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CRISTIANISMO, JUDAÍSMO MESSIÂNICO

E OU JUDAÍSMO NAZARENO?

Como muitos em nosso meio possuem interesse sobre o movimento de restauração da fé original, mas pouco conhecem a respeito de Judaísmo Messiânico e menos ainda a respeito de Judaísmo Nazareno, resolvi fazer este pequeno estudo comparando as diferentes posições teológicas do Cristianismo, Judaísmo Messiânico e Judaísmo Nazareno. O objetivo não é discriminar crença alguma, mesmo quando discordamos dela, mas sim que possamos entender um pouco melhor até onde somos iguais, e até onde somos diferentes, e porque.

Especial Atenção para as Nossas Notas

Por Sha’ul Bentsion (Nazareno; Modalista)
(Baseado parcialmente no estudo do Rav. Moshe Koniuchowsky)

Com Notas e Edição [quanto ao Nome] de oCaminho – Aqui, preservamos muitos nomes, nas citações de seus autores, no hebraico moderno…

I – CONSIDERAÇÕES INICIAIS 

Muitos estão sempre prontos a criticar qualquer estudo que use de generalizações. Contudo, a generalização é absolutamente necessária para que possamos entender os movimentos. Sabemos que sempre haverá grupos que fugirão ao padrão aqui descrito, porém é impossível relatarmos todas as possíveis e imagináveis crenças de cada grupo. 

Para efeito deste estudo, utilizamos os seguintes padrões: Entendemos como “padrão” para o Cristianismo o Protestantismo clássico da Reforma. Para o Judaísmo Messiânicos, tomamos como padrão a “MJAA” (Messianic Jewish Alliance of America). Para o Judaísmo Nazareno, tomamos como padrão a “UNJS” (Union of Nazarene Jewish Synagogues). Reconhecemos que haja variações mesmo dentro de cada movimento, e algumas destas variações mais relevantes foram mencionadas. Porém, também, é impossível relatarmos todas elas. 

II – ESTUDO COMPARATIVO 

1 – A “IGREJA”
 


O Judaísmo Messiânico vê a “Kehiláh” como uma entidade distinta do “povo de Yaoshor’ul” (i.e. os judaicos) e predominantemente “gentílica”. Ambos formariam o “corpo do Messias”, mas permaneceriam distintos e sempre haveria esta distinção pelo menos aqui na terra (não renovada). Em alguns casos, até mesmo a separação entre congregações e serviços judaicos e gentílicos chega a ser encorajada(Grifos e observação de oCaminho – Dois tipos de Salvos?).

O Cristianismo vê a “Kehiláh” como uma entidade que substitui a Yaoshor’ul. Chama-a, embora sem base bíblica alguma, de “Israel Espiritual”. Os judaicos que crêem no Messias teriam se “convertido” e agora fariam parte desta “Kehiláh” (que, naturalmente, também possui predominância “gentílica”). 

O Judaísmo Nazareno diz que não existe uma entidade chamada “Kehiláh” separada de Yaoshor’ul, que sempre foi e sempre será o Povo da Aliança. De acordo com o judaísmo Nazareno, não existe “a Kehiláh” como na concepção cristã. O corpo do Messias sempre foi e sempre será Yaoshor’ul, composta predominantemente de judaicos e efraimitas (remanescentes das 10 tribos – nas Escrituras, gentios – agora restaurados) que amam e seguem ao ETERNO, juntamente com aqueles que se convertem a Yaoshor’ul (vide o caso de Rute e Raabe). Esta é a “Assembléia/Congregação” de Yaohushua. A “Assembléia/Congregação” é uma, a mesma de sempre.  

Nota de oCaminho: Concordamos parcialmente com esta posição, isto é, fazemos distinção entre gentios [provenientes da Casa de Yaoshor’ul] e “estrangeiros” (nós, caso não tenhamos sangue judaico) – gregos nas Escrituras a exemplo de Cl 3:11… Sendo que as comunidades reunidas seriam as Congregações [oholyáo] e o conjunto destas congregações, o Corpo de Yaohushua – a Kehiláh [igreja].
 

2 – CRENTES “GENTIOS” 

O Judaísmo Messiânico entende que, de um modo geral, os “gentios salvos” como não sendo yaoshorul’itas, não tendo sangue israelita algum, e não tendo nenhum argumento legítimo de descender fisicamente dos patriarcas Avraham, Yitschak e Ya’akov. Crêem que os “gentios salvos” que alegam descender fisicamente de judaicos ou que têm algum sangue judeu, estão vivendo um engano. A idéia de que um crente não-judeu possa ser um israelita não-judeu é vista como sendo errônea. 

O Cristianismo por sua vez normalmente crê numa distinção (inexistente biblicamente) entre “judaicos físicos” (numa alusão aos filhos de Yaoshor’ul), e os “judaicos espirituais”. Um “gentio salvo”, assim como um “judeu salvo”, seriam “judaicos espirituais”. 

O Judaísmo Nazareno crê que a grande, esmagadora maioria dos seguidores não-judaicos de Yaohushua são de fato yaoshorul’itas – mais especificamente, efraimitas (descendentes das 10 tribos), que foram dispersos entre as nações gentílicas a partir de 721 a.Y. Eles um dia foram “lo ami” (considerados como não sendo povo do ETERNO), mas foram restaurados (vide II Kafos/Pedro 2:10) conforme a promessa de Hoshea (Oséias), através do Messias de Yaoshor’ul. Estes “gentios” na verdade são yaoshorul’itas [Reino do Norte, espalhados por entre as nações], e foram lavados, remidos e despertados para sua identidade israelita através do cumprimento das promessas em Yaohushua hol’Mehushkháy. Seu reconhecimento como semente de Efraim e sua união com Yaohu’dáh (Judá) é importante para a restauração do Reino. Vale porém ressaltar que o Judaísmo Nazareno não afirma que eles se tornaram “judaicos” ou substituem a Yaohu’dáh (Judá). O Judaísmo Nazareno busca a união das duas casas de Yaoshor’ul (Yaohu’dáh e Efraim/Casa de Yaoshor’ul).

NOTA de oCaminho: A Kehiláh não foi, portanto, a fundação de uma nova seita ou a fundação de um movimento estranho ao judaísmo mas sim a reestruturação deste. A Kehiláh é a continuidade do judaísmo (puro, original – antes da separação em duas Casas/Reinos) pois YAOHUH UL, desde Abraão/Abrul’han havia vindo agindo no meio de Seu povo que agora representa a Sua Kehiláh. Sendo assim, a Kehiláh representa a restauração do Tabernáculo de Daoud (trono) e, portanto não é um outro povo mas sim o próprio Yaoshor’ul; com uma diferença: incorporou os gentios convertidos do paganismo [Reino do Norte], através da Imersão (até mesmo Paulo/Sha’ul entrou através deste processo). Ef 2:11-12; Rm 11:19, 14. De dois povos (judaicos  e gentios) o ETERNO fez um só povo [união das duas Casas, profetizada – neste processo abriu-se espaço para os estrangeiros]! Gl 3:7, 29; 4:7; Rm 8:17; Gl 3:14; Ef 2:19.
 

3 – SALVAÇÃO 

O Judaísmo Messiânico vê o reajuntamento, a identificação, e as alegações dos crentes não-judaicos de que são efraimitas [descendentes das dez tribos] – como uma heresia. Crêem que o conceito de duas Casas de uma única entidade, Yaoshor’ul, seja a “salvação por DNA”, ou “salvação por sangue”, ao invés de ser salvação pela graça através da fé. Pensam que os que crêem nas duas Casas pregam que a salvação é só para Yaoshor’ul, isto é, que os gentios [casa de Yaoshor’ul] não teriam salvação. Eles crêem na realidade da salvação no sangue de Yaohushua, mas negam a realidade do reajuntamento de Yaoshor’ul (as 10 tribos que estavam dispersas por entre as nações) como sendo parte da salvação

Nota de oCaminho: Infelizmente, em muitas comunidades messiânicas, acaba se criando “duas classes” de salvos – os “salvos judaicos” e os “salvos gentios” [os “estrangeiros”, nas Escrituras], fundando, inclusive, sinagogas e congregações com liturgias (sidur) diferentes para um e outro!

