulterações como o do dia da Entrada Triunfal; um fato ocorrido, na realidade, no shabbós. Lucas não indica o dia… Depois de deixar Betânia, Yaohu’shua monta num burro em direção a Yah’shua-oleym. Pelo caminho, a população estende à sua frente capas e pequenos ramos, ao mesmo tempo que canta parte dos Salmos 118:25-26. A multidão em ânimo que saudava Yaohu’shua ao entrar em Yah’shua-oleym ajudou a aumentar a animosidade contra ele por parte das instituições locais.

Nos três evangelhos sinópticos, à entrada em Yah’shua-oleym segue-se a Purificação do Templo, durante a qual Yaohu’shua expulsa os cambistas do templo, acusando-os de o terem tornado um covil de ladrões através das suas atividades comerciais; vendendo sacrifícios indicados pela lei levita. Este é o único relato de todos os evangelhos em que Yaohu’shua recorre a força física. Yao’khanan 2:13 inclui uma narração semelhante decorrida muito mais cedo, pelo que existe debate entre acadêmicos sobre se a passagem se refere ao mesmo episódio ou se realmente ocorreu isto, duas vezes… Os sinópticos descrevem uma série de parábolas e sermões bastante conhecidos, como a moedinha da Viúva [mostrando o princípio vdo OFERTAR que viria substituir os sistema dizimal levita, após a cruz – II Co 9:7] ou a Profecia da Segunda Vinda (Mt 24), que decorreram ao longo dessa semana.

Os sinópticos registram episódios de conflitos entre Yaohu’shua e os anciãos judaicos durante a Semana Santa, como o da autoridade de Yaohu’shua questionada e as críticas aos fariseus, nos quais Yaohu’shua os critica e acusa de hipocrisia. Foi neste contexto que Yaou’dah Ish’Kerióth, um dos doze apóstolos, aborda os anciãos e negocia o pagamento de uma recompensa de trinta moedas de prata, pela qual se compromete a trair Yaohu’shua e a entregá-lo às autoridades.

Última Ceia

A Última Ceia é a última refeição que Yaohu’shua partilha com os seus doze apóstolos em Yah’shua-oleym antes da sua crucificação. A Última Ceia é mencionada nos quatro evangelhos canônicos, sendo também referida na Primeira Epístola de Sha’ul aos Coríntios (I Co 11:23). Durante a refeição, Yaohu’shua prevê que um de seus apóstolos o trairá. Apesar de cada apóstolo ter afirmado que não o iria trair, Yaohu’shua reitera que o traidor seria um dos presentes. Mt 26:23-25 e Jo 13:26-27 identificam especificamente Yaou’dah como traidor. Interessante que pouco antes desta Ceia, o próprio Maoro’e Yaohu’shua havia lavado os pés de todos os seus discípulos [Jo 13:1-17] e, nem mesmo isto demoveu o Ish-Kerióth de seu intento. O Evangelho de Yao’khanan oferece o único relato de Yaohu’shua a lavar os pés dos discípulos antes da refeição. No entanto, o Lava-pés (I Tm 5:10) é uma instituição ainda valida para os nossos dias (vs. 17) e que raramente se vê nas Santa Ceias denominacionais; que TAMBÉM deve ser praticada segundo o calendário bíblico (hebraico) e não segundo a ICAR que sempre a impões em um domingo. E pior, tem denominação que faz duas Ceias por ano; e outras, vão além: uma a cada mês…

Nos sinópticos, Yaohu’shua reparte o pão pelos discípulos ao mesmo tempo que diz: “Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim”. Depois fê-los beber vinho por um cálice, dizendo: “Este cálix é a Renovada Aliança pelo meu sangue, que é derramado por vós”. (Lc 22:19-20). O sacramento católico da Eucaristia baseia-se neste evento, porém, refaz diariamente o sacrifício da cruz, ao ensinar a transubstanciação (o pão e o vinho da Santa Ceia se tornam na carne e no sangue de Yaohu’shua, segundo este dogma romano), renegando a Palavra – Hb 9:12, 25-28. Embora o Evangelho de Yao’khanan não inclua uma descrição do ritual do pão e do vinho durante a Última Ceia, a maior parte dos acadêmicos concorda que o Discurso do Pão da Vida (Jo 6:58-59) possui um caráter eucarístico e se relaciona com as narrativas dos evangelhos sinópticos e com os textos de Sha’ul sobre a Última Ceia.

Em todos os evangelhos, Yaohu’shua prevê que Pedro/Kafós negará que O conhece por três vezes antes de o galo cantar na manhã seguinte (período entre as 18:00hs e 06:00hs, ao qual chamamos de noite e nas Escrituras de ‘manhã’ – ver Gn 1:5). Em Luka e Yao’khanan, a profecia é feita durante a Ceia (Lc 22:34, Jo 22:33). Em Matt’yaohuh e Marcus, a profecia é feita após a Ceia, sendo também profetizado que Yaohu’shua será abandonado por todos os seus discípulos (Mt 26:31-34, Mc 14:27-30). Yao’khanan também inclui um longo sermão de Yaohu’shua, preparando os discípulos (agora sem Yaou’dah) para a sua partida. Os capítulos 14 a 17 do Evangelho de Yao’khanan são conhecidos por Discurso de despedida e são uma fonte significativa de conteúdos cristológicos.

