Os Erros da NVI
(Nova Versão Internacional)
…e de Outras Versões!
Edição de o Caminho: Manteremos os nomes paganizados para o Messias (ver nota abaixo), para manter a coerência do estudo…
EXPONDO OS ERROS DA NVI / NIV
(Também das Almeida Revisada, Almeida Atualizada, Viva, Ling. Hoje)
Nota de o Caminho: Como todas as versões bíblicas que dispomos, vem de traduções do grego (Septuaginta) ou da Vulgata (ICAR), manteremos (neste estudo) os nomes corrompidos do Messias (Yaohushua) ou do Pai (YAOHUH UL), ou seja, ‘jesus’ e ‘deus’… Quanto às incoerências da NVI, tenha sempre em conta I Cor 8:5,6... O Pai é o Pai e o Filho, o Filho (nunca a mesma coisa)! Depois deste estudo, aprenda a consultar várias versões…
A Bíblia é a Palavra de ‘deus’, inspirada, inerrante e infalível. É a base de toda a nossa fé e prática (II Tm 3:16). Por isso o diabo tem investido na tentativa de danificá-la. Todo esforço tem sido feito para corroer a fé na sua inspiração, infalibilidade e autoridade, e na divindade de Cristo. Se olharmos a História, veremos tentativas até de extirpar a Palavra de ‘deus’. Não podendo destruí-la, o diabo tem investido na tentativa de enfraquecer as doutrinas cardeais dela, através das diversas versões, tendo como base fontes não fidedignas. Cabem algumas perguntas: “Por que tantas versões? Qual a origem das novas versões? Por que a Almeida Revista e Atualizada traz textos em colchetes? Por que a NIV suprime versículos inteiros?”
Quando se procura a respeito da origem das novas traduções, descobre-se que são grandemente baseadas na edição de um texto grego feita em 1881 por Westcott e Hort. Estes tomaram como base um grupo de manuscritos que representam uma pequena percentagem dos cerca de 4.255 manuscritos existentes. Tal pequeno grupo de manuscritos havia sido rejeitado pela maioria dos crentes através dos séculos, porque não os consideravam dignos de confiança. A edição de Westcott e Hort tornou-se predominante nos modernos meios teológicos, trazendo grande prejuízo para as igrejas fieis. Aquela edição geralmente é chamada de “Texto Crítico” (T.C.) ou (W.H.).
Nota de o Caminho: Mediante o uso desta versão é que surgiu o que costumamos chamar de Alta Crítica, um movimento que procura tirar a literalidade das Escrituras (Adão e Eva, o dilúvio, o êxodo, seriam lendas; os milagres, explicáveis, etc)…
Antes do surgimento do T.C., as traduções tinham como base o “Textus Receptus” (T.R.). Em inglês a versão Rei Tiago e em português a Almeida Corrigida. (1948-AlmeidaCorrigida/1995-AlmeidaRevistaCorrigida). O T.R. foi organizado por Erasmo em 1516, representando a maioria esmagadora dos manuscritos, sendo usado pelas igrejas congregacionais.
Nosso propósito é mostrar que as versões que têm por base o T.C. procuram enfraquecer diversas doutrinas como: divindade de Cristo, expiação por Cristo, Sua morte vicária, etc. Temos como exemplo os diversos textos em colchetes na versão Atualizada, querendo insinuar que podem ou não ter sido inspirados por ‘deus’: Jo 7:53-8:11. Isto é um acinte à doutrina da preservação, Sl 119:89,152,160; Is 40:8; Mt 24:35; I Pe 1:23-25; Ap 22:18-19.
Em 2000, foi lançada no Brasil a NVI (Nova Versão Internacional). Veja o que está no prefácio da New International Version, na sua 5ª impressão (setembro, 86), na página vi: “O texto em grego usado na tradução do NT foi um texto eclético… Onde os manuscritos existentes diferem, os tradutores escolheram uma entre as leituras, de acordo com os consagrados princípios da crítica textual do Novo Testamento. Notas de rodapé chamam atenção para aqueles locais onde havia incerteza sobre em que consistia o texto original“. Isto é um ataque frontal à doutrina da preservação. Além disso, como fundamentalistas não podemos aceitar versões e/ou traduções que seguem a filosofia de equivalência dinâmica (que violenta o sentido original do texto). Vejam e pasmem com o que está escrito na contra capa do Novo Testamento da NVI, em português, que foi lançado em nosso país em 1994. “Em 1991 deparei-me a primeira vez com a NVI … Logo verifiquei tratar-se de uma versão altamente precisa … tendo por princípio na sua tradução, a equivalência dinâmica. … Considero-a a mais fiel ...”. Isto é uma diatribe contra a Palavra de ‘deus’, como veremos a seguir:
Vejamos os ataques dessas versões:
Ataques à DIVINDADE DE CRISTO:
(Choque-se comparando a NVI ante a ARC também em Mc 9:24; Lc 23:42; At 8:37; 1 Co 15:47; Ap 1:11. Ademais, T.C. e NVI extirpam centenas dos títulos divinos: ‘senhor’, ‘jesus cristo’, ‘filho de ‘deus’, etc.):
João 3:13 ARC = “Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, QUE ESTÁ NO CÉU.” T.C. e NVI tiram do texto que Cristo “está no céu.” Assim, anulam aqui (mesmo que não em toda a Bíblia), que Cristo ressuscitou e está com o Pai! NVI: “Ninguém jamais subiu ao céu, a não ser aquele que veio do céu: o Filho do homem.”
At 9:5,6 “E ele disse: Quem és, ‘senhor’? E disse O ‘senhor’: Eu sou ‘jesus’, a quem tu persegues. DURO É PARA TI RECALCITRAR CONTRA OS AGUILHÕES. (6) E ELE, TREMENDO E ATÔNITO, DISSE: ‘senhor’, QUE QUERES QUE EU FAÇA? E DISSE-LHE O ‘senhor’: Levanta-te, e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer.” T.C. e NVI omitem aqui que Cristo é “‘senhor'” (ao qual devemos total obediência) alem de omitirem boa parte da passagem… NVI => “Saulo perguntou: ‘Quem és tu, ‘senhor’?’ Ele respondeu: ‘Eu sou ‘jesus’, a quem você persegue. (6) Levante-se, entre na cidade; alguém lhe dirá o que deve fazer’.”
Rm 14:10, 12 “Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de CRISTO. (12) De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a ‘deus'” T.C. e NVI, no v. 10, adulteram “Cristo” para “‘deus'”. Ora, como o juiz de v. 10 é o de v.12, T.C. e NVI aqui anulam uma fortíssima prova da divindade de Cristo, e que é a Ele que os crentes darão conta (para fins de galardoamento)! NVI =”Portanto, você, por que julga seu irmão? Ou por que despreza seu irmão? Pois todos compareceremos diante do tribunal de ‘deus’. (12) Assim, cada um de nós prestará contas de si mesmo a ‘deus’.”
Porém, em algumas versões trinitarianas (Fiel, por exemplo) em 1Tm 3:16 lemos “E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: ‘deus’ se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória.” T.C. e NVI, somente em nota de rodapé aponta para Cristo, trocando-o por “Aquele que”. Note que a NIV americana já trocou (acertadamente) “‘deus'” por “aquele que”, no corpo do texto!… NVI = “Não há dúvida de que é grande o mistério da piedade: aquele que foi manifestado em corpo, justificado no Espírito, visto pelos anjos, pregado entre as nações, crido no mundo, recebido na glória.”
1 João 4:3 “E todo o espírito que não confessa que ‘jesus’ CRISTO VEIO EM CARNE não é de ‘deus’; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo.” T.C. e NVI aqui agradam as falsas religiões, pois anulam que Cristo veio em carne, extirpam que ‘jesus’ Cristo (mesmo sempre sendo 100% Filho do ETERNO) encarnou literalmente, teve e sempre terá corpo literal e será 100% homem! NVI: “mas todo espírito que não confessa a ‘jesus’ não procede de ‘deus’. Este é o espírito do anticristo, a cerca do qual vocês ouviram que está vindo, e agora já está no mundo.”