O Cristianismo vê a salvação como sendo também pela graça através da fé, pelo sangue do Messias Yaohushua. Crê, embora isso não seja dito de forma muito aberta por razões políticas, que o Yaoshor’ul físico que não “se converter” vai direto “pro inferno”. Muitas vezes igualam o “crer em Yaohushua” como o “se tornar cristão”, e vêem a salvação como forma de uma pessoa passar a pertencer ao “Yaoshor’ul espiritual”. Costumam ignorar a questão efraimita [Dez Tribos Perdidas, segundo eles] como um todo. 

O Judaísmo Nazareno, ao contrário do que pensam alguns de nossos opositores, vê a salvação como sendo uma dádiva gratuita a todo aquele que crê. Cremos na mesma salvação pela graça, por meio da fé. Contudo, o Judaísmo Nazareno ensina que de fato a semente de Efraim cumpriu a profecia de uma multiplicidade dada aos patriarcas, e vê o reajuntamento das “ovelhas dispersas” como de fato sendo um cumprimento literal de uma promessa, e crê sim que a grande maioria dos salvos são de fato descendentes físicos das 10 tribos, restaurados pela fé em Yaohushua. Contudo, admite-se também que existem aqueles que não são de origem israelita (embora minoria), mas que ao aceitarem o Criador e Redentor de Yaoshor’ul, passam a fazer parte de Yaoshor’ul [como um todo – As duas Casas unidas], sem distinções.

NOTA de oCaminho: Também rejeitamos qualquer parede de separação no povo do ETERNO. A Graça vem salvando desde tempos eternos (Ap 13:8).
 

4 – COMUNIDADE DE ISRAEL 

O Judaísmo Messiânico vê a comunidade de Yaoshor’ul como sendo formada pelos judaicos messiânicos mais “a Kehiláh gentílica” [nações], enxertada em Yaoshor’ul. Dentro da comunidade de Yaoshor’ul, contudo, o Judaísmo Messiânico muitas vezes faz distinção entre judaicos e não-judaicos, tratando-os como entidades separadas, apesar das alegações do contrário. Muitas comunidades, embora isto esteja gradativamente mudando, crêem em dois padrões, um para a “Kehiláh gentílica” e outro para o movimento messiânico. Segundo eles, a Toráh (juntamente com as 613 leis) é um privilégio e um “fardo” que somente os judaicos messiânicos podem carregar e participar. Alguns grupos dizem que os “gentios” não devem praticar a Toráh. Outros dizem que podem, mas é opcional. Normalmente recomendam as “leis céticas” rabínicas, ou os requisitos de Atos 15.

Nota de oCaminho: Até a circuncisão é obrigatória para um e opcional para outro…

O Cristianismo, embora possa não admitir isto na teoria, na prática crê que são os “judaicos salvos” que se enxertam na “Kehiláh”, ao contrário do que diz Romanos 11 [crentes sendo enxertados na Oliveira]. Normalmente não só não crêem na prática da Toráh, como muitas vezes até encorajam judaicos “convertidos” a deixarem de lado toda prática judaica. Crêem que a graça é “incompatível” com as “leis de Moisés”. 

O Judaísmo Nazareno crê que todos na comunidade de Yaoshor’ul, incluindo judaicos, efraimitas restaurados e conversos ao povo de Yaoshor’ul, têm todos os privilégios de cidadania. Crê que é mais importante a pertinência ao corpo do Messias (Yaoshor’ul) do que uma distinção entre tribos, ou mesmo entre quem é natural e quem é convertido a Yaoshor’ul. Todos os membros do corpo são yaoshorul’itas, seja por nascimento (judaicos e efraimitas, a grande maioria do corpo) ou por adoção (gerim – convertidos). Yaoshor’ul [não como nação] sempre foi, e sempre será o Povo da Aliança. Não existe Yaoshor’ul físico e Yaoshor’ul espiritual, mas sim um único Yaoshor’ul. Todos os yaoshorul’itas devem se esforçar ao máximo para viverem na Toráh, e são responsáveis por isto à medida em que vão aprendendo. Aos efraimitas, que estão retornando, o Conselho de Yah’shua-oleym em Atos 15 deu a recomendação de começar com um padrão mínimo, e irem evoluindo à medida em que aprendiam a Toráh nas sinagogas (vide Atos 15:21). Não existe distinção entre um judeu nazareno e um israelita nazareno.

NOTA de oCaminho: As 613 leis, hoje, são impraticáveis pois a grande maioria delas apontavam para o Messias… As demais, visavam a santificação de um povo, até a cruz! Além de que se levarmos em consideração que TODAS as passagens onde lemos “gentio” seja uma referência à Casa de Yaoshor’ul, fica fácil de entender tais passagens… Mt 10:6; 15:24. Atos 15 está falando sobre eles; e, não sobre nós, estrangeiros!!!
 

5 – ISRAEL FÍSICO X ISRAEL ESPIRITUAL 

Na teoria, o Judaísmo Messiânico é radicalmente contra a noção de “Yaoshor’ul Físico” X “Yaoshor’ul Espiritual”. O Judaísmo Messiânico corretamente diz que só existe um Yaoshor’ul. Porém, na prática, muitos grupos ao crerem em uma entidade chamada “igreja” acabam adotando a mesma crença em um “Yaoshor’ul Físico” e outro “Espiritual”, porém com uma mudança terminológica. Contudo, em comparação com o Cristianismo, o Judaísmo Messiânico tem o ponto positivo, de ser fortemente contrário à maligna teologia da substituição, a qual diz que Yaoshor’ul foi substituído pela Kehiláh (“gentílica”). Porém, mesmo que sem terem a intenção, ao crerem numa entidade à parte chamada “igreja”, acabam dando continuidade à batalha entre Yaohu’dáh (Judá) e Efraim pelo reconhecimento como sendo o “Yaoshor’ul legítimo”. Infelizmente, o Judaísmo Messiânico tem contribuído fortemente para a parede de separação entre judaicos e efraimitas. (Itálicos de oCaminho).

O Cristianismo tradicional crê na teologia da substituição. Trocando em miúdos: Yaoshor’ul falhou e foi substituído por uma entidade chamada “igreja gentílica”, que é o Yaoshor’ul espiritual. Alguns grupos ainda reconhecem que há determinadas promessas feitas para o “Yaoshor’ul Físico”, outros grupos dizem que a “igreja gentílica” se tornou herdeira das bênçãos de Yaoshor’ul (curiosamente foi apenas das bênçãos, e não das aflições). Crêem que esse “Yaoshor’ul Espiritual” é formado por “judaicos espirituais”, ou seja, cristãos não judaicos…

O Judaísmo Nazareno crê que não existem duas noivas do Messias, e também que Yaohushua não pode ter duas esposas. Como Ele já escolheu a ISRAEL [os filhos de Jacó, ou seja, as duas Casa unidas] como esposa, não a rejeitará [Rm 11:1]. A noiva do Messias, o corpo do Messias, é Yaoshor’ul. A noiva é composta por judaicos e por efraimitas, quer conheçam suas origens quer estejam sendo restaurados. A casa de Yaohu’dáh (Judá) e a casa de Efraim [Casa de Yaoshor’ul], os dois reinos divididos são feitos um, com a queda da parede de separação e, como YAOSHOR’UL restaurado formam a noiva do Messias. Como já dissemos antes, as pessoas que se achegam à fé em sua grande maioria são efraimitas, isto é, descendentes das 10 tribos dispersas. Existem também pessoas não-efraimitas [estrangeiros], mas que se tornam yaoshorul’itas por opção, ao desejarem se juntar ao povo de Yaoshor’ul como fizeram Ruth e Rahav (Raabe). Não existem yaoshorul’itas físicos e outros espirituais. Existem apenas yaoshorul’itas físicos, espiritualmente restaurados. Esta nação única é o Yaoshor’ul físico e espiritual. Portanto não existe sentido nesta briga entre Yaohu’dáh (Judá) e Efraim, que começou logo depois do reinado de Shua-ólmoh Molkhím (o rei Salomão), mas que há de acabar.

NOTA de oCaminho: Os nazarenos estão corretos neste entendimento, pois a Volta do Messias tem também este objetivo: restaurar o trono de Daoud que foi desestruturado a partir de Shua-ólmoh – Atos 15:16… Esta restauração fora profetizada pelos profetas – Yahshua’yaohuh (Is 49:6).
 

