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Santa Ceia Anual, Mensal ou Diária?

Existe realmente uma data específica para a celebração da Ceia do Mestre Yaohu’shua? Esta é uma das principais questões, relacionadas na Celebração da Santa Ceia.

 By  David Pereira Tiburcio Filho 

Edição de oCaminho

No segundo século d.Y. e posteriormente, houve considerável diversidade e debate sobre a data em que deve ser observada a Ceia do Mestre Yaohu’shua, a Páscoa yaoshorul’ita (bíblica). Mas nunca em relação à “quantidades de ceias”! A Kehiláh do Messias que estava na Ásia Menor, durante muito tempo seguiu a computação quarto décima, mediante a qual a Páscoa judaica era regularmente observada a 14 de Nisan (março/abril). Porém não se sabe, precisamente a partir de quando a Kehiláh que estava em Roma e em outros lugares passaram a seguir um calendário paganizado [não antes do V século] que comemorava a Paixão numa sexta-feira, e a ressurreição num domingo. Porém, sempre anualmente…

Atualmente – muito recentemente, ou seja, com o advento da doutrina espúria do pentecostalismo [espiritismo] – existem diversos pensamentos sobre a data correta de celebrar a Santa Ceia.

  • Os evangélicos pentecostais [i.e. espíritas], por exemplo; celebram a Ceia em todos os meses do ano, ou seja, «uma vez em cada mês», uns no segundo sábado, outros no terceiro sábado, outros no quarto sábado de cada mês ou no domingo; em fim, nem todos seguem o mesmo padrão do dia da semana, pois o que importa para eles é seguir a celebração de mês a mês.
  • Outros uma vez em cada ano civil, porém, com data variável, isto é, podendo ocorrer, por exemplo; no mês de outubro num determinado ano e, depois ocorrer no mês de maio no ano seguinte. Sendo assim, a questão do mês não importa, para eles, na celebração da ceia.
  • Outros ainda, seguem a computação quarto décima (14 de nisan), isto é, quase que em conformidade com data da Páscoa judaica, porém seguindo o calendário imposto pela ICAR.

NOTA: Existem ainda os que a comemoram DUAS vezes ao ano, fazendo a primeira segundo o calendário da ICAR e a segunda segundo um calendário judaico, por ocasião do Yon Kipur. E tem aqueles que almejando “mais ofertas” para a sua igreja, comemora até mesmo duas vezes ao mês…

Estes são alguns dos exemplos, que mostram-nos os diferentes pensamentos a respeito da data da celebração da Santa Ceia. Cada um destes apóia seu pensamento ou a sua idéia, por certo em algum fato. Cada um se justifica da maneira que “acha” correto. Contudo, é preciso examinar a Bíblia [At 17:11] para se chegar a uma certa conclusão, que possa definir qual é a data correta para celebrar a Santa Ceia. Pois, todos na verdade se consideram corretos, ou não se preocupam com o assunto. – Se a data correta da celebração da Santa Ceia é um dos seus pontos relevantes, por que a maioria das pessoas chega a pensar que não existe uma data determinada para celebrar a Santa Ceia? Alguns consideram que o importante é celebrá-la, sem se importar com a data; como fazem com o dia de “guarda”.

Compreender biblicamente que a Santa Ceia é anual [aniversários só se comemoram uma vez ao ano] é muito fácil; porém, o mesmo não ocorre com as justificativas – enraizadas como qualquer outro erro doutrinal, implantado por satanás – de datas semanais ou mensais e para isto recorrem-se a autênticos malabarismos escriturísticos para tal.

NOTA: Pergunta-se, porque não diárias e sim semanais e ou mensais? Cuidado, muitos usam At 2:46 para justificar uma “santa ceia” diária – como nas missas e a hóstia…

Mas, basta dizermos antecipadamente que, aqueles que não fazem caso da data da observância da Ceia do Mestre Yaohu’shua, estão desconsiderando e perdendo de vista o propósito memorial deste ato sagrado (I Co 11:4,25). Muitos dizem que celebram a Ceia todos os meses, apontando como justificativa os doze frutos da árvore da vida de (Ap 22:2). Porém, isto não passa de um puro ato de ignorância hermenêutica; ou seja, celebrar a Santa Ceia doze vezes no ano, apoiado nos doze frutos da árvore da vida, veja:

Primeiro: Quando João/Yao’khanan teve a visão sobre a ‘Árvore da Vida’, a Kehiláh de Yaohu’shua já vinha celebrando a Santa Ceia há vários anos antes. Para ser ter uma idéia, o Apocalipse foi escrito entre 90 e 96 d.Y. (embora alguns pensam em uma data anterior), ou seja, mais de 60 anos depois do Pentecostes. Se esta revelação a João/Yao’khanan, foi mais ou menos de 60 anos depois que a Kehiláh havia celebrado pela primeira vez a Santa Ceia; como que a Kehiláh celebrou todos estes anos a Santa Ceia, de mês a mês?