Após a Última Ceia, Yaohu’shua dá um passeio para orar, acompanhado pelos discípulos. Matt’yaohuh e Marcus identificam o local como sendo o jardim do Getsémani, enquanto Luka o identifica como sendo o Monte das Oliveiras. Yaou’dah aparece no jardim acompanhado por uma multidão, entre a qual se encontram clérigos judaicos, anciãos e pessoas armadas. Este beija Yaohu’shua para o identificar à multidão, que então o prende. Tentando impedi-los, um dos discípulos de Yaohu’shua empunha uma espada e corta a orelha de um homem. Luka afirma que Yaohu’shua cura a ferida num milagre, enquanto Yao’khanan e Matt’yaohuh afirmam que Yaohu’shua critica o ato violento, ao mesmo tempo que incentiva os discípulos a não resistir à prisão. Em Mt 26:52 Yaohu’shua afirma: “Todos os que lançarem mão da espada à espada morrerão”. Após a prisão de Yaohu’shua, os seus discípulos escondem-se e Kafós, quando questionado, por três vezes nega conhecer Yaohu’shua. Após a terceira negação ouve-se o galo cantar e Kafós, ao se lembrar da profecia, chora, amargurado.

Julgamentos pelo Sinédrio, Herodes e Pilatus

Depois de ser preso, Yaohu’shua é levado para o Sinédrio, um corpo jurídico judaico. O texto dos evangelhos difere nos detalhes dos julgamentos; lembrando que todos os evangelhos foram escritos anos depois mediante testemunhos. Em Mt 26:57, Mc 14:53 e Lc 22:54, Yaohu’shua é levado para a casa do sacerdote Caifás, onde é espancado durante a noite. De manhã cedo, os clérigos e escribas levam Yaohu’shua ao tribunal. Jo 18:12-14 afirma que Yaohu’shua é levado primeiro a Anás, sogro de Caifás, e depois ao sumo sacerdote, sem menção ao Sinédrio.

Durante os julgamentos, Yaohu’shua pouco falou, não articulou nenhuma defesa e respondeu de forma vaga às questões dos clérigos, o que levou um oficial a esbofeteá-lo. Em Mt 26:62, a falta de resposta de Yaohu’shua leva a Caifás lhe perguntar: “Não respondes coisa alguma ao que estes depõem contra ti?” Em Mc 14:61 o sumo sacerdote pergunta a Yaohu’shua: “És Tu o Cristo, Filho do UL’HIM, Bendito?” Yaohu’shua responde “Eu o sou”, e em seguida profetiza a vinda [volta] do Filho do Homem. Esta provocação faz com que Caifás se irrite e rasgue a própria túnica, acusando Yaohu’shua de blasfêmia. Em Matt’yaohuh e Luka, a resposta de Yaohu’shua é mais ambígua. Em Mt 26:64 responde: “Tu o disseste”, e em Lc 22:70 diz: “Vós dizeis que eu sou”.

Ao levar Yaohu’shua para o tribunal de Pilatus, os anciãos pedem ao governador que julgue e condene Yaohu’shua, acusando-o de se proclamar o Rei dos Judaicos. O uso do termo “rei” é essencial na discussão entre Yaohu’shua e Pilatus, pois soaria como se fosse uma rebelião civil contra Roma. Em Jo 18:36 Yaohu’shua declara: “O meu reino não é deste mundo”, mas não nega inequivocamente ser o Rei dos Judaicos. Em Lc 23:7-15 Pilatus apercebe-se de que Yaohu’shua vinha da Galiléia, estando portanto na jurisdição de Herodes. Pilatus envia Yaohu’shua a Herodes para ser julgado, mas este mantém o silêncio face às perguntas de Herodes. Herodes e os seus soldados escarnecem Yaohu’shua, vestem-lhe um manto luxuoso para o fazer parecer um rei, e o levam de volta a Pilatus, que reúne os anciãos e anuncia que não considerava este homem culpado.

De acordo com um costume da época, Pilatus permite que a multidão escolha um prisioneiro para ser libertado.

Dá a escolher entre Yaohu’shua e um assassino chamado Bar’Raba. Persuadida pelos anciãos (Matt’yaohuh 27:20), a multidão escolhe libertar Bar’Raba e crucificar Yaohu’shua. Pilatus escreve uma plaqueta onde se leria: “Yaohu’shua dos Nazarenos, Rei dos Judaicos”, abreviado para INRI nas representações católicas do tema, para ser afixado na cruz de Yaohu’shua (Jo 19:9), tendo em seguida flagelado e enviado Yaohu’shua para ser crucificado. Os soldados colocaram-lhe na cabeça uma coroa de espinhos, ridicularizando-o como Rei dos Judaicos, e espancando-o antes de o levarem para o Calvário,m levando a trave da cruz sobre os ombros, para ser crucificado.