6 – DISTINÇÕES RACIAIS 

O Judaísmo Messiânico frequentemente alega não fazer distinções raciais no corpo do Messias, mas isso nem sempre é verdade em todas as congregações. A noção de que “judaicos e gentios” foram grupos de pessoas diferentes muitas vezes gera uma divisão. Termos como “judeu messiânico” e “gentio messiânico” são frequentes, enfatizando uma diferença nacional e étnica no povo do ETERNO. Infelizmente, o Judaísmo Messiânico permanece no mesmo erro de se recusar a ver o retorno dos efraimitas, as ovelhas perdidas da casa de Yaoshor’ul que estavam dispersas e misturadas entre as nações. O grau de distinção nas comunidades messiânicas varia muito. Em algumas, praticamente não há distinção. Em outras, ocorrem distinções dentro da congregação. Outras ainda chegam a recomendar que os gentios fiquem em suas “igrejas”, deixando as sinagogas para os judaicos. 

Embora o Cristianismo leve vantagem sobre o Judaísmo Messiânico ao não fazer diferenciação nas congregações, existe ainda muita discriminação e anti-semitismo nas igrejas cristãs. Como o Cristianismo é muito diversificado, isto varia muito de “oholyáo” para “oholyáo”. Mas, no geral, vêem os judaicos como um povo que, não crendo no Messias, se não se arrepender irá para “o inferno”. Esquecem-se de que a rejeição dos judaicos é parte do plano do ETERNO para restaurar as nações. Esquecem-se de que o ETERNO prometeu salvar a todo Yaoshor’ul [Jo 4:22]. Normalmente, o Cristianismo realiza um verdadeiro holocausto espiritual tentando “converter” os judaicos ao Cristianismo [Comentário de oCaminho: contaminado pelo pentecostalismo, a religião do 3º deus –  satanás]

O Judaísmo Nazareno crê que quando os membros do corpo se dão conta de que, sendo judaicos, efraimitas, ou mesmo yaoshorul’itas por opção [estrangeiros], na realidade agora são parte da comunidade de Yaoshor’ul, a questão da raça perde importância. Somos todos o mesmo POVO ao qual YAOHUH UL sempre amou e do qual Yaohushua sempre cuidou. Rav. Sha’ul (Paulo), nos originais semitas, diz que “não existe judeu ou arameu”. A palavra “arameu” era frequentemente usada para se referir àqueles que haviam se dispersado na região da Assíria. Ou seja: as 10 tribos perdidas de Yaoshor’ul! Não importa a que tribo pertençamos, somos todos yaoshorul’itas [filhos do mesmo Pai – Jacó/Yaohu’kaf]! Como semente de Abrul’ham (Abraão), nossa nação (Yaoshor’ul) é uma nação de sacerdócio real. Portanto, o foco deixa de ser na lacuna entre dois grupos, e passa a ser na restauração do Reino de Yaoshor’ul (At 15:16), em sua plenitude, conforme prometido pelos profetas! O conceito de “dois corpos”, ou “dois grupos”, ou ainda um “Yaoshor’ul físico” e outro “espiritual”, são divisões dos homens, doutrinas destrutivas, fruto da imaginação de grupos religiosos, e que não se encontra em lugar algum nas Escrituras. Tão certo quanto só há UM só UL’HIM, o Pai e UMA só PALAVRA, o Messias,  só existe  UM só Povo escolhido

NOTA De oCaminho: Vide Romanos 11 sob esta ótica! Esta última linha (em itálico) foi editada por nós sob a ótica do unitarianismo não modalista, própria dos nazarenos que neste ponto, não evoluíram seu entendimento sobre a divindade!

7 – A RESTAURAÇÃO DO REINO DE ISRAEL/YAOSHOR’UL

O Judaísmo Messiânico tem crenças variadas a este respeito. Alguns crêem que este evento já ocorreu, ou no tempo do rei Josias/Yaosa’yaohuh, ou no tempo em que Yaohu’dáh (Judá) retornou da Babilônia. Outros crêem que isto ocorreu com o retorno dos judaicos a Yaoshor’ul em 1948. Outros ainda crêem que a restauração está ocorrendo gradativamente, e que culminará no reajuntamento dos judaicos da diáspora, no advento do Messias. 

O Cristianismo, por normalmente minimizar a questão do que eles chamam de “Yaoshor’ul Físico”, normalmente não dá muita importância à questão. Alguns grupos atualmente ainda olham para Yaoshor’ul como sendo o cronômetro para o fim-dos-tempos. Contudo, pouco é dito [ou nada] acerca do reajuntamento das tribos perdidas. 

O Judaísmo Nazareno crê que esta restauração esteja sendo gradativa, mas que ainda não tenha ocorrido devido a uma série de fatores. Primeiramente, os talmidim (discípulos) perguntaram a Yaohushua quando isto ocorreria, portanto o evento não poderia ter sido o retorno de Yaohu’dáh (Judá) na época do rei Josias/Yaosa’yaohuh, ou da Babilônia. Da mesma forma, o Judaísmo Nazareno crê que o retorno de Yaohu’dáh (Judá) à terra prometida em 1948 é um passo nesta direção, assim como também é um passo nesta direção a restauração gradativa de Efraim. Contudo, o evento descrito em Ezequiel/Kozoqi’ul 37 é um reajuntamento e um retorno completo, de todas as tribos, e não um reajuntamento parcial somente de Yaohu’dáh (Judá). Além disto, a restauração será acompanhada da gravação das leis do ETERNO no coração, e do fim do pecado. Isto só ocorrerá quando o Messias retornar [dando início ao seu reino milenial sobre a Terra]. Atualmente, Efraim ainda ama o paganismo, o culto ao deus-sol [representado pelo domingo e o 25 de dezembro e a grande maioria, na trindade*], e Yaohu’dáh (Judá) ainda está imerso em esoterismo. A plenitude ocorrerá quando o Messias regressar, quando a grande maioria em Yaohu’dáh (Judá) O aceitará como rei [Yaohushua hol-Molk’ul], para reinar sobre todo o Yaoshor’ul. (comentário em itálico  de oCaminho).

* NOTA de oCaminho: o próprio Modalismo [pensamento nazareno] é uma espécie de TRINDADE onde, para eles, a Divindade Se fez/faz presente em suas formas de PAI, FILHO ou ESPÍRITO.

 

8 – TEOLOGIA DA SUBSTITUIÇÃO 

O Judaísmo Messiânico rejeita a teologia da substituição com todas as suas forças, e faz tudo o que pode para eliminar esta doutrina de demônios dos meios teológicos. Contudo, trágica e ironicamente, acaba incidentalmente a fomentando quando propaga a idéia errada de que existe um grupo chamado “Igreja gentílica” distinto de Yaoshor’ul*.

* NOTA de oCaminho: Isto, devido à existência de um Yaoshor’ul ortodoxo (que não aceitaram o Messias); mas, no entanto, este grupo usa o SIDUR ortodoxo (fazendo uma caricatura do judaísmo) . Um Sidur que não contempla ao Messias…


No Cristianismo, a teologia da substituição é extremamente comum. Embora alguns grupos já estejam começando a abrir os olhos e rever esta crença, a grande maioria das igrejas [principalmente a evangélica] ainda propaga esta doutrina de que os cristãos são o “Yaoshor’ul Espiritual”. Esta doutrina anti-semita, demoníaca e sem base bíblica tem sido o principal motivo para a perseguição tanto física (cruzadas, inquisições, etc.) quanto espiritual (evangelismo agressivo, conversões, etc.) dos judaicos. É com base nesta doutrina diabólica que chegam à conclusão de que a “Kehiláh” será arrebatada antes da Grande Tribulação (algo que não tem base bíblica alguma) e que Yaoshor’ul “se lascará sozinho” durante o reinado* do anti-cristo. 

NOTA de oCaminho: segundo Daoud 2, não haverá um 5º Império (do anti-cristo) – Dn 2:35.

9 – SHABAT E MOEDIM (Goins).

O Judaísmo Messiânico procura observar o Shabbos, Rosh Chodesh (Lua Nova) bem como os demais festivais bíblicos apontados pelo CRIADOR, e descritos na Toráh. Porém, normalmente dizem que para os “gentios” esta celebração é vista como opcional. 

O Cristianismo, salvo raras exceções, normalmente não observa os festivais do CRIADOR. Ao invés disto, observa festas da tradição romana (Natal, Páscoa católica, domingo, etc.) que infelizmente possuem raízes no paganismo. Em alguns casos mais extremados, a celebração das festas do CRIADOR chega a ser vista como algo errado, fruto de quem “não está na graça”. 