Segundo: João/Yao’khanan teve uma revelação, isto é, daquilo que iria se suceder futuramente e, não o que  estava acontecendo naqueles dias. A propósito, ‘a árvore da vida com os seus doze frutos’ que João viu, não foi uma árvore literal, mas, simbólica, confira Apocalipse 22.

NOTA: A linguagem apocalíptica [revelação], como o próprio nome esta dizendo, é simbólica, isto é, símbolos de uma realidade…

Terceiro [e pior]: João/Yao’khanan não disse que a visão dos doze frutos, constitui como uma regra para celebração da Santa Ceia 12 vezes em cada ano.

Como vimos, apontar os doze frutos da árvore da vida como justificativa para celebrar a Santa Ceia todos os meses, é uma falsa interpretação bíblica; é querer dizer aquilo que a Bíblica não diz – Ap 22:19.

Ainda levantam outra justificativa para dar apoio à Ceia mensal, considerando as seguintes palavras: ”Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes deste cálice, anunciais a morte do Mestre, até que venha” (I Cor 11:26). Dizem que a expressão «…todas as vezes…»indica que a Ceia deve ser de mês a mês. Isto, evidente, não significa uma Santa Ceia diária ou mensal; mas está em foco todas as vezes que a comemoração for levada a efeito, com o propósito de relembrar a pessoa do Messias. Sinceramente, o que tem a ver a expressão em foco com a Santa Ceia de mês em mês? Esta é uma interpretação bastante infantil.

É preciso que a Kehiláh do Messias respeite o limite imposto sobre a data de celebração da Ceia do Mestre Yaohu’shua. Ele não deixou a nós o direito de escolher a data da celebração da Sua Ceia, como assim desejarmos. Há uma data específica para a celebração da Santa Ceia, estabelecida na Bíblia e, é isto que vamos rever abaixo– o que não seria necessário, já que todo crente tem a obrigação de conhecer as Escrituras:

  1.  A Páscoa judaica era um «memorial»: O dia da Páscoa era o aniversário da redenção dos filhos de Israel/Yaoshor’ul daescravidão egípcia e do livramento de seus primogênitos, quando UL feriu os primogênitos dos egípcios (Ex 12:14,25-27).
  2.  A Páscoa era celebrada anualmente: Desde a primeira Páscoa realizada no Egito, UL determinou que ela fosse celebrada anualmente (Ex 12:14,17).
  3.  A celebração da Páscoa segue uma data fixa no Calendário Sagrado Judaico, ou seja, bíblico: A ordem para imolar os cordeiros era «entre as duas partes do dia» do dia 14 de Abibe ou Nisan (marco/abril), enquanto, que a Ceia pascal era realmente comida na noite do dia 15, ou seja, depois do pôr-do-sol do dia 14 (Ex 12:6; Lv 23:5,6; Nm 9:5; Dt 16:6). Sendo que esta data era regulada pela lua Cheia, que às vezes cai em nossos meses de março ou de abril – lembre-se, o calendário bíblico é luni-solar (Gn 1:14).

Estas ordenanças da Páscoa judaica (bíblica) que acabamos de ver é a base que exemplificam os mesmos propósitos para a celebração da Santa Ceia – seguida à risca por Yaohu’shua; se bem que, devido aos eventos que se seguiriam (sua cruxifição na páscoa, como o Cordeiro), Ele a fez no dia anterior, excepcionalmente. Com relação ao ato «memorial», a Santa Ceia [yaoshorul’ita] também é um ato «memorial» (I Co 11:26). Pois, assim como a Páscoa judaica era o aniversário do êxodo de Israel/Yaoshor’ul do Egito, semelhantemente, a Ceia do Mestre Yaohu’shua, a Páscoa da Renovação da Aliança [Pacto], também é um «memorial» da morte do Messias; morto por nós. Pois têm o propósito de lembrar a nossa salvação em Yaohu’shua hol’Mehushkyah e da nossa redenção do pecado e da escravidão de satanás (Lc 22:19; I Co 11:24,25. A Páscoa judaica, portanto, era a sombra da Ceia do Mestre Yaohu’shua (Hb 10:1)!