Crucificação e deposição

A crucificação de Yaohu’shua é descrita nos quatro evangelhos canônicos. Depois dos julgamentos, Yaohu’shua é levado para o Calvário carregando a cruz. O caminho que se pensa ter sido usado [determinado pela ICAR] é conhecido por Via Dolorosa. Os três evangelhos sinópticos indicam que Shami’ul de Cirene foi obrigado pelos romanos a ajudar Yaohu’shua. Em Lc 23:27-28 Yaohu’shua diz às mulheres no meio da multidão que o segue para não chorarem por ele, mas por si próprias e pelas suas crianças. No Calvário, oferecem a Yaohu’shua um preparado analgésico. De acordo com Matt’yaohuh e Marcus, Yaohu’shua recusa.

Os soldados crucificam Yaohu’shua e removem a sua roupa. Acima da sua cabeça na cruz estava a inscrição de Pilatus, “Yaohu’shua, dos Nazarenos, Rei dos Judaicos”, ridicularizado por soldados e pessoas que passavam a pé. Yaohu’shua é crucificado entre dois ladrões condenados, um dos quais ofende Yaohu’shua, enquanto outro o defende. Os soldados romanos partem as pernas a ambos os ladrões, uma técnica usada para acelerar a morte na cruz, mas não chegam a partir as de Yaohu’shua, uma vez que este já se encontra morto. Em Jo 19:34, um soldado perfura Yaohu’shua com uma lança, de cuja ferida brota água. Em Mt 27:51-54, quando Yaohu’shua morre, a cortina pesada do Templo rompe-se de  cima para baixo – apontando que o sistema sacrificial levita, esta acabado – e um terremoto abre túmulos. Aterrorizado pelos eventos, um centurião romano afirma que Yaohu’shua era de fato o Filho do ETERNO (UL’HIM).

No mesmo dia, Yao’saf de Armatha’yim, com a permissão de Pilatus e a ajuda de Nicodemus, remove o corpo de Yaohu’shua da cruz, envolve-o em roupas limpas e deposita-o num túmulo de pedra talhada. Em Mt 27:62, no dia seguinte, os judaicos pedem a Pilatus para que o túmulo fosse selado com uma pedra e vigiado, de modo a assegurar que o corpo aí permaneça.

Ressurreição e ascensão

O texto do Novo Testamento sobre a ressurreição de Yaohu’shua afirma que no primeiro dia da semana após a crucificação (geralmente interpretado como sendo o domingo), o seu túmulo foi descoberto vazio e que os seus discípulos o encontram ressuscitado dentre os mortos. Os discípulos chegaram ao túmulo de manhã cedo* e encontram um ou dois seres (Anjos) vestidos com túnicas brancas. Mc 16:9 e Jo 20:15 indicam que Yaohu’shua aparece primeiro a Maoro’hem de Magdalit, e Lc 24:1 afirma que ela é a primeira das três ‘Marias’ a levarem incenso e mirra para O embalsamar.

* Estas confusões em relação ao horário em que foram ao túmulo foi justamente causada pelos tradutores, que desconhecendo o contexto judaico (bíblico) não percebem que o DIA (24hs) começa ao pôr do sol – primeiro havia trevas (noite) e depois luz (dia), na Criação – e não 12 horas depois, ao nascer do sol!

Cronologia pascal: A pós verdade X a Verdade

* Para a ICAR (seguido pelos “evangélicos”) a crucificação ocorreu na sexta-feira (páscoa para eles) e no domingo ocorreu a ressurreição… Como assim não dá 3 dias e 3 noites, o único sinal que seria dado de que Ele era – realmente – o Messias, inventaram o tal de calendário inclusivo (uma parte de um dia já basta para se contar um dia completo – sexta: 1 noite no túmulo; sábado: 1 dia e 1 noite no túmulo e, no domingo, 1 dia no túmulo); porém Yaohu’shua foi reticente: 3 dias e 3 noites no túmulo, como Yao’nah…

Depois de descobrirem o túmulo vazio, Yaohu’shua realiza uma série de aparições aos discípulos. Entre elas está a dúvida de Tomah e a aparição na estrada aos Emaús, em que Yaohu’shua encontra dois discípulos. A segunda pesca milagrosa é um milagre no mar da Galiléia, após o qual Yaohu’shua encoraja Kafós a servir os seus seguidores; cobrando-lhe fidelidade três vezes o negou, três vezes o confirma)!

Antes de ascender ao Céu, Yaohu’shua instrui os discípulos a espalhar a palavra sobre os seus ensinamentos em todas as nações do mundo. Lc 24:51 afirma que Yaohu’shua é então levado ao Céu. O relato da ascensão é elaborado em Atos 1:1-11 e mencionado em Tm 3:16. Nos Atos, quarenta dias depois da Ressurreição, quando os discípulos olham para cima, encontram Yaohu’shua elevado, tendo sido levado por uma nuvem. Pe 3:22 afirma que Yaohu’shua foi levado para o Céu e é agora à mão direita do ETERNO (UL’HIM). Ap 3:20.

Os Atos dos Apóstolos descrevem várias aparições de Yaohu’shua em visões após a sua Ascensão. Atos 7:55 descreve uma visão da eternidade vivenciada por Esteban pouco antes de morrer. Na estrada para Damasco, o apóstolo Sha’ul é convertido ao cristianismo depois da visão de uma luz ofuscante e de ter ouvido uma voz dizer: “Eu sou Yaohu’shua, a quem tu persegues” (Atos 9:5). Em Atos 9:10-18, Yaohu’shua instrui Ananias/Khanan’yao de Damasco a curar Sha’ul. É o último diálogo com Yaohu’shua citado na Bíblia até o Livro da Revelação, no qual o apóstolo Yao’khanan, na sua velhice, vivencia uma revelação de Yaohu’shua sobre os últimos dias.