– O Judaísmo Nazareno também procura observar o Shabbos, Rosh Chodesh (Lua Nova) bem como os demais festivais bíblicos apontados pelo CRIADOR, e descritos na Toráh; e, enfatiza que todos aqueles que amam ao ETERNO devem participar de tais celebrações [comentário de oCaminhoque ainda hoje apontam para o Messias]. 
 

10 – OBSERVÂNCIA DA TORÁH 

Neste ponto, também há divergências dentro do Judaísmo Messiânico. Alguns grupos crêem que a observância da Toráh para os “gentios” é totalmente opcional, e que a insistência de que os “gentios” devam observar a Toráh é legalismo. Normalmente estes grupos ignoram que a própria Toráh proíbe termos “duas leis” distintas*. Ou seja: proíbe a criação de classes no Reino. Estes grupos costumam manter a muralha que foi erguida em volta da Toráh pelo Judaísmo tradicional, tornando-a um privilégio apenas para judaicos ou, no máximo, para alguns “gentios” que têm um “chamado especial” (se submetendo à circuncisão do prepúcio). Outros grupos já reconhecem que Atos 15 estabelece um mínimo** para que o “gentio” aprenda a Toráh gradualmente, e que a Toráh é para todo o povo do ETERNO.

* NOTA de oCaminho: Se bem que mesmo dentro do trinitarianismo exista duas leis distintas: as Dez Palavras cujo propósito é evitar a transgressão e a Lei do Espírito Santo, que não perdoa!!!

** NOTA de oCaminho: Onde, em Atos 15 temos estabelecido um “mínimo”? Ali temos sim uma orientação para que o “gentio” [os filhos da casa de Yaoshor’ul] possam se livrar do paganismo das nações por onde eles passaram e, assim, voltarem à YAOHUH UL, a quem abandonaram… Sha’ul foi chamado Apóstolo dos Gentios por ter ido em busca deles!

O Cristianismo tradicional rejeita a Toráh. Da Toráh, mantêm apenas 12 “convenientes” mandamentos: os “9 mandamentos” (isto é, os 10 menos o 4º, o Shabbos), o de amar ao próximo como a si mesmo, o de amar ao ETERNO sobre todas as coisas e o do dízimo. Os demais mandamentos são descartados sem o menor critério. O Cristianismo tradicional confunde Lei com legalismo e acha que o problema está nas leis do CRIADOR. Alguns grupos minimizam a observância da Toráh, outros a descartam, outros ainda crêem que quem observa a Toráh “caiu da graça”; chegando ao cúmulo de rejeitar TODO o VT de suas bíblias trinitarianas… (comentário em itálico de oCaminho).

O Judaísmo Nazareno crê que existe somente uma Toráh para o povo do ETERNO. Tanto judaicos, quanto efraimitas restaurados (que representam a maioria dos que crêem), ou yaoshorul’itas por opção [estrangeiros] devem guardar a Toráh. O Judaísmo Nazareno reconhece que Atos 15 recomenda que aos resgatados na fé, deve ser dado o leite, e que gradativamente os mesmos devem ser ensinados na Toráh*. Uma vez que se atinja a maturidade, é não somente um privilégio observar a Toráh, como é mandamento divino. A Toráh foi dada a todos os filhos de Yaoshor’ul e, através da dispersão de Efraim, foi oferecida em todas as nações. Agora, a Toráh pode ser cumprida em seu pleno propósito através da fé em Yaohushua hol’Mehushkháy. Todos os filhos de Yaoshor’ul devem lembrar que a Toráh foi dada a nossos pais no Monte Sinai de forma eterna e irrevogável. 

NOTA de oCaminho: Não devemos confundir Toráh com Monte Sinai; ela é anterior ao Sinai!!! Quanto às 613 leis ali presentes, lembramos que a grande maioria delas, cumpriu-se no Ministério de Yaohushua – cravadas na cruz (Cl 2:14) – e que outras, são impossíveis de se cumprir (apedrejamento, por exemplo) e quais cumprir  – ou não – será sempre um “homem” quem decidirá!

11 – PAULO/SHA’UL

O Judaísmo Messiânico rejeita a falsa premissa de que Rav. Sha’ul (Paulo) teria falado contra o cumprimento das mitsvot (mandamentos) da Toráh. Alguns grupos crêem que Rav. Sha’ul (Paulo) falou apenas contra o “forçar um gentio” a cumprir a Toráh, demonstrando a opcionalidade da mesma para os não-judaicos. Outros grupos crêem que Rav. Sha’ul (Paulo) falou contra o legalismo rabínico, e não contra a Toráh, e que Rav. Sha’ul (Paulo) não era contra os “gentios cumprirem a Toráh”, muito pelo contrário. Ambos reconhecem que Rav. Sha’ul (Paulo) viveu uma vida reta, como um judeu zeloso e cumpridor da Toráh, e que Rav. Sha’ul (Paulo) jamais falou contra a Toráh, mas sim contra o mau uso da mesma. 

O Cristianismo vê na teologia paulina uma exaltação da graça acima da lei. O Cristianismo normalmente crê que não estamos mais na “dispensação da lei”, mas sim na “dispensação da graça”. Normalmente passagens do Tanakh (dito Antigo Testamento) que mostram que sempre estivemos na graça, e que a Toráh é eterna costumam ser minimizadas. Curiosamente, o Cristianismo não vê problemas nas  colocações do Rav. Sha’ul (Paulo), aparentemente contradizendo a revelação anterior, pois há uma ênfase maior na revelação do “Novo” Testamento do que na do “Velho” Testamento.

Nota de oCaminho: Admitir esta divisão de VT e NT é admitir que o ETERNO errou e por isto “substituiu” Seu povo pela atual compreensão de um “povo gentílico”. Na realidade, a porção dita Novo Testamento deve ser dita como sendo a Renovação da Aliança, em hol’Mehushkyah! No hebraico diz-se b’hit para NOVO e b’rit, para RENOVO; daí, B’rit Hadashá [dito NT]!

O Judaísmo Nazareno também rejeita a falsa premissa de que Rav. Sha’ul (Paulo) tenha falado contra a Toráh. O Judaísmo Nazareno mantém que as “leis” condenadas pelas Escrituras como sendo um jugo pesado são, segundo a própria definição de Yaohushua, leis rabínicas, e não leis da Toráh. O Judaísmo Nazareno mantém então posição semelhante ao Judaísmo Messiânico de que o problema estava no legalismo rabínico, e não nas leis do CRIADOR [Yaohushua]. O Judaísmo Nazareno mantém ainda que existem versículos suficientes em todas as Escrituras que demonstram que quem ama a YAOHUH UL’HIM deve, por amor, guardar a Toráh, à medida em que vai aprendendo da mesma.

Nota de oCaminho: Disse Yaohushua: Se me amardes, guardareis os meus mandamentos… Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele (Jo 14:15, 21). Na realidade, os “crentes” não RECONHECEM a diversidade das leis: A Moral [eterna – Mt 5:18] e a Cerimonial [transitória – Ef 2:15]… Sha’ul falava (as ditas passagens “contraditórias” ou contra a lei) da lei Cerimonial, ou seja, rabínica; cumpridas em Cristo!
 

12 – TRADIÇÕES JUDAICAS 

O Judaísmo Messiânico enfatiza bastante a questão das tradições judaicas, e procura segui-las ao máximo [inclusive as tais de 613 leis]. O Judaísmo Messiânico reconhece a grande importância das Tradições na cultura e identidade dos judaicos. Contudo, em alguns grupos, a cultura judaica é enfatizada acima da Toráh. Em certos casos, mesmo quando a “tradição de nossos pais”, por decisões rabínicas, fere a Toráh, as “tradições” são seguidas acima da Toráh. Um exemplo disto é o uso dos fios puramente brancos nos tsitsiyot (as franjas do talit), quando a Toráh determina que um dos fios seja azul. Frequentemente, a chamada “Toráh Oral”, que o próprio Judaísmo Messiânico reconhece não existir, é usada como desculpa para esta atitude. 

O Cristianismo mais tradicional não tem muito interesse, a não ser por talvez um pouco de curiosidade, nas tradições judaicas. O problema principal é quando o Cristianismo confunde a tradição judaica com a Toráh. Uma coisa é a imposição de uma cultura, o que é errado à luz das Escrituras. Outra coisa é pregar a obediência aos preceitos bíblicos da Toráh. Quem prega a Toráh, que nada mais é do que Bíblia pura e simples, é frequentemente chamado de “judaizante”. 