Portanto, a Santa Ceia é o «aniversário» da morte de Yaohu’shua hol’Mehushkyah, do Seu Sacrifício por nós. O «pão asmo» [miolo de pão pulman, não vale] e o «suco sem fermento» [vinho kasher, judaico, não vale; pois, de qualquer forma, também provem de fermentação] representam respectivamente o Corpo e o Sangue do Messias. Como a Santa Ceia é o «memorial» da morte do Messias, então, é claramente incontestável que a mesma deve ser celebrada «anualmente» e, com uma data determinada, seguindo o “molde” da Páscoa judaica. Pois, Yaohu’shua expirou na cruz no mesmo dia em que no templo eram imolados os cordeiros pascais; isto é, Yaohu’shua morreu no dia 14 de Nisan, certamente em 30 d.Y.; por isso o regulamento que determina a data correta da celebração da Santa Ceia, é a data da Páscoa judaica, que cai na época da lua Cheia entre os nossos meses de março e abril – os atuais “judeus” são zelosos pelo calendário bíblico.

Como se sabe, o “aniversário” de uma pessoa, cidade, país, etc., não se comemora e não se repete por duas, três ou doze vezes ao ano, mas somente uma única vez, no ano. Por exemplo; a independência do Brasil somente é comemorada anualmente, ou seja, em todos os anos no dia 7 de Setembro e, não em outros dias ou meses do ano. Por isso, visto que a Ceia do Mestre Yaohu’shua é o aniversário de Seu Sacrifício [fazei isto… Lc 22:19], precisa biblicamente e logicamente ser celebrada «uma vez por ano». Fugir disso, é desconhecer o propósito comemorativo da Santa Ceia e o que está escrito [...em memória de Mim]!

A Ceia Ágape e a Santa Ceia

Muitos alegam que não há nenhum problema celebrar a Santa Ceia todos os meses, ou até mesmo se for possível todos os dias, baseando suas idéias em Atos 2:42,46. Porém, nestes textos bíblicos, as expressões «partir do pão e nas orações», não há nenhum indício que sugira ser uma menção à Ceia do Mestre Yaohu’shua. Não podemos confundir a Santa Ceia do Messias, com aquela costumeira «refeição comum» – repartir o pão – existente entre os primeiros yaoshorul’itas. Entre os judaicos, eram comuns as refeições para comunhão, fraternidade e SOLIDARIEDADE! E quando isto não acontecia, gerava algum tipo de constrangimento – leia Atos 6:1.  Tais ocasiões tornou-se conhecidas como «Festa de Amor» (grego Agape).

Em Corinto, depois de uma «refeição em comum», foi celebrada a Ceia do Mestre Yaohu’shua (I Cor 11:17-34 ver Judas 12). Outra passagem similar sobre o «partir do pão» está em Atos 20:7, aqui como em outras passagens bíblicas, não há nenhuma evidência sobre a Santa Ceia. Como se nota, só se menciona o pão e nada se fala sobre o vinho. A Ceia do Mestre Yaohu’shua era (é) o aniversário da morte do Messias e era comemorada uma vez ao ano por ocasião da Páscoa/Pósqayao, ao passo que, os ágapes parecem ter ocorridos com frequência ou mesmo diariamente, uma vez que diariamente necessitamos de alimentos sólidos. Eles partiam «o pão» (singular), não no Templo, «…e partindo o pão em casa» (Atos 2:46), certamente cada dia eles se ajuntavam na casa de um dos cristãos e partiam o pão, isto é, todos os presentes comiam de um mesmo pão ou alimento. Daí, literalmente REPARTIAM entre si suas propriedades e ou alimentos e assim todos estavam literalmente sendo saciados, materialmente, de modo a estarem espiritualmente abertos para a Verdade… Leia Atos 4:33-37.

Portanto, a idéia de que os primeiros cristãos celebravam a Santa Ceia todos os dias não faz sentido e não há como provar isso. É necessário não esquecer o significado da Santa Ceia!!!

O Dia!