Ataques à EXPIAÇÃO POR CRISTO (SÓ PELO SEU SANGUE):
Cl 1:14 “Em quem temos a redenção PELO SEU SANGUE, a saber, a remissão dos pecados;” T.C. e NVI tiram aqui que foi pelo derramamento do sangue de Cristo que nossos pecados foram expiados! NVI: “em quem temos a redenção, a saber, o perdão dos pecados.” Nunca esqueçamos: He 9:22 “E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.”!
Ataques à MORTE VICÁRIA DE CRISTO (em nosso lugar!):
1 Co 5:7 “Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado POR NÓS.” T.C. e NVI tiram aqui que Cristo morreu “por nós”, recebendo em nosso lugar o castigo que merecemos Is 53:5! NVI: “Livrem-se do fermento velho, para que sejam massa nova sem fermento, como realmente são. Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado.”
1Pd 4:1 “Ora, pois, já que Cristo padeceu POR NÓS na carne, armai-vos também vós com este pensamento, que aquele que padeceu na carne já cessou do pecado;” Novamente, é pisado e tirado aqui que Cristo morreu “por nós”, recebendo em nosso lugar o castigo que merecemos Is 53:5! NVI: “Portanto, uma vez que Cristo sofreu corporalmente, armem-se também do mesmo pensamento, pois aquele que sofreu em seu corpo rompeu com o pecado.”
Contra a doutrina da TRINDADE (lembre-se, o autor deste estudo é trinitariano: vale para nós as comparações que ele faz entre as versões):
Porém, mais uma vez, suprime o texto de 1 João 5:7-8 “Porque três são os que testificam NO CÉU: O PAI, A PALAVRA, E O ESPÍRITO SANTO; E ESTES TRÊS SÃO UM. E TRÊS SÃO OS QUE TESTIFICAM NA TERRA: o Espírito, e a água e o sangue; e estes três concordam num.” T.C. e NVI tiram (ponto positivo para elas) aqui a única e explícita provas da doutrina da Trindade e que em muitas Bíblias [acertadamente] está entre colchetes! “Há três que dão testemunho: (8) o Espírito, a água e o sangue; e os três são unânimes.”
Nota de o Caminho: Hoje sabemos que esta frase surgiu (em nota marginal) em um manuscrito do VI século e que mais tarde foi incorporado ao texto sagrado… Mesmo assim, muitos “eruditos” teimam em defender esta frase – inclusive publicando livros inteiros sobre esta passagem – para poder sustentar suas crenças pagãs. Da mesma maneira que Mateus 28:19 foi acrescentado por volta do II século por Tertuliano (Veja nota na BJ)…
Ataques à inspiração da BÍBLIA:
Lc 4:4 “E ‘jesus’ lhe respondeu, dizendo: Está escrito que nem só de pão viverá o homem, MAS DE TODA A PALAVRA DE ‘deus’.” T.C. e NVI extirpam aqui que viveremos de cada uma de todas as palavras da Bíblia, e que todas e cada uma delas são inspiradas por ‘deus’! NVI: “‘jesus’ respondeu: Está escrito: ‘Nem só de pão viverá o homem’.”
Nota de o Caminho: Em algumas Bíblia lemos: Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça (II Tim 3:16); onde o correto é: inspirada por ‘deus’; tirando assim a autoria do Pai e dissipando-a por entre “a trindade” – Isto é o verdadeiro Pecado Imperdoável: Atribuir as obras que o ETERNO faz (através do Filho – a Palavra) a outrem!
Ataques à DOUTRINA DA SALVAÇÃO:
(Choque-se comparando a NVI ante a ARC também em: Mt 9:13; 18:11): Mt 20:16 “Assim os últimos serão primeiros, e os primeiros os últimos; PORQUE MUITOS SÃO CHAMADOS, MAS POUCOS ESCOLHIDOS.” T.C. e NVI aqui tiram palavras de modo a gravemente enfraquecer a doutrina da salvação (mais especificamente, do chamamento e da eleição). NVI: “Assim, os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos.”
Mc 2:17 “E ‘jesus’, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores AO ARREPENDIMENTO.” T.C. e NVI extirpam aqui a indispensabilidade de verdadeiro arrependimento, para salvação! NVI: “Ouvindo isso, ‘jesus’ lhes disse: ‘Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim para chamar justos, mas pecadores’.”
João 3:15 “Para que todo aquele que nele crê NÃO PEREÇA, mas tenha a vida eterna.” T.C. e NVI extirpam aqui que quem não crer perecerá (sofrerá a morte eterna no lago de fogo)! NVI: “Para que todo o que nele crê tenha vida eterna.”
João 6:47 “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê EM MIM tem a vida eterna.” T.C. e NVI suprimem aqui “em mim”, favorecendo o universalismo, que basta crer em algo ou alguém (até na trindade), seja o que ou quem for, não indispensavelmente em Cristo! NVI: “Asseguro-lhes que aquele que crê tem a vida eterna.”
At 8:37 “E DISSE FILIPE: É LÍCITO, SE CRÊS DE TODO O CORAÇÃO. E, RESPONDENDO ELE, DISSE: CREIO QUE ‘jesus’ CRISTO É O FILHO DE ‘deus’.” T.C. e NVI tiram aqui todo o verso do texto principal, anulando que o batismo vem depois da salvação, e esta decorre de crer em Cristo e em tudo que Ele disse de Si, e principalmente que ELE não é ‘deus’, mas sim o FILHO de ‘deus’!
Rm 8:1 “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo ‘jesus’, QUE NÃO ANDAM SEGUNDO A CARNE, MAS SEGUNDO O ESPÍRITO.” T.C. e NVI extirpam aqui o que pusemos em maiúsculas, anulando, aqui, que há, sim, condenação (não quanto à salvação, mas sim quanto à comunhão, correção, galardão, o ser usado por Cristo) para o salvo que andar segundo a carne: At 5:1-10; 1Co 3:12,15; 5:9-10; Gl 5:16-18; 1Jo 3:20-21; 5:16!1 NVI: “Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo ‘jesus’,”
2Pd 2:17 “Estes são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os quais a escuridão das trevas ETERNAMENTE se reserva.” T.C. e NVI extirpam aqui que a condenação está reservada desde tempos eternos… NVI: “Estes homens são fonte sem água e névoas impelidas pela tempestade. a escuridão das trevas lhes está reservada.”
Ataques à importância do JEJUM BÍBLICO:
Choque-se comparando a NVI ante a ARC também em: At 10:30-31; 1 Co 7:5): Mt 17:21 “mas esta casta de DEMÔNIOS não se expulsa senão pela oração e pelo jejum.” T.C. e NVI (em nota de rodapé) põem séria dúvida sobre todo o verso, enfraquecendo aqui a necessidade da arma oração + jejum. Quem teria interesse nisto, senão o nosso inimigo?! (ver Ef 6:12)
Mc 9:29 “E disse-lhes: Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração E JEJUM.” T.C. e NVI (em nota de rodapé) põem em dúvida “e jejum”, enfraquecendo aqui que um piedoso jejuar é indispensável contra certos demônios.
GRAVÍSSIMAS CONTRADIÇÕES
(T.C. se contradiz a si próprio!): Mt 27:34 “Deram-lhe a beber VINAGRE misturado com fel; mas ele, provando-o, não quis beber.” T.C. e NVI adulteram “vinagre” para “vinho”, contradizendo frontalmente Sl 69:21! NVI: “Ali lhe deram para beber VINHO misturado com fel; mas, depois de prová-lo, recusou-se a beber”.
Mc 1:2-3 “Como está escrito NOS PROFETAS: Eis que eu envio o meu anjo ante a tua face, o qual preparará o teu caminho diante de ti. Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do ‘senhor’, Endireitai as suas veredas..” T.C. e NVI adulteram “nos profetas” para “no profeta Isaías”, criando grave contradição, pois o texto cita Ml 3:1 além de Is 40:3! NVI: “Conforme está escrito no profeta ISAÍAS: ‘Enviarei à tua frente o meu mensageiro; ele preparará o teu caminho’ ‘voz do que clama no deserto: preparem o caminho para o ‘senhor’, endireitem as veredas para ele’.”