O Judaísmo Nazareno também reconhece o valor e a importância da cultura judaica, até mesmo no entendimento de certas passagens bíblicas. Contudo, o Judaísmo Nazareno enfatiza a observância da Toráh acima de qualquer tradição. Se alguma tradição minimiza ou viola a Toráh, então para o Judaísmo Nazareno prevalece a observância da Toráh. O Judaísmo Nazareno também reconhece que ninguém é obrigado a cumprir as mitsvot (mandamentos) da Toráh da “forma judaica”, desde que os mandamentos sejam cumpridos. Valorizamos e procuramos por uma questão cultural sempre que possível manter a identidade judaica e a forma tradicional de cumprir as mitsvot (mandamentos), e ainda procuramos manter a cultura judaica mesmo quando não há mitsvá (mandamento) envolvido. Contudo reconhecemos que a única coisa que tem autoridade sobre nós em termos de prática são as mitsvot (leis) do ETERNO. A cultura é um elemento importante, mas opcional. 

Nota de oCaminho: Quando houve o Concílio de Yaosh’ua-oléym [At 15], os da Casa de Yaoshor’ul [gentios] estavam por entre as nações [observe o roteiro – em um mapa escriturístico – da segunda viagem de Sha’ul]… Conheciam a Lei, mas no entanto, estavam aculturados segundo os costumes destas nações [como o hebreus estavam no Egyto,de forma que até o shabbós teve que ser relembrado no episódio miraculoso do manáh]. Mas, no entanto, o assunto polêmico não era tais costumes, mas sim a circuncisão… Não havia NADA opcional, exceto cumprir a Lei [vs 21] e se abster de alguns itens básicos [vs 20] de santificação – nada de talit, kipá ou circuncisão!

13 – AS DEZ TRIBOS 

O Judaísmo Messiânico possui visões bem variáveis a respeito deste assunto. A maioria normalmente crê que as dez tribos deixaram de existir como nação identificável e que os indivíduos que mantiveram sua identidade foram absorvidos por Yaohu’dáh (Judá). A maioria portanto crê que os judaicos da atualidade são a nação visível, reunida e reconstituída de Yaoshor’ul, produto do reajuntamento de todas as 12 tribos. Estas 12 tribos da atualidade são conhecidos apenas como ‘judaicos’, e portanto não haveria necessidade de um novo reajuntamento da Casa de Yaoshor’ul. Alguns grupos messiânicos contudo vêem o reajuntamento das 10 tribos de Yaoshor’ul como um evento futuro, que ocorrerá na segunda vinda do Messias. 

O Cristianismo tende a minimizar a questão, pois não há muito enfoque no “Yaoshor’ul físico”. As promessas do “Yaoshor’ul físico” teriam passado para o “Yaoshor’ul espiritual”. Dentre os que crêem que há promessas para o “Yaoshor’ul físico”, a maioria também vê o retorno ao Estado de Yaoshor’ul como sendo o cumprimento desta profecia. 

O Judaísmo Nazareno crê que a nação de Yaoshor’ul ainda não foi totalmente restaurada. Ambas as casas encontram-se ainda em estado de cegueira espiritual, até a consumação dos tempos [Rm 15:25]. Yaohu’dáh (Judá) continua fundamentalmente (e propositadamente) cego com relação ao Messias Yaohushua, até que o tempo de Efraim possa se completar. Esta cegueira foi a forma que o ETERNO encontrou para restaurar Efraim. Já Efraim continua, como dizem as Escrituras, amando o paganismo. Mesmo tendo sido salvos no Messias Yaohushua, a grande maioria de Efraim ainda se encontra imersa no paganismo romano. O Judaísmo Nazareno crê que tanto a restauração de Yaohu’dáh (Judá) quanto a de Efraim está se dando aos poucos. A restauração de Yaohu’dáh (Judá) está se dando à medida que os judaicos começam a reconhecer em Yaohushua, o Messias prometido. A restauração de Efraim (a chamada “plenitude dos gentios” – promessa dada a Efraim pelo patriarca Yaohu’káf/Jacó) está ocorrendo a partir do momento em que Yaohushua tem feito as boas novas da restauração se propagarem pelas nações em busca das ovelhas perdidas da Casa de Yaoshor’ul – a missão primordial dada a Sha’ul. O Judaísmo Nazareno não crê que as 10 tribos estejam totalmente perdidas, mas apenas “dispersas” entre as nações, mas sendo restauradas no Messias.

Nota de oCaminho: O grande divisor das águas ocorrerá durante o Armagedom, quando muitos efrainitas sobreviverão – Is 24:6. O corre que o CRIADOR conhece os Seus!!! Jo 6:39.

14 – O TABERNÁCULO DE DÁOUD 

O Judaísmo Messiânico crê que o Tabernáculo de Dáoud se refere apenas à Casa de Yaohu’dáh (Judá), isto é, ao povo judeu, a nação atual [que deve ser convertida]. Portanto para trazer a reconciliação bíblica nestes últimos dias, deve ser feito um esforço para reconciliar os judaicos com a “Kehiláh”, trazendo a “Kehiláh” de volta às suas “raízes judaicas”. O Judaísmo Messiânico é muito ativo na restauração destes dois “corpos” do CRIADOR, praticamente admitindo ou que a teologia da substituição está correta, ou que existam “duas noivas” do Messias. 

O Cristianismo crê que a restauração do Tabernáculo de Dáoud se deu com a “restauração da fé” através da criação da “Kehiláh”, que seria o “Yaoshor’ul Espiritual”. O cumprimento profético da restauração do Tabernáculo de Dáoud seria apenas no âmbito espiritual. Para dar sentido à sua teologia, é muito comum no Cristianismo a “espiritualização” de muitas promessas que se refiram a Yaoshor’ul. 

O Judaísmo Nazareno crê que histórica e biblicamente o Tabernáculo de Dáoud sempre foi definido como sendo Yaoshor’ul, e que portanto uma restauração do Tabernáculo de Dáoud seria uma restauração do povo de Yaoshor’ul tal qual ele era no tempo durante o qual Dáoud reinou e, consequentemente, estabeleceu o seu Tabernáculo. Naqueles tempos, o povo de Yaoshor’ul era um. Quando houve a separação do Reino do Norte (Yaoshor’ul/Efraim) e do Sul (Yaohu’dáh), o ETERNO prometeu que o povo um dia seria restaurado. O Judaísmo Nazareno é muito ativo no sentido de promover a restauração, através do Messias Yaohushua, deste relacionamento atualmente ferido entre as duas Casas de Yaoshor’ul, que culminará profeticamente na restauração do Reino de Yaoshor’ul. O Judaísmo Nazareno crê que a restauração na irmandade de Yaoshor’ul é bíblica e crê que o conceito cristão de que exista uma “Kehiláh” distinta de Yaoshor’ul, ou conhecida como “Yaoshor’ul Espiritual”, como sendo demoníaco, anti-bíblico e fictício. O Judaísmo Nazareno também rejeita a noção de que os judaicos teriam status especial no Reino de Yaoshor’ul restaurado, pois não há base bíblica para distinção entre yaoshorul’itas.

Nota de oCaminho: Além da RESTAURAÇÃO entre as duas casas, ocorrerá também a restauração geográfica, pois hoje, muito do Reino de Daoud, está nas mãos ou de árabes [ismaelitas] ou de palestinos [os filhos de Esaú; que, segundo as Escrituras, serão erradicados]… Não há futuro, portanto, para os palestinos – Ob 1:18; Ml 1:3…

 

15 – CONVERSÕES AO JUDAÍSMO 

O Judaísmo Messiânico crê que a única forma de uma pessoa se tornar parte de Yaoshor’ul é através de uma conversão ao Judaísmo. O pior disto tudo é que muitos grupos sequer possuem “ritual de conversão”, forçando os que desejam se juntar a Yaoshor’ul a se submeterem a uma conversão tradicional (ortodoxa ou reformista). Alguns grupos aceitam “conversões messiânicas”, outros somente “conversões tradicionais”, outros ainda apenas “conversões ortodoxas”. Infelizmente, esta crença e prática estão arraigadas na falsa premissa de que apenas o povo judeu é Yaoshor’ul, e que consequentemente não há israelita que não seja judeu [da Casa de Judá]. Esta crença e prática também, além de frontalmente contrária às Escrituras, é arrogante e exclusivista, e só faz fomentar a criação de classes no Reino.