Perspectiva histórica

Até ao Iluminismo os evangelhos eram geralmente vistos como relatos históricos precisos, tendo a partir de então surgido interrogações sobre a sua fiabilidade por parte de acadêmicos e a distinção clara entre o Yaohu’shua descrito nos evangelhos e o Yaohu’shua na História. A partir do século XVIII começam a ter lugar três vertentes de pesquisa acadêmica sobre o Yaohu’shua histórico; cada uma com diferentes características e com base em diferentes critérios de investigação. Os acadêmicos têm estudado e debatido uma série de questões no que diz respeito ao Yaohu’shua histórico, como a sua existência, origem, fiabilidade histórica dos evangelhos e de outras fontes e um retrato preciso da figura histórica.

Existência

A teoria do mito de Cristo, que questiona a existência de Yaohu’shua e a veracidade dos relatos sobre Ele, apareceu no século XVIII. Alguns dos ‘apoiantes’ argumentam que Yaohu’shua é um mito inventado pelos primeiros cristãos, salientando a inexistência de quaisquer referências escritas a Yaohu’shua durante a sua vida e a relativa escassez de referências fora do contexto cristão durante o século I. Ao longo do século XX, acadêmicos como George Albert Wells, Robert M. Price e Thomas Brodie têm apresentando vários argumentos que apóiam a teoria do mito de Cristo. No entanto, na atualidade praticamente todos os acadêmicos que estudam a Antiguidade concordam que Yaohu’shua existiu e encaram determinados eventos, como o seu batismo e crucificação, como fatos históricos. Robert E. Van Voorst e Michael Grant afirmam que os investigadores bíblicos e historiadores clássicos vêm as teorias da inexistência de Yaohu’shua como efetivamente refutadas.

Em resposta ao argumento de que a inexistência de fontes contemporâneas significa que Yaohu’shua não existiu, Van Voorst afirmou que “tal como é do conhecimento de qualquer estudante de História”, tais argumentos pelo silêncio são “particularmente perigosos” e geralmente fracassam, a não ser que um fato seja conhecido pelo autor e relevante o suficiente para ser mencionado no contexto de um documento. Bart D. Ehrman argumenta que embora Yaohu’shua tenha tido um enorme impacto em gerações futuras, o seu impacto na sociedade do seu tempo foi praticamente nulo. Seria portanto insensato esperar que existissem textos contemporâneos das suas ações, uma vez que os “formadores de opiniões” daqueles das eram os romanos, os dominadores sobre o judaicos… Porque dariam espaço para fatos de interesse judaico e não ao império?

Ehrman refere que argumentos baseados na inexistência de evidências físicas ou arqueológicas de Yaohu’shua ou de quaisquer textos sobre ele são fracos, uma vez que também não existem tais evidências de “praticamente ninguém que tenha vivido durante o século I”. Teresa Okure escreveu que a existência de figuras históricas é estabelecida pela análise de referências que lhes sejam posteriores, e não por relíquias ou restos contemporâneos a eles. Diversos acadêmicos referem o perigo de usar tais argumentos pela ignorância e geralmente consideram-nos inconclusivos ou falaciosos. Douglas Walton afirma que argumentos pela ignorância são capazes de levar a conclusões apenas em casos onde se assume que toda a nossa base de conhecimento está completa.

Entre as fontes fora do contexto cristão para determinar a existência histórica de Yaohu’shua está a obra dos historiadores do século I Josefo e Tácito. Louis H. Feldman, investigador de Josefo, afirmou que “poucos duvidaram da autenticidade” da referência de Josefo a Yaohu’shua no livro 20 de Antiguidades Judaicas, e tal fato é disputado apenas por um número muito reduzido de acadêmicos.

Tácito refere-se a Cristo e à sua execução por Pilatus no livro 15 da sua obra Anais. Os acadêmicos geralmente consideram que a referência de Tácito à execução de Yaohu’shua seja simultaneamente autêntica e de valor histórico enquanto fonte independente romana.

Historicidade dos eventos

O senador romano e historiador Tácito escreveu sobre a crucificação de Yaohu’shua em Anais, uma História do Império Romano durante o primeiro século.

A abordagem à reconstituição histórica da vida de Yaohu’shua varia entre as abordagens maximalistas do século XIX, nas quais os relatos dos evangelhos eram aceitos como evidências fiáveis sempre que possível, e as abordagens minimalistas do início do século XX, nas quais era muito difícil qualquer coisa sobre Yaohu’shua ser aceito como histórica. Na década de 1950, à medida que toma lugar a segunda procura pelo Yaohu’shua histórico, a abordagem minimalista vai desaparecendo até que, no século XXI, minimalistas como Price são uma pequena minoria. Embora a crença na infalibilidade dos evangelhos não possa ser sustentada em termos históricos, muitos acadêmicos desde a década de 1980 sustentam que, para além dos poucos fatos que se considera serem historicamente válidos, há outros elementos da vida que Yaohu’shua que são “historicamente prováveis”. A pesquisa acadêmica sobre o Yaohu’shua histórico moderna foca-se então na identificação dos elementos mais prováveis.