Atualmente não temos dificuldades para se saber em qual dia do ano caí o tradicional dia da páscoa, cristã, bem como o início das fases da lua, pois contamos com um calendário anual [gregoriano] que facilita essa observação. Pois é deste evento (o dia da páscoa) que precisamos para celebrar a Santa Ceia, na data correta. Porém, é necessário salientar, que a data da Páscoa seguida pelos evangélicos, não esta em conformidade com o verdadeiro dia da Páscoa judaica (bíblica); já que esta [a falsa] sempre é calculada e imposta pela ICAR, de forma a cair SEMPRE em um domingo (o dia mor dos pagãos). Podendo haver uma variação de dias ou semanas entre ambas, isto é, a Páscoa celebrada pelos judaicos ocorre sempre antes (há alguma exceção, como no ano de 2005, quando a páscoa judaica foi celebrada no dia 24 de abril) que a páscoa [da ICAR] apontada em nossos calendários anuais…

Isto porque o tradicional dia da Páscoa [imposto pela ICAR], cai todos os anos no 1º domingo da lua cheia (entre 22 de março e 25 de abril) após o equinócio do outono (alinhamento do sol com o Equador que marca o fim do verão no hemisfério Sul, onde se localiza o Brasil), enquanto, que o Dia da Páscoa dos judaicos [bíblica] pode cair em qualquer dia da semana, isto é, às vezes cai no sábado, às vezes no domingo ou qualquer outro dia em nosso calendário; pois ela é regulada pelo aparecimento da lua Cheia, entre os nossos meses de março ou abril. Portanto, por ser regulamentada pelo aparecimento da lua cheia, a Páscoa judaica não cai todos os anos no mesmo dia e mês em nosso calendário, sendo assim ela pode cair no mês de março e ou abril; veja os exemplos mais abaixo. Apesar da Páscoa judaica não ter um dia fixo em nosso calendário, tanto o dia como o mês da sua celebração, obedecem a uma data fixa, ou seja, na noite ou início do dia 15 de Nisan (e não à tarde do dia 14 de Nisan; não confundir o termo “tarde” em nossa cultura com o termo “tarde” nas Escrituras – Gn 1:5), o primeiro mês religioso dos judaicos, na Lua Cheia.

Enquanto, que a tradicional Páscoa dos cristãos, ocorre todos os anos no domingo imediato depois da Lua Cheia, de março ou abril; neste caso, ela segue de perto o dia da celebração da Páscoa judaica, mas não o dia exato dela. O domingo foi tomado por ser supostamente o dia da ressurreição de Yaohu’shua*, segundo a ICAR [seguido pelos crentes], todavia, a Páscoa não foi celerada, na ocasião, no domingo, mas na noite da quarta-feira que antecedeu à Sua morte. Portanto, o dia da páscoa que se tem por costume celebrar [os evangélicos], está incorreto! Mudaram para o pretenso dia da ressurreição, por conta própria!

Notas Importantes: A data da celebração da Ceia do Mestre Yaohu’shua «não pode ser mudada» ou prolongada para outro dia e, também só deve ser celebrada no tempo determinado. Além do mais, como é uma Ceia, isto é, refeição noturna, então, deve e têm que ser celebrada no período noturno (vede sobre «a Definição da palavra «Ceia»»). Como dissemos acima, a data da celebração da Ceia do Mestre Yaohu’shua, não pode ser mudada em hipótese alguma; ela não pode ser mudada para satisfazer os nossos desejos e caprichos. Atualmente, deparamos com tamanho desrespeito e desonra para com a Santa Ceia, por parte de alguns líderes, os quais pensam que são os senhores [baal] do mundo.

Muito destes líderes, tem nas muitas vezes mudado a data da celebração da Ceia (ainda que na verdade tal data esteja totalmente incorreta), para dar lugar ao culto de ação de graças (assim dizem), ou melhor, culto ao “pastor” – a voz de satã (que se tornou em uma grande idolatria) – fazendo na data de seu aniversário (do “pastor” da igreja), uma Santa Ceia. Tais líderes, consideram o seu aniversário mais importante e acima do aniversário do Sacrifício de Yaohu’shua hol’Mehushkyah, o Nosso Salvador, que se entregou por nós. Este tem sido o perfil daqueles que se dizem ser ministros do Messias; que não passam na realidade de ministros de si mesmos [de satã?] e da injustiça (Is 56:8-12; Fl 3:2…; Ap 22:15). Então é manifesto que estes tais obreiros nada sabem a respeito da Ceia do Mestre Yaohu’shua e muito menos do sacrifício do Messias; se sabem, então estão se eximindo da Verdade.