Nota de oCaminho: Em muitos destes movimentos existem sinagogas para judaicos e congregações para os “gentios” – goins. Outros, exigem a circuncisão…

Se o Cristianismo por um lado possui a vantagem de não fazer distinção de classes, por outro exige um tipo de conversão que fatalmente significa para o judeu ter que abandonar totalmente suas tradições e também trocar a Toráh por uma fé anti-nomiana. Chega-se muitas vezes a dizer que a pessoa deixou de ser judeu para se tornar cristão. A prática da violação da Toráh [exigindo-se reconhecer o papa, aceitar a trindade e e rejeitar o sábado em priol do domingo – nesta ordem] e muitas vezes é até incentivada para que o judeu prove que “se converteu de coração”. Tal prática conversora é um verdadeiro holocausto espiritual [a inquisição não acabou!]. 

O Judaísmo Nazareno entende que algumas pessoas optem por fazer o processo de conversão, desde que não neguem a Yaohushua, apenas para que sejam reconhecidos pela comunidade judaica tradicional, ou para que tenham direito a fazer aliá (irem morar em Yaoshor’ul). Contudo, o Judaísmo Nazareno rejeita completamente a noção de que uma conversão é necessária para que a pessoa se torne parte de Yaoshor’ul. O Judaísmo Nazareno reconhece que aqueles que se aproximam de Yaohushua são, em sua maioria, efraimitas que estão tendo suas raízes restauradas, ou, embora em menor escala, pessoas que desejam se unir a Yaoshor’ul. As Escrituras não dão base para nenhum ritual de conversão para adoção como parte de Yaoshor’ul, além da conversão ao UL de Yaoshor’ul. A idéia de conversão [ao judaísmo] não só é uma invenção humana arrogante, discriminatória e que diminui a importância da graça do ETERNO, como ainda, na melhor das hipóteses, representa uma “mudança de lado” dentro de uma mesma família. Ou seja, não faz o menor sentido espiritualmente falando, nem torna a pessoa mais ou menos israelita aos olhos do ETERNO.

Nota de oCaminho: Como fator externo (demonstração e testemunho publico), faz parte da Verdadeira Conversão o ato da Imersão em Nome do Messias – Marcos 16:16. Desconsideramos TOTALMENTE qualquer conversão ao judaísmo [ortodoxo], pois estes não aceitam ao Messias – Gl 5:4.
 

16 – KASHRUT 

O Judaísmo Messiânico de um modo geral costuma seguir a kashrut (leis alimentares) puramente bíblica, tal qual o evitar porco e camarão. Alguns segmentos, embora minoritários, seguem a halachá rabínica e separam carne do leite. Este segmento contudo é minoria no Judaísmo Messiânico e fazendo isto, estão seguindo homens [Talmud].

O Cristianismo tradicional crê que Yaohushua anulou as leis da kashrut, e que portanto o ETERNO não se importaria com a nossa alimentação. 

O Judaísmo Nazareno também costuma seguir a kashrut (leis alimentares) puramente bíblica. Alguns grupos optam por seguir a halachá rabínica de separação de carne e leite apenas por uma questão de convivência com a comunidade judaica local. Porém o Judaísmo Nazareno tem como bem claro que a única coisa que tem verdadeira autoridade no assunto são as mitsvot (mandamentos) do ETERNO. 
 

Nota de oCaminho: O mundo dito cristão tem por “entendimento” que as leis alimentares foram dadas por Moisés… E, como para eles, tais leis foram “cravadas na cruz”, hoje pode-se comer de tudo.. Usam, inclusive – fora do contexto – Mt 15:11 para-se justificarem. No entanto, alimentos limpos e imundos [Lv 11] já era conhecido desde o Eden… Responda rápido, quantos de cada tipo de animal entrou na Arca de Nokh? Um casal de cada tipo? ERROU!!! Pegue a sua Bíblia e leia Gn 7:2, 3.
 

17 – CIRCUNCISÃO (B’RIT MILÁ) 

O Judaísmo Messiânico não é unânime nesta questão. Alguns grupos defendem que os “gentios” não precisam se circuncidar, e que este seria o exemplo de mais uma mitsvá (mandamento) que só seria relevante para os judaicos. Outros grupos defendem que apenas os “gentios que se convertem ao judaísmo” (vide tópico sobre conversão) devem se circuncidar. Outros grupos ainda defendem que a circuncisão, como toda mitsvá (mandamento) do Eterno, é para todos. O que esses grupos têm em comum, diferente do Cristianismo tradicional, é que reconhecem que um “gentio” pode se circuncidar, coisa que para o Cristianismo tradicional muitas vezes é vista como sendo “cair da graça”. A questão daqueles que foram circuncidados por questões de saúde também varia muito. Alguns grupos defendem o ritual de “Hatafat Dam”, que passa pela extração de uma gota de sangue do órgão sexual para poder tornar a circuncisão “kasher”, isto é, própria segundo as leis rabínicas. Outros grupos dizem que isto não é necessário, e que basta a pessoa passar a aceitar sua própria circuncisão. 

O Cristianismo tradicional não reconhece a circuncisão apesar de Gênesis 17 deixar claro que todos os que são da casa de Abrul’ham, naturais ou “comprados”, deveriam ser circuncidados. Existem dois motivos para isto: o primeiro seria relacionado à doutrina de que as leis do ETERNO teriam sido abolidas. O segundo está no fato de não compreenderem a questão de Rav. Sha’ul (Paulo) ter sido contra a circuncisão por legalismo, que muitas vezes nem mesmo era uma “circuncisão”, mas sim o ritual de “Hatafat Dam” para serem aceitos no Judaísmo Rabínico. Por perder a identidade semita de sua fé, o Cristianismo acabou caindo numa não-compreensão desta questão. 

O Judaísmo Nazareno não só vê a circuncisão como sendo uma mitsvá (mandamento) pertinente a todos, como também reconhece nela uma grande importância no processo de restauração da identidade dos efraimitas. O Judaísmo Nazareno concorda com o Judaísmo Messiânico e com o Cristianismo que a circuncisão não é questão de salvação. Porém, assim como a passagem pelo mikveh (imersão), é uma questão de demonstração de obediência. Os pais tementes ao Eterno têm a responsabilidade de circuncidar seus filhos homens ao oitavo dia do nascimento. No caso de um adulto, de acordo com a ordem dos fatores estabelecida em Atos 15, deve se circuncidar tão logo adquira certa independência em sua compreensão da Toráh. Aos que já são circuncidados por questões de saúde, rejeita-se a noção de que seria necessário o ato de “Hatafat Dam” (extração de sangue), que para o Judaísmo Nazareno é uma lei rabínica sem base bíblica.

Nota de oCaminho: A circuncisão torna-se um ato judaizante e vai de encontro a Atos 15:21 pois nem mesmo pelo contexto daquele primeiro concílio, ficou evidente que aquele que crescer na fé, compreenderia a necessidade da circuncisão… Na realidade, a lei da circuncisão tinha um motivo primordial: caracterizar um povo que aguardava o Messias! No entanto, também este fator deixou de existir com a Vinda do Mesmo… Rm 2:25-29. Isto já havia sido profetizado: …e te converteres ao CRIADOR, o teu Criador, e obedeceres à Sua voz conforme tudo o que eu te ordeno hoje, tu e teus filhos, de todo o teu coração e de toda a tua alma, …Também o CRIADOR, o teu Criador, circuncidará o teu coração, e o coração de tua descendência, a fim de que ames ao CRIADOR, o teu Criador, de todo o teu coração e de toda a tua alma, para que vivas. Dt 30:2, 6. Portanto, não era necessária nos dias dos apóstolos [At 15]; não é necessária hoje! Circuncisão, apenas a do coração!!!

 

18 – HALACHÁ 

A halachá consiste em decisões rabínicas acerca do cumprimento de uma mitsvá (mandamento). Por exemplo: a Toráh fala que “é proibido trabalhar no Shabbos”. A halachá diria o que significa “trabalhar no Shabbos”, e assim por diante. O Judaísmo Messiânico respeita e muitas vezes aceita a halachá rabínica, muitas vezes com status de mitsvá (mandamento). A obediência à halachá tradicional muitas vezes varia de congregação para congregação, e também de acordo com a conveniência da mesma. Como o Judaísmo Messiânico luta para ser reconhecido como a quarta grande ramificação do Judaísmo (depois do Ortodoxo, Conservador e Reformista), isto pode culminar no aceitar grande parte da halachá rabínica tradicional, com grande parte de suas leis rabínicas. 