Contraste a NVI ante a ARC também em: Mt 5:22 (‘jesus’ irou-se em Mc 3:5, mas com motivo). Lc 4:44 contra Mt 4:23 + Mc 1:39. Mt 19:17 contra Mc 10:18 + Lc 18:9. Mt 10:10 contra Mc 6:8.
OUTROS ERROS:
Mt 1:25 “E não a conheceu até que deu à luz seu filho, O PRIMOGÊNITO; e pôs-lhe por nome ‘jesus’.” T.C. e NVI agradam o romanismo, extirpando aqui que ‘jesus’ foi o primeiro entre os vários filhos de Maria. NVI: “Mas não teve relações com ela enquanto ela não deu à luz um filho. E ele lhe pôs o nome de ‘jesus’.”
1 Co 6:20 “Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a ‘deus’ no vosso corpo, E NO VOSSO ESPÍRITO, OS QUAIS PERTENCEM A ‘deus’.” T.C. e NVI extirpam aqui algumas das revelações de ‘deus’ mais preciosas e confortadoras às nossas almas! NVI:”Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a ‘deus’ com o corpo de vocês.”
Nota de o Caminho: Qualquer versão parafraseada (linguagem de hoje) corre este risco!
1Tm 6:5 “Contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; APARTA-TE DOS TAIS.” T.C. e NVI extirpam aqui que temos ordem de nos SEPARAR de todos “crentes” e “igrejas” que ensinam qualquer coisa que conflite com a Palavra de ‘deus’. NVI: “e atritos constantes entre homens de mente corrompida, privados da verdade, os quais pensam que a piedade é fonte de lucro.” Este texto, na NVI, favorece o diabo e o ECUMENISMO – II Co 6:14.
Ap 11:17 “Dizendo: Graças te damos, ‘senhor’ ‘deus’ Todo-Poderoso, que és, e que eras, E QUE HÁS DE VIR, que tomaste o teu grande poder, e reinaste.” T.C. e NVI extirpam aqui a segunda vinda de Cristo! NVI:”dizendo: Graças te damos, ‘senhor’ ‘deus’ Todo-poderoso, que és e que eras, porque assumiste o teu grande poder e começaste a reinar.”
Nota de o Caminho: Só faltou escrever: em 1914!!!
OUTRAS AMPUTAÇÕES:
Somente quanto a outros versos inteiros: T.C. e NVI, em notas de rodapé, põem sérias dúvidas (o que, em termos práticos, é idêntico a erradicar da Bíblia!) sobre Mc 16:9-20 e Jo 7:53-8:11 (24 versos!); Mt 12:47; 16:3; 17:21; 18:11; 21:44; 23:14; Mc 7:16; Lc 22:43-44; 23:34. Põem tão mais sérias dúvidas que já chegaram a realmente extirpar do texto principal e difamar dentro de rodapés: Mc 9:44,46 (repetições de Is 66:24); 11:26; Lc 17:36; 23:17; Jo 5:4; At 8:37; 15:34; 24:7; 28:29; Rm 16:24.
Ao todo, T.C. e NVI omitem (ou gravemente questionam, o que dá no mesmo) 55 versos completos e mais 147 versos quase completos… Lembremos que o T.C., base preponderante da NVI, tem mais de 6000 palavras omitidas, 2000 adicionadas e 2000 adulteradas, totalizando mais de 10.000 (7%!) perversões das cercas de 140.000 santas palavras do Novo Testamento!
CONCLUSÃO:
Lembremo-nos e tremamo-nos ante Ap 22:18-19 + Pv 30:6 + Dt 4:2 (não adicionar/subtrair). 2Co 2:17 (não corromper), e Rm 1:25 (não transformar a Bíblia em mentira)!
A intenção daqueles que fizeram este estudo, não é causar brigas e divisões no meio do povo de ‘deus’. O nosso alvo é despertar pastores, líderes e membros das igrejas, para se aprofundarem mais no assunto da crítica textual, assunto este, que por sinal tem sido ensinado com pouca profundidade em nossos seminários. Não estamos causando um problema nem inventando modismo.
Deveríamos admitir que versões baseadas no T.C. não deviam ter entrado em nosso meio. Podemos afirmar que divisores, polarizadores e causadores de contenda são aqueles que, no passado, sutilmente infiltraram essas novas versões. E o nosso povo foi se acostumando gradativamente. Há pessoas sinceras que no passado repudiaram essas versões, mas com o passar do tempo foram aceitando. Outras, nem mesmo conhecem outras versões e aceitam TUDO que os seus líderes dizem ou fazem.. Não agem como os bereanos (Atos 17:11) e correm o risco de perderem a Vida Eterna (Mt 7:21-23). Amados, é hora de re-estudarmos este assunto. Não podemos ficar inertes diante de tamanho vilipêndio contra a Santa Palavra de ‘deus’.
Queremos deixar claro não somos “King-James only” (“só a tradução do Rei Tiago”). O que estamos defendendo não são as traduções, mas sim os textos que foram usados para essas versões. Pelas evidências aqui apresentadas, e por muitas outras, cremos que o ETERNO preservou Sua Palavra através do Textus Receptus (grego); apesar dos Nomes corrompidos (nomes não se traduzem) podemos usar estas versões de Almeida (ARC), mas procure conhecer os originais hebraicos e chegue mais próximo da Verdade. Amnao!
Nota de o Caminho: Atualmente estamos trabalhando (editando) em uma tradução do hebraico; As Sagradas Escrituras Segundo o Nome – Edição Corrigida by CIC. O motivo da Edição deve-se às passagens onde Yaohushua não é reconhecido no AT… Aguarde a edição!
PROBLEMAS DA BÍBLIA HEBRAICA EM PORTUGUÊS
Alterações textuais que impedem a percepção de Yaohushua como o Messias
Por Igor Miguel
Existem excelentes versões da Bíblia produzidas no mundo judaico, em específico, versões da Tanakh. Pela primeira vez foi publicada em português, uma versão de todo o Tanakh (o chamado Antigo Testamento para os cristãos) que se afirma traduzida diretamente do hebraico.
Sabe-se que toda tradução é naturalmente interpretativa e hermenêutica. Ou seja, está sempre submetida aos conceitos e ponto de vista do tradutor. Há os que sustentam uma “imparcialidade” ou “neutralidade” em traduções. Porém, cientificamente, sabe-se que a “neutralidade” é um mito. O tradutor pode tender à “imparcialidade”, porém sempre há algo de sua individualidade e subjetividade que estarão presentes em sua produção textual.
Nesta mesma linha, há o mito da “tradução fiel”, que é tratar a tradução como uma reprodução literal e precisa da fonte primária. Em outras palavras, uma tradução da Bíblia em português (ou qualquer outra língua) que se diga 100% fiel às fontes originais. O ideal de uma “tradução fiel” é uma impossibilidade técnica, não há como fazer uma tradução que reproduza fielmente, em todos os aspectos, o que o autor quis dizer. Pois é óbvio, que o sentido de um texto só pode ser entendido em todas suas dimensões de significado, quando inserido em sua língua e contexto originais. Ao passar este significado ou sentido para uma outra língua, há perdas, limitações naturais que ocorrem pelo simples fato de ser uma tradução.
Existem subjetividades de ordem cultural que precisam ser levadas em conta, há estruturas que são peculiares de uma língua específica. A exemplo de hebraísmos, rimas, jogos de palavras, expressões e até mesmo codificações que só fazem sentido na língua original, por isto, simplesmente é impossível reproduzi-las em sua totalidade em uma tradução.