Também, quando alguém não estiver em condições de celebrar a Santa Ceia no dia determinado, então, uma outra oportunidade é lhes concedido para o seguinte mês da celebração oficial – Nm 9:10-11. Contudo, que a sua não participação no dia determinado, seja por motivos justos. Quem não celebrar a Santa Ceia no dia correto por desprezo, descaso, por impureza ou por quaisquer motivos fúteis, somente poderão participar dela, no ano seguinte: se Yaohu’shua assim o permitir. Por exemplo, a celebração da Santa Ceia em 2004, facultada para àqueles que, porventura, não pudessem participar no dia 05 de abril, seria o dia 05 de maio! Advertência: Portanto, fica bem patente que a Ceia de Yaohu’shua hol’Mehushkyah, somente deve e têm que ser celebrada em uma «única vez, a cada ano»; aqueles que não fizerem caso desta ordenança que Yaohu’shua ordenou [Jo 13:1-17], não estão celebrando a Sua morte e, nem tão pouco é a Ceia de Yaohu’shua hol’Mehushkyah, pois não discernem a Sua morte – como faz a ICAR com a transubstanciação da hóstia; “matando” o cristo, diariamente. Portanto, nada tendo a ver com a comemoração da Sua morte sacrificial. Amnao!

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O Lava-pés!

Yao’khanan 13

Yaohu’shua lava os pés aos discípulos…

14E uma vez que eu, Maoro’eh e Rabbi, vos lavei os pés, também devem lavar os pés uns aos outros. 15Dei-vos um exemplo; façam como eu vos fiz. 1617É bem verdade que o criado não é mais do que o seu patrão, nem o mensageiro mais importante do que aquele que o enviou! Agora que sabem estas coisas, serão felizes se as praticarem.

A Santa Ceia simboliza nossa aceitação do corpo e do sangue de Yaohu’shua, partido e derramado por nós. Examinando nosso coração, lavamos os pés uns dos outros, lembrando-nos do humilde exemplo de serviço de Yaohu’shua.
A Ceia do Senhor é uma participação nos emblemas do corpo e do sangue de Yaohu’shua, como expressão de fé nEle, nosso Criador e Salvador. Nesta experiência de comunhão, Cristo está presente para encontrar-Se com Seu povo e fortalecê-lo. Participando da Ceia, proclamamos alegremente a morte do Messias até que Ele volte. A preparação envolve o exame de consciência, o arrependimento e a confissão. O Mestre instituiu a cerimônia do lava-pés para representar renovada purificação, para expressar a disposição de servir um ao outro em humildade semelhante à Ele, e para unir nossos corações em amor. O Serviço da Comunhão é franqueado a todos os crentes cristãos.

(II Co 10:16, 17; 11:23-30; Mt 26:17-30; Ap 3:20; Jo 6:48-63; 13:1-17.)

A ORDENANÇA DO LAVA-PÉS – UM MANDAMENTO DADO PELO CRIADOR

  1. No cenáculo Yaohu’shua deu um novo mandamento à Kehiláh…
  2. Vós deveis lavar os pés uns dos outros” ordenou o Mestre…
  3. E para tornar a ordem mais enfática, Ele acrescentou: “Porque Eu vos dei o exemplo, para que, como Eu voz fiz façais vós também” (Jo. 13:14,15).
  4. Foi muito humilhante para os discípulos verem o Mestre tomar a posição de um servo ao lavar-lhes os pés…
  5. Porém, fazendo isto, Yaohu’shua estava-lhes ensinando algumas lições muito importantes.
  6. Lições que deveriam ser memorizadas e vividas por todos os seguidores de Cristo através dos séculos por vir.
  7. Nesta ocasião Yaohu’shua estava estabelecendo a prática da cerimônia do lava-pés como um serviço religioso.
  8. Através de Seu ato “esta cerimônia tornou-se uma ordenança consagrada…”
  9. E esta ordenança “devia ser observada pelos discípulos, a fim de poderem conservar sempre em mente” as “lições de humildade e serviço” ensinadas pelo Mestre.
  10. Aos olhos de Yaohu’shua a verdadeira grandeza é a grandeza da humildade!
  11. A pessoa humilde coloca a sua inteira dependência no ETERNO…
  12. Esta é a raiz de toda virtude.
  13. Porém, a perda da humildade conduz ao orgulho, que é a raiz de todo o ma; de todo pecado…
  14. Foi através do orgulho que o pecado manchou o universo!
  15. Foi o orgulho que tornou a redenção necessária.
  16. É justamente por causa do orgulho, além de outras coisas que precisamos de um Redentor…

Nota de o Caminho: O ORGULHO é um companheiro inseparável do EGOÍSMO!!!