Se o Cristianismo rejeita quase todas as mitsvot (mandamentos) da Toráh [principalmente o 4mandamento, o sábado], obviamente rejeita a halachá rabínica. Contudo, muitas vezes inconscientemente, acaba adotando um preceito semelhante no que diz respeito às tradições romanas. Muitas tradições estabelecidas por Roma hoje são dogmáticas para as igrejas cristãs, em maior ou menor grau de acordo com cada denominação. O preceito é muito semelhante, embora em não tão grande escala, ao da halachá rabínica [veja, por exemplo, como eles determinam o dia da páscoa …].

O Judaísmo Nazareno vê a questão da halachá como sendo diferente. O Judaísmo Nazareno crê que Yaohushua deu a seus seguidores a autoridade para fazerem halachá (vide Mt 18:18). Porém, crê também na proibição explícita que existe na Toráh para com adições à mesma. O Judaísmo Nazareno portanto crê que a halachá seja como jurisprudência e não [como] lei. Ou seja: o objetivo é auxiliar e orientar aos que temem ao ETERNO sobre como viverem na constituição que Ele nos deu, que é a Toráh. Contudo, o Judaísmo Nazareno rejeita a noção de que uma “violação à halachá” seja pecado, ou seja igual à violação à Toráh, pois a halachá não tem status de lei. A halachá deve ser um benefício, um auxílio para o povo, e não um jugo, como muitas vezes o é a halachá rabínica. O Judaísmo Nazareno reconhece que muitas vezes a halachá rabínica acerta, mas em muitas outras perde o espírito da coisa, erra, e se torna um fardo. Portanto crê que os nazarenos devem ter sua própria halachá. A halachá rabínica possui instruções valiosas, mas deve ser revista aos olhos dos ensinamentos de Yaohushua, e da própria Toráh (pois frequentemente a halachá rabínica viola a Toráh escrita). Em suma, a halachá nazarena seria uma soma de decisões próprias com revisões das decisões rabínicas, porém todas elas colocadas em seu devido lugar, como apoio para a Toráh, e não em substituição ou mesmo nível da mesma.

Nota de oCaminho: Consideramos as 613 leis (e suas orientações – halachá) produto (passível) de interpretação humana e por isto não devem ser consideradas… II Ped 1:20. Será sempre um homem que decidirá qual pode ser aplicada ainda hoje ou não!!! Além disto, TODOS NÓS, temos a nossa própria halachá expressa na forma do “CREMOS” [Assim Cremos…].

 

19 – TEOLOGIA DA SUBSTITUIÇÃO REVERSA 

O fenômeno da “teologia da substituição reversa” é extremamente comum no Judaísmo Messiânico. Chega a ser irônico, pois o Judaísmo Messiânico é dos mais ferrenhos opositores da teologia da substituição. Mas o que vem a ser este fenômeno? A teologia da substituição diz [que] um corpo chamado “Kehiláh” substituiu Yaoshor’ul. Essa noção é rejeitada pelos messiânicos no que diz respeito à Casa de Yaohu’dáh (Judá). Contudo, ao se recusarem a ver a questão da Casa de Efraim, os messiânicos condenam os efraimitas a não terem como restaurar suas origens (a não ser que passem por “conversão ao judaísmo”), forçando-os a serem apenas parte do corpo chamado “Kehiláh”, e não de Yaoshor’ul. Ou seja, é como se a “Kehiláh” tivesse engolido e substituído a Efraim, mas não a Yaohu’dáh (Judá). Isto é o fenômeno da teologia da substituição reversa. A casa de Efraim, isto é, as 10 tribos, é tão semita e tão parte de Yaoshor’ul quanto Yaohu’dáh. E, no entanto, através deste ato de não-reconhecimento do processo de restauração de Efraim, o Judaísmo Messiânico tragicamente pratica contra eles o anti-semitismo (isto é: rejeita a origem semita de Efraim) através desta teologia da substituição reversa. 

Para o Cristianismo tradicional, esta não é uma questão relevante, pois costuma pregar a teologia da substituição para todo o Yaoshor’ul, quer Yaohu’dáh (Judá) quer Efraim. Os chamados “yaoshorul’itas remanescentes” ou até mesmo os “re-enxertados” agora fariam parte da “Kehiláh”, que seria o “Yaoshor’ul Espiritual”. É um modelo exatamente reverso do que descreve Rav. Sha’ul (Paulo) em Romanos 11. 

O Judaísmo Nazareno é radicalmente contra qualquer tipo de teologia da substituição, incluindo nisto a sutil “Teologia da Substituição Reversa”. Ao proclamar que as duas Casas de Yaoshor’ul estão sendo gradativamente restauradas no Messias Yaohushua, nenhuma Casa é ignorada, rejeitada, substituída, vista como inferior ou como superior, nem tampouco é uma das Casas, ou ambas, substituídas por uma instituição fictícia e inventada pelo homem chamada de “a IGREJA”. A “Kehiláh” na concepção cristã não existe. A única “Kehiláh” que foi fundada pelo CRIADOR foi fundada no Sinai, e é chamada de Yaoshor’ul [a Kehiláh de Yaohushua; não Kehiláh de “deus”, como dizem os messiânicos]. Não existe nos planos do CRIADOR, conforme fica bem claro ao longo das Escrituras, principalmente dos Escritos dos Nevi’im (Profetas), qualquer outra instituição aos olhos do CRIADOR que não seja Yaoshor’ul. Aqueles que amam e seguem ao ETERNO são parte de Yaoshor’ul, quer por serem naturais de Yaohu’dáh (Judá), Efraim, ou por serem yaoshorul’itas por opção. Estas pessoas formam um só povo, sem barreiras e sem divisões, e são unidos espiritualmente através dos laços de amor de Yaohushua hol’Mehushkháy, em uma única entidade chamada de “Assembléia do Messias”, ou “Corpo do Messias” [congregação], que sempre foi e sempre será Yaoshor’ul. O Judaísmo Nazareno vê com grande preocupação o crescimento da “Teologia da Substituição Reversa” no meio messiânico.

Nota de  oCaminho: Nos dias de Yaohushua, esta Kehiláh estava corrompida [paganizada] e é por isto que Ele a re-edificou – Mateus 16:18 – sobre a grande Verdade [rejeitada até hoje] de que Ele é o Filho do ETERNO e não o ETERNO como dizem os trinitarianos ou os modalistas tais como os nazarenos… 

 

20 – ORDENAÇÃO 

No Judaísmo Messiânico, não há um critério unânime para a ordenação. O que acaba ocorrendo é que, em muitas congregações, aqueles que foram ordenados no Cristianismo e migraram para o Movimento Messiânico mantêm suas ordenações como “pastores”. Contudo, só são reconhecidos como rabinos pelo Movimento Messiânico tradicional aqueles que são de origem judaica. Alguns grupos messiânicos só ordenam rabinos que sejam devidamente instruídos em Yeshivot (escolas de rabinos), outros grupos ordenam ‘rabinos’ a qualquer pessoa que tenha um mínimo de conhecimento, outros grupos ainda usam o título ‘rabino’ como sendo sinônimo de pastor ou líder. 

No Cristianismo tradicional, só são ordenados “pastores” aqueles que possuem instrução de alguma instituição em particular [ou de sua própria denominação]. Não são vistos com bons olhos os “pastores” de algumas igrejas mais modernas [pentecostais] que são ordenados mesmo sem terem instrução alguma. Existe, com relação ao Judaísmo Messiânico, o ponto positivo de que a ordenação não depende da origem étnica da pessoa.

No Judaísmo Nazareno, primeiramente não existe o reconhecimento da ordenação de outras religiões. Para que alguém seja ordenado no meio nazareno, deve ser instruído na fé nazarena [modalista]. O Judaísmo Nazareno também reconhece, na falta de rabinos plenamente formados, um ancião da congregação, que esteja bem fundamentado na fé nazarena, pode liderar a congregação, porém se esta liderança for em caráter mais definitivo, deve estudar para obter formação plena. O Judaísmo Nazareno é firme na posição de que para uma pessoa se sagrar rabino deve possuir um bom nível de instrução. Porém, o Judaísmo Nazareno reconhece que qualquer pessoa que partilhe da fé nazarena pode se tornar um rabino, quer judaico, quer efraimita, quer israelita por opção. Não há base bíblica para a “distinção de berço” para a figura de um rabino.