Como já fora introduzido, a tradução também corre o risco de ser ideológica, ou seja, de carregar consigo a tendência ou pressupostos teológicos ou filosóficos, do tradutor. Por isto, o leitor deve ter clareza – ao ler uma Bíblia traduzida – que ele não está lendo a Palavra de D’us de uma forma direta, mas transmitida por uma tradução suscetível à interferências do tradutor. A Palavra de D’us, nos foi transmitida em língua oriental, no caso das Escrituras Judaicas, a língua hebraica (com alguns trechos em aramaico). O leitor deve ter extremo cuidado para não cair em uma excessiva sacramentalização da tradução, ou seja, uma supervalorização canônica da tradução, pois ela é uma “reprodução” sujeita à ruídos e interferências. Sendo assim, a Bíblia traduzida seja por quem for, sempre será uma versão vulnerável a pontos de vistas e imperfeições. Somente os originais podem ser tratados como textos realmente canônicos e realmente inspirados. Estes sim são a “fonte primária”.
Por isto, não existem traduções perfeitas, ou uma que possa ser considerada a melhor. Existem boas traduções da Bíblia publicadas por editoras protestantes, católicas e judaicas (no caso por exemplo do Tanakh), porém, estão todas suscetíveis às críticas e às mesmas vulnerabilidades textuais que já foram mencionadas.
Deve-se deixar claro por outro lado, que nenhuma tradução é desprezível, a maioria das produções sérias, como as versões clássicas (ARA, ARC, KJV, etc), são trabalhos de profunda importância intelectual e espiritual. As traduções introduziram as pessoas aos originais, lhes permitiu terem seus primeiros contatos com as Escrituras Sagradas em vernáculo conhecido. Isto é de grande valor! As limitações de uma tradução da Bíblia, não a colocam em categoria desprezível.
Toda tradução tem seu valor, o que não anula obviamente, suas limitações. Já vem sendo demonstrado através de vários artigos e palestras, os diversos problemas de tradução em versões cristãs da Bíblia, principalmente em textos que possuem vínculos teológicos à respeito da Lei, dos ju’deus’, de Israel, etc. Há trechos em específico do chamado Novo Testamento, que foram distorcidos em uma tentativa de ofuscar a teologia do relacionamento de D’us para com Israel, a Torá e seu povo. Há hoje um esforço teológico, para desmascarar esta tendência histórica de versões cristãs da Bíblia em “des-judaizar” as Escrituras.
Porém, nunca foi apresentada uma crítica (no sentido técnico) às tendências das versões judaicas das Escrituras, levando em conta em específico a recente e única edição judaica do Tanakh em Português. Não há intenção aqui, obviamente, de hostilizar a versão, seus editores ou tradutores. O que se propõe é apenas uma crítica de ordem teológica e técnica a textos que sofreram algum tipo de distorção, em favor de posicionamentos dogmáticos impostos por uma tradição histórico-religiosa milenar. Tradição respeitável, mas que não é hermética ou fechada, antes aberta ao diálogo e à reflexão livre. Mesmo que isto coloque em jogo alguns paradigmas. Se o que se deseja é o bem da verdade, que assim seja!
WHAT HAPPENED WITH ‘jesus’’ HAFTARAH?
O QUE ACONTECEU COM A HAFATARÁ DE ‘jesus’?
Foi recentemente publicado um artigo pelo Jornal israelense Haaretz, que trata de um assunto polêmico, mas que precisa ser debatido. Muitos estudiosos e pesquisadores das Escrituras, em específico aqueles que se especializaram sob o Novo Testamento, vinham questionando algo interessante.
Alguns sabem que há uma tradição milenar no judaísmo, que é a leitura de porções dos profetas após a leitura pública da Torá (Pentateuco). Estes textos previamente selecionados dos escritos proféticos são chamados de Haftará. Uma das fontes mais antigas, que descreve ocasionalmente esta tradição judaica, está maravilhosamente preservada em um texto do chamado Novo Testamento, em específico em Lucas 4:16-20 que diz:
“Indo [Yaohushua/’jesus’] para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado [Shabat], na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler. Então lhe deram o rolo do profeta Isaías, e abrindo o livro, achou o lugar onde estava escrito: O Espírito do ‘senhor’ está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres […] tendo fechado o rolo, devolveu-o ao assistente [chazan] e sentou-se …”
Nota: Não iremos considerar neste estudo a citação de uma cidade chamada Nazaré; saiba mais em www.cyocaminho.org/Nazare.html
Este texto fascinante, demonstra com clareza que Yaohushua (‘jesus’) fez a leitura pública do rolo do profeta Isaías na sinagoga em um Shabat. O que fazia Ele na ocasião? Nada mais, nada menos, que a antiga e boa tradição judaica da leitura da Haftará, já mencionada.
Porém, o problema que alguns estudiosos observaram ao ler esta narrativa, foi: Que trecho é este que Yaohushua leu? Ora o texto lido por Ele advém em específico do capítulo 61:1 e 2 do livro do profeta Isaías. Daí surgiu outra questão: Se a leitura das porções dos profetas (a Haftará) é selecionada antecipadamente, em uma tabela oficial. Quando esta leitura é ou era feita na sinagoga? Esta dúvida permaneceu durante muito tempo sem uma resposta satisfatória.
Sabe-se que a leitura oficial dos profetas é determinada por uma escala elaborada pela tradição dos rabinos. Assim vem sendo orientada por centenas de anos. Mas, o que se percebe no caso de Yaohushua, é que o texto lido por ele, não se encontra na escala de leituras do judaísmo atual. Por quê? Há algum erro no Novo Testamento? Há os que sustentam este argumento, porém, esta não é a resposta adequada. Teria então, a lista de leitura das Haftarôt (plural de Hafatará) sofrido alguma alteração, por parte de alguns rabinos ou decretos rabínicos?
Foi publicado pelo jornal israelense já mencionado, um artigo intitulado em inglês como: “What happened to ‘jesus’’ Haftarah?” de autoria de Hananel Mack1, cuja informação é no mínimo intrigante. Produto sem dúvida de uma mente crítica e atenta a possíveis falhas na bela estrutura do judaísmo, imprecisões que precisam ser criticadas e discutidas, ao invés de serem friamente aceitas.
O que o autor do artigo propõe, é que existem raras referências na tradição judaica, que podem dar alguma pista de quando exatamente surgiu a prática da leitura dos profetas nas sinagogas. Há obviamente os que argumentam que esta nasceu no período dos Macabeus (166-63 A.E.C.), porém o autor deixará claro que estas evidências históricas ainda são questionáveis. O curioso é que ele recorrerá a fontes, inusitadas para o judaísmo, que provam a existência desta prática já na época do II Templo. Incrivelmente um dos documentos, demonstrado pelo autor, que descreve a leitura da Haftará no I século E.C., está no chamado Novo Testamento. Um trecho é o que narra a leitura pública do profeta Isaías por Yaohushua (‘jesus’) na sinagoga de Nazaré e outro é o que está preservado no livro de Atos dos Apóstolos capítulo 13. Estas são claras evidências de que tal prática era comum na época do II Templo, tanto em Israel como na Galút (diáspora).
O quê autor questiona é que, como já fora introduzido, não há menção deste trecho do profeta Isaías (lido por Yaohushua) na lista oficial de leituras da Haftará do judaísmo recente. Logo, vem a pergunta: O que aconteceu então, com a Haftará que ‘jesus’ leu na sinagoga, entre os nazarenos?
1 Este é o endereço eletrônico no qual o artigo está disponibilizado:
https://www.haaretz.com/hasen/objects/pages/PrintArticleEn.jhtml?itemNo=611676
EXCLUSÃO DELIBERADA DE TEXTOS MESSIÂNICOS
Para o autor israelense houve uma exclusão deliberada por parte de líderes religiosos ju’deus’ da diáspora, principalmente em redutos ju’deus’ onde havia uma cultura predominantemente cristã. Para ele houve uma iniciativa da elite religiosa judaica em REMOVER os textos em que YESHUA poderia ser identificado ou associado ao Messias. A curiosidade é que os capítulos 60, o final do 61, o capítulo 62 e 63 do profeta Isaías, estão na lista de leitura da Haftará. Mas, estranhamente, o início do capítulo 61, que fora lido por Yaohushua em Nazaré, não está na lista.