A maior parte dos acadêmicos contemporâneos consideram que o batismo e a crucificação de Yaohu’shua são inequivocamente fatos históricos. James Dunn afirma que são fatos quase universalmente aceitos e que “se classificam tão alto na escalada dos fatos históricos dos quais é impossível duvidar ou renegar” que são quase sempre o ponto de partida para o estudo do Yaohu’shua histórico. Os acadêmicos citam o critério do embaraço, afirmando que os primeiros cristãos não teriam inventado a morte dolorosa do seu líder, ou um batismo que pudesse implicar que Yaohu’shua teria cometido pecados dos quais se quisesse arrepender. Os acadêmicos usam uma série de critérios para julgar a autenticidade histórica dos eventos, como o critério de coerência, a confirmação por múltiplas fontes e o critério de descontinuidade. A historicidade de um evento depende também da fiabilidade da fonte. Marcus, o primeiro evangelho a ser escrito, é geralmente considerado o mais fiável em termos históricos. Yao’khanan, o último evangelho escrito, difere consideravelmente dos evangelhos sinópticos, sendo por isso considerado o menos fiável [mais ficção, principalmente pelo seu Lvro das Revelações]. Por exemplo, muitos acadêmicos não consideram que a Ressurreição de Lázaro seja histórica devido, em parte, a ser apenas mencionada em Yao’khanan. Amy-Jill Levine refere que existe algum consenso nos traços gerais da biografia de Yaohu’shua, e que a maior parte dos acadêmicos concorda que Yaohu’shua foi imerso por Yao’khanan, o Imersor, debateu com as autoridades judaicas o tema do ETERNO (UL’HIM), curou algumas pessoas, ensinou através de parábolas, angariou seguidores e foi crucificado por ordem de Pilatus.[18]

Retratos de Yaohu’shua

A investigação moderna sobre o Yaohu’shua histórico não produziu ainda um perfil unificado da figura histórica, devido em parte à diversidade de abordagens entre os acadêmicos. Ben Witherington afirma que “existem agora tantos retratos do Yaohu’shua histórico como existem pintores acadêmicos”. Bart Ehrman e Andreas Köstenberger argumentam que, dada a escassez de fontes históricas, é difícil para qualquer acadêmico construir um perfil de Yaohu’shua para além dos elementos básicos da sua biografia que possa ser considerado válido em termos históricos. Os perfis de Yaohu’shua construídos muitas vezes diferem entre si e da imagem retratada nos evangelhos.

Os perfis mais divulgados na investigação contemporânea podem ser agrupados segundo a forma principal como Yaohu’shua é retratado: se um profeta apocalíptico, um curandeiro carismático, um filósofo cínico, o verdadeiro Messias ou um profeta igualitário de mudanças sociais. Cada um destes tipos tem uma série de variantes, e alguns acadêmicos rejeitam os elementos básicos de alguns perfis. No entanto, os atributos descritos em cada um dos perfis por vezes sobrepõem-se, e os investigadores que discordam de alguns atributos por vezes concordam com outros. Porém… inequivocamente, o ‘jesus loiro’ da ICAR em hipótese alguma representa o Cristo! Ele era hebraico e assim deve se parecer! Cabelos longos, em hipótese alguma (I Co 13:14) – Ele não era um nazireu; fez coisas que levíticamente era impossível à um nazireu: tocar em cadáveres, estar entre leprosos, tomar vinho ou mesmo manuseá-lo, etc…

Língua, etnia e aparência

Doze representações de Yaohu’shua em diversas regiões. A representação da etnia de Yaohu’shua tem sido influenciada pelo contexto cultural.

Yaohu’shua cresceu na Galiléia, sendo nessa região que grande parte do seu ministério teve lugar. Entre as línguas faladas na Galiléia e Yaohu’dah durante o primeiro século d.Y. estão o aramaico, hebraico e grego, sendo o aramaico predominante. A maior parte dos acadêmicos concorda que, no início do século, o aramaico era a língua-mãe de praticamente todas as mulheres na Galiléia e Yaohu’dah.[daí, o hebraico atual, moderno, não representar a língua escriturística] A maior parte dos acadêmicos apóia a teoria de que Yaohu’shua falava aramaico, podendo também ter falado hebraico e grego. Dunn afirma que há um consenso substancial de que Yaohu’shua tenha pregado em aramaico. Alguns livros do NT foram escritos nesta língua a exemplo de Matt’yaohu e Luka. Hebreus foi escrito no hebraico e Sha’ul certamente não foi o seu autor; possivelmente Apolo!

Os acadêmicos modernos concordam que Yaohu’shua foi um judaico que viveu na Palestina durante o século I. No entanto, no contexto contemporâneo o termo “judeu” (“Ioudaios” no grego do Novo Testamento) pode referir-se tanto à religião judaica, como à etnia judaica, como a ambas; e carrega hoje, uma conotação negativa, antisemita. Numa revisão do estado da arte do conhecimento contemporâneo, Levine escreve que toda a questão da etnia está “carregada de questões difíceis” e que “para além de reconhecer que “Yaohu’shua era judaico – Jo 4:23”, raramente a investigação esclarece o que significa “ser judeu”.