Nota de oCaminho: A instrução prévia é justa [a CYC – Congregação Yaoshorul’ita oCaminho, tem o CTA (Curso de Teologia Aplicada, cujo objetivo é formar líderes congregacionais locais – rosh], pois antes de pregar algo, a pessoas deve se familiarizar – e aceitar ou viver – o que prega! No entanto, a CYC – Congregação Yaoshorul’ita oCaminho, não usa a terminologia pastor* ou rabino por serem de uso particular [segundo as suas crenças particulares] destes  três movimentos… Preferimos usar terminologias tais como ROSH [líder congregacional], ANCIÃO [em vez de bispo ou lipekasch] e DIÁCONOS (mesmo que a palavra venha do grego, mas nos importa a função exercida)… 
 

Nota de oCaminho: A palavra pastor vem do latim (pax – voz; stur – satã) e literalmente seria “voz de satã”. Nada mais correto do que isto, uma vez que os detentores de tais títulos estão a serviço de satanás, ao ensinar suas falsas doutrinas, principalmente a trindade, a imortalidade da alma, o dom de língua e o arrebatamento secreto para uma ida aos céus; além do nascimento virginal… Nas Escrituras [NT] não temos a palavra “pastor” (como foi traduzida), mas sim apascentador!

21 – MEMBRESIA 

Embora isto não seja fato para todas as congregações messiânicas, a MJAA (Messianic Jewish Alliance of America) só reconhece membresia total, com direito ao privilégio de voto, a quem seja judeu. Aos “gentios” é oferecido apenas o status de “associado”. Os associados da MJAA podem dar dízimo, ofertas, etc. mas não têm direito à membresia completa [conveniente, não é?]. A MJAA não considera esta posição como racista, mas sim como uma proteção da identidade judaica do movimento. Já a UMJC (Union of Messianic Jewish Congregations), a segunda organização mais importante do movimento messiânico, pensa diferente e dá direito de membresia total a qualquer pessoa que ame ao ETERNO. 

Neste ponto, novamente o Cristianismo está em vantagem com relação ao Judaísmo Messiânico. Nenhum membro é obrigado a dar certidão de nascimento, sobrenome ou provar linhagem para possuir status de membro em uma organização cristã [interessa-lhes o número de membros, isto é, DÍZIMOS].. 

A UNJS (Union of Nazarene Jewish Synagogues) também oferece membresia a qualquer pessoa que ame e siga ao UL de Yaoshor’ul. A UNJS não vê com bons olhos o sistema de “associação para membros não-judaicos” da MJAA, pois cria uma divisão no Corpo do Messias (Yaoshor’ul). A UNJS mantém que se uma pessoa é aceita pelo ETERNO como parte do Corpo do Messias (Yaoshor’ul), quer judeu, quer efraimita, quer israelita por opção, então essa pessoa também tem direito a pertencer a qualquer organização que alegue representar ao Criador de Yaoshor’ul. 

Nota de oCaminho: Nossa única regra, é que a pessoa estude a razão de nossas crença – I Pe 3:15 – e seja imerso em o Nome de Yaohushua!!! Quanto ao dízimo, cremos que após o sacerdócio levítico – cravado na cruz – ficou-nos o sacerdócio de Melquisedeque, onde Yaohushua é o Sumo-sacerdote e nós, sacerdotes [o sacerdócio de todo o crente – I Pe 2:9]. No entanto, a congregação deve ser mantida pelos seus membros com as sua ofertas e quando um membro assim o desejar, pode dizimar [na forma de um pacto pessoal]. Seguimos Sha’ul aos de Corintos – II Co 9:7.

22 – A DIVINDADE DE YAOHUSHUA

Quando foi estabelecido, o Judaísmo Messiânico (o movimento moderno) era composto unicamente por homens que defendiam com unhas e dentes a divindade do Messias Yaohushua. Isto é: que Yaohushua é a manifestação física do ETERNO [unicismo; modalismo]. Contudo, a exemplo do que aconteceu historicamente com o Cristianismo, hoje em dia existem grupos que apostataram e O consideram como um ser divino porém separado do ETERNO [Filho do ETERNO, conforme as Escrituras]. Ao contrário do que aconteceu com o Cristianismo, muitos destes grupos têm permanecido dentro do movimento messiânico, causando divisão neste movimento. Deve haver uma ação em cima deste problema o mais rápido possível, segundo alguns líderes deste movimento: “esta heresia está destruindo o movimento”. 

O Cristianismo neste ponto acerta ao considerar apóstatas os grupos que negam a divindade do Messias. A divindade do Messias também é uma doutrina fundamental do Cristianismo; no entanto; dentro de uma trindade…

O Judaísmo Nazareno tem como pilar fundamental de fé o fato de que o Messias é uma manifestação do Eterno [modalismo], e não um “deus à parte”. Para fazer parte da UNJS, toda congregação deve professar essa verdade de fé sobre a divindade do Messias. Vários líderes e congregações tiveram seus pedidos de filiação rejeitados por não partilharem desta doutrina que consideramos fundamental no Judaísmo Nazareno.

Nota de oCaminho: Isto é uma espécie de modalismo às avessas… As Escrituras nos deixam evidente que o Messias é o Filho do ETERNO e no entanto, apesar de Sua individualidade, é totalmente submisso ao Pai – Pv 8:22-30; I Co 8:4-6; Ef 4:5-6; Jo 17:3; Ap 3:21; etc. Disto, depreende-se que temos duas pessoas divinas; não dois deuses!!! Para os unicistas, fica difícil explicar I Co 15:4up, 5-6… Esta é uma das principais razões do porque muitos dos nazarenos rejeitarem as Cartas de Sha’ul e de terem “preparados” os tais Manuscritos Semitas! Os nazarenos tem usado tal expediente [aproveitando-se da primazia do Hebraico Arcaico ou Aramaico sobre o grego, para o NT] para impor o unicismo: Observe a ressalva do autor deste estudo [colocada em negrito, acima – LEMBRAMOS que todas as colocações entre colchetes são nossas] para que se possa ser um membro deste movimento eclético [recentemente até mesmo um “Curso de Teologia” foi oferecido por eles, desde que se aceitasse este tópico unicista]…

 

23 – OS ESCRITOS DOS NAZARENOS 

O Judaísmo Messiânico também não possui uma posição bem definida quanto à origem dos manuscritos dos Escritos dos Nazarenos (isto é, o “Novo” Testamento). Alguns grupos crêem que os originais foram escritos em línguas semitas, isto é, em hebraico e/ou em aramaico, e consideram que isto é importante para entendermos a verdade das Escrituras. Outros grupos partilham desta crença, mas adotam os manuscritos gregos como sendo os mais próximos dos originais. Outros ainda, embora em menor número, crêem que o “Novo” Testamento foi escrito essencialmente em grego. 

O Cristianismo tradicional, embora alguns grupos mais modernos discordem, crê que o “Novo” Testamento foi escrito fundamentalmente em grego. Alguns grupos crêem que houve uma tradição oral em aramaico antes dos escritos se consolidarem em grego, mas a grande maioria mantém que a autoria foi em grego. 

O Judaísmo Nazareno considera histórica, linguística e culturalmente impossível que o “Novo” Testamento tenha sido escrito em grego, visto que os escritores eram de origem semita. A crença na primazia hebraica e aramaica é vista como sendo fundamental para o esclarecimento de alguns pontos importantes da fé. Existem variações na opinião sobre quais sejam os manuscritos mais próximos dos originais, mas existe uma unanimidade na aceitação de que os originais tenham sido semitas.

Shaul BenTsion

Nota de oCaminho: Amnao! Todas as Notas e colchetes fazem parte da nossa edição… Tal estudo ocasionou algumas reações dos messiânicos (diga-sede ‘seu autor’ – como se a Verdade fosse de sua propriedade). Na edição anterior, tínhamos colocado algumas destas posições [principalmente de um ex-nazareno, agora messiânico – este opositor é co-autor da versão dos Escritos Nazarenos, a B’rit Chadashá – ha’Teshuvá]; mas achamos por bem tirar tais refutações; apenas deixando claro a nossa posição que tende mais para os nazarenos exceto em suas crenças no unicismo/modalismo [somos unitarianos] em nossas notas!!!

Revisado em 12/12/2014

mas ponde tudo à prova. Retende o que é bom; I Ts 5:21

 

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