Segundo o autor, na verdade o texto lido por Yaohushua fora excluído arbitrariamente. Esta inferência apresentada por Mack não foi produzida sem fundamentos. Baseia-se na antiga lista de leitura de Haftarôt encontrada na Guenizá2 da sinagoga do Cairo. De fato, o referido texto (Isaías 61:1 e seg.) era lido na Haftará desta antiga comunidade do Norte da África. Por quê?
Porque as comunidades judaicas desta região, não tinham contato com os debates sobre Yaohushua (‘jesus’) e o judaísmo, afinal eram locais onde havia predominância religiosa islâmica. Não havia conflito entre a cultura local e a estrutura litúrgico-teológica do judaísmo nestes locais. Não havia nada, a priori, no Islã que poderia por em risco a fé judaica.
Em suma, o que o autor tenta demonstrar é que houve um esforço no judaísmo ocidental (que logo se espalhou para o restante do mundo judaico) de excluir textos que eram tradicionalmente usados por cristãos como textos prova a respeito de uma possível “messianidade” de Yaohushua.
NOTA de o Caminho: Assim como a ICAR manipulou textos, a exemplo de Mateus 28:19, para provar a trindade advinda do paganismo e adotada por ela (e pelo mundo chamado “cristãos”).
Estes eram os chamados textos messiânicos. Todos os textos a seguir foram excluídos deliberadamente da tradição judaica, por motivos óbvios. O interessante é que a leitura atual da Haftará engloba ou versos ou capítulos, antes ou depois destes trechos, mostrando claramente a resistência do judaísmo em inserir em sua liturgia textos messiânicos.
NOTA de o Caminho: Observe, por exemplo, que os comentários das parashots jamais levam em consideração o Filho de YAOHUH UL e muitos textos que para eles não tem explicação, cumpre-se plenamente em Yaohushua!
2Guenizá: Um compartimento específico em sinagogas, para abrigar livros danificados, ou documentos que não estão em perfeito estado de conservação. Na tradição judaica, livros sagrados, mesmo em condições questionáveis, não podem ser lançados fora. Estes documentos permanecem em compartimentos específicos sem tempo determinado, neste caso, esta lista “diferente” de Haftarôt, fora encontrada na Guenizá de uma sinagoga do Cairo (Egito).
ALGUNS TEXTOS EXCLUÍDOS PELA TRADIÇÃO JUDAICA DA LEITURA DAS HAFTARÔT:
IS 7:14 – “Portanto, o ‘senhor’ mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel”.
IS 52:13 e 14 – “Eis que o meu Servo procederá com prudência; será exaltado e elevado e será mui sublime. Como pasmaram muitos à vista dele (pois o seu aspecto estava mui desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a sua aparência, mais do que a dos outros filhos dos homens)”.
IS 53:1-6 – “Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do ‘senhor’? Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse. Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso. Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de ‘deus’ e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o ‘senhor’ fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos”.
IS 42:1-7: “Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz; pus sobre ele o meu Espírito, e ele promulgará o direito para os gentios. Não clamará, nem gritará, nem fará ouvir a sua voz na praça. Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega; em verdade, promulgará o direito. Não desanimará, nem se quebrará até que ponha na terra o direito; e as terras do mar aguardarão a sua doutrina. Assim diz ‘deus’, o ‘senhor’, que criou os céus e os estendeu, formou a terra e a tudo quanto produz; que dá fôlego de vida ao povo que nela está e o espírito aos que andam nela. Eu, o ‘senhor’, te chamei em justiça, tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios; para abrires os olhos aos cegos, para tirares da prisão o cativo e do cárcere, os que jazem em trevas”.
JR 31:31-33: “Eis aí vêm dias, diz o ‘senhor’, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o ‘senhor’. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o ‘senhor’: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu ‘deus’, e eles serão o meu povo”.
OS 11:1 – “Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei o meu filho”.
MQ 5:2 – “E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”.
ZC 9:9 – “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta”.
Parece meio óbvio, que estes textos tenham sido excluídos da leitura pública da tradição judaica, fica evidenciado que estas profecias têm profundas implicações de ordem messianológica, em favor de Yaohushua como única pessoa histórica que se tem relato textual que cumpriu, ou pelo menos teve algum vínculo com estas profecias. O que se vê é um esforço deliberado contra a figura de Yaohushua (‘jesus’) como Messias.
NOTA de o Caminho: Um membro mediano de uma sinagoga que segue à risca as tabelas de leituras e que, portanto, não dedique tempo ao estudo mais profundo das Escrituras (Lei, Salmos e Profetas), jamais terão contato com estas passagens que apontavam para o Messias, Yaohushua, o Filho de YAOHU UL.
ADULTERAÇÃO DE TEXTOS MESSIÂNICOS
O esforço do judaísmo tardio em descaracterizar, ou pelo menos, em prevenir a comunidade de uma “livre associação” entre textos messiânicos com a figura de Yaohushua continua ainda de forma mais intensa, quando se trata de uma tradução recente, do Tanách3 (da Bíblia Hebraica – também conhecido como Antigo Testamento pelos cristãos). Infelizmente, muitos cristãos ávidos e leigos, ainda inexperientes na relação cristianismo x judaísmo, se envolvem em elogios até públicos, sem ao mesmo refletirem criticamente sobre estes textos.
Como de praxe nesta versão, em nada diferente de outras traduções da “Bíblia Hebraica” existentes no mundo, há inferências entre parênteses que são usadas, segundo os editores, para a “… inserção criteriosa de certas palavras (normalmente entre parênteses) quando extremamente necessárias à compreensão do texto, ou adotou-se determinada tradução não literal a fim de possibilitar sua leitura à dos ensinamentos e orientações técnicas dos Sábios do Talmud e dos consagrados exegetas bíblicos ju’deus’ dos últimos 2 mil anos”4.
Neste ponto reside a principal crítica deste artigo. Ao submeterem uma tradução das Escrituras Hebraicas para o português, levaram em conta uma tradição paralela de tradução das Escrituras, neste caso as orientações de rabinos da antiguidade bem como outros intérpretes ju’deus’. Ou seja, o que se tem não é apenas uma tradução, é uma “interpretação”. Felizmente, este ponto foi deixado claro.
3 Fridlin, Jairo e Gorodovits, David. Bíblia Hebraica. São Paulo. Ed. Sêfer: 2006
4 Considerações Gerais (pg.8) de: Fridlin, Jairo e Gorodovits, David. Bíblia Hebraica. São Paulo. Ed. Sêfer: 2006.
O problema reside no fato de que, como foi visto na questão das Haftarôt, há na estrutura do judaísmo posterior ao Segundo Templo, uma tendência a “ajustes” de ordem teológica na própria religião, de forma não haver lacunas para uma possível compreensão ou associação de Yaohushua (‘jesus’) como uma figura messiânica. Para prevenir possíveis “distorções”, apela-se para todo tipo de “adaptação” textual, para que se alcance este objetivo.
Pensar-se-á em algumas passagens bíblicas cuja tradução é conduzida de tal forma que levam o leitor à conclusões previamente elaboradas, obviamente com fins profiláticos, como uma forma de prevenir outros ju’deus’ de perceberem a figura messiânica de Yaohushua nestes possíveis textos.
Citar-se-ão alguns textos na versão portuguesa da Bíblia Hebraica e será feita em seguida uma análise exegética destes textos, percebendo possíveis distorções ou interpolações.
TEXTO 1: IS 9:6-7 (v.5-6 no texto hebraico):
“Pois nasceu entre nós uma criança, um filho (de Achaz, da dinastia de David) nos foi dado. E sobre seus ombros estará a autoridade; por isso o Maravilhoso Conselheiro, o D’us Todo-Poderoso e Pai eterno, alcunhou-o (a Hizikiáhu [Ezequias], o filho de Ahaz) de Sar-Shalom (‘Príncipe da Paz’)…”
NOTA de o Caminho: Porque será que estas colchetes (textos para esclarecer) aparecem justamente em textos messiânicos?