O Novo Testamento não fornece nenhuma descrição da aparência física de Yaohu’shua antes da sua morte, sendo na generalidade indiferente à questão da raça e nunca se referindo aos traços das pessoas que menciona. O Livro do Apocalipse descreve numa visão as feições de Yaohu’shua glorificado (Ap 1:13-16); portanto a visão refere-se a Yaohu’shua numa forma divina, já depois da sua morte e ressurreição. Provavelmente, Yaohu’shua assemelhar-se-ia a qualquer judeu seu contemporâneo [antes uma ilustração ‘jeovista’ esta bem mais próxima da realidade do que a ilustração imposta pela ICAR] e, de acordo com alguns investigadores, seria provável que tivesse uma aparência musculada devido ao seu estilo de vida itinerante e ascético, diferente do ‘jesus franzino’, quase desnutrido que a ICAR faz dEle – o ‘jesus sofredor’. James H. Charlesworth afirma que o rosto de Yaohu’shua era “provavelmente de tez escura e bronzeada, barba cerrada” e que a sua estatura “pode ter sido de 1,65 a 1,75m”; altura média desta etnia.

Arqueologia

Apesar da inexistência de vestígios arqueológicos que sejam indubitavelmente associados a Yaohu’shua, a investigação no século XXI tem-se interessado cada vez mais por recorrer à arqueologia de modo a obter maior compreensão do contexto sócio-econômico e político da vida de Yaohu’shua. Charlesworth afirma que hoje em dia poucos investigadores seriam capazes de ignorar algumas descobertas arqueológicas que fornecem dados sobre o quotidiano da Galiléia e Yaohu’dah durante a época de Yaohu’shua. Jonathan Reed afirma que a principal contribuição da arqueologia para o estudo do Yaohu’shua histórico é a reconstrução do seu mundo social; e, muitos sítios arqueológicos ou locais geográficos sofreram as influências das crenças pessoais – ou de seus patrocinadores – ao serem identificados ou associados à vida do Yaohu’shua histórico, a exemplo do ‘atual’ “Monte Sinai” [o verdadeiro fica na Arábia  não no Egito – Gl 4:25] ou da pretensa cidade de “Nazaré” [Yaohu’shua não viveu em uma cidade chamada “Nazaré”, mas sim viveu entre os nazarenos, uma seita judaica de seus dias (os Nudtzoroth’dins)]!

David Gowler afirma que o estudo interdisciplinar com recurso a arqueologia, análise textual e contexto histórico pode esclarecer determinados aspetos sobre Yaohu’shua na História. Um exemplo são as investigações arqueológicas em Cafarnaum, uma cidade bastante referida no Novo Testamento, mas da qual se fornecem poucos detalhes. No entanto, as evidências arqueológicas recentes mostram que, ao contrário do que se acreditava, Cafarnaum era pequena e relativamente pobre, e nem sequer tinha um fórum. Esta descoberta arqueológica apóia a perspectiva acadêmica de que Yaohu’shua advogava a partilha de riqueza entre os mais desfavorecidos naquela região da Galiléia.

Perspectivas religiosas

À exceção dos seus próprios discípulos e seguidores, os judaicos contemporâneos de Yaohu’shua rejeitavam a crença de que ele pudesse ser o Messias, tal como é ainda rejeitada hoje em dia pela grande maioria dos judaicos, osortodoxos. Ao longo dos séculos, Yaohu’shua tem sido tema de amplo debate e inúmeras publicações por parte de teólogos, concílios ecumênicos e reformistas. As denominações cristãs e cismas são muitas vezes definidas ou caracterizadas em função da descrição que apresentam de Yaohu’shua. Ao mesmo tempo, Yaohu’shua tem um papel proeminente entre pessoas de outras religiões, como os maniqueístas, gnósticos e muçulmanos que o considera como sendo mais um dos profetas.

Perspectivas cristãs

Yaohu’shua é a figura central do cristianismo. Embora entre os cristãos haja diferentes pontos de vista sobre Yaohu’shua, é possível resumir as crenças partilhadas entre as principais denominações de acordo com os seus textos. Os pontos de vista cristãos sobre Yaohu’shua têm origem em várias fontes, entre as quais os evangelhos canônicos e as cartas do Novo Testamento, como as epístolas ‘paulinas’ e os documentos ‘joaninos’. Estes documentos resumem as crenças fundamentais sobre Yaohu’shua por parte dos cristãos, incluindo a sua divindade, humanidade e vida terrena, e que E le é o Criador (o Verbo que se fez, carne e habitou entre nós…), o nosso Redentor e é o Filho Unigênito do ETERNO (UL’HIM) – Jo 1:18 (I Co 8:5, 6). Apesar de partilharem grande parte das crenças, nem todas as denominações cristãs concordam com todas as doutrinas, e existem várias diferenças entre si em termos de crença e ensinamentos que persistiram ao longo de séculos; porem um crença vinda do paganismo romano da ICAR, os une, facilitando o nefasto ecumenismo (II Co 6:14) – a trindade!