  1. Ser humilde significa confiar no ETERNO durante todo o tempo de nossas vidas.
  2. Esta confiança não pode existir onde há orgulho.
  3. Poucos conseguem ver que a humildade e a fé estão muito ligadas nas Escrituras.
  4. Yaohu’shua deixou isso bem claro!
  5. Em duas ocasiões Ele mencionou que a humildade é uma aliada da fé verdadeira…
  6. Uma, foi quando curou o criado do centurião.
  7. O centurião declarou: “Mestre, não sou digno de que entres em minha casa” (Mt 8:8).
  8. Outra vez ocorreu com a mulher siro-fenícia…
  9. Ela, humildemente, se compara à um cachorro dizendo: “Sim, Mestre mas os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem das migalhas das crianças” (Mc 7:28).
  10. Como resultado de sua atitude, Yaohu’shua lhe respondeu: “Por causa desta palavra, podes ir; o demônio já saiu de tua filha” (Mc 7:29).
  11. A humildade leva a pessoa a reconhecer que não é nada diante do ETERNO.
  12. Ela remove as dificuldades que prejudicam a fé e produz plena confiança no ETERNO.
  13. A falta de humildade, porém, impede-nos de ter uma “fé que opera”…
  14. A primeira coisa a ser aprendida por todos os que desejam, tornar-se coobreiros do ETERNO é a desconfiança de si mesmos…
  15. As pessoas que aceitam este conselho acham-se então preparadas para receberem o caráter de Cristo.
  16. A ordenança do lava-pés é designada para manter-nos em nosso devido lugar.
  17. Temos a tendência de nos achar mais importante que nosso irmão, de pensar apenas em nós mesmos, de procurar o lugar mais alto.
  18. Muitas vezes isto causa sentimentos de suspeita e amargura de espírito…
  19. A cerimônia do lava-pés deve remover estes sentimentos.
  20. Deve tirar-nos de nosso egoísmo.
  21. Deve levar-nos a abandonar o desejo de exaltação própria.
  22. Deve levar-nos à humildade de coração conduzindo-nos a servir nosso irmão.
  23. Encontramos, porém, um outro resultado da humildade.
  24. O Mestre poderia fazer muito mais por Seu povo, se este acalentasse a verdadeira humildade…
  25. Portanto, o orgulho nos leva a perder grandes bênçãos…
  26. A cerimônia do lava-pés realizada no verdadeiro espírito de humildade, desenvolve em nossa vida um sentimento de comunidade…
  27. Sua constante lição será: ‘servi-vos uns aos outros pela caridade’ (Gl 5:13)…
  28. Sempre que esta ordenança é devidamente celebrada, os filhos do ETERNO são levados a uma santa relação uns para com os outros, para se ajudar e beneficiar-se mutuamente.
  29. Chegamos, portanto, à conclusão de que participar desta cerimônia representa muito mais do que imaginamos…
  30. Ela é um serviço de limpeza.
  31. Ao participar dela devemos saber que as sujeiras do pecado são lavadas e nos tornamos limpos…
  32. Parar para lavar os pés de nosso irmão também significa que aceitamos o conselho: “preferindo-vos em honra uns aos outros […ponham os outros sempre em primeiro lugar]” (Rm 12:10).
  33. Nossa humildade diante de nosso semelhante demonstra nossa humildade diante do Criador!
  34. Finalmente, esta cerimônia também é uma demonstração de nosso desejo de servir ao nosso próximo.
  35. Ela demonstra que estamos dispostos a dar de nós mesmos pelos outros.
  36. Agindo assim, estaremos seguindo os passos do Mestre, que andou fazendo o bem; sendo uma bênção aonde quer que fosse…
  37. Aquele que era servido por todos na glória celestial, veio e tornou-Se servo de todos…
  38. Se quisermos imitá-lo e sentir a alegria de ver almas redimidas, precisamos seguir-lhe o exemplo de abnegação e humildade.

 

Refutando “refutações”

POR QUE O LAVA PÉS NÃO É UMA ORDENANÇA DA IGREJA?

Damos seis razões [refutação em itálico]:

  1. CRISTO NÃO O INSTITUIU COMO UMA ORDENANÇA DA IGREJA

É verdade que Cristo lavou os pés aos Seus discípulos na mesma noite em que Ele instituiu o memorial da Ceia. E é verdade que Ele mandou Seus discípulos lavarem os pés uns dos outros; mas tanto no exemplo como na ordem não há nada que indique que a lavagem dos pés seja ordenada também para a igreja. Tinha ha ver com o dever do hospedeiro ou hospedaria para com o hóspede, judaico.