Como já foi dito, as inferências entre parênteses são em alguns casos elucidativas, mas em outros, são ampliações do texto vinculando-os a uma tradição interpretativa. Neste texto a “criança”, a priori não identificada diretamente no texto, é associada ao filho do rei Acaz, neste caso o Rei Ezequias. Observe, que as observações entre parênteses não constam no texto hebraico original, são interpretações de ordem especulativa, não havendo clareza no texto sobre tal possibilidade. Repentinamente, a “criança” ou o “menino”, ‘cujo poder está sobre seus ombros’, é nomeado de “Príncipe da Paz” por um terceiro sujeito: “O D’us Todo Poderoso e Pai Eterno”. Estranho pois no texto hebraico esta estrutura final está da seguinte forma:
Vaikrá [e chamar-se-á] sh’mô [seu nome] pélê [maravilhoso] yoêts [conselheiro] Êl-Gibor [D’us Forte] Aviád [Pai Eterno] Sar-Shalom [Príncipe da Paz].
Como pôde ser observado, na tradução interlinear (transliterado) não há possibilidade para outra tradução, não há a expressão “por isso” usada pela Bíblia Hebraica em Português. Nem o artigo definido “o conselheiro”, como se houvesse uma outra pessoa no texto. Fica claro que todo os adjetivos usados no texto se aplicam à “criança” (O Messias) que nasceria e teria o poder sobre seus ombros. Há nitidamente inferências artificiais no texto tendo em vista conduzir o leitor a uma interpretação intencionada.
Veja ainda que o tradutor deslocou os adjetivos messiânicos para o Eterno, obviamente para ofuscar a argumentação de séculos, de que este texto refere-se a Yaohushua.
Enfim, o que o texto do profeta deseja, é demonstrar o caráter representativo do Messias, cuja função é revelar: o “D-us Forte”, “O Pai da Eternidade”, etc.
Óbvio, que a abordagem tradicional cristã sobre a divindade do Messias, tem pontos de debate e em alguns casos até mesmo conflitantes com um modelo de fé legitimamente monoteísta. Por isto, está disponível no site do Ministério Ensinando de Sião (www.ensinandodesiao.org) um artigo que demonstra uma forma alternativa de abordar o caráter “divino” do Messias. Desprovido de um deslocamento da pessoa do Eterno para Yaohushua, como vem fazendo tradicionalmente a abordagem cristã a respeito da relação Pai X Filho. CLIC AQUI para ver este estudo!
NOTA de o Caminho: Ou como o fazem os unicistas (formas diferentes da Divindade se manifestar = modalismo).
TEXTO 2: IS 7:14:
“Eis pois que o Eterno, Ele mesmo, vos dará um sinal: eis que a moça grávida dará à luz um filho e o chamará Imanuel (‘’deus’ está conosco’)”.
Hú [ele] lachêm [para vós] ôt [um sinal] hinê [eis] haalmá [a moça] hará [grávida] veylédét [dará à luz] bên [um filho] v’karát [e chamará] sh’mô [seu nome] imanu-êl [D’us conosco].
Óbvio, que já houve uma tentativa do movimento chamado “Jews for Judaism” (ju’deus’ pelo judaísmo) de contra-argumentar este posicionamento. No manual antimissionário de autoria do sr. Bentzion Kravitz, encontra-se a seguinte afirmação em relação a Septuaginta: “… Os 70 rabinos não traduziram o livro de Isaías, mas apenas o “Pentateuco”, os cinco livros de Moisés…” (A Resposta Judaica aos Missionários – Manual Antimissionário – Rabino Bentzion Kravitz – Ju’deus’ pelo Judaísmo – em nota pg.22). Bem, discorda-se deste posicionamento usando-se a famosa Encyclopaedia Judaica que traz a seguinte informação: “É amplamente aceito que a Carta de Arestéias faz menção sobre uma tradução oficial do Pentateuco, feita em Alexandria no começo do III século A.E.C. — [antes da era comum ou antes de Cristo] – seja válida. Porém, sabe-se que o projeto teve início pela comunidade judaica de fala grega, que precisava de uma versão do Pentateuco para serviços e instrução. Esta versão, que era indubitavelmente um trabalho coletivo, talvez baseado em escritos anteriores ou tentativas orais, foi recebida com entusiasmo pela comunidade. Ela foi seguida pela tradução dos outros livros da Bíblia Hebraica. De acordo com Thackeray, a carência litúrgia dos ju’deus’ de Alexandria os levou a uma gradual tradução dos profetas tardios, seguido pelo dos profetas posteriores, durante o segundo século, enquanto os livros hagiógrafos [chamado pelos cristãos de apócrifos] eram traduzidos separadamente no primeiro século A.E.C. ou mais tarde. Porém, é geralmente defendido que as versões dos profetas posteriores e tardios devem ser colocados antes do fim do terceiro século A.E.C., e que no mínimo alguns dos Hagiógrafos já estavam traduzidos no começo do segundo século A.E.C., até porque o prólogo para o grego Bem-Sira (132 A.E.C.) refere-se a uma versão já existente da ‘Lei, os Profetas e os outros escritos’. Por isto é aceito que uma versão completa da Bíblia Hebraica existia ao menos no começo do primeiro século E.C. [na era comum, ou depois de Cristo]”. (Traduzido pelo autor da Encyclopaedia Judaica – em CDRom V.1.0 – Keter Publishing House, verbete: “Bible: Translations”).
Como se observa, já havia uma versão completa das Escrituras hebraicas em língua grega no I século, contendo “A Torá, os profetas e os Ketuvim”. Sendo assim, o argumento do Manual Antimissionário de que a versão dos 70 (Septuaginta) só traduzira o Pentateuco é insustentável. Sintetizando: para os tradutores ju’deus’ que elaboraram a versão grega das Escrituras hebraicas, era natural o uso do termo grego partenós (virgem) para se referir a almá no hebraico (moça). Obviamente porque não havia dissociação entre “moça” e “virgem”.
A tradução em debate, quando adota esta tradução visa ofuscar a promessa do nascimento virginal do Messias. Deve-se ter em mente que o texto de Isaías se refere a um sinal, no hebraico “ôt” twa, expressão sempre usada nas Escrituras associada à “sinal sobrenatural” [salvo raras exceções] (Ex 7:13 sinais e maravilhas), não há nada “sobrenatural” em uma pessoa normal dar à luz, porém uma virgem dar a luz em estado de virgindade, é um “sinal sobrenatural”. Israel teve em sua trajetória vários casos em que mulheres que não podiam dar a luz de forma natural e conceberam por intervenção divina, obviamente não eram virgens, mas eram estéreis, e D’us por sua intervenção as fez conceber (como Sara em idade avançada). Há algum limite para o poder do Criador? Não seriam estes casos que vão desde Sara, passando por Ana até Isabel (parente de Maria), sinais de uma concepção ainda mais milagrosa que ocorreria quando o Messias viesse ao mundo?
NOTA de o Caminho: Aqui temos o mesmo efeito citado pelo autor deste estudo: a sua concepção religiosa influiu nesta interpretação! Sobre esta passagem de Isaías, mantivemos na integra o texto original, no entanto, discordamos TOTALMENTE desta interpretação, pois observando a genealogia de Lucas, deixa-nos muito claro que Yaohushua era “Ben Yosef” (Filho de José ou Filho do Homem e não cita Maria… Mateus – cujo original não é o GREGO e sim o Aramaico – a cita como parte da genealogia (como Tamar também foi citada) mas apenas para cumprir-se a profecia que apontava para uma moça [jovem] ficando grávida… Isto não significa que Maria, continuasse virgem ou o Seu nascimento tenha sido virginal como querem os da ICAR e como aceitam os “cristão” (protestantes de um modo em geral). Lemos em Hebreus – também escrito originalmente em hebraico, consequentemente não sendo de Paulo – cap 10, vs 5 que Ele diz (repetindo um Salmo messiânico): Pelo que, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, mas um corpo Me preparaste… Yaohushua, que antes era um ser divino e espiritual (como o Pai – João 4:24), passou a habitar aquele corpo formado no ventre de Maria, porém com a participação evidente de José – citado na Genealogia. Portanto, ambos os escritores traçam a genealogia, porém um usa o ramo que conduz a José e o outro o ramo que conduz à Maria, comprovando que verdadeiramente Ele era Filho de Davi, por parte de Pai e Mãe.