O Novo Testamento afirma que a ressurreição de Yaohu’shua é o fundamento da fé cristã (I Co 15:12). Os cristãos acreditam que pela sua morte e ressurreição, os seres humanos se podem reconciliar com UL’HIM (o ETERNO), sendo-lhes oferecida salvação e a promessa de vida eterna. Recordando as palavras de Yao’khanan, o Imersor, por ocasião do batismo de Yaohu’shua, estas doutrinas por vezes denominam-no Cordeiro do UL’HIM, por ter sido sacrificado para cumprir o seu papel enquanto servo do ETERNO (UL’HIM). Yaohu’shua é assim visto como o novo e último Adan, cuja obediência contrasta com a desobediência de Adan. Os cristãos vêem Yaohu’shua como um modelo de vida, sendo encorajados a imitar a sua vida focada em UL’HIM (o ETERNO). Ele é o exemplo a ser seguido – Jo 16:33.

Quem conhece as Escrituras, sabe que Yaohu’shua – o Criador que se fez carne (Fl 2:6-8) – torno-se plenamente humano, apesar de ser o Filho do ETERNO (UL’HIM). Embora a sua natureza seja alvo de debate teológico, os cristãos trinatários acreditam que Yaohu’shua é a própria encarnação do ETERNO, portanto seria o “Deus Filho”, simultaneamente divino e humano e pior, a natureza humana seria semelhante à de Adan, antes da queda… No entanto, a doutrina da Trindade não é universalmente aceita entre os cristãos por falta de sustentação escriturística, salvo passagens apócrifas ou manipuladas em prol da… Ex. Mt 28:19. Sendo rejeitada por denominações como A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, as Testemunhas de Jeová ou a Ciência Cristã.

Mais recentemente surgiram os judaico-messiânicos, pentecostais que aderiram aos ritos judaicos e como estes – os judaicos – são estritamente unitarianos, rejeitam a trindade; uma doutrina que veio do paganismo greco-romano e introduzida no meio cristão pela emergente Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR), por voltado 4º século d.Y. Destes judaico-messiânicos surgiram movimentos menores, mas os mais importantes devido ao seu zelo pela Verdade. Livrando-se dos ritos judaicos (Gl 5:4), das Escrituras trinitarianas e seguindo toda a Lei, estes estudam constantemente as Escrituras – comparando versões com versões e principalmente resgatando as versões unitarianas a partir da Tanakh (genericamente conhecida como Toráh) para o VT, e da Peshitta (siríaca) para o NT. E, em prol da teofania (manifestação ou sentido profético) e do princípio de que nomes próprios não podem ser “traduzidos”, foram em busca das raízes hebraicas arcaicas [hebraico bíblico] e resgataram uma Escritura Unitariana [ESN – Escrituras Sagradas segundo o Nome, EUC – Edição Unitariana Corrigida by CYC (Congregação Yaoshorul’ita oCaminho)], sem as manipulações presentes no texto das “almeidas” e outras  com o pleno resgate dos Nomes Sagrados… presentes aqui!

Os cristãos veneram não apenas Yaohu’shua, mas também o seu nome paganizado, “jesus”… A devoção ao nome “jesus” remonta aos primeiros dias do cristianismo, quando a ICAR surgiu e trouxe as escrituras oficial de seu Credo, a Vulgata latina, quando então introduziu o nomes traduzidos.

Perspectivas judaicas

A corrente dominante do judaísmo rejeita a proposta de Yaohu’shua ser o Messias (hol’Mehushkyah), um mediador do ETERNO (UL’HIM), ou parte de uma Trindade. Argumenta que Yaohu’shua não é o Messias por não ter realizado a totalidade das profecias messiânicas do Tanach, nem apresentar as qualificações pessoais do Messias r, principalmente, por fazer-se Filho do ETERNO; uma blasfêmia, segundo eles. De acordo com a tradição judaica, não houve qualquer profeta após Malaquias/Malaok’hi que enunciou as profecias no século V a.Y. Um grupo denominado judaísmo messiânico reconhece Yaohu’shua como o Messias, embora seja disputado se este grupo corresponde ou não a uma seita do judaísmo devido aos seus ritos judaicos, tais como o uso do talit, velas, kipá e rezas…

A crítica do judaísmo a Yaohu’shua é de longa data. O Novo Testamento afirma que Yaohu’shua foi criticado pelas autoridades judaicas do seu tempo. Os fariseus e escribas criticavam Yaohu’shua e os seus discípulos por não respeitarem a Lei de Moisés, por não lavarem as mãos antes das refeições (Mc 7:1-23, Mt 15:1-20) e por apanharem cereais durante o shabbós (Mc 2:23; 3:6). O Talmude (livro de interpretações da Tanak), escrito e compilado entre os séculos III e V d.Y., inclui narrativas que alguns consideram ser relatos de Yaohu’shua. Numa dessas narrativas, Yeshu ha-nozri (“Yaohu’shua, o Cristão”) é executado por um tribunal judaico por promover idolatria e praticar magia – numa clara referência ao ministério terrestre de Yaohu’shua. Há um amplo espectro de opiniões entre acadêmicos no que respeite a estas narrações. A maioria dos historiadores contemporâneos consideram que este material não oferece qualquer informação do Yaohu’shua histórico. A ‘’Mishné Torá’’, uma obra de lei judaica escrita por Maimónides em finais do século XII, afirma que Yaohu’shua é uma “força de bloqueio” que “faz com que a maioria do mundo peque e sirva a outro UL’HIM (justamente pela veneração à trindade) que não o verdadeiro”.