Se assim o fosse, a passagem não terminaria com …”façam como Eu voz fiz; Agora que sabem estas coisas, serão felizes se as praticarem” – Jo 13:14-17. Perguntamos: O Messias, na Criação, tinha necessidade de “descansar”? Era necessário que o Messias descesse às águas (imersão)? NÃO!!! Cada vez que Ele fez semelhantes coisas, o FEZ para nos dar exemplo, assim como nesta passagem…

  1. AS EPÍSTOLAS DO NOVO TESTAMENTO NÃO O APRESENTAM COMO ORDENANÇA DA IGREJA

Nessas epístolas temos amplas instruções a respeito do batismo e da Ceia do Messias, mas nenhuma palavra sobre o lava pés como uma ordenança à igreja. Isto é prova tão certa que as igrejas do Novo Testamento não praticam o lava pés na capacidade de igrejas como um silêncio correspondente é prova que elas não reconheceram um Papa, nem adoraram imagens, nem oraram a Maria, nem confessaram os seus pecados a um sacerdote, nem praticaram a extrema unção.

… Nem imergiram em Nome de uma trindade; nem guardaram o domingo; nem comemoraram o natal em 25 de dezembro; como fazem os evangélicos de hoje! Tudo isto TAMBÉM não está escrito no chamado NT e os evangélicos o fazem, seguindo seus  líderes que insistem em determinar “doutrinas de homens”.

III. O LAVA PÉS MODERNO NÃO É UM ATO TAL COMO O QUE CRISTO EXECUTOU

Cristo realizou e mandou um ato de serviço, mas a lavagem dos pés de uns aos outros não é mais um ato de serviço. Todos aqueles que estão mesmo remotamente familiarizados com os costumes dos tempos quando Yaohu’shua andou por este mundo, sabem que o povo naquela época usava sandálias soltas comuns. Isto causava a lavagem dos pés muito frequentes, necessária por causa tanto do conforto como da limpeza. Um dos primeiros deveres do hospedeiro ou da hospedeira, à chegada de um hospede, era pelo menos prover água para a lavagem dos pés, porque era muito desconfortável e desagradável sentar-se com a poeira e a areia apanhadas nos pés e nas sandálias ao palmilhar o hóspede a caminhada. Cristo mandou aos Seus seguidores fazerem mais que prover água: mandou-os lavarem atualmente os pés uns aos outros. Era para realizarem assim um ato de serviço humilde. Mas, por causa da mudança de calçado, o lava pés de uns para com os outros hoje (salvo nos casos de enfermidade, morte, ou alguma emergência) não é mais um ato de serviço; nada mais que uma peça de formalidade desnecessária e sem sentido. Seria tido como um insulto (e justamente assim) oferecer-se alguém hoje para lavar os pés de um hóspede, pois tal implicaria que o hospede era muito desmazelado com a higiene corporal. Insistir que o mandamento de Cristo ainda está vigente literalmente, quando não há mais necessidade do ato é perder o verdadeiro sentido do Seu mandamento. É exaltar a letra à custa do espírito. Para seguirmos o espírito do mandamento de Cristo realizemos atos reais de serviço uns pelos outros.

Jo 13:10 – “Respondeu-lhe Yaohu’shua: Aquele que se banhou não necessita de lavar senão os pés, pois no mais está todo limpo; e vós estais limpos, mas não todos”. Evidente que Yaohu’shua não falava da “poeira dos pés”; mas estava atribuindo um valor espiritual, e isto, aplica-se à Kehiláh!!!

  1. OS CRENTES DO NOVO TESTAMENTO PRATICAVAM O LAVA PÉS COMO UMA MATÉRIA INDIVIDUAL, NO LAR

Prova disto se acha em I Tm 5:10. Este  verso dá algumas das qualificações de viúvas que eram dignas de receber auxílio material da igreja. Cada uma dessas viúvas deve “ter lavado os pés dos santos”.  Agora, se a igreja em Éfeso (a que Timóteo estava ministrando ao tempo em que recebeu esta carta) tinha estado praticando o lava pés “como igreja”, cada membro da igreja podia ter cumprido esta qualificação e sua menção entre as qualificações de viúvas que estavam merecendo seria, portanto, desnecessária e sem sentido. A menção do lava pés nesta conexão mostra conclusivamente como os crentes do Novo Testamento consideravam o mandamento de Cristo. Eles o consideraram como matéria individual pertencente especialmente ao lar. Estava em nível com a criação de crianças, alojamento de estrangeiros, alívio dos aflitos, etc.