TEXTO 3: IS 52:13—53:12.
Este é o texto mais adulterado da versão portuguesa da Bíblia Hebraica. Far-se-á uma análise de alguns trechos considerados de maior gravidade. Este trecho é comumente conhecido, como se referindo ao “servo sofredor”, associado durante muitos anos no judaísmo a figura do Messias, como bem demonstra alguns targumim5 e trechos do Talmud. Houve uma mudança de ponto de vista hermenêutico (interpretativo), na estrutura do judaísmo da idade média, tendo em vista prevenir a associação da figura de Yaohushua (‘jesus’) com este texto.
5 Targumim, plural de “targum” (tradução). Traduções interpretativas judaicas do hebraico para o aramaico.
Houve um consenso rabínico de se procurar uma interpretação alternativa a Isaías 53, ao invés de associá-lo ao Messias. Isaías 52:13 que começa na Bíblia Hebraica em português como: “Eis que há de prosperar Meu servo (o povo de Israel)…” Deixa óbvia a interpolação entre parênteses e proposta de associação entre o “servo” com o “povo de Israel”, descaracterizando o caráter messiânico da profecia. Estranho, para uma versão que se propõe manter seus vínculos com a tradição, ignorar como o Targum Jonatas (Yonatân) traduz o começo do texto: “Eis que o meu servo o Messias (o Ungido), há de prosperar…” .
Em Isaías 53:4 a Bíblia Hebraica em português propõe a seguinte tradução: “Na verdade, eram os nossos sofrimentos (das nações) que (Israel) suportava, e as dores que o oprimiam, mas nós o considerávamos um ser aflito, golpeado e ferido por D’us”. Veja a diferença, na tradução interlinear (literal) no quadro abaixo:
Achên [certamente] chalayênu [nossas enfermidades] hú [ele] nassá [levou] umachovêinu [e nossas dores] sevelêm [carregou] vaanáchnu [e nós] chasháv’nehú [o julgamos] nagúa [golpeado] muké [ferido] elohim [de D’us] umuné [e oprimido].
Não há, obviamente nem “Israel” e nem as “nações” no texto original. Mas, observe, que o tradutor colocou “… as dores que o oprimiam…”. Associando assim a “dor” à 3ª pessoa (ele), como se o texto estivesse associando “as dores” ao sujeito descrito no texto, que para a versão é “Israel”. Mas, no original não é bem assim. O que se vê é o uso da expressão “umachôvêinu” wnybakmw que está na 1ª pessoa do plural (nós) como indica o sufixo ”einu”. O texto está dizendo que “ele” (o servo sofredor – o Messias) levará as “nossas dores”, ou seja as dores do povo de Israel e não o contrário, como se Israel carregasse em si suas próprias dores.
Uma curiosidade sobre este trecho é que na tradição judaica, anterior à idade-média, este era interpretado como se referindo ao Messias, como descreve o Talmud:
“Disse Rav: O mundo foi criado só para David. Disse Shemuel: Para Moisés. Disse o Rabi Yochana: Para o Messias. Como se chama o Messsias? (…) Se chama “o leproso da casa dos estudos” – disseram os rabinos – porque disse o escrito: CERTAMENTE ELE LEVOU AS NOSSAS ENFERMIDADES, E SOFREU NOSSAS DORES; E NÓS O REPUTAMOS POR FERIDO DE D’US E OPRIMIDO” (ISAÍAS 53)” (Talmud Babilônico, Tratado San’hedrim 98a).
Outro trecho sujeito a críticas é o que se encontra no verso 8: “Com opressão e juízo iníquo foi aprisionado; acaso alguém (das nações) argumentou para com sua geração: ‘Ele (Israel) foi exilado da terra dos vivos pela transgressão do meu povo, e por isso recebeu esse duro golpe?’” (grifo do autor). Ao analisar o trecho destacado em negrito, o que se vê é uma frase contraditória. Afinal, todo o tempo o autor impõe um diálogo entre “Israel” e as “nações”, excluindo uma terceira pessoa, a figura do Messias.
Observe a tradução interlinear-literal:
(porque) nigzár (ele foi cortado) meérets (da terra) chaim (dos vivos) mipêsha (da rebelião) ami (do meu povo) nega (um golpe) lamô (recebeu)”
O que se vê é que a expressão “ami” (meu povo) se refere a ISRAEL, a única nação no mundo que é chamada nas Escrituras Hebraicas de “meu povo”. Então como pode o mesmo Israel levar um golpe pelo “meu povo” (Israel). Há um outro sujeito que recebeu um golpe pela rebelião ou transgressão do povo de Israel. Isto é demonstrado pelo verbo “nigzár” (que está na 3ª pessoa do singular masculino – “cortado”) e o verbo “lamô” (que também está na 3ª pessoa do singular masculino – “recebeu”). Lembrando, que não há a expressão “exílio” (galút) no texto original.
Fica claro que neste caso há referência ao Messias (a 3ª pessoa do singular) como redentor das culpas de Israel.
IS 53:10 – Este é outro trecho profundamente alterado, veja como se segue a tradução feita pela Bíblia Hebraica em Português:
“Contudo, aprouve ao Eterno oprimi-lo para testar se sua alma se oferecia como restituição, para que pudesse ver prolongados os dias de sua semente, e sentir prosperar, por seu intermédio, os desígnios do Eterno”.
Agora observe a tradução interlinear-literal:
(e Adonai) chafêtz (agradou) dakô (quebrantá-lo) hechelí (enfermá-lo) im-tassim (quando o colocar) ashâm (como oferta pelo pecado) naf’shô (a alma dele) yreê (verá) zéra (sua semente) yarích (prolongará) yamim (os dias) vechfêts (e deleite) YHVH (ADONAI) beyadô (pela mão dele) ytslách (prosperará).
O que se deve discordar é a tradução do termo “asham” (oferta pelo pecado) por “restituição”. Sabe-se o sentido literal de “asham” como significando “compensação”, porém “asham” é uma referência direta a “oferta pela culpa” oferecida no Templo, conforme se vê o uso da palavra em textos como: Levítico 7:15; 14:21 e 19:21. Ao ofuscar a função de “asham” do Messias, exclui-se qualquer possibilidade, de encontrar a cura de Israel, a resposta para um Yom Kipur verdadeiro. Pois não há “Yom Kipur sem sangue” como afirma a tradição.
Sem dúvida, por isto o Eterno providenciou um “asham”, uma oferta pela culpa de todo judeu. O Eterno providenciou esta cura e os que a experimentam (judeu ou não-judeu) conhecem bem os seus efeitos.
O que se vê também, é que há uma suavização dos verbos usados. Ao invés do verbo “testar” dever-se-ia usar como no original o verbo “hechêlí” que vem da raiz “chalá” que só pode ser traduzido como: “adoecer, se tornar enfermo, etc”. O verbo “testar” é inexistente no original, não há nenhuma palavra que suporte esta tradução. Vale aqui uma crítica: Por que a versão em questão traduziu o termo que vem da raiz “chalá” como “teste” em Isaías 53:10 e traduziu como “doente” em Isaías 33:24? Este texto foi traduzido como se segue: “E não dirá um habitante (de Jerusalém): ‘Estou doente’6, pois ao povo que ali vive serão perdoados todos os pecados” (grifo do autor).
TEXTO 4: ZC 9:9
“Rejubila-te com todo teu ser, ó filha de Tsión! Clama com alegria, ó filha de Jerusalém! Eis que para ti se encaminha teu justo rei, triunfante por suas vitórias, mas ao mesmo tempo comportando-se com humildade, cavalgando um filhote de jumento”.