Outras perspectivas

No sincretismo das religiões africanas com o catolicismo, no Brasil, a imagem de Yaohu’shua foi associada no Candomblé ao orixá Oxalá, o maior de todos no panteão desta religião; o sincretismo também vale para a imagem do “Jesus Menino”, equivalente à personificação de Oxalá quando jovem, em Oxaguian.

A fé bahá’í considera Yaohu’shua uma manifestação do ETERNO (UL’HIM), um conceito para profetas, e aceita Yaohu’shua enquanto Filho do ETERNO (UL’HIM). Seus textos confirmam muitos, mas não todos, os aspetos do Yaohu’shua retratado nos evangelhos. Os crentes acreditam no nascimento virginal (outro paganismo; pesquise sobre a vida de muitos ídolos entre as crenças das nações e veja quantos nasceram de virgens e nasceram em 25 de dezembro – data venerada no misticismo) e na crucificação, mas interpretam a ressurreição e os milagres de Yaohu’shua como meramente simbólicos. Outros renegam a sua morte na cruz e, ensinam que após o episódio da cruz, Ele não morreu e foi viver na Índia com esposa (Maoro’hem de Magdalit?) e filhos…

Alguns hinduístas consideram que Yaohu’shua seja um avatar ou um ‘’sadhu’’ e enumeram várias semelhanças entre os ensinamentos de Yaohu’shua e os do hinduísmo.[344][345] Paramahansa Yogananda, um guru hinduísta, afirmou que Yaohu’shua foi a reencarnação de Eliseu e aluno de Yao’khanan, o Imersor, reencarnação de Elias/Ul’yah. Alguns budistas {Buda é um destes nascidos de virgens em 25 de dezembro}, entre os quais Tenzin Gyatso, XIV Dalai Lama, vêem Yaohu’shua como um ’’bodisatva’’ que dedicou a vida ao bem-estar do próximo.

Na perspectiva espírita, Yaohu’shua é o modelo humano de perfeição, segundo diz Allan Kardec em O Livro dos Espíritos. Para a doutrina espírita Yaohu’shua veio com a missão divina de cumprir a lei, que fora anteriormente revelada por “Moisés” (primeira e segunda revelações); ele, contudo, não disse tudo, e foi completado pela “terceira revelação”: o Espiritismo. Kardec examina a natureza do Cristo nas Obras Póstumas, onde é taxativo: as discussões sobre a natureza corpórea do Cristo foi causa dos principais cismas da Igreja, e refuta todos os fundamentos para o dogma da divindade de Yaohu’shua, razão pela qual a crença na “trindade” não tem qualquer embasamento no Espiritismo. Por outro lado, o pentecostalismo sim, são espíritas (seus cultos são pura possessões satânicas, principalmente quando fazem revelações e ou falam em línguas).

A Teosofia, a partir da qual derivam muitos textos new age, [Nova Era] refere-se a Yaohu’shua como Mestre Jesus (um guru) e acredita que Cristo, depois de várias reencarnações, ocupou o corpo de Yaohu’shua. A cientologia reconhece Yaohu’shua (a par de outras figuras religiosas como Zaratustra, Maomé e Buda) como parte da sua herança religiosa. No gnosticismo, hoje em dia uma religião praticamente extinta, Yaohu’shua foi enviado do reino divino para oferecer o conhecimento secreto essencial para a salvação (gnose). A maior parte dos gnósticos acreditavam que Yaohu’shua era um humano que foi possuído pelo espírito de ‘deus’ no momento do batismo. O espírito abandonou o corpo de Yaohu’shua durante a crucificação, porém mais tarde ressuscitou o corpo do mundo dos mortos. No entanto, alguns gnósticos eram docéticos; acreditando que Yaohu’shua não teve qualquer corpo físico, apenas aparentando ter um. O maniqueísmo, uma seita gnóstica, aceitava Yaohu’shua enquanto profeta, a par de Siddhartha Gautama e Zaratustra.

O ateísmo rejeita a divindade (origem) de Yaohu’shua, embora muitos ateus tenham sobre ele uma perspectiva positiva (um homem bom); Richard Dawkins, por exemplo, refere-se a Yaohu’shua como um excelente mestre de moral.

Entre os críticos de Yaohu’shua estão Celso no século II e Porfírio, o qual escreveu uma obra em quinze volumes na qual criticava o cristianismo no seu todo (a incoerência da doutrina da trindade faz isto). No século XIX, Nietzsche foi um dos mais críticos em relação a Yaohu’shua, cujos ensinamentos considerava serem antinaturais no que diz respeito a tópicos como a sexualidade. Já no século XX, Bertrand Russell escreveu em Why I Am Not a Christian que Yaohu’shua “não foi tão sábio como outras pessoas, e com certeza não o foi de forma tão superlativa”…

…e conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará (dos erros doutrinais, das angustias, das depressões) – Jo 8:32.

Amnao!

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