Perguntamos: porque Sha’ul relembrou os passos da Ceia instituída por Yaohu’shua (I Co 11:22-26) e nada falou sobre o lava-pés? Leia o vs. 22 – Não tendes porventura casas onde comer e beber? Ou desprezais a igreja do Criador, e envergonhais os que nada têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisto não vos louvo! Portanto, aqui percebemos que a dificuldade deles não era o lava-pés (se fosse, certamente Sha’ul também haveria de instruí-los neste ponto), mas sim de como proceder-se na Santa Ceia. A Santa Ceia não era praticada como uma ceia cujo objetivo é alimentar-se [alimentos materiais], mas sim como um memorial da morte e ressurreição do Messias. Portanto, SÓ porque não falou sobre o lava-pés, isto não significa que eles não o praticavam mais…

  1. O LAVA PÉS MODERNO NÃO MOSTRA HUMILDADE

Não obstante tudo que temos dito, alguém pode dizer: “Sim, mas quando lavamos os pés uns dos outros, mostramos nossa humildade”.  Isso traz à mente uma história pertinente. Um homem veio ao seu pastor e disse: “Pastor, creio que sois um bom homem e pregais alguns excelentes sermões; mas parece que faltais na humildade.” O pastor lhe disse: “Talvez esteja eu faltando em humildade. De fato, muitas vezes sinto que o estou; mas suponho que sois homem humilde.” O homem replicou:  “por certo que sou e dou-me por mostrá-lo também.” Qual dos dois era mais humilde, o pastor que reconheceu sua falta ou o outro que se orgulhava e buscava exibir?  Moral: A suposta humildade vãmente exibida é uma espécie de orgulho [falsa modéstia].

E SOMENTE por causa desta pertinente ‘estória’, podemos JULGAR o caráter de cada um que participa desta instituição? Podemos então JULGAR se a pessoa que está participando da Santa Ceia, o faz de coração ou apenas para cumprir uma celebração perante a igreja?

  1. O LAVA PÉS MODERNO NÃO SIMBOLIZA NENHUMA VERDADE ESPIRITUAL

Portanto, o lava pés é totalmente diverso do batismo e da Ceia do Messias e não merece lugar como uma ordenança da igreja.

…e vós estais limpos, mas não todos. (Jo 13:10). Se, Yaohu’shua estava falando de Yaohu’dáh (Judas), fica evidente que sim; o lava-pés tem um sentido espiritual e nada tem a ver com um ritual de limpeza física, como querem estes ab’rogadores!

Cristo disse: “Se eu te não lavar, não tens parte comigo”. É Cristo que nos lava a todos [portanto, se o “ritual” continua válido, cabe ao “pastor” da igreja lavar os pés dos membros da oholyáo] e não nós que lavamos uns aos outros. Portanto, a lavagem recíproca dos pés não pode ter significado espiritual.

Porém Ele disse: Ora, se eu, o Criador e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros (vs. 14). Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Portanto, na Bíblia destes ab’rogadores satânicos, aparentemente não tem este vs.

 

Conclusão:

  1. A ordenança do lava-pés foi instituída por Yaohu’shua como uma ajuda na preparação espiritual para a Santa Ceia. Sha’ul nos alertou que deveríamos estar aptos a participar da Santa Ceia (I Co 11:28); e, certamente o Lava-pés nos ajuda nesta reflexão… Aplique antes, Mt 18:15-17 em sua vida!
  2. Ela é uma ocasião muito especial para um exame próprio, para recomeçar a vida com Cristo…
  3. Ela é um tempo para renovação do voto batismal…
  4. Quão facilmente escorregamos de volta aos velhos hábitos e nos tornamos descuidosos na vida cristã…
  5. Precisamos fazer estes exames pessoais periodicamente a fim de avaliarmos se estamos crescendo na graça, se estamos abandonando o orgulho…
  6. Quando lavamos os pés uns dos outros devemos sentir o amor de Cristo prevalecendo…
  7. Humildemente nos unimos uns aos outros e ao nosso Pai Celestial…
  8. Assim, o alto e o baixo, o rico e o pobre, o branco e o negro, o servo e o mestre, o erudito e o não-alfabetizado, todos somos iguais diante do ETERNO…
  9. Todos são pecadores salvos pela graça, não tendo nada que nos possa recomendar diante do Criador, a não ser nossas grandes necessidades…

Nota Final de oCaminho: Quando descemos às águas (imersão) estamos aptos à Vida Eterna; porém, ao sairmos da água, voltamos a pisar no mundo (Egito) e é por isto que antes da Santa Ceia, lavamos os nossos pés… e, ao fazermos um pelos outros, estamos seguindo o exemplo do nosso humilde Messias. Amnao!

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