Observe a tradução linear:
Gili (alegra-te) meôd (muito) bat (filha) tsiôn (de Sião) harii (grita) bat (filha) yrushalam (de Jerusalém) hinê (eis) malkêch (teu rei) yavô (virá) lách (a ti) tsadik (justo) venosha hu (e salvação ele é) ani (pobre) verochêv (e montado) al chamôr (sobre o jumento) veal-ayir (e sobre o filho do jumento) bem atonôt.
O texto procura obscurecer a “pobreza” e o “sofrimento” do Messias em sua primeira vinda Yaohushua era pobre, as narrativas dos evangelhos deixam isto claro, e sofreu em sua trajetória messiânica. Porém, neste caso há um obscurecimento= deste detalhe. Pois se insere a seguinte frase: “… triunfante por suas vitórias, mas ao mesmo tempo comportando-se com humildade…” Não há no original esta estrutura, ele não se “comporta” com humildade, ele é “pobre e sofredor” yn[ (ani).
Veja o uso da mesma palavra em alguns textos da Torá:
Êxodo 3:7 Falando do sofrimento e da aflição do povo de Israel no Egito
Deuteronômio 16:3 Falando do pão da aflição
Deuteronômio 24:12 Falando do homem pobre
O que a profecia de Zacarias procura demonstrar é a dupla função do Messias: “sofredor” e “vitorioso”. Interessante observar novamente o que está preservado na tradição judaica, sobre esta relação do Messias “sofredor x vitorioso”, como está escrito: “Rabino Alexandre disse: Rabi Josué Bem Levi levantou uma contradição. Está escrito, neste tempo [virá o Messias], como também está escrito, Eu [ADONAI] apressarei isto! Se eles forem dignos, eu apressarei isto, se não, [ele virá] no tempo oportuno. Rab. Alexandre disse: Rab. Josué opôs-se com dois versos: Está escrito, que um como o Filho do Homem virá com as nuvens dos céus, mas também está escrito que o [Rei virá a ti] humilhado e cavalgando sobre um jumento! Se eles merecerem, ele virá com as nuvens dos céus, mas se não, humilhado e sobre um jumento” (San’hedrim98a).7
Como descrito, os rabinos debatiam o duplo caráter do Messias: pobre, humilhado e afligido e ao mesmo tempo um Messias vitorioso. Este conflito messianológico era muito presente no I século em vários debates rabínicos. Pois de fato havia textos que sustentavam o aspecto “sofredor” do Messias. Por isto há a tradição de um “Messias Ben Yosef” que antecederia o Messias vitorioso. A diferença que existe na abordagem dos ju’deus’ messiânicos, é que simplesmente vemos Yaohushua como este Messias sofredor e que ele mesmo (como prometera) voltará para um povo que merecidamente o verá sobre as nuvens dos céus, em Sua segunda vinda.
7 “R. Alexandri said: R. Joshua b. Levi pointed out a contradiction. it is written, in its time [will the Messiah come], whilst it is also written, I [the Lord] will hasten it! — if they are worthy, I will hasten it: if not, [he will come] at the due time. R. Alexandri said: R. Joshua opposed two verses: it is written, And behold, one like the son of man came with the clouds of heaven whilst [elsewhere] it is written, [behold, thy king cometh unto thee … ] lowly, and riding upon an ass! — if they are meritorious, [he will come] with the clouds of heaven; if not, lowly and riding upon an ass…” (Sanh. 98a) (versão Soncino em Inglês disponível em https://www.comeandhear.com).
TEXTO 5: ZC 12:10
“E derramarei sobre a Casa de Davi e sobre os moradores de Jerusalém o espírito de graça e das súplicas, e olharão para Mim por causa daqueles que foram transpassados e gemerão como se fosse pela morte de seu filho único, e sofrerão como quem sofre por seu primogênito”.
O problema reside no trecho:
“… e olharão para Mim por causa daqueles que foram transpassados…”
Mais uma vez, observe a tradução literal do trecho:
Vehibitú (e eles olharão) elay (para mim) êt (indicação de objeto direto) asher (que) dakarú (eles transpassaram) vesf’rú (e prantearão) aláiv (sobre ele) k’mispêd (lamento).
O uso de “êt” ta pelo tradutor foi totalmente ignorado. O “êt” tem a função de indicar objeto direto em uma oração, ou seja, que a estrutura após o “êt” recebe a ação do sujeito da estrutura anterior. “Eles” (os que olharão) são os sujeitos da oração. “Eles olharão” para aquele (“…para mim…”) que “eles transpassaram” e chorarão. Não há como sustentar “aqueles que foram transpassados”, até porque o verbo transpassar “dakarú” (wrqd) está na voz “Qal” ou seja, voz ativa e não voz passiva. Indicado “ação sobre” e não que os sujeitos da oração estão recebendo a ação. Mas, uma vez a tentativa de ofuscar, o lamento sobre o Messias ferido pelas iniqüidades de Israel e das nações.
Conclusão:
Como pôde ser observado, existe uma intensa produção textual inerente ao judaísmo que tenta de alguma forma impedir a associação entre os textos messiânicos em sua forma original com a figura messiânica de Yaohushua o Nazareno. Por uma questão óbvia, sabe-se que por séculos o judaísmo vem resistindo à esta combinação, na maioria dos casos de forma intencional. A figura de Yaohushua vem sendo excluída do judaísmo durante séculos. Hoje, já existe um movimento acadêmico/teológico que tenta reconstituir Yaohushua como um judeu, como um grande mestre, até mesmo como um possível profeta judeu, há até os que afirmam como se segue, Yaohushua como um tipo de Messias Ben Yosef:
“A literatura teológica judaica clássica fala de um messias fracassado. Na maioria dos textos, ele é chamado Messias filho de José (ou Messias filho de Efraim). Trata-se de um messias preliminar, que vem em antecipação do, e para abrir o caminho ao Messias final, o Messias filho de David. É um messias que morre a fim de criar as condições e proporcionar a oportunidade, para que a redenção final ocorra. Essa idéia de um messias sofredor é originária do messianismo judaico (…) De acordo com outros historiadores ju’deus’, a idéia do Messias filho de José foi desenvolvida para conferir a ‘jesus’ um lugar na teologia messiânica judaica. Segundo essa concepção, a idéia foi desenvolvida para tentar convencer os ju’deus’ do primeiro século que acreditavam que ‘jesus’ era o Messias de que na verdade ele era um messias judeu, mas não o Messias definitivo. Essa tentativa, esperava-se, evitaria a separação desses ju’deus’ da comunidade judaica” (‘jesus’ segundo o Judaísmo, Ed. Paulus – Capítulo “Quem você diz que sou?” – Rabino Byron L. Shewin*)
*Currículo: Professor de filosofia e misticismo judaicos no Spertus Institute of Jewish Studies in Chicago. Ordenado no Jewish Theological Seminary.
O que se propõe com este artigo é que irmãos judaicos tenham suas mentes abertas e seu espírito livre pela verdade. Que questionem, que investigam com mente e coração dispostos pela verdade. A verdade é cara, custa vínculos, revisão de dogmas, mas a recompensa é incomensuravelmente valiosa, ela liberta.
O judaísmo possui em sua religiosidade indícios de uma revelação que está nas entrelinhas dos textos sagrados, na liturgia, nos cantos sinagogais e na sabedoria dos rabinos. Yaohushua foi o único judeu que dividiu a história, sua simplicidade enigmática deixou uma marca no tempo. As impressões que ele legou, nunca serão feitas por outro judeu na história.
Uma crítica como esta, não tem outro fim, a não ser permitir que as pessoas pensem, pensem de forma autônoma e livre, para compreenderem finalmente a verdade além dos dogmas.
Obs: Para uma maior compreensão de Yaohushua como o Messias leia o artigo “100 quatrilhões de Chances de Yaohushua ser o Messias” CLIC AQUI!
Ministério Ensinando de Sião
NOTA de oCaminho: e muitos ainda sonham em ter uma Torah!!!
Saiba Mais:
Em que língua o NT foi escrito?
As bíblias de hoje tem um texto confiável?
A “tradução” da SEFER é tendenciosa!
A tradução [correta] de João 1:1
Porque não aceitar os apócrifos
Nascimento Virginal – Verdade ou Mito?
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